A Direção Geral de Serviços Alfandegários (DGA) do regime de Daniel Ortega e Rosario Murillo emitiu em 16 de janeiro uma nova disposição que proíbe todos os turistas de entrar na Nicarágua com equipamentos fotográficos e binóculos de visão noturna, que podem ser retidos por agentes de fronteira em articulação com a Polícia Nacional. A medida foi adotada depois que repórteres e documentaristas chegaram ao país para registrar a repressão que os nicaraguenses sofrem desde 2018.
— Isso poderia ser chamado de “coreanização” da Nicarágua — disse ao El País o ex-deputado exilado na Costa Rica, Eliseo Núñez, referindo-se à censura do regime de Kim Jong-un na Coreia do Norte. — Vai além do que os regimes cubano e chinês fazem com os turistas e tem como objetivo fechar a Nicarágua a qualquer observador externo. A proibição de câmeras é algo que pode soar inútil diante dos celulares de última geração, mas o regime aposta que quem chegar com celular não estará constantemente em busca de informações. O mais dramático é como isolam o país.
O regime sandinista justificou a proibição da entrada de binóculos de visão noturna argumentando que se trata de um equipamento de “uso privado” do Exército da Nicarágua e da Polícia Nacional, duas instituições acusadas de reprimir protestos sociais com armas de fogo. “Os binóculos que não obtiverem o ‘Certificado de Não Regularização’ pela Polícia Nacional e que não sejam retirados pelo viajante no prazo de três meses após a retenção, serão remetidos mediante certificado de entrega à autoridade superior da Polícia”, adverte a instituição.
No caso das câmeras fotográficas, os turistas podem ingressar no país com “um aparelho fotográfico e uma lente de longo alcance”.
“Quantidades superiores às permitidas, esclarece a entidade aduaneira, estarão sujeitos ao cumprimento das obrigações fiscais aplicáveis”, estabelece a DGA. No entanto, fontes do setor aduaneiro sustentam que, mais do que uma medida de arrecadação de impostos, o regime sandinista estaria usando essa lei “com fins políticos para impedir o trabalho de jornalistas ou documentaristas”.
O comunicado da alfândega inclui um longo inventário de modelos de câmeras, filmes e lentes que não podem entrar na Nicarágua. O país sofreu uma queda considerável no turismo internacional durante a crise sócio-política. Este setor tem sido historicamente um dos principais motores da economia e, até agora, nem a câmara privada de turismo nem os empresários do setor — muitos dedicados às atividades de observação de aves — se pronunciaram sobre a proibição.
— A circular da DGA apresenta uma lista bastante detalhada de equipamentos fotográficos e cinematográficos das três principais marcas, que são Canon, Sony e Nikon. O detalhe importante é que são equipamentos de última geração, projetados para profissionais, e provavelmente um turista normal não tem acesso a esse tipo de equipamento porque são muito caros — disse ao El País Carlos Herrera, um dos fotojornalistas mais renomados da Nicarágua. — Essa medida é mais um mecanismo de censura contra jornalistas e documentaristas que tentam registrar o clima de opressão no país.
Licença dada pela ex-nora
O comunicado instrui que o turista ou viajante que deseje entrar com uma câmera ou equipamento de filmagem “profissional ou amador” deve solicitar o aval da Cinemateca Nacional, dirigida por Idania Castillo, ex-nora do casal presidencial e muito próxima da vice-presidente Rosario Murillo. Durante o auge da repressão policial e paramilitar contra os protestos sociais em 2018, Castillo foi encarregada de atender às solicitações da imprensa internacional e enviar-lhes declarações oficiais.
A ex-esposa de Juan Carlos Ortega-Murillo, filho de Ortega e Murillo, ganhou muito peso no círculo próximo do casal presidencial — avós de seus filhos —, a tal ponto que em outubro de 2022 a Assembleia Nacional reformou a Lei Criadora da Cinemateca Nacional e atribui a ela a função de supervisionar as produções audiovisuais e cinematográficas realizadas na Nicarágua. A lei incorporou um novo capítulo em que é criado um Registo de Atividade Cinematográfica Audiovisual, no qual devem inscrever-se as pessoas físicas e jurídicas, nacionais ou estrangeiras, que se dediquem à atividade no país.
Essa entidade autônoma “pode proibir o desenvolvimento, a exibição pública, a comercialização de produtos cinematográficos e audiovisuais, bem como a apreensão dos mesmos, caso não cumpram essa lei, nos termos da legislação”. Em outras palavras, insistem os diretores de fotografia, uma mordaça sobre a liberdade criativa em um contexto onde foram publicados uma série de documentários sobre a repressão, perseguição e exílio causados pela família Ortega-Murillo.
— De certa forma, a restrição a algumas equipes já era feita na prática — diz Herrera. — No comunicado da DGA citam uma lei aduaneira que foi publicada no ano 2000, mas o que acontece é que nem sempre a aplicaram. Obviamente nestes tempos há um interesse maior nisso, até para controlar também os nacionais. Então, a gente vê que eles usam leis que têm outros propósitos para tomar decisões políticas. Noutros países não é necessário esse tipo de processo para ingressar com equipamento fotográfico ou cinematográfico. Basta ver que o equipamento está em uso e explicar que você é fotógrafo ou jornalista.
O São João de Natal foi marcado, neste sábado (14), pela mistura de ritmos e confirmação de que a festa já pode ser considerada um dos maiores eventos juninos entre as capitais brasileiras. A Arena das Dunas recebeu, no segundo dia de festa, um público de 105 mil pessoas, que curtiram as atrações da noite do início ao fim. O jovem forrozeiro sensação do Brasil e dono de uma inconfundível voz, João Gomes, não decepcionou e fez um grande show. A banda Raça Negra também levantou a galera, cantando todos os sucesso da trajetória vitoriosa do grupo. O sertanejo teve espaço com as performances de Gustavo Mioto e Israel Fernandes.
Mais uma vez participando do evento, o prefeito de Natal, Paulinho Freire, esteve na festa acompanhando da primeira dama do município e secretária municipal de Trabalho e Assistência Social, Nina Souza, além da secretária municipal de Cultura, Iracy Azevedo.
À imprensa, Paulinho falou sobre a grandiosidade do São João de Natal que, mesmo sendo o primeiro realizado pela atual gestão municipal, está atingindo dimensões sem precedentes: “Estou impressionado com o que estou vendo a cada dia de evento. Temos uma equipe experiente e tarimbada nesse tipo de festa, mas nunca poderia imaginar que alcançaríamos essa magnitude. Hoje, já podemos afirmar, sem medo de errar, que Natal tem uma das maiores festas de São João entre as capitais do Brasil”, celebrou o prefeito.
O público é o principal motivo para o São João de Natal entrar na lista dos melhores eventos do Brasil. A empolgação e animação crescem a cada final de semana. A opinião de quem participa do evento é de que agora Natal pode dizer que tem um São João à altura. “Tudo está muito lindo e organizado. A estrutura é maravilhosa. Acompanhei todas as apresentações até aqui e não tenho do que reclamar”, contou o pernambucano Sandro Luiz.
A estrutura, segurança e o cardápio de atrações organizado pela Prefeitura do Natal, também são responsáveis pelo sucesso da festa. O casal Maxsuel Lima e Gorete Lima curtiram o sábado ao lado das filhas adolescentes. A família aprovou o programa cultural. “Foi uma experiência incrível aproveitar esse momento ao lado da minha esposa e filhas. Viemos muito por conta de Raça Negra e as meninas por conta de João Gomes. Hoje todo mundo curtiu com alegria e segurança”, falou Maxuel.
Um policial militar da reserva foi morto a tiros pelo próprio filho na Grande Natal, segundo a Polícia Militar do Rio Grande do Norte.
O crime aconteceu na tarde deste sábado (14) na rua Governador Dinarte Mariz, em Macaíba.
A vítima foi identificada como o sargento da reserva João Maria Matias. Ele foi atingido por tiros nas costas no banheiro da casa onde morava e morreu antes de receber socorro médico.
Um filho do sargento, de 22 anos, foi preso em flagrante e levado para a delegacia como principal suspeito do crime.
A polícia não informou a possível motivação do crime até a publicação desta reportagem.
O caso será investigado pela Polícia Civil. O corpo da vítima foi recolhido e levado para o Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) para passar por exames necroscópicos.
O conflito direto entre Israel e Irã entra no quarto dia, neste domingo (15/6). Embora rivais históricos, nos últimos dias os dois países têm se enfrentado com bombardeios e ataques aéreos, que deixam vítimas de ambos os lados. A situação preocupa lideranças internacionais e coloca ainda mais tensão sobre o Oriente Médio.
Durante a noite desse sábado (14/6) e madrugada de domingo (15/6), pelo horário local, o Irã voltou a disparar mísseis contra Israel. O ataque deixou ao menos oito mortos e mais de 200 feridos em Israel, conforme divulgou a imprensa local. Sirenes tocaram em cidades israelenses várias vezes durante o período, obrigando os civis a buscarem abrigos seguros.
Em resposta, Israel disparou ofensiva aérea contra o Irã que teve como alvo instalações de gás e petróleo. Também foram atingidas, segundo as Forças de Defesa de Israel, instalações de projetos nucleares iranianos, incluindo o Ministério da Defesa.
A resposta dada por Israel cumpre a ameaça do ministro da defesa, Israel Katz, que afirmou que Teerã, capital do Irã, “queimará” caso continue a empreender ações contra o território israelense. Após o bombardeio à capital, Katz fez publicação em que afirma que “Teerã está queimando”.
Escalada no conflito
O disparo de novas levas de mísseis na noite de sábado, de ambos os lados, ocorreu no contexto da escalada na tensão no Oriente Médio após Israel lançar o que chamou de “ataque preventivo” contra o Irã, com foco no desmantelamento do programa nuclear iraniano.
Desde então, o Irã tem respondido com disparos de mísseis em direção a Israel, o que tem sido feito com exército de drones e mísseis. A reação veio na noite de sexta-feira (13/6) e, agora, se repetiu na noite de sábado (15/6). Não há no horizonte, entretanto, cenário de desescalada do conflito.
Em comunicado, o Irã alertou os governos dos Estados Unidos, Reino Unido e França de que qualquer ação que tente impedir os ataques contra o território de Israel resultará em retaliação por parte das forças armadas iranianas.
“Ofensiva preventiva”
Na última quinta-feira (12/6), as Forças de Defesa de Israel dispararam uma “ofensiva preventiva” contra o programa nuclear do Irã.
O governo israelense já vinha, antes do ataque, subindo o tom contra contra o regime do aiatolá Ali Khamenei, com ameaças ao programa nuclear.
Nos últimos anos, o avanço nuclear do Irã incomodou a comunidade internacional. Israel, que é uma potência nuclear, via o avanço como uma ameaça.
Embora ambos os países sejam rivais históricos, o ataque levou ao aumento da instabilidade no Oriente Médio.
Tensão no Oriente Médio
O conflito entre Israel e Irã escalou na última quinta-feira (12/6), quando o exército israelense realizou “ataques preventivos” contra o território iraniano. Em resposta, Teerã lançou uma ofensiva contra os israelenses na sexta-feira (13/6). Em 2024, Israel havia bombardeado a embaixada do Irã na Síria, o que levou a uma retaliação do país persa.
A recente troca de ataques entre os rivais históricos, porém, não tem precedentes, e aumentou mais ainda a tensão no Oriente Médio. A região lida com o conflito entre Israel e o Hamas, que desde outubro de 2023 estão em guerra.
O São João de Natal segue em alta, e a noite deste sábado (14) foi mais uma prova disso. A Arena das Dunas recebeu um grande público para curtir um verdadeiro festival de ritmos e emoções, com shows de Israel Fernandez, Gustavo Mioto, Raça Negra e João Gomes.
Quem abriu a programação foi o goiano Israel Fernandes, que trouxe toda a força do sertanejo raiz em um show contagiante. Em seguida, Gustavo Mioto tomou conta do palco com seus hits românticos e animados, levando os fãs ao delírio com sucessos que estão entre os mais tocados do país.
Na sequência, o clima de nostalgia e romantismo tomou conta da Arena com o show da lendária banda Raça Negra. Com um repertório repleto de clássicos, o grupo fez o público cantar em coro do início ao fim.
Encerrando a noite com chave de ouro, João Gomes subiu ao palco e transformou a Arena em um grande arrasta-pé. Com sua voz inconfundível e repertório marcado por piseiro e forró moderno, o cantor botou todo mundo pra dançar até o último minuto.
A tal camisa vermelha da Seleção, que tanta polêmica causou em abril, rendeu o primeiro grande susto para Samir Xaud na CBF. Um dia depois de ser eleito e tomar posse como presidente da entidade, três semanas atrás, Xaud se reuniu com patrocinadores da entidade, entre eles a Nike.
Um representante da marca foi questionado por um diretor da CBF sobre o uniforme e informou que a camisa aprovada diretamente por Ednaldo Rodrigues estava em plena produção — e seria a número 2 da Copa do Mundo de 2026. Isso apesar de a entidade, ainda sob Ednaldo, ter garantido em nota oficial que os padrões nas cores amarelo e azul seriam mantidos.
Xaud convocou uma reunião de emergência para a manhã seguinte, que teve participações de representantes da empresa nos EUA, por videoconferência. Bateu o pé pelo uniforme azul. Só então a Nike interrompeu a produção e começou a elaborar o modelo da cor tradicional para a nova coleção, que está sendo fechada.
A Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo confirmou o primeiro caso de gripe aviária no Estado, em 2025. Segundo a pasta, não há risco para a população, nem impacto à cadeia produtiva de aves e ovos. O foco ocorreu em uma marreca-caneleira, ave silvestre localizada na região central de Diadema, município da Grande São Paulo.
No Brasil, o primeiro caso de gripe aviária (influenza aviária de alta patogenicidade) em granjas comerciais foi registrado no dia 15 de maio, em Montenegro, no Rio Grande do Sul. A ocorrência levou cerca de 20 países, entre eles China, África do Sul e México, a suspenderem as importações de carne de frango do Brasil.
O caso positivo de São Paulo foi confirmado pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA-SP). Segundo a Secretaria de Agricultura, trata-se de um caso isolado, em ave silvestre migratória, sem qualquer relação com granjas comerciais ou produção de alimentos.
Segundo a pasta, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) fez o exame e colheita de amostras da ave. Ela foi encontrada sem reação à presença humana e apresentava sinais clínicos, como dificuldade de voar, letargia e alterações respiratórias e neurológicas.
Este ano, o Estado de São Paulo teve 37 notificações para influenza aviária, mas nenhum caso havia sido confirmado. Em 2024, houve apenas um foco confirmado em 110 notificações. No ano anterior, São Paulo registrou 53 focos, todos em aves silvestres.
Sem embargo à carne ou risco à população
Conforme a CDA, em se tratando de foco de influenza aviária em ave silvestre, não ocorre embargo nas exportações de carnes e ovos, não sendo alterado o status sanitário de São Paulo e do Brasil perante a Organização Mundial de Saúde Animal. O governo de São Paulo garante não haver risco à população nem impacto na produção avícola, e que o consumo de carne de aves e ovos é seguro.
Conforme a CDA, não há estabelecimentos avícolas comerciais no raio de 10 quilômetros da ocorrência do foco. Serão realizadas ações de vigilância na área para identificar a possível ocorrência de mortandade em aves ou a existência de sintomatologia compatível com a doença. Os moradores locais serão instruídos para identificar eventuais sinais da gripe.
Segundo o governo, a Defesa Agropecuária está em contato permanente com equipes técnicas da Secretaria da Saúde, Secretaria do Meio Ambiente e administrações de Parques Zoológicos do Estado, além de organizações não governamentais, para ações conjuntas de enfrentamento à gripe aviária.
O que a população deve saber
A Defesa Agropecuária reforça que o consumo de carne de aves e ovos não transmite a doença, mas as pessoas não devem tocar em aves que apresentarem sinais clínicos.
A infecção humana ocorre principalmente por contato direto com aves infectadas, portanto aves doentes ou mortas não devem ser manipuladas sem a utilização de equipamento de proteção individual (luvas e máscaras).
O Estado de São Paulo não registrou, até o momento, nenhum caso da doença em humanos. A pasta da Agricultura elaborou um plano de contingência para coordenar ações para enfrentamento em caso de influenza aviária em humanos.
A secretaria realiza o monitoramento dos munícipes envolvidos na notificação do caso em Diadema.
O presidente Donald Trump alertou o Irã neste domingo que o país enfrentaria o que seria a “força total” das Forças Armadas dos Estados Unidos caso atacasse o país e enfatizou que Washington “não tem nada a ver” com os ataques de Israel às instalações nucleares de Teerã.
“Se formos atacados de qualquer forma pelo Irã, toda a força e poder das Forças Armadas dos Estados Unidos recairão sobre vocês em níveis nunca antes vistos”, disse Trump. Ele acrescentou que poderia “facilmente” chegar a um acordo entre Irã e Israel e “encerrar este conflito sangrento!”
A operação lançada por Israel na sexta-feira atingiu instalações nucleares e militares iranianas, matando dezenas de pessoas, incluindo comandantes militares de alto escalão e cientistas nucleares, segundo Teerã.
Irã lança mais de 100 mísseis balísticos, explosões atingem Tel Aviv, e Israel emite alerta à população
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu atacar “todos os alvos do regime dos aiatolás”, e o Irã respondeu com o lançamento de uma série de mísseis. Na sexta-feira, o presidente dos EUA instou Teerã a chegar a um acordo ou enfrentar ataques “ainda mais brutais” de Israel.
Durante seu primeiro mandato, um acordo nuclear histórico com o Irã, negociado pelo ex-presidente Barack Obama, foi suspenso em 2018, quando Trump retirou unilateralmente os Estados Unidos e restabeleceu as sanções.
O Brasil é o sexto país com o maior volume de ameaças de malware no mundo, segundo o relatório “Trend Micro Cyber Risk Report 2025″. Um malware é qualquer software projetado com a intenção de causar danos, roubar informações ou obter acesso não autorizado a sistemas digitais. Durante 2024, foram detectadas mais de 168 milhões de ameaças no país.
O Brasil ficou atrás de Japão, Estados Unidos, Índia, Alemanha e Taiwan. Segundo Flávio Silva, diretor técnico da Trend Micro Brasil, plataforma de cibersegurança, o relatório mostra a crescente sofisticação das ameaças cibernéticas.
Ele diz que a posição de destaque do Brasil no ranking global não é uma surpresa. “Historicamente, o Brasil tem sido um dos países mais visados por cibercriminosos, devido à sua grande população conectada e à rápida digitalização de serviços financeiros e governamentais”, explica.
Para o especialista, “a combinação de uma vasta superfície de ataque com lacunas na maturidade de segurança cibernética contribui para essa posição de destaque no ranking de países mais atacados”.
“O Brasil é um país que tende a adotar tecnologias emergentes de forma rápida, aumentando a superfície de ataques. Diante disso, o país tem sido alvo de ataques cibernéticos sofisticados que visam setores críticos, como transporte e manufatura“, completa Silva.
O estudo também identificou mudanças no perfil das ameaças. Conforme as informações, os ataques com ransomware aumentaram, e as “campanhas” de phishing tornaram-se mais sofisticadas.
Ransomware
Nesse tipo de ataque, os invasores sequestram dados corporativos por meio de criptografia e exigem o pagamento de resgates para restabelecer o acesso às informações.
Phishing
Consiste no envio de mensagens falsas, muitas vezes disfarçadas como comunicações legítimas, visando enganar usuários e obter credenciais, instalar malware ou acessar dados sensíveis.
Soluções
Quando o objetivo é mitigar riscos digitais, Flávio Silva alerta que a visibilidade dos ativos digitais também é essencial. “A visibilidade completa dos ativos digitais permite identificar pontos vulneráveis e priorizar ações de mitigação”, explica.
Segundo Flávio Silva, apesar dos desafios, há avanços. “Observamos uma evolução positiva, com mais empresas reconhecendo a importância da cibersegurança como parte estratégica do negócio. No entanto, ainda há um caminho a se percorrer, especialmente na adoção de práticas proativas e na integração de segurança desde o início dos projetos.”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recorreu neste sábado (14) ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e ao ex-presidente da Casa Arthur Lira (PP-AL) para tentar debelar a rebelião dos parlamentares contra o pacote de aumento de impostos apresentado pelo governo para reduzir o déficit nas contas públicas.
O recado dado ao presidente da República foi de que as insatisfações no Congresso com o governo são enormes por causa de acordos não cumpridos, da insistência em aumento da carga tributária sem corte de despesas e, principalmente, pela demora na execução das emendas parlamentares ao Orçamento.
A reunião foi convocada por Lula após a cúpula da Câmara indicar ao governo que a MP (medida provisória) de alta de impostos não deve avançar no Congresso se não houver uma mudança de rota do Palácio do Planalto com a apresentação de outras medidas de corte de despesas.
Motta pautou para segunda-feira (16) a votação do requerimento de urgência para acelerar o projeto que pode sustar a eficácia do decreto que elevou as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Também participaram do encontro deste sábado os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais), mas Fernando Haddad (Fazenda) não foi chamado, embora o assunto fosse o pacote fiscal. Procurada, a Fazenda não comentou.
Na conversa, Lula buscou entender os motivos pelos quais Motta classificou como “histórica” uma reunião com Haddad no domingo à noite para discutir medidas alternativas à alta do IOF e, no dia seguinte, criticou as propostas e cobrou que o governo cortasse gastos.
O presidente da Câmara respondeu que atendeu a um pedido da maioria dos partidos, que representam mais de 300 deputados, para incluir a urgência na pauta e que alertava desde o início de sua gestão sobre o esgotamento do clima no Congresso e na sociedade para novas medidas de aumento de impostos.
Também haveria desconforto com a inclusão na MP de propostas que não estavam discutidas, como uma trava ao uso de compensações tributárias, e da falta de iniciativas mais estruturantes para redução de despesas no médio e longo prazo.
O que não seria viável, segundo o presidente da Câmara, é o Congresso enfrentar novo desgaste no ano pré-eleitoral para apenas tapar um buraco, sem atacar os problemas de crescimento das despesas. Ele lembrou da votação do pacote fiscal no fim do ano e destacou que “não dá para discutir um novo pacote a cada três meses”.
O presidente da Câmara, no entanto, teria afirmado que o governo terá quatro meses para negociar o conteúdo da MP e que parte das iniciativas pode ser aprovada, como mudanças no Atestmed, de liberação de auxílio-doença do INSS sem passar por perícia, e no seguro defeso para combater fraudes na concessão de benefícios assistenciais.
Para essas medidas prosperarem, no entanto, Motta e Lira cobraram que o governo acelere a execução e o pagamento das emendas parlamentares ao Orçamento. Hoje, ressaltaram, os líderes dos partidos não têm condições de pedir apoio ao governo em suas bancadas porque o clima com o Executivo é péssimo.
Eles comentaram que estão na Câmara há 15 anos e que é a primeira vez que o governo chega ao meio do ano sem liberar praticamente nenhuma emenda parlamentar.
Até agora, o Executivo só empenhou (jargão técnico para a primeira etapa da execução orçamentária, com a reserva de dinheiro) R$ 85 milhões de R$ 50,4 bilhões previstos para 2025 –o que representa 0,1% do total.
Além disso, reclamam que os recursos das emendas de relator e de comissão continuam paralisados, mesmo após o Congresso aprovar atas com os nomes dos autores. Essas verbas foram criticadas pela falta de transparência sobre os padrinhos políticos e viraram alvo do STF (Supremo Tribunal Federal), que só desbloqueou a execução em fevereiro.
Gleisi justificou na reunião que o próprio Congresso atrasou a votação do Orçamento, que só ocorreu em março, e que ainda é preciso adaptar as regras internas para liberação dos recursos às decisões do STF.
Antes, por exemplo, bastava fazer as transferências das chamadas emendas Pix direto para a conta das prefeituras. Agora, é necessário que o prefeito apresente um plano de trabalho, que será analisado pela União antes do repasse.
Outros pontos de desconforto do Congresso, contou a cúpula da Câmara ao presidente, são a demora para pagar as verbas extras prometidas para quem votasse a favor do pacote de ajuste fiscal em dezembro e a reclamação dos prefeitos com as obras paradas e cortes. Isso faz com que novas promessas sejam vistas com ceticismo.
Ao fim do encontro, Motta prometeu conversar com os líderes dos partidos nesta segunda para avaliar a situação e fazer um balanço das promessas do governo, mas não indicou que recuará de pautar a urgência ao projeto de decreto legislativo na segunda-feira.
Já Gleisi se comprometeu a agilizar a liberação das emendas parlamentares e empenhar pelo menos R$ 600 milhões neste fim de semana para melhorar o ambiente.
Procurados, Motta, Lira, Gleisi e o Planalto não comentaram. Lula saiu da reunião para o lançamento de um sistema de alertas da Defesa Civil para municípios da região Nordeste, mas não falou sobre o encontro ou as medidas de alta da arrecadação no discurso.
O Irã anunciou neste sábado (14) que as negociações sobre o acordo nuclear com Estados Unidos estão suspensas até que Israel cesse os ataques ao país. Uma nova rodada de negociações estava marcada para domingo (15) em Mascate, capital de Omã.
A informação foi confirmada pelo ministro das Relações Exteriores omani, Badr Albusaidi, no X (antigo Twitter). “No entanto, a diplomacia e o diálogo continuam sendo o único caminho para uma paz duradoura”, disse.
Ofensiva israelense
A ofensiva de Israel começou na 5ª feira (12.jun.2025) –madrugada de 6ª feira (13.jun), no horário local, durante negociações diplomáticas entre EUA e Irã sobre o programa nuclear iraniano.
Tel Aviv alega que o país persa está avançando na construção de armas nucleares, o que considera uma ameaça direta à sua existência.
A Guarda Revolucionária do Irã afirmou que os ataques tinham como alvo instalações militares israelenses usadas para bombardear o território iraniano.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse em mensagem gravada na 6ª feira (13.jun) que o país não permitirá que Israel “escape com segurança” do “grande crime” que cometeu.
Já o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (Likud), prometeu que a campanha militar vai durar “o tempo que for necessário” e pediu que a população se prepare para um período difícil.
Em vídeo publicado na noite de 6ª feira (13.jun), Netanyahu declarou que o Irã “nunca esteve mais fraco” e que a operação Leão Ascendente tem como objetivo conter a ameaça iraniana à sobrevivência de Israel. Segundo o primeiro-ministro, os planos para o ataque foram traçados no ano passado, depois da morte de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, aliado do Irã no Líbano. A ofensiva estava prevista para abril, mas foi adiada.
O confronto atual representa a escalada mais intensa em décadas nas relações entre Irã e Israel, elevando os temores de um conflito regional mais amplo, com possível envolvimento dos EUA e de outras potências globais.
E ainda tem que queira ir nesse país? Acho que somente o Primata.
Quem tiver dinheiro saia do Brasil