Confirmando-se o cenário esboçado nas pesquisas para o segundo turno da disputa presidencial, Jair Bolsonaro e Fernando Haddad terão um desafio comum. Ambos precisarão retirar suas candidaturas dos respectivos guetos. No tira-teima final, prevalecerá quem for capaz de atrair um pedaço maior do eleitorado que ainda não aderiu à polarização que contrapõe o projeto militar-pentecostal de Bolsonaro ao modelo petista-sindical representado por Haddad.
Bolsonaro e Haddad são os adversários dos sonhos um do outro. Ao incorporar o coro anticorrupção ao repertório de sua banda marcial, o capitão firmou-se como novo polo anti-PT, exonerando o PSDB da função que exercia há seis sucessões. Lula e seu preposto devem tratar a chapa verde-oliva encabeçada por Bolsonaro como uma ameaça à própria democracia. Nessa formulação, o risco da volta dos militares seria mais assustador do que o fantasma do retorno do PT e de suas práticas. Como se o roubo e a compra de apoio legislativo também não ameaçassem o regime.
Surgem sinais de divergência nos dois guetos. Parte do comitê de Bolsonaro acha que seria útil formalizar alianças nos Estados com candidatos a governador identificados com o antipetismo. Menciona-se o caso do tucano João Doria, em São Paulo. Outro grupo avalia que o gesto interessa mais aos potenciais aliados do que a Bolsonaro, que faz da crítica aos conchavos políticos e ao toma-lá-dá-cá uma marca de sua retórica.
No extremo oposto, o pedaço do PT que não morre de amores por Haddad gostaria de impor limites para os entendimentos de segundo turno. O marco fronteiriço seria um flerte com o PDT de Ciro Gomes. Entretanto, teme-se que o preferido de Lula, a pretexto de se firmar como candidato do “campo democrático”, obtenha na cela de Curitiba autorização para ampliar o horizonte da negocição, achegando-se até ao tucanato. Haddad mantém com Fernando Henrique Cardoso relações cordiais.
Embora seja inevitável, a coreografia da negociação interpartidária de segundo turno tende a surtir efeitos limitados nesta disputa de 2018. Num contexto em que a imagem dos partidos está estilhaçada, o que conta é a capacidade do candidato de atrair novos eleitores mesmo sem a intermediação de partidos ou de presenciáveis derrotados. Se o eleitor está sinalizando alguma coisa nesta eleição é que já não se dispõe a fazer o papel de gado.
JOSIAS DE SOUZA
Nessa eleição temos apenas dois candidatos: Jair ou já era. Bolsonaro é o único capaz de evitar a volta da esquerda ao poder. E, se essa corja voltar ao poder, a tônica do seu governo será a vingança contra o nosso país e a total dominação da nossa gente. Zé Dirceu acabou de escancarar esse plano numa entrevista ao jornal El Pais. Eles nem estão mais tentando esconder seu plano macabro, confiantes que estão na doutrinação do nosso povo, que vêm realizando já faz tempo. A cegueira de muitos é mais do que evidente. Quando vejo uma candidatura ser arquiteta e conduzida da cadeia, por um presidiário condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, que será o presidente de fato caso seu poste-laranja seja eleito, fico imaginando que boa parte do nosso povo perdeu totalmente a noção do ridículo, a mínima noção do bom senso. Bolsonaro é a nossa última esperança. Estejam certos disso.
# corrupção, ela sim!