Economia

A conta dos pequenos e médios empresários. Medidas e soluções.

Imagem: ilustrativa

Diante da situação de calamidade nos sistemas de saúde de todo o mundo em face da Pandemia do Sars-Covid19, os indivíduos, governos e instituições privadas, com ou sem fins lucrativos, devem agir em comunhão, não medindo esforços de qualquer natureza, sobretudo, comportamental e econômico financeira, para minimizar as consequências da pandemia já instalada, salvando o maior número de vidas possíveis e buscando alternativas para preservação da economia, pois, só assim, a normalidade poderá ser restabelecida o quanto antes.

Como medida de proteção da saúde coletiva foi determinado o isolamento social, necessário para contenção do contágio no momento, com o consequente fechamento e paralisação de praticamente todos as empresas (decreto 10.282/20 e legislações estaduais), com exceção das que produzem bens ou prestam serviços essenciais, como produção, distribuição e venda de alimentos ou medicamentos, prestação dos serviços médicos e de segurança privada, dentre outros, que foram objeto do decreto nº 10.282/20.

Ocorre que, nunca na história contemporânea houve uma paralisação na economia mundial como a presenciada com esta pandemia. Não se sabe até que ponto serão as consequências econômicas e sociais, não sendo exagero, que a inércia na adoção de medidas urgentes e eficazes para literalmente – salvar os pequenos e médios empresários – poderá repercutir em falência em massa das empresas, sobretudo, em estados com a economia frágil como o Rio Grande do Norte.

Deixar essa conta para o empresário, significa dizimar as empresas já castigadas e, sobretudo, acabar com empregos, colapsar o sistema de auxílio social do país e implantar novamente a fome e a pobreza em massa. Qualquer tese que imponha mais carga para o pequeno e médio empresário no Brasil não passa de utopia: a conta não fecha e as empresas fecharão. Deve-se buscar alternativas viáveis e que possam ser colocadas realmente em prática pelos empreendedores.

Para se ter a dimensão do tamanho do problema, já se fala em taxa de desemprego de até 30% nos EUA, maior potência econômica mundial, cuja taxa estava em torno de 3%. Já o Brasil fechou o último trimestre com 11% de desempregados e o Rio grande do Norte encerrou 2019 com 12,6% de pessoas sem trabalho. No nosso país, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, em resposta a indagações em uma “live”, prevê que 20 a 30 milhões de brasileiros sejam impactados com as medidas atuais.

No caso específico do Rio Grande do Norte, é notório que antes da pandemia o cenário econômico já não era dos melhores, com fechamento em massa de pequenos e médios negócios, desinvestimento, saída do estado de grandes empresas e tímida retomada do crescimento em alguns setores específicos, a exemplo do turismo.
Nesse cenário, fazendo uma analogia as medidas de saúde contra a pandemia, no RN a busca do remédio para evitar o desemprego deve ser mais ágil e eficaz, pois as empresas já estavam com problemas crônicos de saúde.

Portanto, em igual atenção e responsabilidade social dispensada para contenção da doença, deve-se agir rápido para tratar os efeitos colaterais que atingem os negócios, em especial os pequenos e médios, que já enfrentam bastante dificuldades. É dever dos governos, de toda a sociedade civil e dos órgãos públicos, zelar pela manutenção dos empregos formais, leia-se, das empresas.

Em resposta ao estado de calamidade o governo federal autorizou a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), com fundamento na Medida Provisória nº 899/2019 (MP do Contribuinte Legal) a suspensão por 90 dias: de prazos para os contribuintes apresentarem impugnações administrativas no âmbito dos procedimentos de cobrança; a instauração de novos procedimentos de cobrança; o encaminhamento de certidões da dívida ativa para cartórios de protesto e a instauração de procedimentos de exclusão de parcelamentos em atraso.

Ainda na seara tributária, divulgou o governo federal que serão facilitadas a renegociação de dívidas, incluindo a redução da entrada para até 1% do valor da dívida e diferimento de pagamentos das demais parcelas por 90 dias, observando-se o prazo máximo de até oitenta e quatro meses ou de até cem meses para pessoas naturais, microempresas ou empresas de pequeno porte, bem como as demais condições e limites estabelecidos na Medida Provisória nº 899/2019.

