“Não faz um bom trabalho” foi o argumento contra a reeleição que mais cresceu desde novembro: de 27% para 36%. É conjuntural, oscila junto com a avaliação do governo, e é mais comum entre quem votou em Bolsonaro:
Mas o “não faz um bom trabalho” cresceu menos entre eleitores de Bolsonaro (9 pontos) do que entre eleitores de Lula (11 pontos) entre novembro e fevereiro.
Em tese, essa perda é reversível, especialmente entre os lulistas. Mas, claro, desde que o desempenho do governo melhore. Outros argumentos parecem mais difíceis de mudar, mas só parecem, pois também oscilam repentinamente.
A segunda maior objeção (39%) à recandidatura de Lula tem a ver com desgaste da imagem presidencial e desejo de renovação:
- 17% citam idade avançada e saúde do presidente,
- 11% dizem que ele já teve sua chance,
- 7% dizem que é preciso renovar,
- 3% afirmam que ele prometeu não se candidatar de novo,
- 1% é contra a reeleição em geral.
Essa soma era muito maior em novembro: 55%. Ou seja, caiu 16 pontos. Lula não ficou mais novo nos últimos meses, mas as notícias sobre sua saúde e sobre a operação na cabeça sumiram. Longe das manchetes, longe da preocupação dos eleitores.
Porém, a troca do noticiário sobre a saúde do presidente pelo aumento do preço dos alimentos (somada à campanha de desinformação sobre a taxação do Pix) resultou em saldo negativo para Lula.
Lula perdeu apoio, principalmente, entre quem costuma apoiá-lo em quase todas as eleições
Entre os brasileiros mais pobres, que ganham até 1 salário mínimo por mês, inverteu-se a maioria: 52% dizem agora que Lula não deveria se candidatar em 2026. Há três meses, 53% diziam o contrário, que deveria. Era o único segmento de renda que apoiava majoritariamente o Lula 4. Não mais.
No Nordeste aconteceu quase a mesma coisa. Os 56% que, em novembro, apoiavam a reeleição de Lula caíram para 48%. Estão agora empatados tecnicamente com os 49% que se opõem ao quarto mandato. Os do contra cresceram sete pontos desde novembro.
Cada vez mais lulistas que deram 3 de cada 4 votos nordestinos ao presidente em 2022 não estão gostando do terceiro mandato. Em três meses, aumentou 10 pontos a frequência dos moradores da região Nordeste que dizem que não apoiam a reeleição de Lula porque ele não está fazendo um bom trabalho como presidente.
A conclusão a que se chega analisando os números da pesquisa Ipec é que o Lula 3 é o maior inimigo do Lula 4. O governo não tem nada exuberante a mostrar. O que tem foi insuficiente para convencer a maioria do eleitorado (e grande parte de seus simpatizantes) de que está fazendo um bom trabalho.
A idade do presidente, que fará 80 anos em outubro, pode ser um problema para sua reeleição? Os números mostram que sim, mas idade é um problema acessório, que ganha força quando há noticiário negativo sobre a saúde presidencial e reflui quando não há.
Na linguagem dos políticos, o governo não tem entrega. Não deixa marca, logo, não mostra a que veio. Como consequência, o eleitor quer trocá-lo. Essa é a chave principal de qualquer eleição, continuidade versus mudança. Os ventos estão para mudança.
Quando eles sopram nesse sentido, o nome do candidato governista faz diferença, mas não é o fator principal na eleição. Ventos de mudança, quando são muito fortes, inviabilizam qualquer um que esteja tentando convencer o eleitorado que está bom como está. O único argumento nesses casos é o “medo da mudança”. Seria irônico Lula trocar a esperança pelo medo na sua última eleição presidencial.
Há dois jeitos de um governante tentar reorientar os ventos da opinião pública: mudar o governo ou mudar a comunicação. De preferência, ambos.
A mudança feita por Lula, até agora, foi a mais fácil: na comunicação. Empoderou o marqueteiro Sidônio Palmeira no comando do que o governo diz. Mas o problema principal – e muito mais difícil de lidar – é o que o governo faz, ou deixa de fazer. Para mudar a ação, a proposta sempre cogitada e nunca executada é uma reforma ministerial. Se e quando virá, só Lula sabe.
Quanto mais tempo demora a mudança no governo, menos tempo sobra para mudar a direção da opinião pública. A campanha eleitoral é permanente, mas só pega fogo a partir de maio do ano que vem. Restam 15 meses para Lula 3 viabilizar Lula 4 – ou Haddad 1.
Por José Roberto de Toledo – UOL
No Brasil não temos mais um regime democrático, o Lule ontem num discurso por alguns momentos de sincericídio, admitiu que num regime democrático as decisões tomadas jamais teriam sido feitas. Esperar que os esquerdopatas enxerguem os fatos, talvez só desenhando.
Meu Deus! Quando vai acabar esse chororô?
Democracia é tirar um ladrão da prisão e fazer ele Presidente.
Alexandre de Morais, na campanha, proibiu Bolsonaro de dizer q Lula era amigo de Maduro. Agora eu pergunto são amigos ou não?
Ouvi outro dia um acusado de roubo dizer: se eu for condenado, não acredito mais na justiça.
Esse homem não acredita no povo Brasileiro e vem falar em democracia. Não reconheceu a derrota para Lula em 2022 aí fica conversando abobrinhas. Seu INELEGÍVEL.
O pior ignorante do mundo é o ignorante politico.
Se reunir com embaixadores é crime inafiansável. Subir o morro das favelas para negociar com facções é “AMOR”.
Faz o JANJO
Eu já não acredito na democracia faz tempo, estamos em plena ditadura do judiciário.
NUNCA ACREDITOU!
Sempre sonhou em dar um golpe.
Errado não está!
Democracia: Vontade do povo! A Vontade do povo não pode ser determinada por ministros do STF!