Uma carta assinada por cerca de duzentos jornalistas do próprio jornal pedindo que a Folha de S.Paulo não concedesse mais espaço a ideias consideradas racistas foi divulgada na última quarta-feira. O jornal respondeu defendendo sua liberdade editorial e o imbróglio se fez.
Confira a carta aberta
Carta aberta de jornalistas da Folha à direção do jornal
Caros membros da Secretaria de Redação e do Conselho Editorial da Folha,
Nós, jornalistas da Folha aqui subscritos, vimos por meio desta carta expressar nossa
preocupação com a publicação recorrente de conteúdos racistas nas páginas do jornal.
Sabemos ser incomum que jornalistas se manifestem sobre decisões editoriais da chefia, mas, se o fazemos neste momento, é por entender que o tema tenha repercussões importantes para funcionários e leitores do jornal e no intuito de contribuir para uma Folha mais plural.
O episódio a motivar esta carta foi a publicação de artigo de opinião intitulado “Racismo de negros contra brancos ganha força com identitarismo” (Ilustrada Ilustríssima, 16/1), em que Antonio Risério identifica supostos excessos das lutas identitárias, que estariam levando a racismo reverso.
Para além de reafirmarmos a obviedade de que racismo reverso não existe, não pretendemos aqui rebater o que afirma o autor —pessoas mais qualificadas do que nós no tema já o fizeram, dentro e fora do jornal.
No entanto, manifestamos nosso descontentamento com o padrão que vem se repetindo nos últimos meses.
Em mais de uma ocasião recente, a Folha publicou artigos de opinião ou colunas que, amparados em falácias e distorções, negam ou relativizam o caráter estrutural do racismo na sociedade brasileira. Esses textos incendeiam de imediato as redes sociais, entrando para a lista de mais lidos no site. A seguir, réplicas e tréplicas surgem, multiplicando a audiência.
Terra Brasil
“Com o tempo, uma imprensa cinica, meecenária, demagógica e corrupta formar um público tão vil quanto ela mesma”. Joseph Pulitzer. Esse momento já chegou a algum tempo. O jornalismo profissional hoje, na grande mídia, é uma mesa de negócio espúrios, com políticos, com patrocinadores, com governantes e com uma audiência tão vil quanto ela. O jornalismo estilo jovem pan, antagonists e outros parece ser o objetivo a ser seguido. Pode não render grande audiência, mas rende muitos fundo$. Hoje, facilmente, identificamos o jornalismo panfletário, de encomenda, para atacar ou elogiar determinada pessoas ou grupos. Isso ocorre na mídia impressa, televisada ou falada. Uma programação, que muitas vezes, não se consegue delimitar o que é verdade e o que é mentira. Os idiota$ estão reinando no jornalismo brasileiro.
Jornalistas defendendo censura eh uma novidade grande…
Minions defendem o mesmo kakaka