Acidente

Acidentes no trânsito custam R$ 146 bi ao país, aponta estudo

Reviravolta. Jhonathan estava de moto quando foi atingido por um motorista embriagado: seus planos são fazer treinamento físico para outros paraplégicos – Fotos de Bárbara Lopes

Flávia Batista, de 40 anos, e Jhonathan Júnior Justino Perez, de 24 anos, não estão mais no mercado de trabalho. Um acidente de carro deixou Flávia tetraplégica, e Jhonathan ficou paraplégico ao se acidentar na moto. Estudo inédito do Centro de Pesquisa e Economia do Seguro (CPES), da Escola Nacional de Seguros, estima que, só no ano passado, o prejuízo com a violência no trânsito foi de R$ 146,8 bilhões, ou 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2016, foram 33.347 mortes e 28.032 de casos de invalidez permanente — ainda assim, uma queda de 32,35% em relação a 2015, quando foram registrados 42.501 mortes e 57.798 casos de invalidez permanente, um custo estimado de R$ 217,11 bilhões, ou 3,7% do PIB. Claudio Contador, coordenador do levantamento e diretor do CPES, atribui a queda a dois fatores: a forte retração da economia (em 2016, o PIB caiu 3,6%, no segundo ano seguido de recessão), o que afetou as vendas de veículos. O outro motivo foi o aumento da fiscalização, principalmente com as operações da Lei Seca.

— A grande maioria dos acidentados, 90%, concentra-se na faixa etária entre 18 e 64 anos. Pertencem a um grupo em plena capacidade produtiva. Estamos falando apenas do impacto econômico, excluindo toda a questão da dor das perdas de vidas e da superação quando um acidente muda, em segundos, toda a sua vida — diz Contador.

Há sete anos, Flávia voltava de uma festa com o namorado. Ambos haviam bebido. Seu namorado dormiu e, segundos depois, o carro bateu no poste. Formada em Jornalismo e trabalhando como bancária, Flávia lembrou-se da novela “Viver a Vida”, em que a personagem de Alinne Moraes sofre um acidente e fica tetraplégica:

— Minhas primeiras palavras foram: não consigo mexer as pernas. Lembrei logo da novela, não conseguia sentir nada do pescoço para baixo. Estava presa nas ferragens e a retirada do carro foi demorada, mas eu não sentia nada.

Após sete anos de tratamento, Flávia já consegue se maquiar sozinha e pratica rúgbi de cadeira de rodas. Antes do acidente, ela praticava muay thai e chegava a malhar cinco horas por dia. O casal havia bebido e estava sem cinto de segurança.

— Fiquei muito mal, triste, de luto. Fiz três anos de análise. Quando vim para cá (a Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação, ABBR), conheci a lesão, fui melhorando — conta Flávia.

Na ABBR, no ano passado, foram 62 pacientes vítimas de acidentes de trânsito, sendo que 13% dos atendimentos eram referentes a lesão na medula. A associação também registra queda no número de vítimas: em 2014 foram 115 casos.

MOTOQUEIROS: MAIS VULNERÁVEIS

A projeção do CPES não inclui os gastos com o atendimento no hospital, nem o período de reabilitação. Segundo Aquiles Ferraz, superintendente executivo da ABBR, um paciente com trauma na coluna precisa de um programa multidisciplinar que envolve psicólogo, assistente social, médico, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e musicoterapia — um custo de R$ 3.658 por seis meses de tratamento, duas vezes por semana. Se a frequência for de três vezes na semana, são R$ 5.500. Segundo o diretor médico da associação, Robson de Bem, um paciente com lesão medular ficar de um a dois anos em tratamento.

Jhonathan está na ABBR há um ano, desde que um motorista embriagado acertou sua moto em um cruzamento. Aos 24 anos, passa a manhã fazendo fisioterapia. Ajudava o pai no bar em Duque de Caxias e fazia curso de barbearia. Espera voltar ao mercado de trabalho, formando-se em Educação Física para atender pessoas na mesma situação que ele, que nem sempre são bem acolhidas nas academias tradicionais. Ele se sentiu aceito e acolhido no cross fit:

— A gente precisa pedir ajuda o tempo todo, algumas pessoas às vezes ficam meio incomodados em ajudar. No cross fit não, eles vão vencendo os desafios junto comigo, Você se sente abraçado, incentivado.

Flávia entende as pessoas que ficam incomodadas:

— Eu nunca reparava nas pessoas de cadeira de rodas que precisam andar no asfalto, na rua, porque não dá para andar na calçada. Outro dia encontrei uma moça na Rua São Clemente (Botafogo) numa cadeira com LED. Ela me cumprimentou e disse para eu usar LED também. Nunca havia percebido que não existe calçada na São Clemente.

Os acidentes de moto respondem por 73,5% dos casos de invalidez, em média, desde 2008 e 36,3% do número de mortes, de acordo com números do DPVAT, o seguro obrigatório. Para José Aurélio Ramalho, diretor-presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária, os motoqueiros são os mais vulneráveis, sendo necessária uma educação intensiva:

— Vejo mulheres andando de rasteirinha de moto, imagine esfregar seu pé no chão a 40 quilômetros por hora? A família põe tela nas janelas do sobrado, protetor nas gavetas para não prender a mão da criança e anda com o filho solto no carro. Bater a 40 quilômetros por hora é mais perigoso do que cair do primeiro andar de um prédio. Num acidente, ele bate com 15 vezes seu peso contra o banco dianteiro.

Atividade. Flávia faz rúgbi de cadeira de rodas e tem um canal no YouTube – Agência O Globo

Ramalho reconhece que os acidentes diminuíram, devido à crise na economia e à fiscalização mais rigorosa. Mas ressalta que somente a partir do terceiro ano de queda consecutiva é possível dizer que há uma tendência.

O estado de São Paulo é o que registrou a maior perda devido a acidentes de trânsito: R$ 24,7 bilhões no ano passado, representando 1,23% do PIB estadual. O Estado do Rio ficou em quarto lugar, com uma perda de R$ 10,22 bilhões (1,53% do PIB). Minas Gerais e Paraná estão em segundo e terceiro lugar, respectivamente.

— O caso mais chocante é o de Rondônia, onde a perda representa 6% do PIB estadual, o maior percentual no país. Na Região Nordeste, o Ceará tem a maior perda: 4,9% do PIB. Muito desses acidentes se devem ao uso de motocicletas — diz Contador.

Ele explica que os estados mais pobres acabam registrando uma perda maior porque têm piores condições de trânsito, com falta de fiscalização e uso intensivo de motocicletas. Enquanto no Brasil as motos representam 36,5% das mortes, no Ceará, essa taxa sobe a 56,5%, na média de 2008 a 2014.

— É um paradoxo e uma ironia, pois exatamente as regiões que mais precisam de capital humano são as que perdem mais vidas — diz o diretor do CPES.

‘UMA GUERRA SILENCIOSA’

O professor de Logística e Infraestrutura da Fundação Dom Cabral (FDC), Paulo Resende, afirma que os número de mortes e casos de invalidez por causa do trânsito devem estar em torno de 50% acima das estatísticas conhecidas, porque, em muitos casos, os envolvidos não cobram o seguro DPVAT.

— O primeiro impacto é na renda, porque gera menos riqueza. A produtividade cai com a morte ou invalidez de pessoas no auge da idade produtiva. — diz Resende, ressaltando que os acidentes sobrecarregam o Sistema Único de Saúde (SUS). — O efeito é devastador, porque é uma guerra silenciosa.

Contador diz que, apesar do quadro de guerra, o Brasil está no caminho de cumprir resolução das Nações Unidas que estipula como meta diminuir em 50% o número de vítimas no trânsito até 2020.

— A tecnologia está ajudando a reduzir os acidentes. Atualmente os acidentes, comparados com os de 20 anos atrás, matam muito menos, com melhorias na lataria dos automóveis, o uso dos cintos de segurança e outros equipamentos, mas ainda assim é uma guerra. Tem de haver penas mais duras no trânsito.

O namorado de Flávia ficou com ela por dois anos após o acidente. Ela resolver terminar o relacionamento, mas continuam amigos, e ele, que foi indiciado, está sempre pronto para ajudá-la:

— Ele é consumido pela culpa, mas somos bons amigos e ele fica feliz em ajudar.

Já Jhonathan se ressente de seu algoz. Era um amigo da família e, passado um ano, sequer foi chamado para depor na delegacia:

— Ele nunca foi visitar meu filho. Somos vizinhos, já levei a mãe dele para o hospital — conta Claudio Justino, pai de Jhonathan.

Além da fisioterapia e do esporte, Flávia e Jhonathan dedicam-se a contar suas histórias. Ela mantém, no YouTube, o canal Mete a Roda, enquanto ele usa o Instagram e o Facebook. O sonho de garoto de ter moto ficou para trás:

— Sinto falta de andar de moto — diz Jhonathan.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. A maioria e causado por motoqueiro… era pra ser obrigatório o exame de embriaguez antes do atendimento no hospital, e se fosse constatado álcool.. todas as despesa seria por conta do proprio !!!

    1. Principalmente quando o motorista do carro não sabe usar a chave de seta e muda de faixa repentinamente.

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Geral

Lewandowski e Pacheco perdem vistos dos Estados Unidos

Fotos: Zeca Ribeiro | Mario Agra / Câmara dos Deputados

O governo dos Estados Unidos cancelou os vistos de entrada de uma série de autoridades brasileiras ligadas ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, incluindo o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

A informação foi anunciada nesta sexta-feira (18) pelo secretário de Estado Marco Rubio, aliado do presidente Donald Trump, que afirmou que o governo americano “vai responsabilizar estrangeiros responsáveis pela censura à expressão protegida nos Estados Unidos”.

A medida atinge oito dos onze ministros do Supremo Tribunal Federal, exceto Luiz Fux, Nunes Marques e André Mendonça. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, também está na lista de atingidos.

Além disso, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e o delegado Fábio Schor, que conduz investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, tiveram seus vistos revogados.

A decisão foi tomada no mesmo dia em que Moraes determinou restrições a Bolsonaro, como uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno, proibição de contato com diplomatas e redes sociais.

Confira a lista de quem perdeu o visto:

Alexandre de Moraes
Luís Roberto Barroso
Gilmar Mendes
Edson Fachin
Cármen Lúcia
Dias Toffoli
Cristiano Zanin
Flávio Dino
Paulo Gonet
Andrei Rodrigues
Fábio Schor
Ricardo Lewandowski
Rodrigo Pacheco

Pleno News

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Geral

Governo Lula estuda limitar remessa de dividendos de empresas americanas com operação no Brasil

Fotos: Wilton Junior/Estadão e Evan Vucci/AP Photo

O Palácio do Planalto espera medidas ainda mais duras contra o Brasil por parte dos Estados Unidos depois da operação da Polícia Federal contra Jair Bolsonaro (PL) nesta sexta-feira, 18, obrigando o ex-presidente a usar tornozeleira eletrônica. Agora, se as negociações com os EUA não avançarem, o governo Lula avalia novas frentes de reação. Uma das ideias em estudo prevê até mesmo limitar a remessa de dividendos de empresas com sede nos EUA e operações no Brasil.

Na noite desta sexta-feira, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou nas redes sociais que determinou a revogação dos vistos americanos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, familiares e “aliados no tribunal”.

Na prática, o Planalto começou a se debruçar sobre várias possibilidades de reação antes mesmo desse episódio, caso o presidente dos EUA, Donald Trump, mantenha o tarifaço de 50% sobre os produtos brasileiros, a partir de 1.° de agosto, ou endureça ainda mais o jogo.

A resposta sob avaliação do governo inclui, em primeiro lugar, a quebra de patentes de medicamentos. A proposta de limitar remessas de dividendos realizadas por multinacionais americanas instaladas no Brasil também está em análise, embora haja divergências sobre isso dentro do governo.

A prioridade do governo brasileiro, neste momento, é levar as negociações com os EUA ao extremo e esgotar a via diplomática. Três interlocutores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disseram ao Estadão/Broadcast, porém, que uma reação mais firme pode ser adotada a partir de 2 de agosto se as negociações não vingarem.

As opções têm sido analisadas pelo Planalto, após passarem por escrutínio técnico, mas tudo estará em aberto até que o Brasil veja necessidade de fazer algum anúncio para responder às sanções, como a abertura de investigações sobre práticas comerciais do País.

Alas do governo divergem em relação a algumas das propostas, como a de maior controle sobre as remessas de dividendos aos EUA, mas admitem que são sugestões à mesa. A decisão ainda depende do aval de Lula.

Interlocutores de Lula disseram, sob reserva, que haveria uma gradação sobre qual o volume de dividendos teria de ficar no Brasil. Seria uma operação similar à progressividade que o governo tenta emplacar na área tributária.

A “régua”, no entanto, não foi definida. Não está acertado se seria levado em conta o tamanho do lucro da companhia no Brasil ou apenas o montante destinado aos dividendos.

O governo não pretende proibir as remessas de lucros das empresas, mas inserir mecanismos de maior monitoramento e fiscalização no processo.

Representantes dessas companhias também já externaram ao vice-presidente Geraldo Alckmin, que tem conduzido as negociações, preocupação com a eventual medida, sob a justificativa de que há necessidade de previsibilidade para manutenção dos investimentos no País. Aproximadamente 4 mil empresas americanas atuam hoje no Brasil.

O objetivo do Planalto é levar as tratativas ao limite e retomar o diálogo bilateral. A posição também vem sendo defendida pelos exportadores que seriam mais afetados pela taxação.

No momento, a quebra de patentes é a medida com mais chance de ser adotada como reação do Brasil porque foi a primeira saída avaliada pelo governo assim que Trump venceu a eleição, no fim do ano passado, e começou a incorporar ameaças comerciais em seus discursos.

Os estudos foram interrompidos quando o Brasil ficou entre os países com as menores sobretarifas – de 10%, no Dia da Libertação, de 2 de abril. Mas a suspensão das patentes de remédios é considerada uma das ações mais eficientes para sensibilizar o governo norte-americano, dado o peso da indústria farmacêutica nos Estados Unidos.

Um dos técnicos que participam das negociações citou inclusive o Mounjaro, com recente aprovação no Brasil. O medicamento para tratamento da diabete, fabricado pelo laboratório Eli Lilly, é também um sucesso de vendas no controle da obesidade.

A quebra de patentes já foi adotada no País. Durante o contencioso do algodão, disputa que se estendeu de 2002 a 2014, os Estados Unidos retomaram as tratativas com o Brasil somente após a ameaça brasileira de quebra de propriedade intelectual e de patentes.

Estadão Conteúdo

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República Tcheca coloca comunismo e nazismo no mesmo nível e criminaliza a divulgação de ambas ideologias

Foto: reprodução

O presidente da República Tcheca (Chéquia) assinou uma alteração ao Código Penal que criminaliza a promoção da propaganda comunista, colocando-a ao mesmo nível da ideologia nazista.

A legislação assinada por Petr Pavel, permite que os juízes apliquem penas de prisão até cinco anos a quem “estabeleça, apoie ou promova movimentos nazis, comunistas ou outros que visem comprovadamente suprimir os direitos humanos e as liberdades ou incitar ao ódio racial, étnico, nacional, religioso ou de classe“.

As alterações surgem na sequência dos apelos de algumas instituições checas, incluindo o Instituto para o Estudo dos Regimes Totalitários, para corrigir o que descrevem como um desequilíbrio no sistema jurídico.

O Partido Comunista da Boémia e Morávia (KSČM), que é liderado pela eurodeputada Kateřina Konečná, condenou a medida como tendo motivações políticas.

“Esta é mais uma tentativa falhada de empurrar o KSČM para fora da lei e intimidar os críticos do atual regime”, afirmou o partido num comunicado.

Ainda não é claro como é que a nova lei poderá ser aplicada a partidos políticos como o KSČM.

O partido não tem atualmente nenhum lugar no parlamento, mas sondagens recentes colocam a sua aliança “Stačilo” (Basta) nos 5%, o que seria suficiente para o ver regressar à câmara baixa nas eleições de outubro.

A Chéquia era liderada pelo Partido Comunista da Checoslováquia (KSČ) até que a Revolução de Veludo de 1989 pôs fim a 41 anos de regime comunista de partido único e deu início a uma transição para uma república parlamentar.

Nas últimas eleições de 2021, o KSČM não conseguiu obter mais de 5% dos votos, o que significa que o parlamento checo não tinha delegados comunistas pela primeira vez desde 1920.

Euronews

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PL prepara ato pró-Bolsonaro e afirma que “o Brasil vai parar”

Imagem: reprodução/Instagram

Aliados de Jair Bolsonaro (PL) iniciaram mobilização para protestos depois de a PF (Polícia Federal) cumprir mandados de busca e apreensão na residência do ex-presidente. A operação desta 6ª feira (18.jul.2025), autorizada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, impôs ao político uma série de restrições, além do uso de tornozeleira eletrônica.

No Instagram, o PL (Partido Liberal) nacional também se manifestou a respeito da operação contra o ex-presidente.

Além disso, a sigla afirmou, em nota publicada nas redes sociais, que “é hora de a sociedade brasileira se posicionar com coragem. O povo deve voltar às ruas, de forma pacífica e ordeira, para exigir respeito à Constituição, à liberdade e à democracia”.

Ainda não há definição sobre data e local da manifestação convocada pelos aliados de Bolsonaro. O ex-presidente é réu em ação penal no Supremo. Ele foi incluído no núcleo central da tentativa de golpe de Estado em 2022.

O PL de Bolsonaro definirá os detalhes da manifestação em reunião na 2ª feira (21.jul). Políticos do partido, porém, já falam na necessidade de apoiadores do ex-presidente voltarem às ruas, depois de uma série de atos pela anistia dos acusados de tentar um golpe de Estado no Brasil diante da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.

O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), publicou em sua conta no X uma convocação para que os apoiadores de Bolsonaro vão às ruas.

Poder 360

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  1. O Brasil NÃO vai parar (de rir)..🤣🤣🤣🤣🤣
    Choooooooora boiada imunda!🤣🤣🤣

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Para Lula, Zanin chamou tornozeleira de ‘indigna’

Foto: Brenno Carvalho

Por Cláudio Humberto

Ágil para convocar nesta sexta (18) sessão da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que referendou a tornozeleira eletrônica imposta ao ex-presidente Jair Bolsonaro, o ministro Cristiano Zanin, que preside o colegiado, defendeu que o Estado não poderia obrigar Lula, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, a usar o aparelho. Em 2019, ainda advogado do petista, Zanin declarou à Folha: “Na minha visão, Lula tem o direito de recusar a usar tornozeleira”.

Coisa indigna

Zanin chegou a dizer que Lula considerava a tornozeleira “negativa para a dignidade” e, portanto, não poderia ser obrigado a usar.

Antes era humilhação

Como advogado de Lula, Zanin dizia que o uso da tornozeleira era uma tentativa dos procuradores de “impor uma nova humilhação” ao petista.

Vapt-vupt

Na 1ª Turma, o agora ministro Zanin se apressou para votar apoiando a medida contra Bolsonaro. Precisou de pouco tempo até registrar o voto.

Descondenado

No caso de Bolsonaro, o processo mira seu filho Eduardo. Com Lula, o condenado, foi o petista, em processo que o STF depois jogou no lixo.

Cláudio Humberto – Diário do Poder

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Geral

[ANÁLISE] LOURIVAL SANT’ANNA: Brasil é o único país que não consegue negociar com os EUA

Foto: ANDRÉ RIBEIRO/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO/Seth Wenig/Pool via REUTERS

A falta de progressos nas negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos chama a atenção. Outros países, incluindo membros do Brics, como China, Índia, Indonésia e Vietnã, têm avançado de forma significativa nas tratativas com o governo Trump.

Em entrevista à CNN Internacional, o presidente Lula disse que houve “mais de dez” reuniões do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, e do chanceler Mauro Vieira, com integrantes do governo americano. E que o Brasil mandou uma carta no dia 16 de maio com uma proposta, sem obter resposta.

Não é o caso de outros países. A Indonésia firmou acordo na terça-feira (15) com os Estados Unidos, reduzindo as tarifas americanas de 32% para 19% sobre produtos indonésios. É alta, mas é a mais baixa conseguida em acordos de outros países do Sudeste Asiático com os Estados Unidos: o Vietnã, também novo membro do Brics, aceitou 20 %; Filipinas, 21 %; Malásia, 25 %; Tailândia e Camboja, no mínimo 36 %.

Em troca, a Indonésia se comprometeu a comprar US$ 15 bilhões em energia dos EUA, US$ 4,5 bilhões em produtos agrícolas e 50 aviões da Boeing. Foram eliminadas ainda tarifas sobre exportações americanas à Indonésia e estabelecidas penalidades para mercadorias chinesas reexportadas através do país.

A Índia, como a Indonésia integrante do Brics, está em estágio avançado de negociação para um acordo provisório, que prevê a redução de tarifas recíprocas com os Estados Unidos. Uma equipe indiana esteve em Washington para a quinta rodada de discussões, e ambos os lados demonstram otimismo de que um acordo possa ser fechado nas próximas semanas. O próprio presidente Donald Trump fez referência a isso.

A China, líder do Brics e principal adversária dos Estados Unidos, obteve no dia 12 de maio acordo preliminar com o governo americano. Os EUA reduziram sua sobretaxa de 145 % para 30 % e a China, de 125 % para 10 %.

Diante da alíquota imposta por Trump em abril, o governo em Pequim suspendeu o fornecimento de minérios estratégicos para os Estados Unidos, que reagiram restringindo ainda mais a exportação de chips sofisticados para a China. Isso foi superado em maio. Ou seja, são questões bem mais estratégicas do que as que os Estados Unidos têm com o Brasil.

Com o Japão, o contencioso gira em torno de barreiras japonesas à importação de automóveis e cereais americanos. São dois setores muito sensíveis para a economia e até para a cultura japonesa. No caso dos automóveis, cujas exportações representam 3% do PIB, o Japão impõe regras de segurança consideradas excessivas para os padrões americanos. E o Japão preserva sua segurança alimentar e sua agricultura quase como tabus.

Mesmo assim, as negociações não foram concluídas principalmente porque o Japão realiza eleições para a Câmara Alta (equivalente ao Senado) no domingo. O Partido Liberal-Democrata, no governo, sente-se vulnerável a discursos nacionalistas na oposição.

Mas tem havido telefonemas entre os ministros do Comércio dos dois países e o primeiro-ministro Shigeru Ishiba pretende se reunir com o influente secretário americano do Tesouro, Scott Bessent, antes do prazo fatal de 1º de agosto.

A Coreia do Sul iniciou negociações com os Estados Unidos imediatamente depois das tarifas anunciadas por Trump no dia 2 de abril, mesmo em meio ao processo de impeachment de seu presidente, Yoon Suk Yeol. Estão em discussão a abertura do mercado agrícola e cooperação industrial, incluindo a revitalização de estaleiros nos Estados Unidos, além de medidas de contenção da China. Acordo “de princípio” pode ser firmado até 1º de agosto.

Negociações estão em curso com o objetivo de evitar tarifas de até 30% sobre produtos mexicanos, não contemplados pelo acordo comercial USMCA, com prazo para 1.º de agosto. Também está sendo discutida a tarifa de 25% imposta por Trump sobre aço de todos os países.

A Argentina ficou com a tarifa de 10%, imposta por Trump aos países com superávit americano na balança comercial, como é o caso do Brasil. Os dois países negociam um acordo de tarifa zero para 70% a 80% dos produtos. Bessent visitou Buenos Aires em abril.

*Por Lourival Sant’Anna – CNN Brasil – Analista de Internacional. Fez reportagens em 80 países, incluindo 15 coberturas de conflitos armados, ao longo de mais de 30 anos de carreira. É mestre em jornalismo pela USP e autor de 4 livros

Opinião dos leitores

  1. O Brasil não consegue porque o presidente é um irresponsável que a todo momento desrespeita o presidente americano.

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Mundo

Próxima “tempestade do século” pode ser ainda mais devastadora, diz estudo

Foto: Reuters

As tempestades “Nor’easters”— chuvas destrutivas e frequentemente mortais que atingem a Costa Leste dos EUA — estão sendo potencializadas pelos efeitos da poluição climática, segundo um novo estudo.

O fenômeno, que normalmente se forma entre setembro e abril, é alimentado pelo contraste de temperatura entre o ar frio do Ártico, vindo do norte, e o ar mais quente e úmido, vindo do Oceano Atlântico.

Elas representam uma enorme ameaça para as cidades densamente povoadas da Costa Leste americana.

A “Tempestade do Século”, em março de 1993, foi uma das mais mortais e custosas já registradas. Ela trouxe ventos de mais de 160 km/h, despejou quase 152 cm de neve em alguns pontos e matou mais de 200 pessoas.

O “Snowmageddon” de 2010 derramou mais de 50 centímetros de neve em partes da Pensilvânia, Maryland, Virgínia e Virgínia Ocidental, matando 41 pessoas e deixando milhares sem energia elétrica.

Michael Mann, cientista climático da Universidade da Pensilvânia e um dos autores do estudo, ficou preso em um quarto de hotel na Filadélfia por três dias durante o Snowmageddon. Foi essa experiência que despertou sua curiosidade sobre como essas tempestades poderiam ser afetadas pelo aquecimento global.

Quinze anos depois, ele acredita ter algumas respostas.

Potencial destrutivo das tempestades aumentou em 6%, dizem cientistas

Há um consenso geral de que haverá menos tempestades Nor’easters em um mundo mais quente, porque o Ártico está esquentando mais rápido do que o resto do Hemisfério Norte, o que significa que há menos contraste de temperatura.

Mas o que não está claro é o que acontecerá com a intensidade dessas chuvas, que tendem a ser pouco estudadas, disse Mann.

Para responder a essa pergunta, os cientistas usaram dados históricos e um algoritmo de rastreamento de ciclones para analisar tempestades Nor’easters entre 1940 e 2025, compilando um atlas digital dessas tempestades.

Eles analisaram 900 no total e descobriram que a velocidade máxima do vento das tempestades nor’easters mais intensas aumentou cerca de 6% desde 1940, de acordo com o estudo publicado na segunda-feira (14) na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

O dado pode parecer pequeno, mas aumenta enormemente os danos que uma tempestade pode causar.

Um aumento de 6% na velocidade do vento equivale a um aumento de 20% no potencial destrutivo da tempestade, disse Mann. “Isso é substancial.”

As taxas de chuva e neve despejadas por essas tempestades também aumentaram em cerca de 10%, de acordo com a análise.

A razão pela qual as tempestades Nor’easters estão se intensificando é “física básica”, disse Mann. Oceanos e ar mais quentes significam mais evaporação e mais umidade na atmosfera, que é expelida na forma de chuva ou neve mais intensas.

O nível de danos que essas tempestades podem causar torna vital entender melhor como elas mudarão em um mundo mais quente, acrescentou Mann.

A tempestade “Quarta-feira de Cinzas” em 1962, por exemplo, causou enorme devastação ao longo da Costa Leste, causando uma perda econômica total equivalente a dezenas de bilhões de dólares em valores atuais. Causou “tantos danos quanto um grande furacão”, disse ele.

Nordeste dos EUA precisa se preparar

Os resultados também sugerem que o risco de inundações em muitas cidades da Costa Leste pode estar subestimado, observou o estudo. “As inundações do nordeste têm sido negligenciadas, e essa é mais uma contribuição para o aumento do risco costeiro na qual não temos nos concentrado o suficiente”, acrescentou Mann.

Jennifer Francis, cientista sênior do Centro de Pesquisa Climática Woodwell, que não participou do estudo, disse que as descobertas destacam a necessidade de maior preparação.

“Comunidades costeiras no Nordeste, onde ocorrem as tempestades nor’easters, devem ficar atentas. A preparação proativa é menos custosa do que a recuperação pós-tempestade”, disse Francis à CNN.

As descobertas também são importantes porque fornecem novos conhecimento sobre as diferentes formas como a crise climática se manifesta, disse Judah Cohen, climatologista do MIT que também não participou do estudo.

Os efeitos “podem ser contraintuitivos, incluindo a ideia de que as mudanças climáticas podem resultar em aumentos de invernos rigorosos”, disse Cohen à CNN.

Mesmo com o aquecimento global e a redução da temporada de neve em muitas partes dos EUA, ainda haverá períodos de nevascas intensas e frio intenso, disse Mann. “Eventos individuais podem ter um impacto maior.”

CNN

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Geral

Preso por pedofilia e série de estupros, vereador tinha sete namoradas

Foto: Divulgação

Thiago Bitencourt Lanhes Barbosa (foto em destaque), o homem que era vereador do município de Canarana (MT) pelo Partido Liberal (PL) e foi preso por envolvimento em uma série de crimes sexuais, se relacionava com diversas mulheres ao mesmo tempo.

Investigações revelaram que o homem tinha sete namoradas, sendo que uma não sabia da existência da outra. Nessa quinta-feira (17), todas foram alvo de operação da Polícia Civil do Mato Grosso (PCMT) sob suspeita de integrarem — diretamente ou não — a rede de crimes sexuais supostamente liderada pelo suspeito.

Padrão

A Polícia Civil revelou que a investigação identificou um padrão de atuação recorrente de Thiago nos crimes cometidos. Ele buscava se aproximar de mulheres com filhas ou com acesso direto a crianças.

Há evidências de que algumas dessas mulheres possam ter colaborado, ainda que indiretamente, com os abusos investigados.

Durante as buscas realizadas nesta etapa da operação foram apreendidos celulares, computadores e outros dispositivos eletrônicos.

O conteúdo desses materiais será periciado, podendo contribuir para a identificação de novas vítimas e de eventuais novos autores ainda não detectados pelas investigações.

Abusador em série

Thiago Bitencourt foi preso em flagrante em 31 de maio. À época, foi descoberto que ele utilizava da profissão de médico para ter acesso e se aproximar das vítimas, principalmente em situação de vulnerabilidade.

Segundo a polícia, Bitencourt estaria mantendo um “relacionamento” com uma adolescente de 15 anos, a qual ele submetia a práticas de escravidão sexual.

Segundo depoimentos relatados no inquérito, o médico tinha domínio psicológico sobre a mulher de 29 anos e teria, inclusive, feito imagens de cunho sexual dela.

Com o passar do tempo, o investigado também demonstrou interesse na filha dela, de apenas 8 anos. Ele teria se aproveitado da fragilidade da mãe para estuprar a menor. Alguns abusos ocorreram até mesmo no consultório onde Barbosa trabalhava.

Conforme a coluna da Mirelle Pinheiro noticiou, o Partido Liberal (PL) afastou temporariamente o vereador. O presidente estadual do PL, Ananias Filho, informou que “o PL Mulher repudia veementemente as alegações e crimes atribuídos ao vereador, motivo esse que causou a suspensão da sua filiação”.

O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) também instaurou uma sindicância para apurar a conduta do médico. Já a Câmara Municipal afastou o político dos trabalhos legislativos.

Mentor de aborto

Além de cometer diversos estupros e produzir e compartilhar conteúdo relacionado à pornografia infantil, o homem também é investigado por orientar uma mulher a abortar.

A mulher que estava grávida é uma das pessoas miradas pela ação policial deflagrada nessa quinta (17). Segundo a polícia, a criança que ela esperava não era filha de Thiago, mas ele auxiliou na interrupção da gestação.

O procedimento teria sido realizado sob sua orientação, o que, segundo a Polícia Civil, agrava ainda mais a rede de manipulação e abusos psicológicos revelados no caso.

Metrópoles

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Geral

AGU sai em defesa de Moraes após suspensão de visto: “Deturpação”

Foto: amile Ferraris/MJSP

O ministro da AGU (Advocacia Geral da União), Jorge Messias, disse na 6ª feira (18.jul.2025) que a decisão dos Estados Unidos de revogar o visto do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e “de seus aliados” é uma “deturpação”.

Em mensagem postada em seu perfil no Instagram, Messias escreveu que a medida norte-americana tem como objetivo intimidar os ministros brasileiros que realizam “suas legítimas atribuições constitucionais”.

Eis a íntegra da nota:

“Nota do Advogado-Geral da União

“Na condição de Advogado-Geral da União da República Federativa do Brasil, considero um dever, nesse momento, expressar apoio e solidariedade aos ministros do Supremo Tribunal Federal e ao Procurador-Geral da República, atingidos, juntamente com seus familiares, por atos arbitrários de revogação de vistos por nação estrangeira, em razão de cumprirem, em termos constitucionais, as suas legítimas funções institucionais.

“Não se pode coadunar com a deturpação que pretende imputar a tais autoridades brasileiras a prática de atos de violação de direitos fundamentais tampouco censura à liberdade de expressão, quando em verdade sua atuação se orienta nos estritos limites do ordenamento jurídico, em favor da conservação da integridade da nossa Democracia e dos predicados do Estado de Direito.

“O exercício da jurisdição, no contexto de um sistema de Justiça estável e alinhado com as garantias da cidadania, não pode sofrer, em hipótese alguma, assédio de índole política, muito menos mediante o concurso de Estado estrangeiro.

“Asseguro que nenhum expediente inidôneo ou ato conspiratório sórdido haverá de intimidar o Poder Judiciário de nosso país em seu agir independente e digno.

“Jorge Messias

Advogado-Geral da União”

GOVERNISTAS REAGEM

A manifestação de Messias é mais uma das diversas críticas que integrantes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fizeram contra a Casa Branca em razão da revogação dos vistos.

Em publicações feitas nas redes sociais, eles classificaram a medida como uma afronta à soberania nacional e uma tentativa de intimidação da Justiça brasileira.

A carta do governo norte-americano que comunicou a decisão não informa quem são os aliados de Moraes que foram impactados pela medida.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT) afirmou que a medida atinge também os ministros Roberto Barroso (presidente da Corte), Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Gilmar Mendes.

ENTENDA

A decisão do governo norte-americano se dá no mesmo dia em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo de uma operação da PF (Polícia Federal). O ex-presidente foi obrigado a usar tornozeleira eletrônica e foi proibido de se aproximar de embaixadas e de usar redes sociais por ordem de Moraes.

O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, fez o anúncio em seu perfil no X. Ele acusou Moraes de promover uma “caça às bruxas política” contra Bolsonaro e afirmou que o STF tem criado um “complexo de perseguição e censura” que extrapola as fronteiras do Brasil.

Moraes afirma que Bolsonaro agiu de forma consciente e deliberada para interferir no andamento da ação penal que investiga o núcleo central da suposta tentativa de golpe de Estado em 2022, por meio de atos coordenados com Eduardo, que está nos Estados Unidos.

Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Jorge Messias é o famoso “Bessias” aquele mensageiro que foi entregar ao chefe da quadrilha uma nomeação falsa assinada por Diilma Rousseff objetivando evitar a prisão de Lula por corrupção, aquilo foi obstrução da justiça. Hoje, esse meliante tenta mostrar serviço pensando em conseguir a vaga de ministro do STF com a aposentadoria compulsória de Carmem Lúcia.

  2. Esse sujeito é aquele que preparou a nomeação do lulis no governo dirma para protege-lo da jusitiça. Ah sim.

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Geral

Gleisi reage à revogação de vistos de ministros do STF e critica interferência dos EUA

Foto: Wilton Júnior/Estadão

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, reagiu nesta sexta-feira, 18, à decisão do governo dos Estados Unidos de revogar o visto de entrada de oito ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) naquele país. A sanção foi aplicada a Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flavio Dino, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Gilmar Mendes.

Para Gleisi, a decisão é uma “afronta” ao Poder Judiciário brasileiro e à soberania nacional”.

“Essa retaliação agressiva e mesquinha a uma decisão do Tribunal expõe o nível degradante da conspiração de Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo Bolsonaro contra o nosso país. Não se envergonham do vexame internacional que provocaram no desespero de escapar da Justiça e da punição pelos crimes que cometeram”, disse ela nas redes sociais.

A ministra afirmou, ainda, que, “ao contrário do que planejaram, a Suprema Corte do Brasil se engrandece nesse momento, cumprindo o devido processo legal, defendendo a Constituição e o Direito, sem jamais terem se dobrado a sanções e ameaças de quem quer que seja”.

No fim da publicação, Gleisi recorreu a um raciocínio também usado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O Brasil está com a Justiça, não com os traidores. O Brasil é do povo brasileiro!”, destacou.

A decisão de retirar o visto de entrada de Moraes, “seus aliados na Corte” e familiares foi anunciada pelo secretário de Estado do governo Trump, Marco Rubio.

O ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AG), Jorge Messias, manifestou, por sua vez, “apoio e solidariedade” aos magistrados e ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, que também teve o visto revogado pelos Estados Unidos.

“Não se pode coadunar com a deturpação que pretende imputar a tais autoridades brasileiras a prática de atos de violação de direitos fundamentais tampouco censura à liberdade de expressão, quando em verdade sua atuação se orienta nos estritos limites do ordenamento jurídico, em favor da conservação da integridade da nossa Democracia e dos predicados do Estado de Direito”, escreveu o advogado-geral da União em postagem publicada nas redes sociais.

Para Messias, o exercício da jurisdição não pode sofrer, em hipótese nenhuma, “assédio de índole política”, muito menos por parte de outro País.

“Asseguro que nenhum expediente inidôneo ou ato conspiratório sórdido haverá de intimidar o Poder Judiciário de nosso país em seu agir independente e digno”, destacou o ministro.

MSN

Opinião dos leitores

  1. Ela não defendia o STF quando o chefe da quadrilha estava preso por roubo e corrupção. Nas eleições de 2026, daremos o troco.

  2. Eles não tem o que ver lá. É um país hostil e capitalista. (Ironia) . O caminho para a Venezuela está livre e o Brasil está andando por ele

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