No campo das relações do trabalho se teve a elaboração da Medida Provisória nº 927, de 22 de março de 2020. No entanto, em sequência foi noticiado pelo próprio Presidente da República a revogação de artigos da referida legislação, que foi objeto também de críticas públicas do Ministério Público do Trabalho e da Associação de Magistrados do Trabalho, sinalizando a insegurança jurídica que acarretará a adoção das medidas previstas na MP pelos empresários, tendo em vista que os magistrados do trabalho, julgadores dos futuros conflitos inerentes à medida, já teceram prévio posicionamento da sua futura interpretação.

Estima o governo brasileiro, até então, uma injeção de 147 bilhões na economia em diversas frentes: é pouco. Governos dos Estados Unidos, Itália e Espanha, já confirmaram a injeção de trilhões de dólares e euros, junto a medidas que incluem desde a moratória de dívidas até o pagamento da folha dos trabalhadores privados. Infelizmente, o governo brasileiro não possui o mesmo lastro destes países, portanto, o empresário não pode ficar esperando que a solução venha do estado, devendo utilizar os mecanismos à disposição, dentro da Lei.

Um dos instrumentos legais cabíveis para crise do empresário é a recuperação judicial, instituto implementado em substituição a concordata através da Lei 11.101/05, que tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.

O empresário em crise que, cumprindo os requisitos legais, solicitar ao judiciário o processamento da recuperação judicial, de acordo com a lei e atual jurisprudência, pode fazer gozo de direitos e prerrogativas que visam ajudar a empresa em dificuldade, porém, ainda viável, a superar a crise econômico financeira.
Alguns dos direitos e prerrogativas legais previstos na Lei 11.101/05 são: a suspensão das execuções e dívidas anteriores ao pedido por 180 dias ou até a renegociação com os credores; a isenção de apresentação de certidões negativas para o exercício da atividade e a proteção do faturamento da empresa e dos bens essenciais em face de penhoras e bloqueios judiciais, dentre outros.

Porém, importante ressaltar que a recuperação judicial não é cabível para toda e qualquer empresa ou situação, existem requisitos e vedações legais, assim como, não é recomendável para empresas inviáveis ou sem perspectiva de continuidade a longo prazo, de modo que o empresário deve buscar informações confiáveis sobre quais medidas e soluções são adequadas a salvaguardar o seu negócio, caso venha a ser afetado por esse estado de calamidade.

*Artigo de autoria dos Advogados e Administradores Judiciais Tulio Cascardo e Danilo Braulino, especialistas em direito empresarial e recuperação judicial de empresas com formação no INSPER, FGV e Califórnia Western School of Law – EUA, TC Advogados, com sede em Natal/RN e Brasília.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Atraso em processo de compra da vacina da covid-19 adia campanha e deixa Estados sem doses

Foto: G1

Atrasos no processo de compra de vacinas contra a covid-19 pelo Ministério da Saúde levaram ao adiamento do início da campanha de imunização deste ano contra a doença e já provocam desabastecimento em vários Estados do País.

O problema, de acordo com o ministério, foi causado por um impasse entre as farmacêuticas Pfizer e Moderna, que brigavam na Justiça por divergências no pregão de compra. Especialistas, no entanto, dizem que a falta de imunizantes também está relacionada à falta de planejamento do ministério.

Em fevereiro, o ministério afirmou que estava em processo de compra da vacina atualizada contra a cepa XBB.1.5 (uma subvariante da ômicron) e que receberia as doses do imunizante em março, indicando que a campanha teria início no mês passado. A afirmação foi feita nas redes sociais pela secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do ministério, Ethel Maciel.

Posteriormente, a campanha foi prometida para abril e, agora, deverá ter início somente em maio. Segundo Ethel, a compra acabou sofrendo atrasos após impasse jurídico envolvendo as empresas em disputa no pregão. De acordo com ela, a pasta deu início a um processo de compra emergencial em dezembro, quando a vacina atualizada da Pfizer foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Em março, no entanto, a vacina da Moderna atualizada para a cepa XBB.1.5 também recebeu o aval da agência, entrou na disputa e venceu o pregão. Depois disso, segundo a secretária, a Pfizer questionou o resultado, o que levou a uma disputa jurídica que deve ter o desfecho nesta quinta-feira, 18, quando o resultado da licitação for divulgado pela pasta.

