Judiciário

Movimento Brasil Livre pedirá impeachment do ministro do STF Marco Aurélio Mello

O MBL (Movimento Brasil Livre) entrará nesta quarta-feira (6) com um pedido abertura de impeachment contra o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello.

A ação será protocolada no Senado em resposta à decisão do ministro de obrigar o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, a dar seguimento a um pedido de impeachment contra o vice-presidente da República Michel Temer.

O advogado Rubens Nunes, coordenador nacional do MBL, viajará nesta quarta à Brasília para cuidar do caso. O grupo acredita que Marco Aurélio passou por cima da separação dos Poderes ao desfazer um ato interno da Câmara.

O pedido terá como base o artigo 39, da Lei 1.079 de 1950, uma das normas usadas para fundamentar o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff que tramita na Câmara dos Deputados. O artigo em questão define os crimes de responsabilidade dos ministros do STF.

O MBL argumentará que Marco Aurélio atuou de forma “desidiosa” (desleixada) ao tomar sua decisão.

“Eu não acho preocupante existir um processo de impeachment contra o vice-presidente Michel Temer, uma vez que ele siga os trâmites legais”, disse Nunes. “O que nós não achamos normal é o STF intervindo na Câmara, a função do STF é julgar e da Câmara, legislar”, completou.

TRÂMITE

A Constituição determina que cabe ao Senado processar e julgar os ministros do STF. Se a solicitação for aceita pelo presidente da Casa, Renan Calheiros, será criada uma comissão especial para avaliar se houve crime. O parecer da comissão deve ser votado e, caso se opte por abrir o processo, 54 senadores teriam que votar contra Marco Aurélio para removê-lo do STF.

Para o ministro, Eduardo Cunha não poderia ter arquivado o pedido de Temer, a decisão caberia a uma comissão especial integrada por parlamentares, que deve avaliar se as acusações contra Temer têm ou não consistência.

O autor do pedido é o advogado mineiro Mariel Márley Marra. Em dezembro, ele protocolou pedido de abertura de impeachment contra Temer na Câmara dos Deputados.

O advogado argumentou que o vice-presidente cometeu crime de responsabilidade e teria atentado contra a lei orçamentária ao assinar decretos autorizando a abertura de crédito suplementar sem autorização do Congresso. As irregularidades são as mesmas que motivam o atual pedido de impeachment de Dilma.

TEMER NA MIRA

718719_1459909162165STF determina que Câmara discuta pedido de impeachment de vice-presidente

O PEDIDO

Em dezembro, o advogado Mariel Marra protocolou pedido de abertura de impeachment de Temer na Câmara, alegando que o vice cometeu crime de responsabilidade ao assinar decretos que elevavam gastos, sem aval do Congresso

718719_1459909161290718719_1459909161075A RECUSA

O pedido foi arquivado pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB), sob a justificativa de que não havia indícios de que o vice cometeu crime de responsabilidade. Marra, então, ingressou com um mandato de segurança

718719_1459909160813A DECISÃO

Em liminar, o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, entendeu que Cunha não poderia ter analisado o mérito da denúncia, apenas a sua adequação formal, e determinou que a Câmara desse prosseguimento ao pedido.

AS ACUSAÇÕES

718719_1459909160796

718719_1459909160098Administração*

Atentou contra a probidade da administração ao ser omissa nos casos de corrupção da Petrobras, já que os envolvidos eram pessoas próximas.

718719_1459909160098Pedaladas fiscais

Feriu a lei orçamentária ao atrasar repasses a bancos públicos responsáveis pelo pagamento de programas sociais, como o Bolsa Família.

Folha Press

Opinião dos leitores

  1. Então se pode pedir o impeachement do Gilmar Mendes, o engavetador da República que vive de TOGA AZUL há muito tempo?

  2. Realmente Cunha é intocável! O mais chocante é ver o MBL querer fazer uma defesa escancarada do Cunha, um movimento que se diz "lutar contra a corrupção". ISSO É BRASIL!

