“A gente sabe que toda obra traz transtorno temporário, mas o problema dessa é que está demorando desde a copa e a gente não sabe quando vai concluir”. O temor do comerciante Carlos Solto, de 58 anos, se estende a todos os outros que convivem com as obras de macrodrenagem, que cruzam parte da zona Oeste e que deveriam ter sido concluídas como legado da Copa do Mundo de 2014. A incerteza está no fato de a empreiteira Queiroz Galvão, responsável pelos serviços, ter anunciado que vai paralisar as obras.
A Construtora alega falta de pagamento por parte da Prefeitura, que por sua vez nega qualquer atraso. “A Construtora Queiroz Galvão confirma o desligamento dos funcionários e a suspensão da obra por atraso de pagamentos e outras questões contratuais com a prefeitura”, resumiu a empresa em nota. Os trabalhadores já estão em aviso prévio e a paralisação vai incluir os dois trechos em obras: o primeiro que vai levar a água da Lagoa de São Conrado até o túnel de macrodrenagem que já está pronto na BR 226 às margens do rio Potengi; e o trecho que vai receber as águas das Lagoas do Centro Administrativo do Governo do Estado, levando-as pela Avenida Jerônimo Câmara ao túnel que deságua no rio.
O Secretário Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura ( Semov/Natal), Carlson Gomes, no entanto, apresentou outra versão para o impasse e negou atraso de pagamentos à empreiteira. Segundo disse, o que ocorre é uma negociação para readequar os contratos em análise na Caixa Econômica Federal. Inclusive, nesta quarta-feira (21), este foi um dos assuntos discutidos entre ele e representantes do banco.
“A questão está em duas adequações ao projeto que estão em tratativa há mais de cinco meses na Caixa. Não existe atraso no pagamento. O que existe é uma adequação à obra e uma discussão para reajuste de medições e preços. Mas nada disso é impeditivo para que as obras continuem”, declarou Carlson Gomes, ressaltando que para este ano restam apenas R$ 5 milhões a serem liberados para os serviços. “Não existe outro valor a ser liberado, fora recursos próprios, caso o Município entenda”, frisou.
A obra, cujo orçamento passou dos iniciais R$ 142 milhões para R$ 210 milhões, começou em 2013. Desde então, sofreu com imprevistos que, além de elevar o valor inicial em R$ 68 milhões, fez estender os prazos desde que foi iniciada. Entre Janeiro de 2017 e dezembro de 2018 os serviços ficaram parados por falta de estudos ambientais.
Tribuna do Norte
Começou antes da copa de 2014. Calcule aí a ruma de parasita sugando dessa obra nos moldes petistas. Aditivo toda semana.
SIM!! E DAI? A OBRA PARA OU NÃO PARA?
A construtora ainda vai mamar mais uns 70 milhões,isso é obra dos petralhas, não termina nunca por “falta de verba”.
Além da construtora tem muitos colaboradores para receber a sua parte.