Atualmente, o Ministério da Saúde tem em seu estoque para distribuição apenas 1,5 milhão de doses da vacina pediátrica contra a covid-19, sem mais doses da vacina para maiores de 12 anos.

Com isso, ao menos seis Estados (de dez que responderam aos questionamentos da reportagem) já estão sem doses ou dizem que há risco de a vacinação ser interrompida pelos estoques baixos.

Terra

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Polícia

Homem denunciado por agredir mulher em Extremoz tem acusação por tentativa de homicídio contra outra vítima

Foto: Divulgação

Flaviano Gomes da Silva, denunciado na semana passada pela ex-companheira por violência doméstica, tentou desqualificar a vítima em entrevista em uma emissora de TV nesta segunda-feira (22), alegando que ela teria problemas psicológicos.

Mas o histórico dele apresenta fortes indícios de que seus atos de agressão contra mulheres são recorrentes, com uma denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) por tentativa de homicídio, sendo descrito nos autos um “indivíduo de alta periculosidade”.

Segundo o processo, n° 0101876-45.2015.8.20.0129, em um caso de 2012, Flaviano teria disparado em uma antiga companheira, mãe de sua filha, a atingido no braço. No total foram cinco disparos, que também tiveram como alvo os familiares dela. O caso aconteceu em São Gonçalo do Amarante.

A denúncia aponta ainda que ele agrediu sua antiga ex-sogra com uma lata de cerveja. O MPRN relata que ele não aceitava o término do relacionamento e, através de diversas agressões físicas e psicológicas, tentava reatar o relacionamento com a ex.

Atualmente, o processo que narra estes fatos de 2012 está suspenso, já que o acusado não foi encontrado para responder a acusação apresentar sua defesa. Se condenado, o denunciado pode pegar até 40 anos de prisão.

Sobre o caso recente em Extremoz, na entrevista para TV, Flaviano alegou “perseguição política” e armação contra ele. Flaviano Gomes da Silva é filiado ao União Brasil.

Além desses casos contra mulheres, também existe um Boletim de Ocorrência, por ameaça contra Flaviano Gomes, registrado pelo vereador de Extremoz Rilder Jordão (PT).

Confira o processo: denúncia tentativa de homicídio FLAVIANO GOMES DA SILVA

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

PGR denuncia Carla Zambelli e Walter Delgatti por invasão ao site do CNJ

Foto: Reprodução

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, denunciou a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para inserção de dados falsos.

A deputada e o hacker foram denunciados pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. O inquérito tramita em sigilo no Supremo Tribunal Federal (STF) e está sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

Procurados pela CNN, a deputada Zambelli e Delgatti ainda não se pronunciaram sobre a denúncia da PGR.

A Polícia Federal (PF) indiciou a deputada e o hacker em fevereiro pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. O inquérito aponta que os suspeitos inseriram documentos falsos no sistema do órgão como um mandado de prisão contra Moraes.

Cabe ao ministro analisar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) e decidir se torna a deputada e o hacker réus. Caso isso aconteça, os dois passam a responder a uma ação penal no tribunal.

Delgatti afirmou a investigadores que acessou a plataforma do CNJ a pedido de Zambelli e a parlamentar teria sido a responsável por repassar a ele mandado de prisão falso contra Moraes. O documento foi incluído no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).

O hacker, que ficou conhecido por vazar conversas de procuradores da Operação Lava Jato, disse que recebeu pagamentos pelo serviço. A PF achou o rastro dos pagamentos. A defesa de Zambelli nega as acusações.

“A defesa da deputada Carla Zambelli conquanto ainda não tenha analisado minuciosamente os novos documentos e o relatório ofertado pela PF, reforça que ela jamais fez qualquer tipo de pedido para que Walter Delgatti procedesse invasões a sistemas ou praticasse qualquer ilicitude”, diz a nota.

Já a defesa de Delgatti afirmou que não se surpreendeu com o indiciamento, pois desde a prisão do hacker, ele havia confessado que teria participado da inserção de dados falsos ao sistema do judiciário.