    1. Elle mandou para o Presidente da Câmara se quem estar na Presidencia neste momento é Cunha, não interessa, o que interessa é que esse ministro tem feito muitas trapalhadas e merece ser IMPEDIDO.

  3. O pedido de impeachment do ministro é possível? SIM, entendendo, a previsão legal:
    O Inciso II do Artigo 52 da Constituição define que cabe ao Senado “processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade.” Assim, a denúncia tem de ser feita ao Senado.
    E quais são os crimes de responsabilidade de um ministro do Supremo? Eles estão definidos no Artigo 39 da Lei 1.079 — aquela do impeachment —, a saber:
    Art. 39. São crimes de responsabilidade dos Ministros do Supremo Tribunal Federal:
    1- alterar, por qualquer forma, exceto por via de recurso, a decisão ou voto já proferido em sessão do Tribunal;
    2 – proferir julgamento, quando, por lei, seja suspeito na causa;
    3 – exercer atividade político-partidária;
    4 – ser patentemente desidioso no cumprimento dos deveres do cargo;
    5 – proceder de modo incompatível com a honra, a dignidade e o decoro de suas funções.
    Como ele passou a atuar com a toga vermelha.. Que o senado faça o julgamento dele, assim como ele vem impondo e interferindo no legislativos, acabando com a independência dos três poderes.

  4. Esse MBL é ridículo de querer impeachment de Ministro do STF porque "atuou de forma “desidiosa” ! Estou rindo até 2018! kkkkkkk

    1. Arranja um tonel de água para ir lavando os BEIÇOS para não ressecar porque sua turminha vai CAIR, Já. Fora pt

  5. Resumindo…O Ministro "Holofotes" queimou a lâmpada de Aladim….
    Rsrsrs….
    Pensou em fazer um "giro" e terminou fazendo um "giral"!!!!
    Conseguiu colocar em pé de guerra dois poderes da nação….

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

VÍDEO: Derrite segue firme: Motta enfrenta chiadeira da esquerda e diz que PF é inegociável

Imagens: Reprodução/98 FM

Depois da chiadeira da base governista, o presidente da Câmara, Hugo Motta garantiu nesta terça-feira (11) que a Polícia Federal continua com papel central no combate às facções criminosas. A declaração veio após polêmica sobre o primeiro parecer do relator da Lei Antifacção, deputado Guilherme Derrite — atual secretário de Segurança Pública de São Paulo —, que inicialmente dava às polícias civis estaduais a exclusividade nas investigações sobre crimes classificados como terroristas.

O texto provocou reação imediata do governo Lula e de aliados, que acusaram a Câmara de tentar tirar poder da PF. Derrite recuou e apresentou uma nova versão nesta segunda (10), autorizando a atuação da Polícia Federal sempre que houver relação com sua competência legal ou a pedido de autoridades estaduais e do Ministério Público.

Hugo Motta saiu em defesa do relator e negou qualquer tentativa de enfraquecer a PF,. “O papel da Polícia Federal é inegociável no combate ao crime organizado”, disse, classificando como “fake news” as acusações de interferência política. Segundo ele, o texto busca um consenso entre União e estados, sem transformar o projeto em “palanque eleitoral”.

A Lei Antifacção, prioridade da Câmara, deve ser votada até esta quarta (12). O objetivo é endurecer o combate ao crime organizado e impedir que facções continuem crescendo no país — problema que já ultrapassou fronteiras estaduais e desafia a segurança pública nacional.

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

VÍDEO: COP30 VIROU ZONA: Protesto acaba em empurra-empurra, confusão e ferido na ‘área VIP’ da ONU

Imagens: Reprodução/Metrópoles

O clima esquentou na COP30, em Belém. Uma manifestação da sociedade civil, com participação de indígenas, terminou em correria, empurra-empurra e um ferido em frente à Blue Zone, a área mais restrita da conferência, onde ficam líderes e autoridades mundiais.

O protesto fazia parte da Marcha Global Saúde e Clima, que reuniu cerca de 3 mil pessoas no trajeto até o evento. Segundo os organizadores, tudo corria dentro do combinado com a COP — mas um grupo independente tentou avançar além da área de segurança.

Foi o suficiente para começar a confusão. Agentes da ONU reagiram, expulsaram os manifestantes e chegaram a montar barricadas com mesas para bloquear a entrada. Um membro da equipe de segurança acabou ferido e foi levado de cadeira de rodas.

Jornalistas que tentaram filmar o tumulto também foram hostilizados por seguranças do Departamento de Segurança da ONU (UNDSS), que impediram o registro de imagens.

Até o momento, a ONU não se manifestou oficialmente sobre o episódio.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Boulos chama relator do PL Antifacção de “protetor do crime organizado” e acusa Tarcísio de “mandar fazer o serviço sujo”

Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, partiu pra cima do deputado Guilherme Derrite nesta terça-feira (11) e detonou o relatório apresentado pelo parlamentar sobre o PL Antifacção. Boulos classificou o parecer como uma “PEC da blindagem 2.0”, insinuando que Derrite estaria tentando proteger o crime organizado e atrapalhar a Polícia Federal.

“Ele está protegendo alguém, querendo acobertar alguém ou, como se diz na linguagem popular, passando pano pra alguém”. O ministro foi além e atacou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas: “O Tarcísio mandou o Derrite voltar pra Câmara pra fazer o serviço sujo. Essa é a verdade”.

Derrite, que deixou a Secretaria de Segurança Pública paulista na semana passada pra reassumir o mandato, rebateu e disse que não há nenhuma tentativa de limitar a PF.

Mas dentro do governo Lula, o clima é de bronca. Outros ministros, como Haddad, Gleisi e Lewandowski, também criticaram o relatório, que será votado nesta quarta-feira (12). O projeto, de autoria do Executivo, pretende endurecer o combate às facções criminosas — mas o texto de Derrite mudou pontos-chave, como a forma de atuação conjunta entre a PF e as polícias estaduais.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

ORGULHO POTIGUAR: Pesquisadores da UFRN entram na lista dos cientistas mais influentes do mundo

Foto: Reprodução

Sete pesquisadores da Universidade Federal do RN (UFRN) foram reconhecidos entre os cientistas mais influentes do mundo em 2025, segundo ranking internacional da editora Elsevier, uma das maiores do setor científico. O levantamento destaca os pesquisadores mais citados globalmente ao longo de 2024, com informações do Novo Notícias.

Entre os nomes, dois são do Instituto de Química (IQ): Carlos Alberto Martínez-Huitle e Kássio Michell Gomes de Lima, ambos do Centro de Ciências Exatas e da Terra (CCET). O grupo ainda inclui Madras Viswanathan Gandhi Mohan, João Medeiros de Araújo, Rafael Chaves, Edward J. Tehovnik e Eudenilson Lins de Albuquerque, de áreas como Física, Engenharia e Neurociências.

Para Kássio Michell, que é professor titular da UFRN e bolsista de produtividade do CNPq, o reconhecimento é fruto de trabalho em equipe. “É uma honra representar nossa universidade e mostrar que o Nordeste faz ciência de ponta”, afirmou.

Já Martínez-Huitle, que aparece na lista pelo sétimo ano consecutivo, reforça que o destaque é coletivo: “Esse reconhecimento é de todo o grupo. Ciência se faz com colaboração e paixão.”

Os dois pesquisadores atuam em áreas estratégicas — como química analítica, produção de hidrogênio verde, tratamento de água e soluções sustentáveis para a indústria, meio ambiente e saúde pública. Mais uma vez, a UFRN mostra que faz ciência de excelência — e com DNA potiguar.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

Veja fotos da “Papudinha”, cela onde Bolsonaro pode cumprir pena — com TV, ventilador e até copa

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom Agência Brasil

A chamada “Papudinha”, como é conhecida a carceragem do 19º Batalhão da PM do Distrito Federal, pode ser o destino do ex-presidente Jair Bolsonaro para cumprir a pena de 27 anos e 3 meses de prisão imposta pelo ministro Alexandre de Moraes, no caso da suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022.

As fotos do local, obtidas pelo portal Metrópoles em um processo de 2023, mostram celas amplas, com beliches, TV, ventilador e até uma copa. Segundo a reportagem, o espaço foi reformado recentemente e tem estrutura bem diferente das unidades comuns da Papuda — o que reacende a discussão sobre tratamento diferenciado para autoridades e políticos.

Fotos: Reprodução/Metrópoles

A equipe do ministro teria visitado o local pessoalmente para avaliar as condições da carceragem. Foram inspecionadas três áreas: o bloco de segurança máxima da Papuda, o Complexo Penitenciário principal e a Papudinha, onde já ficaram presos nomes conhecidos, como o ex-ministro Geddel Vieira Lima.

De acordo com a coluna Igor Gadelha, Moraes já teria sinalizado a aliados que a Papudinha é o local mais provável para receber Bolsonaro quando a prisão for executada. Por enquanto, o ex-presidente segue recorrendo da condenação, mas o destino já parece traçado — e com ventilador, TV e tudo.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Derrite recua e tira terrorismo do projeto antifacção: “Não é recuo, é estratégia”

Foto: Pablo Jacob/Governo de SP

Pressionado por governistas, Polícia Federal e Ministério Público, o deputado Guilherme Derrite desistiu de equiparar o crime organizado ao terrorismo no texto do projeto antifacção. A proposta original previa endurecer a lei antiterrorismo para enquadrar facções criminosas, mas o relator voltou atrás — ou, como ele mesmo disse, “mudou de estratégia”.

“Vamos manter um texto duro. Isso eu não abro mão”, garantiu Derrite em entrevista coletiva. Segundo o parlamentar, o novo texto vai aumentar as penas contra integrantes de facções, mas sem alterar a lei do terrorismo. Ele negou recuo e afirmou que a mudança “beneficia a população”.

A decisão veio após forte reação da Polícia Federal, que alertou para risco de perda de autonomia nas investigações, e do governo Lula, que teme impacto sobre operações de combate ao crime organizado. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegou a dizer que o relatório “fortalece o próprio crime organizado” e poderia prejudicar ações da Receita Federal, como a Operação Cadeia de Carbono, no Rio de Janeiro.

Mesmo com o recuo, Derrite promete “linha dura” contra as facções e diz que o texto será “um marco legal do combate ao crime organizado”. Nos bastidores, aliados avaliam que o deputado tenta blindar o projeto das críticas sem abrir mão do tom mais rígido que o fez ganhar força entre os defensores de uma política de segurança mais firme.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Polícia

Homem é preso por agredir e ameaçar ex em Nova Cruz — e ainda bate em policial durante prisão

Foto: Divulgação/PCRN

Um homem de 31 anos foi preso nesta terça-feira (11) em Nova Cruz, no Agreste potiguar, depois de descumprir medida protetiva, ameaçar e injuriar a ex-companheira. A prisão foi feita por equipes da Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) no bairro Cidade do Sol.

O sujeito já era figura conhecida da polícia. Ele havia sido preso em março deste ano pelo mesmo crime, mas foi solto em outubro. Segundo a investigação, o homem voltou a usar drogas e recomeçou o ciclo de ameaças e violência psicológica contra a vítima.

Na hora da prisão, o “valentão” resistiu à abordagem e ainda partiu pra cima de um policial, sendo autuado também por resistência e lesão corporal. Depois dos procedimentos, foi mandado de volta para o sistema prisional, onde deve continuar — pelo menos por enquanto.

A Polícia Civil reforça que qualquer denúncia pode ser feita de forma anônima pelo Disque 181.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

México mete tarifa de 210% no açúcar importado e Brasil entra na mira

Foto: Reprodução

O governo do México resolveu pesar a mão e anunciou tarifas de até 210% sobre o açúcar importado de países com os quais não tem acordos comerciais — o que inclui o Brasil. A medida, que entrou em vigor nesta terça-feira (11), é uma tentativa da presidente Claudia Sheinbaum de proteger os produtores locais e segurar o impacto da queda dos preços internacionais, segundo informações de O Antagonista.

