O Brasil receberá 9,1 milhões de doses de vacinas gratuitas contra a Covid-19 como parte do programa internacional Covax, um consorcio global para acesso a imunizantes capitaneado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Entre os outros países mais favorecidos por este sistema estão Paquistão, Nigéria, Indonésia e Bangladesh, segundo levantamento divulgado esta terça-feira.
Até junho, o Paquistão receberá 14,64 milhões de doses; a Nigéria, 13,656 milhões; a Indonésia, 11,701 milhões; e Bangladesh, 10,908 milhões. Com o Brasil, estes são os cinco maiores receptores da lista finalizada do Covax.
O sistema Covax foi criado em colaboração com a Aliança para as Vacinas (Gavi) e a Coalizão para a Inovação na Preparação às Epidemias (Cepi), para garantir um acesso equitativo às vacinas.
Gana foi o primeiro país a receber um lote de doses da Covax — foram vacinas da AstraZeneca/Oxford, fabricadas na Índia e transportadas pelo sistema Covax na última quarta-feira.
A companha, portanto, está muito atrasada em relação àquela vista nos países desenvolvidos, que começaram seus programas de vacinação no fim de dezembro.
A Nigéria, país mais populoso da África, recebeu na terça-feira uma remessa de quase 4 milhões de doses, assim como Angola, República Democrática do Congo e Camboja. A Coreia do Sul e a Colômbia também receberam os primeiros lotes.
Cerca de 237 milhões de doses da Astrazeneca/Oxford, fabricadas na Coreia do Sul e pelo Instituto Serum, na Índia, serão entregues em maio a 142 países, graças a uma operação logística sem precedentes.
A estas se somarão 1,2 milhão de doses da vacina da aliança Pfizer-BioNTech, que exige uma cadeia de frio, a temperaturas muito baixas. A Covax só pode distribuir as vacinas aprovadas pela OMS.
O sistema está aberto a todos os países, mas para 92 deles — os mais pobres —, as vacinas são financiadas mediante doações e são entregues gratuitamente. O objetivo é vacinar até 27% da sua população até o final de 2021.
A pandemia do coronavírus provocou ao menos 2.539.505 mortes no mundo desde que o escritório da OMS na China reportou o aparecimento da doença em dezembro de 2019, segundo um balanço feito pela AFP nesta terça-feira.
O GLOBO
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