“O indiciamento de Carla Zambelli confirma que Walter, a todo momento, colaborou com a Justiça, levando a PF até a mandante e financiadora dos atos perpetrados por ele”, escreveu a defesa do hacker à ocasião.

Durante os ataques cibernéticos à rede do CNJ, além do falso mandado de prisão contra Moraes, também foram incluídos dez alvarás de soltura. Contudo, Delgatti negou que tenha sido ele o responsável e apontou como culpado um suposto parceiro, Thiago Eliezer Martins.

A PF não conseguiu comprovar a participação de Martins nos crimes. A defesa do acusado celebrou.

“Durante todo o desenrolar da investigação, Thiago Eliezer Martins colaborou plenamente com as autoridades, fornecendo todas as informações solicitadas e mantendo total transparência em suas ações. A ausência de indiciamento de Thiago Eliezer é uma confirmação de sua inocência e do respeito ao devido processo legal”, afirmou a defesa de Martins, em nota.

CNN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

VÍDEO: Jacquin entra no mar de terno para criticar ‘bermuda e chinelo’ em restaurante e web reage

Vídeo: Instagram

O chef Érick Jacquin dividiu a web neste domingo, 21, após gravar um vídeo em que apareceu em uma praia de terno. A publicação foi feita como uma crítica a pessoas que vestem “bermuda e chinelo” para ir a um de seus restaurantes – o Président, em São Paulo.

O Estadão entrou em contato com a assessoria de Jacquin para um pronunciamento sobre os comentários que desaprovaram a atitude do chef, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto.

“Por que vocês vão ao meu restaurante de regata, bermuda e chinelo?”, questionou ele no registro. “Você acha que a praia é lugar de ir de terno e gravata? Vocês fazem a mesma coisa comigo.”

Na sequência, Jacquin apareceu mergulhando e nadando no mar com a roupa. “Pensa que eu estou certo? […] Cada lugar tem as roupas que podemos usar para frequentar”, disse.

Nos comentários, internautas criticaram a atitude do chef. “Esse discurso é preconceituoso. Eu pago para comer e não desfilar”, escreveu uma usuária do Instagram. “Já que você foi à praia de terno, agora posso ir de bermuda no restaurante”, afirmou outro.

Outros, porém, defenderam a postagem do francês. “Quando fui ao Président comentamos isso mesmo: como alguém vai a um restaurante desse de bermuda e chinelo? Que falta de elegância”, comentou uma internauta. “A adequação é uma virtude. Tem gente que passa dos limites. Quer ser respeitado, mas não sabe respeitar”, disse outra.

Terra

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Cidades

DNIT promete finalizar desvio da BR-304 em maio

Foto: Divulgação

Após atraso na previsão de conclusão inicial, a obra de desvio no trecho da BR-304, em Lajes, deve ocorrer até o início de maio. De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), responsável pela obra, o cronograma precisou ser revisto devido às fortes chuvas que atingem a região. Enquanto isso, um desvio particular vem sendo utilizado por motoristas para evitar as maiores distâncias das rotas alternativas. Questionado pela reportagem da TRIBUNA DO NORTE sobre a situação, o órgão não respondeu.

Até o momento, de acordo com o DNIT, foram realizados serviços de limpeza, regularização do subleito e terraplenagem na BR-304. A obra está sendo executada desde o último dia 3 de abril, após uma ponte instalada sobre a rodovia desabar. No início da construção, a governadora Fátima Bezerra informou que oi trabalho iria durar 15 dias. Na sequência, foi informado que a conclusão seria na segunda quinzena deste mês. Agora, o prazo está previsto para o início de maio.

Além das etapas já concluídas, está em andamento a execução de camada drenante com pedra rachão e de brita graduada e a instalação de tubulação de um bueiro que vai permitir o fluxo do rio no desvio. “As equipes do Departamento sempre que as condições climáticas são favoráveis vem dando celeridade aos trabalhos, visando liberar o tráfego no trecho o quanto antes. A expectativa é de que o desvio esteja operando até o início de maio”, disse o DNIT.

Sobre a construção da nova ponte na BR-304, o anteprojeto para contratação emergencial da empresa responsável pela obras ainda está em análise pela equipe técnica da autarquia. Após a aprovação desse estágio, será dado início ao processo de contratação de empresa especializada para construção. “Importante esclarecer que a nova estrutura terá conformações diferentes da travessia que colapsou, visando elevar a capacidade de vazão no segmento e afastar o risco da ocorrência de sinistros”, afirma o DNIT.

