Finanças

PSDB paga R$ 2,5 milhões por ações de 'militância'

O comitê financeiro da campanha presidencial de Aécio Neves (PSDB) pagou em agosto cerca de R$ 2,5 milhões à uma empresa de eventos por um serviço descrito como “atividades de militância e mobilização de rua”.

Com sede no Rio de Janeiro, a Entreter Festas e Eventos “forneceu” para a campanha do tucano 1.112 cabos eleitorais. As candidaturas de Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) não registraram o mesmo serviço em suas prestações de contas com essa descrição.

Segundo a campanha tucana, as despesas pagas para a Entreter são de serviços de “adesivação de veículos” e o custo total engloba gasto com gasolina, transporte e outros itens, e “não são apenas salários”. Especialistas em legislação eleitoral ouvidos pela reportagem dizem que a contratação de cabos eleitorais não é ilegal, mas as campanhas precisam informar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) os dados de cada um dos funcionários.

“O gasto é lícito desde que a empresa apresente a relação individualizada de todo o pessoal contratado”, afirma o advogado Silvio Salata, membro da comissão nacional de direito eleitoral da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O comitê do tucano não informou, até as 20 horas de ontem, se indicou os dados de seus cabos eleitorais na prestação de contas que foi enviada. Em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República, Aécio Neves (PSDB) tem utilizado cabos militantes profissionais para engrossar suas atividades de rua e ao mesmo tempo, garantir boas imagens para o horário eleitoral gratuito e para os telejornais.

Corte

Em Minas Gerais, o comitê da dobradinha tucana Pimenta da Veiga (candidato a governador)-Aécio Neves promoveu na semana passada um corte em sua equipe de “cabos eleitorais”. Pelos menos 200 funcionários designados para atividades de rua foram dispensados da campanha.

A reportagem apurou que o PSDB pagou entre R$ 700 e R$ 1.200 para cada cabo eleitoral atuar em um regime de dedicação exclusiva.

Despesas

Além dos cabos eleitorais terceirizados, a campanha de Aécio Neves também declarou ter gasto R$ 6.805.902,35 com “serviços prestados por terceiros”, nos últimos dois meses. Esse foi o segundo principal foco de despesas, só perdendo para a produção do programa de TV, que consumiu R$ 6.984.497,52. Outros R$ 69.176 foram gastos com publicidade e telemarketing.

Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

  1. O apressado come cru. O povo engorda e estica muito as histórias, mesmo sem ter ainda provas. O caso é que a Justiça abarrotada de processos que não andam, não é justiça. Mas devagar com o andor, uma acusação ainda não é uma condenação. Entre uma e outra existe um longo caminho. Sobre a “delação premiada”: Não basta apontar nomes; é preciso oferecer provas. só abrir o bico não basta. Precisa se formar um cabedal de provas endossando o que é denunciado. A Justiça, em muitas situações, tem rechaçado pedidos dessa natureza e desconsiderado “certezas” denunciativas. Hoje, o juízo de valor de boa parte da sociedade é que todos são culpados. Existe uma sentença prolatada em cada cabeça. Muitos querem mesmo o linchamento moral, para rápido resultado “político-eleitoral”.Contudo convem não confundir o papel da Mídia com o da Justiça. “Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados.”Já dizia Millôr Fernandes.

  2. "Há um incêndio, madame
    Dilma presidiu o conselho da Petrobras por oito anos, nomeou seus diretores e o ministro Edison Lobão (Minas e Energia), sua campanha é paga com dinheiro arrecadado pelo tesoureiro do PT, João Vaccari, e o os aliados recebiam propina. Mas ela diz que “não atinge o governo”."

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