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As ações do Banco do Brasil caíram com força nesta quarta-feira (15/10), ampliando as perdas da sessão anterior, enquanto o Ibovespa conseguia respirar leve. Por volta das 15h05, os papéis do BB recuavam 1,55%, cotados a R$ 20,38, chegando a tocar R$ 20,29 mais cedo – mínima do pregão até agora.
O motivo? Declarações de Emmanuel Rondon, presidente dos Correios, de que a estatal negocia um empréstimo de R$ 20 bilhões com um grupo de bancos, incluindo o próprio Banco do Brasil. A operação, que ainda precisa do aval do Conselho de Administração da empresa, contaria com garantia do Tesouro Nacional. A ideia é reforçar o caixa dos Correios para 2025 e 2026, depois de acumularem prejuízo de R$ 4,37 bilhões no primeiro semestre.
O mercado reagiu mal. Além da preocupação com o empréstimo bilionário, os investidores estão de olho nas prévias consideradas negativas do balanço do Banco do Brasil, que será divulgado em 12 de novembro. A combinação de incertezas pesou nas negociações e deixou os papéis mais sensíveis a qualquer notícia sobre a estatal.
Os Correios ainda não detalharam como funcionaria o empréstimo do consórcio de bancos. Rondon afirmou que a proposta foi analisada nesta quarta e que o conselho tem até 24 de outubro para aprovar ou rejeitar a operação. Até lá, a volatilidade deve continuar, deixando acionistas em alerta.
Estatal puxa bolsa
Enquanto isso, o Ibovespa sobe 0,51%, mostrando que o resto do mercado está relativamente blindado, mas o Banco do Brasil sente o efeito direto das turbulências de uma estatal em crise, com reflexo imediato no bolso dos investidores.
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