Tribuna do Norte

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Morada da Paz lança novos episódios de podcast Morada do Cuidado

Foto: Divulgação

O Cemitério e Crematório Morada da Paz acaba de lançar novos episódios do podcast “Morada do Cuidado”. Gravado no formato videocast, com duração de 30 minutos em média, o programa está disponível nas principais plataformas de streaming de áudio (Spotify, Deezer e Amazon Music) e no canal do YouTube do Morada da Paz.

O primeiro episódio, com a apresentação da psicóloga especialista em luto do Morada do Paz, Mariana Simonetti, já está disponível e tem como tema “Vamos falar sobre o luto?”. Na oportunidade, ela conversou com Lucineide Tavares, cerimonialista do Morada da Paz.

“O luto, em sua essência, é uma jornada solitária, um caminho que cada indivíduo trilha à sua maneira, carregando um fardo que é único e profundamente pessoal. No entanto, a presença de um apoio empático e compreensivo pode fazer diferença nesse processo”, fala Mariana.

O segundo episódio vai ao ar no dia 25 de abril, com o tema “Mitos e Verdades sobre o luto”, com as psicólogas do luto do Morada da Paz, Simône Lira e Alexsandra Sousa.

“Desvendar esses mitos e abraçar essa complexidade, pode nos ajudar a compreender como diferentes pessoas vivenciam e expressam suas perdas. Acreditamos que através deste entendimento, podemos oferecer um suporte mais genuíno e empático àqueles que estão passando por este difícil momento de suas vidas”, fala Simône.

Já no dia 30 de maio será veiculado o terceiro episódio com o tema “Como falar sobre o luto com crianças?”. Nele, Mariana Simonetti conversa com Millena Batista, psicóloga e atuante na área de Educação infanto-juvenil.

“Os desafios em falar sobre luto com crianças incluem a dificuldade de encontrar uma linguagem apropriada que seja ao mesmo tempo honesta e sensível à idade da criança. Além disso, há o receio de provocar mais tristeza ou medo”, diz Mariana.

O quarto e último episódio da temporada vai ao ar no dia 27 de junho, com o tema “Perdi meu pet, e agora?”. No videocast, Simône Lira conversa com Giovanna Simões, designer e tutora de Guga.

“A sociedade muitas vezes minimiza a dor de perder um pet por não reconhecer plenamente o vínculo emocional entre humanos e animais de estimação. Isso pode se manifestar em comentários como ‘era apenas um animal’ ou sugestões para substituir rapidamente o pet perdido. Tais atitudes podem invalidar os sentimentos do enlutado e criar uma sensação de isolamento, já que a dor profunda e o luto vivenciado não são vistos como comparáveis à perda de um ser humano”, comenta Simône.

Morada do Cuidado

Viver o luto após a perda de um ente querido costuma ser um momento muito delicado na vida de muitas pessoas. Diante disto, o Morada da Paz criou a Morada do Cuidado, uma plataforma multimídia que oferece conteúdos especializados em luto. Através da ferramenta digital, o público encontra gratuitamente conteúdos, programas e recursos que auxiliam e orientam o enlutado com informações seguras sobre o tema, com a curadoria de psicólogos e profissionais capacitados no assunto.

Como desdobramento do projeto, surge em 2022 o podcast Morada do Cuidado. A iniciativa busca conscientizar, através do diálogo e experiências compartilhadas, sobre temas como a vivência do luto. Atualmente, o Brasil é o terceiro país que mais consome podcast no mundo. No último ano, o Morada do Cuidado foi reconhecido com uma Menção Honrosa na premiação Pursuit of Excellence Award, conferido pela National Funeral Directors Association (NFDA), maior associação de serviços funerários do mundo.

Acesse: www.moradadocuidado.com.br
youtube.com/moradadapaz
bit.ly/podcastmoradadocuidado

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Cultura

Brasil Redescoberto: pesquisa defende que descobrimento do Brasil se deu no Rio Grande do Norte

Foto: Divulgação

Os professores Carlos Chesman, do Departamento de Física da UFRN, e Cláudio Furtado, do Departamento de Física da UFPB, estão à frente de um estudo inovador que busca redefinir a história do descobrimento do Brasil. Denominado “Brasil Redescoberto”, o projeto apresenta evidências científicas da correta localização da chegada da esquadra de Pedro Álvares Cabral ao Brasil, argumentando que a mesma ocorreu no litoral Norte do Rio Grande do Norte, e não na Bahia, em Porto Seguro.

A pesquisa, fundamentada em dados científicos, cálculos matemáticos e embasamentos geométrico e geográfico, propõe uma revisão da rota histórica com base na carta de Pero Vaz de Caminha. Os estudiosos defendem que o “Monte Pascoal” mencionado na carta corresponde ao Monte do Torreão, na cidade de João Câmara, e que o primeiro sinal de terra avistado teria sido o Cabo de São Roque, em Barra de Maxaranguape. Para isso, Chesman e Furtado avaliaram as correntes marítimas e eólicas.

Segundo a pesquisa, o ponto de primeiro desembarque da esquadra de Cabral, conhecido como Marco do Achamento e descrito como Porto Seguro na carta, estaria localizado na atual Praia do Marco, no município de Pedra Grande. O professor Carlos Chesman pontua que “foram utilizados métodos das ciências da natureza, como medições, modelagens geométricas e cálculos, além de verificações no mar. Todos os estudos são baseados nos dados registrados na carta de Pero Vaz de Caminha e foram submetidos para publicação em revista científica internacional”.

O estudo incluiu também uma análise da distância percorrida das Ilhas de Cabo Verde até os primeiros sinais de terra avistados, a distância do avistamento da terra, fotografias do oceano com terra visível a uma distância de 30 km da costa, descrições geográficas do porto seguro, profundidades litorâneas, distância do primeiro desembarque no porto seguro, distância das grandes barreiras vermelhas (entre 120 e 150 km) e a descrição do local conforme registrado na Carta de Pêro Vaz. A pesquisa do Brasil Redescoberto desafia as concepções tradicionais sobre o descobrimento e promete ampliar o debate acadêmico sobre o tema.

Opinião dos leitores

  1. BG, avisa ao estagiário para estudar o assunto antes! Quem começou tudo isso foi o historiador Lenine Pinto, que tem embasamentos históricos quanto a isso! Lenine afirmar isso a 4 décadas, nenhuma novidade!

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

Governo prorroga uso da Força Penal na Penitenciária de Mossoró

Foto: Reprodução

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, prorrogou por 60 dias o emprego da FPN (Força Penal Nacional) para reforço da segurança externa da Penitenciária Federal de Mossoró (RN). A medida foi publicada na edição desta 3ª feira (23.abr.2024) do Diário Oficial da União. Eis a íntegra da portaria (PDF – 88 kB).

Além do reforço da segurança externa, a FPN ficará responsável pelo treinamento dos funcionários do presídio. Conforme a portaria, “os treinamentos serão realizados na Penitenciária Federal em Mossoró e serão coordenados pela Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública”.

O uso da Força Penal na unidade foi autorizado pelo ministério em fevereiro deste ano, depois da fuga de 2 presos, a 1ª na história do sistema penitenciário federal brasileiro. Os fugitivos foram capturados em 4 de abril, 50 dias depois. Ao todo, 50 agentes da Força Penal foram enviados ao Rio Grande do Norte. Com a prorrogação, devem atuar no Estado até 21 de junho de 2024.

Conforme o governo, a FPN atua para “responder de forma eficaz a crises no sistema prisional, promovendo a cooperação entre diferentes esferas de governo e agências para a qualificação das condições carcerárias e da segurança pública”.

Poder 360

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Cidades

Policiais civis iniciam paralisação e fecham delegacias no RN

Foto: Layssa Vilela

Policiais civis do Rio Grande do Norte iniciaram nesta terça-feira (23) uma paralisação das atividades em todo o estado. A decisão foi tomada pela categoria em assembleia na noite de segunda (22), após uma nova rodada de negociação com o governo do RN, que terminou sem acordo.

Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança do RN (Sinpol), Nilton Arruda, com a paralisação, nenhuma delegacia – nem as de plantão – vai funcionar no estado nesta terça, assim como nenhum policial civil vai trabalhar sequer para o cadastro de boletins de ocorrência on-line. Ele chamou a paralisação de “greve geral”.

“Nada vai funcionar. Boletins de ocorrência on-line que são realizados precisam de homologação de policiais. E os policiais vão estar parados, não vão nem homologar os serviços on-line. É serviço zero”, disse.

O direito de greve por parte da Polícia Civil ou de profissionais de qualquer carreira policial é inconstitucional, segundo decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de 2017.

Em Macaíba, na Grande Natal, a delegacia estava fechada ao público no início da manhã desta terça (23). Segundo o porteiro Francisco Carlos de Medeiros, que trabalha perto da unidade, os serviços estão suspensos no local há cerca de uma semana. “As pessoas têm procurado bastante, mas chegam aqui, encontram dessa forma (fechada)”, afirma.

Na Cidade Alta, em Natal, a 1ª Delegacia de Polícia Civil da capital também estava fechada durante a manhã. Caso também da delegacia do bairro Felipe Camarão, na Zona Oeste da cidade.

A Delegacia Geral de Polícia Civil foi procurada pelo g1, mas não se posicionou sobre a paralisação até a última atualização desta matéria. A instituição ainda não informou:

A lista de serviços afetados e quais as orientações para a população que precisa deles

  • Se vai pedir suspensão da greve na Justiça
  • Como vão funcionar os flagrantes e os atendimentos em locais de crimes como homicídios
  • Como vai funcionar a negociação com a categoria a partir da paralisação

Negociação
De acordo com o Sinpol, a paralisação acontece após mais uma rodada de negociação frustrada com o governo do RN para o reajusta salarial.

“Nós flexibilizamos demais. Foi construída uma proposta junto com a direção da Polícia Civil de 10% [de reajuste] divididos em duas vezes: 5% [em janeiro de 2025] mais 5% [em abril de 2025]. O governo do Estado quer dar 5,3% de valorização”, disse Nilton Arruda, presidente do Sinpol

“É a menor valorização que ele [o governo] está dando entre todas as categorias, a pra Polícia Civil. E nós somos a categoria que mais tivemos perdas inflacionárias. Então, não temos como aceitar isso”, concluiu.

Algumas delegacias de bairro e de cidades do interior do estado já estavam fechadas nos últimos dias por conta de manifestações dos policiais civis. Desta vez, a paralisação dos serviços é completa, segundo o Sinpol.

Na semana passada, os policiais civis já haviam suspendido também os serviços extras com diárias operacionais, inclusive nas delegacias de plantão do Estado. A categoria pede, além do reajuste salarial, a nomeação dos 153 concursados já formados e a Resolução do Crédito Remuneratório Individual, que é antigo adicional por tempo de serviço e que atualmente é questionado na Justiça.

Também na semana passada, uma das reivindicações da categoria, o auxílio-fardamento, foi aprovada por unanimidade na Assembleia Legislativa. A proposta é de autoria do governo do RN.

Policiais militares e bombeiros fecham acordo
Os policiais militares e bombeiros fecharam acordo com o governo do estado nesta segunda-feira (22). Segundo a associação que representa os militares, o acordo é de reajuste de 8%, a ser implantado em janeiro de 2025, mais uma estimativa do IPCA no mês de abril do próximo ano; e um segundo reajuste de 5% em janeiro de 2026, mais a reposição do IPCA a cada mês de abril, totalizando cerca de 22,5% até abril de 2026.

Outro ponto que também foi aprovado pelos militares foi o encaminhamento de um projeto de lei que promove a reestruturação na carreira dos Militares Estaduais, viabilizando a promoção dos soldados (ingressos pós 2015) à graduação de cabo com 4 anos e 6 meses.

“O PL será enviado à Assembleia Legislativa em 15 de maio. A mesa de negociação permanece aberta para discussões de outras pautas que ficaram pendentes e que são do interesse da categoria”, informou a associação.

G1 RN

Opinião dos leitores

  1. NENHUM POLÍTICO TEM INTERESSE NA POLÍCIA CIVIL… POIS SOMENTE ESSA CATEGORIA É QUEM PODE INVESTIGÁ-LOS.

  2. A Governadora tem que mostrar que está do lado da Polícia Civil e da população? Se não de que lado ela está??

  3. A Governadora vivia tomando café no Sinpol pedindo votos e agora vemos como ela realmente é. Meu voto não ganha nunca mais.

  4. A Polícia Civil é quem investiga e prende. A população quer os bandidos na cadeia. O que a Governadora quer? Alguém sabe dizer?

  5. A Polícia Penal e a Polícia Militar tiveram suas demandas atendidas. Porque a Governadora persegue a Polícia Civil??

  6. A Governadora tem total responsabilidade sobre a paralisação dos serviços já que engana os servidores há mais de 2 anos. O sofrimento causado no povo é culpa dela.

    1. E olhe que alguns policiais civis votaram nela. Foram ludibriados. De o aumento merecido a esses guerreiros e guerreiras que dão o sangue pra colocar criminosos atrás das grades e não esqueça de chamar os agentes, escrivães e delegados que concluíram o curso de formação. Outra coisa a penal é a pm tbm precisa de atenção especial, assim como as gcms seus prefeitos. A população clama por segurança pública e os profissionais de segurança pública clamam por valorização. Sigam o exemplo do prefeito de parnamirim, que valoriza a gmp. Valorizem os profissionais que arriscam suas vidas para proteger a população

  7. Esse reajuste de 22,5% e mais o auxílio alimentação deve ser oferecido aos policiais Civis assim como foi dado à PM. oferecer menos que isso seria um desrespeito da Governadora.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Farol Literário: Colégio Porto incentiva leitura e debate de assuntos relevantes entre estudantes

Fotos: Divulgação

Jogar luz e abrir caminhos sobre a necessidade de incentivar o hábito de ler, trazer à tona o debate sobre assuntos relevantes, amadurecer o pensamento crítico sobre o mundo e consolidar a formação de repertórios. Tudo isso faz parte das práticas adotadas pelo Colégio Porto para a formação de novos leitores. Entre os projetos, está o Farol Literário, que reúne estudantes nos Ensinos Fundamental e Médio.

Na escola, majoritariamente, as práticas de incentivo à leitura acontecem com as indicações dos professores de linguagens e ciências humanas na plataforma Árvore de Livros – que reúne mais de 6 mil títulos -, mas elas também se desenvolvem nas aulas interdisciplinares e nas preparações para as viagens de estudos ou apresentações de trabalhos em grupos e seminários, além das ações pontuais da biblioteca, como a premiação de Leitor do Semestre, as indicações de livros para os vestibulares e o Farol Literário.

O Farol reúne alunos que têm o hábito da leitura ou que gostariam de desenvolver essa rotina, com leituras orientadas, de acordo com a faixa etária, para que eles possam ter um momento de discussão, de debate, de mobilização de ideias, a cada três meses. O projeto conta com a participação de professores de Linguagens e História.

“Incentivar a leitura para que os estudantes adquiram repertório e conhecimento de mundo está entre os pilares da metodologia de ensino do Colégio Porto, que incentiva o protagonismo dos estudantes e o pensamento crítico e reflexivo sobre temas sociais e da atualidade”, explicou a orientadora pedagógica Kennia Ísis.

Os estudantes do 6º, 7º e 8º ano do ensino fundamental se reuniram para bater um papo sobre o livro “Extraordinário” (R. J. Palacio), que conta a história de um menino com uma severa deformidade facial que precisa enfrentar o estranhamento e o preconceito de crianças e adultos. Os alunos do 9º ano do ensino fundamental e da 1ª e 2ª séries do ensino médio debateram o livro “A vida invisível de Eurídice Gusmão” (Martha Batalha), que aborda temas como o machismo, a busca por independência e a luta das mulheres por seus direitos.

“Todas essas ações ajudam a formar o repertório sociocultural dos estudantes, que também é fomentado nos componentes curriculares diversificados, como InspirAção, Filosofia, Empreendedorismo e Liderança e Educação Socioemocional, no Ensino Fundamental Anos Finais. E no Ensino Médio, nas aulas de Projeto de Vida e nos Itinerários Formativos, com os componentes curriculares de Historia e Atualidades, Geografia e Atualidades, Leitura e Interpretação do Mundo e Análise Sociofilosófica”, complementou Kennia.

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *