Começou a nova Guerra das Vacinas, uma disputa que envolve a saúde a de milhões de brasileiros e as pretensões eleitorais de dois específicos, o presidente Jair Bolsonaro e o governador João Doria.
Na 2ª feira (19.out.2020), o Instituto Butantan (do governo de São Paulo) anunciou a conclusão dos testes que avaliam a segurança da vacina chinesa CoronaVac contra o coronavírus entre os voluntários brasileiros, com 35% de efeitos colaterais, índice considerado baixo para esta fase de testes. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) vai avaliar a liberação da vacina chinesa se ela passar por uma última etapa de exames.
Existem vários aspectos paralelos para entender o debate, mas para este artigo vamos nos concentrar no eleitoral. Há ansiedade natural das pessoas por uma vacina contra o coronavírus. Uma sociedade imunizada é a coisa mais perto que podemos imaginar com o mundo pré-pandemia, embora nenhuma vacina tenha 100% de segurança. Depois de mais de 154 mil mortos e 5,25 milhões de infectados, a possibilidade de não perder o sono com uma coriza tornou-se um sonho. O governante que atender a esse sonho leva uma vantagem.
Por isso, a reação do bolsonarismo a Doria foi em avalanche. Aproveitando o erro do governador em afirmar que a vacinação seria obrigatória, o bolsonarismo desviou o assunto –da vantagem da imunização em massa para a possibilidade de as pessoas serem forçadas a se vacinar. Foi este o motivo, aliás, da primeira Revolta da Vacina, em 1904, contra a obrigatoriedade da vacina contra varíola.
Bolsonaro reagiu três vezes contra Doria. Uma para afirmar que a decisão final de liberação da vacina é do Ministério da Saúde e duas para negar a obrigatoriedade da vacinação.
“Não será obrigatória. Quem está propagando isso aí, com toda certeza, é uma pessoa que pode estar pensando em tudo, menos na saúde. Essa pessoa [Doria] está levando terror perante a opinião pública. Metade da população diz que não quer tomar essa vacina, esse é um direito das pessoas. O governo federal não obrigará ninguém”, disse o presidente.
Na 6ª feira (16.out.2020), Doria havia dito que em São Paulo poderia forçar a imunização. “Já garanti que aqui os 45 milhões de brasileiros de São Paulo serão vacinados e a vacinação será obrigatória, exceto se o cidadão tiver uma orientação médica e um atestado médico que não pode tomar a vacina. E adotaremos as medidas legais se houver alguma contrariedade nesse sentido. Não é possível imaginar –e eu aprendi isso com os médicos, temos três aqui ao nosso lado– numa pandemia, vacinar alguns e não vacinar outros. Enquanto tivermos pessoas não vacinadas em larga escala, continuaremos tendo a presença do vírus, a contaminação e morte”, disse. Na 2ª feira, enxergando a reação sobre obrigatoriedade, Doria recuou e foi genérico.
A possibilidade de obrigatoriedade da vacina foi a faísca para uma reação em cadeia inaugurada pelo principal porta-voz da direita, o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub. “A LIBERDADE ACABOU. Vacina OBRIGATÓRIA para todos os 45 milhões de Paulistas! Além de nos ameaçar, como se ele fosse o dono de um bando de cães, esse cara quer vacinar na marra crianças e bebês! SEUS FILHOS E NETOS! Na marra! Arrogante!”, escreveu no Twitter, incluindo as maiúsculas.
Weintraub teve o apoio do líder do partido Novo da Câmara, Paulo Ganine, e do filho do presidente Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Contra a fúria bolsonarista ficaram o ex-candidato a presidente pelo Novo, João Amôedo, e o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro. A esquerda ignorou o debate.
É altamente improvável que a Anvisa autorize vacinações em massa no Brasil antes de testes de segurança no mundo todo. Isso significa que, com otimismo, quem trabalha na área de saúde sob risco de contágio poderá ser vacinado ainda neste ano. Depois, a prioridade será para pessoas com doenças associadas (como diabetes) ou com mais de 65 anos. Só então haveria vacinação para todos. Na semana passada, a vice-diretora-geral da Organização Mundial de Saúde, Mariângela Simão, previu que só haverá vacinação em massa no Brasil e no mundo em 2022.
A Anvisa já autorizou testes clínicos das vacinas da Johnson & Johnson (EUA/Bélgica), da Universidade de Oxford/AstraZeneca (Reino Unido), da Sinovac/Butatan (China/Brasil) e da Pfizer/BioNTech (EUA/Alemanha). A russa Sputnik, que está sendo testada com voluntários em acordo com os governos do Paraná e Bahia, ainda não apresentou seus resultados.
Pesquisa PoderData de agosto revelou que 82% dos brasileiros “com certeza tomariam” uma vacina contra a covid-19 se estivesse disponível. Outros 7% dizem que “com certeza não tomariam” e 11% não souberam ou não responderam. A vontade de se vacinar é grande mesmo entre bolsonaristas. 84% dos que aprovam o governo se vacinariam e apenas 5% se recusariam. Na mesma pesquisa, os entrevistados foram colocados diante das opções de vacinas, por países. 26% disseram preferir uma vacina americana, 20% europeia, 8% da China, 7% da Rússia e 39% não souberam responder.
* Traumann, 53 anos, é jornalista, consultor de comunicação e autor do livro “O Pior Emprego do Mundo”, sobre ministros da Fazenda e crises econômicas. Trabalhou nas redações da Folha de S. Paulo, Veja e Época, foi diretor das empresas de comunicação corporativa Llorente&Cuenca e FSB, porta-voz e ministro de Comunicação Social do governo Dilma Rousseff e pesquisador de políticas públicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Dapp). Escreve semanalmente para o Poder360, sempre às segundas-feiras.
PODER 360
Enquanto isso, Lula Macunaíma, cuja palavra é um risco n"agua sofre da abstinência de maracutaias quando estava no poder sendo manobrado pelas empreiteiras.
Cloroquinha, desifentante, remédio contra lombriga e ozônio no fiofó estão a total disposição para o gado.
Vacina só para quem acredita em ciência, na terra redonda e nao segue cegamente o genocida.
Talkei?
Mané mané, dia acima dia abaixo falando besteira e defendendo Luladrao e sua quadrilha, se cansa não mané?
Kkkkkkk
Os chineses desenvolveram o vírus e distribuíram para o mundo vitimando milhões de pessoas e vem com uma vacina sem comprovação de sua eficácia, não tomo vacina chinesa nem sob tortura, custe o que custar, vou esperar a de Oxford, Reino Unido.
O engraçado é que agora muitos dos que dizem contra a tal vacina defendiam ferozmente a cloroquina e hidrocloroquina, sem comprovação de sua eficácia.
Muito bem, existe COMPROVAÇÃO CIENTÍFICA que o ISOLAMENTO SOCIAL É A SOLUÇÃO PARA O COVID?
Para seu conhecimento:
A Argentina TEM o LOCKDAWN RADICAL, e registra o MAIOR NÚMERO de MORTOS.
Suécia e Uruguai NUNCA adotaram o isolamento e tem o MENOR número de mortes pelo covid.
Fácil assim, quem quiser tomar, toma. Quem não quiser fica em casa ou procura o hospital, quando tiver sentindo falta de Ar.
Bolsonaro já sinalizou, mesmo custando a vida dos Paulistas, vai retardar a vacina para não perder votos em São Paulo. MITO.
Na real, Da china? Facam-me o favor. Muito estranho. "Criam" a doença e vendem a cura? No minimo muito estranho.
Compare interessante . De um lado o Tonho com uma mangueira de ozônio, uma caixa de cloroquina , um balde de lama , um saco de laranja , duas caixas de chocolate ? Copenhagen é um bocado de manga rachada , um saco de cheque de Queiroz é uma moita de cueca suja . Do outro o governador de São Paulo com um pacote de botox é um caminhão de vacina ?. Ah Papai , vou tomar minha colher de óleo de fígado de baleia ?.
O Presidente Bolsonaro , nem precisa comentar , 20 meses de governo sem Corrupção. Já Doriana , vamos aguardar as investigações .
Kkkkk você é inocente demais.
Quem Não quiser se vacinar, então teria que assinar um termo de responsabilidade e arcar com todas as despesas se vier a ficar doente e precisar de remedios ou internação. o sistema público de saúde Não pode se responsabilizar por prestar nenhuma assistencia a essas pessoas. pois diante de tantas irresponsabilidades por parte da população em se colocar em risco. o Tratamento é de inteira responsabilidade dessa pessoa. VAMOS SALVAR O PAÍS DESSES MAUS E IRRESPONSAVEIS BRASILEIROS.