A decisão faz parte do chamado “Plano México”, programa lançado para fortalecer a produção doméstica e estimular a economia nacional. As novas tarifas atingem vários tipos de açúcar, como o de cana, beterraba, xaropes e açúcar líquido refinado. Antes, a taxação era bem menor — cerca de US$ 0,36 por quilo.

Em nota publicada na rede X, o Ministério da Agricultura mexicano disse que o aumento serve para “proteger empregos e evitar distorções no comércio internacional”. Traduzindo: o governo quer frear a entrada de açúcar estrangeiro e dar fôlego à indústria local, que vinha sofrendo com o excesso de oferta no mercado global.

A nova taxação atinge em cheio o Brasil, um dos maiores exportadores de açúcar do mundo e fornecedor importante para o México. A decisão surge num momento em que o país latino negocia com os Estados Unidos ajustes no acordo comercial USMCA (o “Nafta 2.0”), previsto para revisão em 2026. Especialistas alertam que o movimento protecionista pode esfriar relações comerciais e aumentar o preço do produto nos mercados interno e externo.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

VÍDEO: BATE-BOCA NO STF: Toffoli e Mendonça trocam farpas e expõem racha: “Vossa excelência está exaltado”

Imagens: Reprodução/Metrópoles

O clima ferveu na Segunda Turma do STF nesta terça-feira (11). Os ministros Dias Toffoli e André Mendonça protagonizaram um bate-boca constrangedor em plena sessão, durante o julgamento de um caso que se arrasta desde 2005, segundo informações do Metrópoles.

A discussão começou quando Mendonça discordou do voto de Toffoli sobre um processo em que um juiz processou um procurador da República por ataques pessoais em entrevistas à imprensa. O ponto central era saber quem deve pagar a indenização — o servidor público ou o Estado, com base no chamado Tema 940 do STF.

Toffoli defendeu que o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) agiu certo ao responsabilizar diretamente o procurador. “Cria um precedente muito ruim para os servidores públicos”, alertou. Mendonça rebateu dizendo que na época “era comum esse tipo de conduta”. Foi o bastante para o clima azedar. “Vossa excelência está exaltado”, disparou Toffoli, em tom irritado. Mendonça respondeu de forma seca: “Não acho.”

O embate durou cerca de dois minutos, mas deixou claro o racha interno no STF, onde até os ministros indicados por governos diferentes já não escondem as divergências — nem a impaciência.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Lewandowski diz que projeto antifacção é inconstitucional e segura votação na Câmara

Foto: Reprodução

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, jogou um balde de água fria no projeto antifacção que o governo Lula vinha tentando empurrar no Congresso. Em reunião com o presidente da Câmara, Hugo Motta, o ministro disse considerar inconstitucionais trechos do relatório feito pelo deputado Guilherme Derrite, que é ligado ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas — provável nome da direita para enfrentar o PT em 2026.

A conversa durou quase uma hora na residência oficial da Câmara, e o resultado foi claro: a votação, que estava prevista para esta terça (11), deve ser adiada. Derrite, relator do projeto, tem reescrito o texto várias vezes, mas o governo segue chiando. Um dos motivos é que as mudanças dele tirariam poder da Polícia Federal, obrigando operações a depender de autorização de governos estaduais — o que, segundo delegados, enfraqueceria investigações contra o crime organizado.

Lewandowski usou o artigo 144 da Constituição para sustentar que o texto mexe em funções da PF e ainda criticou a tentativa de equiparar facções criminosas ao terrorismo, algo que o Planalto rejeita com medo das consequências políticas. Bastidores de Brasília dizem que o governo teme também que o relatório crie brechas para blindar políticos investigados.

A escolha de Hugo Motta por Derrite irritou o Planalto, que viu um movimento político para fortalecer Tarcísio e transformar o debate sobre segurança pública em palanque eleitoral antecipado. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, correu para reunir aliados e tentar resgatar o texto original do governo — ou, no mínimo, empurrar o assunto com a barriga até que o clima político esfrie.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *