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Área queimada no Brasil em 2024 supera média histórica em 62%

Foto: Reprodução/Agência Brasil/Jader Souza

O Relatório Anual do Fogo do MapBiomas revelou que a área queimada no Brasil em 2024 superou a média histórica, de 18,5 milhões de hectares por ano, em 62%. De acordo com os dados da pesquisa, divulgada nesta terça-feira (24), metade de toda a área queimada no Brasil desde 1985 foi na última década.

O estudo mostra que um quarto (24%) do território nacional, equivalente à soma das áreas do Pará e do Mato Grosso, queimou pelo menos uma vez entre 1985 e 2024. Nestas últimas quatro décadas, 206 milhões de hectares foram afetados pelo fogo com intensidades diferentes em cada um dos seis biomas do país.

Entre 1985 e 2024, 69,5% da área queimada no Brasil ocorreu em vegetação nativa (514 milhões de hectares). No ano de 2024 esse percentual subiu para 72,7% (21,8 milhões de hectares). Em 2024, a vegetação nativa mais afetada foi a florestal, com 7,7 milhões de hectares – extensão 287% superior à média histórica.

Amazônia e Mata Atlântica

A Amazônia registrou a maior área queimada de toda a série histórica iniciada em 1985 e foi, de longe, o bioma que mais queimou no país. “O fogo não é um elemento natural da dinâmica ecológica das florestas amazônicas. As áreas queimadas que marcaram o bioma em 2024 são resultado da ação humana, especialmente em um cenário agravado por dois anos consecutivos de seca severa”, afirma Felipe Martenexen, coordenador de mapeamento do bioma Amazônia do MapBiomas.

A Mata Atlântica teve a maior área afetada por fogo nas últimas quatro décadas – 1,32 milhão de hectares, ficando 261% acima da média histórica para o bioma – e o Pantanal também foi destaque: teve 62% de seu território queimado pelo menos uma vez no período mapeado.

“As áreas naturais na Mata Atlântica são especialmente vulneráveis ao fogo, que não faz parte da dinâmica ecológica desse bioma. Quando ocorrem, os incêndios acabam trazendo grandes impactos aos escassos remanescentes florestais dentro do bioma.”, aponta Natalia Crusco, da equipe da Mata Atlântica do MapBiomas.

Pantanal e Cerrado

Entre os seis biomas brasileiros, o Pantanal foi o mais afetado pelo fogo nos últimos 40 anos, proporcionalmente. A quase totalidade (93%) dos incêndios ocorreu em vegetação nativa, especialmente em formações campestres e campos alagados (71%).

Em nível nacional, 64% da área afetada pelo fogo em todo o país queimou mais de uma vez entre 1985 e 2024. O Cerrado é o bioma com maior recorrência do fogo: 3,7 milhões de hectares queimaram mais de 16 vezes em 40 anos.

“Um dado especialmente preocupante é o avanço do fogo sobre as formações florestais no Cerrado, que em 2024 atingiram a maior extensão queimada dos últimos sete anos”, comenta Vera Arruda pesquisadora do IPAM e coordenadora técnica do MapBiomas Fogo.

Caatinga e Pampa

Na Caatinga, a extensão queimada, de 11,15 milhões de hectares queimados entre 1985 a 2024, representou 13% do bioma. Cerca de 38% da área queimada no bioma foi afetada pelo fogo mais de uma vez ao longo dos últimos 40 anos.

O Pampa, por sua vez, tem a menor área queimada – tanto em extensão (495 mil hectares), como proporcionalmente em relação ao total do bioma (3%). Apesar de um leve aumento em relação a 2023, os valores permaneceram abaixo da média anual, de 15,3 mil hectares.

“Embora o fogo ocorra em menor escala no bioma, muitas áreas naturais estão sujeitas a incêndios catastróficos nos períodos mais secos, como as áreas pantanosas e os campos com grande acúmulo de biomassa, que resultam em danos ambientais expressivos”, afirma Eduardo Vélez, coordenador de mapeamento do bioma Pampa do MapBiomas.

Os dados, obtidos a partir do mapeamento de cicatriz de fogo com imagens de satélite, traçam o retrato da ação do fogo em todo o território brasileiro e expõem os padrões de ocorrência das queimadas e dos incêndios.”, comenta Vera Arruda pesquisadora do IPAM e coordenadora técnica do MapBiomas Fogo.

CNN

Opinião dos leitores

  1. 🇧🇷 todos se calam e mentem dizendo que é “mudanças climáticas” quando é um governo de esquerda, mas se for da direita aparecem as tropas das mídias lixo , os protetores dos biomas, artistas, ongs, criticando, falando que estão permitindo a destruição do planeta.
    Bando de vagabundos hipócritas. 🇧🇷

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Paraná Pesquisas: governo Lula é reprovado por 56,7% em seu 3º mandato

Foto: KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES

Levantamento do instituto Paraná Pesquisas, divulgado nesta quarta-feira (25), aponta que a reprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está em 56,7%, contra 39,8% de aprovação. Os entrevistados que não souberam ou não opinaram somam 3,5%.

O cenário permanece estável para Lula, em se comparando com o levantamento anterior, divulgado em abril deste ano. A aprovação de Lula naquela ocasião era de 39,2% e a desaprovação, 57,4%. A parcela “Não sabe/não opinou” foi praticamente a mesma: 3,4%.

Foto: Paraná Pesquisas

A gestão de Lula neste seu terceiro mandato como presidente da República passou a ser desaprovada pela maioria dos brasileiros (51,0%) em novembro do ano passado. À época, aprovação era de 46,1%. A pesquisa atual mostra que a avaliação do governo do petista mantém-se rejeitada pela maioria dos brasileiros, porém, com uma melhora em termos percentuais.

A pesquisa ouviu 2.020 eleitores em 162 municípios brasileiros, de 18 ao 22 de junho de 2025. O grau de confiança é de 95%. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

Metrópoles

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Hugo Motta pauta projeto que derruba aumento do IOF para esta quarta (25)

Foto: Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que pautou para esta quarta-feira (25) o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que derruba o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) do governo federal.

No dia 16 de junho, a Câmara aprovou a urgência da medida, ou seja, fosse apreciada mais rapidamente.

Também serão apreciadas outras medidas:

  • MP 1291 que autoriza uso de até R$ 15 bi/ano do Fundo Social para habitação popular e permite ao governo leiloar óleo e gás excedente, com potencial de arrecadar até R$ 20 bi;
  • MP 1292 que permite a contratação de crédito consignado por trabalhadores do setor privado;
  • e PL 2692/25 que isenta do Imposto de Renda quem ganha até dois salários mínimos.

Entenda

O aumento no IOF foi inicialmente anunciado em 22 de maio e, no mesmo dia, contou com um recuo parcial do Executivo.

Em meio à repercussão negativa no mercado financeiro, o Ministério da Fazenda decidiu revogar o aumento do imposto para investimentos de fundos nacionais no exterior. A insatisfação do empresariado e de parlamentares motivou a cúpula do Congresso a dar um prazo para o governo rever as medidas.

Na quarta da semana passada, o governo publicou um novo decreto, “recalibrando” as mudanças no IOF — a medida faz parte do pacote de propostas alternativas elaborado pela equipe econômica.

A intenção do governo com as alterações no IOF mirava elevar a arrecadação para equilibrar as contas públicas, com impacto de R$ 18 bilhões em 2025 e R$ 37 bilhões em 2026.

Após as novas mudanças, a estimativa é de arrecadar cerca de até R$ 7 bilhões, mas um número oficial ainda não foi divulgado pelo Ministério da Fazenda.

CNN

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Servidores da Abin cobram governo Lula e exigem saída de diretor depois de indiciamento

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

A associação que representa os servidores da Agência Brasileira de Inteligência decidiu reagir. Em assembleia realizada na terça-feira 24, a Intelis anunciou que vai recorrer à Justiça para afastar o diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa, do comando da agência.

A Polícia Federal (PF) indiciou Corrêa por, supostamente, atrapalhar as investigações sobre o escândalo da “Abin paralela”, que envolve o uso ilegal do sistema de monitoramento First Mile. Segundo a corporação, ele tentou obstruir as apurações, que atingem figuras centrais do órgão.

Desta forma, a entidade dos servidores também aprovou um indicativo de greve, com o objetivo de pressionar o Planalto por mudanças na chefia da Abin.

Em nota, a Intelis afirmou que os funcionários “optaram por dar um basta à degradação geral” da agência. Além disso, expressaram repúdio ao que classificaram como “imobilismo” do governo.

O relatório da PF mostra que Corrêa tentou blindar o ex-número três da agência Paulo Maurício Fortunato, considerado um dos responsáveis pelo enfraquecimento institucional da Abin.

Nas redes sociais, a Intelis prestou apoio às mulheres que, segundo o documento, foram alvo de assédio moral e perseguição por colaborarem com os investigadores.

O relatório indica a ex-corregedora Lidiane Souza dos Santos entre as vítimas. Integrantes da Abin a teriam atacado internamente por colaborar com a PF e a Controladoria-Geral da União.

Conforme a entidade, Corrêa chegou a chamar o setor de Corregedoria de “bandalha” e a defender uma “intervenção” para calar os críticos.

Abin acumula denúncias sob silêncio do governo

A Intelis afirma que perseguiram Lidiane e a submeteram a assédio moral. Depois disso, José Fernando de Moraes Chuy, aliado de Corrêa, assumiu o cargo e teria produzido um “dossiê” contra ela.

“É inadmissível que, em um governo que se diz progressista, o presidente Lula e o ministro Rui Costa optem por manter no comando pessoas envolvidas em práticas tão graves, como se nada estivesse acontecendo. Causa estranheza a insistência nessa manutenção incondicional”, escreveu a entidade no X, cobrando providências do presidente Lula e do ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Revista Oeste

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Mundo

Irã vota para suspender cooperação com órgão de vigilância nuclear da ONU

Foto: imagem de satélite ©2025 Maxar Technologies / AFP

O parlamento iraniano votou nesta quarta-feira (25) pela suspensão da cooperação do país com a Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA, na sigla em inglês), órgão de fiscalização nuclear da ONU, informou a agência de notícias estatal IRIB.

A decisão da Assembleia Consultiva Islâmica do Irã, conhecida como Majles, agora precisará ser ratificada pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional, comandado pelo presidente Masoud Pezeshkian.

Os votos do Majles, especialmente quando se trata de relações exteriores, são frequentemente considerados simbólicos, a menos que sejam apoiados pelo órgão mais poderoso, escolhido a dedo pelo Líder Supremo Ali Khamenei.

No domingo (22), após os ataques dos Estados Unidos às instalações nucleares iranianas, a comissão de segurança nacional e política externa do parlamento propôs ao legislativo o fechamento do Estreito de Ormuz, localizado na costa sul do Irã.

Essa decisão, em última análise, também caberia ao Conselho Supremo de Segurança Nacional.

A IAEA pressionou pela retomada de seu relacionamento com o Irã, interrompido pelos ataques sem precedentes de Israel às instalações nucleares do país a partir de 13 de junho.

Na terça-feira (24), o órgão de vigilância divulgou uma declaração comemorando o fim do conflito de 12 dias, dizendo que “os inspetores da IAEA permaneceram no Irã durante todo o conflito e estão prontos para começar a trabalhar o mais rápido possível, retornando às instalações nucleares do país e verificando os estoques de material nuclear — incluindo mais de 400 kg de urânio enriquecido a 60% — que eles verificaram pela última vez alguns dias antes do início dos ataques aéreos israelenses em 13 de junho”.

CNN

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Geral

Haddad critica Selic a 15% e diz estar “preocupado” com patamar

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (24) que está preocupado com o nível atual da taxa Selic, em 15%, e que a considera muito restritiva considerando as projeções de inflação.

“Essa alta, sendo muito honesto, quem é do ramo sabe que falo a verdade, foi contratada na última reunião da qual participou o Roberto Campos, em dezembro. É como se tivesse estabelecido uma contratação futura da taxa. Não dá para dar cavalo de pau em política monetária, vai perder credibilidade. Tem que ter muita cautela”, afirmou.

Na entrevista, Haddad também disse que a decisão do Banco Central de elevar a taxa básica de juros é uma herança do ex-presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, que deixou o cargo em dezembro para ser sucedido por Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Haddad também defendeu “congelar o debate sobre aumento de gasto público” e “encontrar o caminho da sustentabilidade das contas.”

A elevação de despesas só seria feita em alguma situação emergencial, disse o ministro à Record News. “Quanto mais poupança nós fizermos, o Brasil tem a chance de entrar num ciclo virtuoso, crescer mais e por um longo período”.

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu na semana passada elevar a taxa em 0,25 ponto percentual, levando-a para o patamar mais elevado desde julho de 2006. Segundo a ata da reunião, divulgada na manhã desta terça, o colegiado viu a necessidade de manter os juros mais altos por tempo maior do que o previsto para conter a atividade econômica.

A última reunião do Copom com Campos Neto na presidência foi a de dezembro, quando a Selic foi fixada em 12,25% ao ano. Desde então, houve quatro reuniões com Galípolo no comando do BC, em janeiro, março, maio e junho. Em todos os encontros a Selic subiu, acumulando uma elevação de 2,75 pontos percentuais no período.

Neste mês, o governo Lula publicou uma MP (medida provisória) para elevar a arrecadação de impostos e compensar o recuo na alta do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

Na MP estão inclusos o aumento da taxação de apostas esportivas e a mudança na tributação de instituições financeiras. Também foi publicado o novo decreto do IOF, que recalibrou para baixo o aumento do tributo anunciado em maio.

Com a medida, o governo tem focado principalmente em medidas arrecadatórias, mas parte do mercado continua a criticar a falta de ajustes pelo lado das despesas e a demonstrar desconfiança em relação ao compromisso do governo com as metas fiscais.

Haddad disse que apesar do clima de resistência às medidas no Congresso, está otimista de que se chegará a um acordo. “Briga, discute, diverge, mas aí vamos pelo país e baixa um espírito de responsabilidade geral para nós avançarmos um pouco mais”, disse.

Relatório de acompanhamento fiscal da IFI (Instituição Fiscal Independente), do Senado Federal, divulgado nesta terça mostra que a União terá um déficit primário de R$ 83,1 bilhões ao fim de 2025, dentro da meta prevista no arcabouço fiscal.

Haddad também confirmou que o governo Lula estuda formas de alavancar o crédito imobiliário no Brasil.

“O Brasil tem o crédito imobiliário na casa de 10% do PIB. Tem país como o Chile que é 30%. Tem países como a Austrália que é mais de 100% do PIB. Então, nós temos uma avenida para percorrer”, disse Haddad.

“E neste momento, nós tivemos uma longa reunião com o presidente Lula para explorar novos instrumentos de crédito imobiliário, com garantia, para que o juro seja baixo, para que a gente possa alavancar uma indústria fundamental para o desenvolvimento do país, que é a indústria da construção civil.”

Folha de S.Paulo

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Governo Lula paga R$ 407 milhões em emendas em 3 dias

Foto: Ricardo Stuckert/PR

A atualização desta terça-feira (24) do Siop (Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento) mostra que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pagou R$ 407,1 milhões em emendas a congressistas entre 21 e 23 de junho, um valor 77 vezes maior frente à movimentação registrada até 20 de junho, que era de apenas R$ 5,3 milhões.

Desde o início da movimentação – quarta-feira (12) – até a segunda – feira (23), o valor pago saiu de apenas R$ 0,9 milhão para R$ 408,3 milhões, mostrando um avanço significativo na liberação dos recursos. O montante empenhado subiu de R$ 93,1 milhões para R$ 897,7 milhões no mesmo período –um aumento de R$ 804,6 milhões.

Os dados, atualizados em 24 de junho, referem-se à movimentação até o dia anterior.

Foto: Poder 360

Apesar do avanço, o montante pago até agora – em emendas individuais e de bancada – representa menos de 1% dos R$ 50 bilhões previstos para serem liberados no ano.

Eis os partidos que mais receberam pagamentos de emendas foram:

  • União Brasil: R$ 59,7 milhões
  • PSD: R$ 55,5 milhões
  • PL: R$ 47,7 milhões
  • MDB: R$ 42,1 milhões
  • PP: R$ 39,3 milhões

A movimentação foi antecipada pelo Poder360. A estratégia tenta garantir apoio ao decreto de Fernando Haddad (Fazenda) que eleva o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

A tendência é que nesta 2ª metade do ano haja um intensivo maior para o pagamento das emendas. Essa fisiologia (entenda o que significa clicando aqui) pode ajudar Lula a avançar com algumas pautas, diminuindo o mau-humor dos deputados.

EMPENHO X PAGAMENTO

A fase do empenho é diferente do pagamento.

O empenho é o 1º estágio da execução da despesa pública. É quando o governo formaliza que reservará uma parcela do dinheiro disponível no Orçamento para o projeto proposto por algum deputado ou senador.

Depois do empenho, o valor é, de fato, reservado. Funciona como um seguro da autoridade de que o pagamento será feito. Com isso, o serviço indicado por uma emenda pode ser contratado – na expectativa de que o pagamento vai de fato ocorrer em algum momento.

Depois do empenho vem o estágio da liquidação – quando o governo reconhece que o serviço contratado foi entregue – e, por último, o pagamento propriamente dito, com a liberação da verba na conta de quem executou o serviço.

Poder 360

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Pai de Juliana Marins faz post após morte da filha: “Pedaço tirado de mim”

Foto: Reprodução/Instagram

O pai de Juliana Marins, Manoel Marins Filho, se pronunciou pela primeira vez após a morte da filha, na noite de terça-feira (24).

Em uma postagem realizada no Instagram com a foto da filha, Manoel escreveu a letra da música “Pedaço de mim”, de Chico Buarque na legenda. Na foto, destacou a frase “pedaço tirado de mim”.


Manoel viajou até a Indonésia para acompanhar de perto as buscas. Ele saiu de Lisboa rumo a Bali, numa viagem de cerca de 10 horas, e publicou um vídeo antes de embarcar. Na gravação, ele agradeceu o apoio recebido e pediu orações:

“Estamos embarcando agora para Bali. Graças a Deus as coisas estão acontecendo. Quero pedir que vocês sigam orando pelo resgate da Juliana, que ela esteja bem e possa voltar conosco. Orem pela Juliana. Obrigado por tudo.”

Um dia antes, Manoel postou um vídeo agradecendo o apoio recebido, enfatizando a assistência da embaixada brasileira e agradecendo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo apoio diplomático.

Entenda o caso

Juliana Marins, de 24 anos, natural de Niterói (RJ), foi encontrada morta na terça-feira (24) após passar quatro dias isolada no vulcão Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia. A jovem viajava pela Ásia desde fevereiro e já havia passado por Filipinas, Tailândia e Vietnã.

O acidente aconteceu na última sexta-feira (20), quando Juliana escorregou e caiu cerca de 300 metros fora da trilha. Turistas que presenciaram a queda alertaram a família pelas redes sociais, enviando fotos, vídeos e a localização exata do incidente.

Desde então, houve uma grande mobilização nas redes sociais, com campanhas pedindo ajuda às autoridades indonésias e brasileiras. Apesar dos esforços, ela foi localizada sem vida após quatro dias de buscas intensas.

CNN

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Nenhum aumento de gastos é bem-vindo, diz Haddad

Foto: REUTERS/Adriano Machado

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (24) ser o momento de “dar o exemplo” quanto ao controle dos gastos. Declarou ainda que nenhum aumento de despesas “é bem-vindo”, exceto os “imprescindíveis”.

“Estamos num momento que vamos congelar o debate sobre aumento de gastos até encontrar o caminho da sustentabilidade [das despesas]”, declarou em entrevista à Record.

Haddad falou sobre o tema ao ser questionado sobre o projeto que busca aumentar o número de deputados de 513 para 531. “Será que é imprescindível fazer esse gasto agora?”, disse. Segundo o ministro, é necessário ter cautela quanto às despesas.

“Se formos parcimoniosos, prudentes nas despesas, teremos mais crescimento. Hoje, temos que ser muito cautelosos. O Brasil tem chance de entrar num ciclo virtuoso”, afirmou.

O Poder360 mostrou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gastou R$ 324,3 bilhões fora da meta fiscal de 2023 a 2025.

O chefe da Fazenda ainda criticou o governo de Jair Bolsonaro (PL). “Uma coisa eu diria para você com muita segurança: o presidente Lula não vai repetir o erro que foi cometido pelo governo em 2022. O governo em 2022 bagunçou as contas públicas e perdeu a eleição”, declarou.

IOF

Fernando Haddad disse acreditar que a MP (medida provisória) editada como alternativa ao decreto que aumentou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) não será derrubada pelo Congresso.

“Esse jogo político faz parte da democracia […] Mediante negociação, nós temos aprovado praticamente todas as medidas. Mesmo aquelas que foram mal recebidas num 1º momento, depois de explicadas, foram recalibradas e aprovadas”, declarou.

Poder 360

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Governo Lula criou 273 cargos políticos em estatais e recebeu alertas sobre riscos de governança

Foto: Wilton Junior /Brasília

Desde o início do atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em janeiro de 2023, as estatais brasileiras criaram 273 novos cargos abertos à indicação política, segundo levantamento exclusivo do Estadão. Os postos são usados para empregar petistas, figuras ligadas aos partidos da base e familiares. O custo dessa expansão é de pelo menos R$ 206 milhões por ano, se contabilizados salários e benefícios, e abrange 16 empresas.

Algumas das decisões que aumentaram o número de cargos desse tipo foram precedidas de notas técnicas em que servidores do Ministério da Gestão consentiram com as mudanças, mas apontaram para riscos de governança, como o descumprimento de decisões judiciais e regras salariais descoladas das práticas de mercado. Os posicionamentos da pasta, no entanto, têm caráter meramente consultivo e as empresas não são obrigadas a acatá-los.

Por meio de nota, o governo informou que os cargos políticos equivalem a um em cada 314 empregados com vínculo ativo no conjunto das estatais federais. “Esse indicador evidencia que o uso de cargos de livre provimento nas estatais é restrito, pontual e residual.”

A reportagem ofereceu, por intermédio das assessorias de imprensa, a oportunidade de cada uma das pessoas citadas se manifestarem. As empresas defenderam os indicados.

Além dos chamados cargos comissionados, houve aumento de 105 funções de confiança, aquelas ocupadas apenas por funcionários de carreira escolhidos por diretores, que, por sua vez, são indicados pelo Palácio do Planalto.

A estatal que teve, proporcionalmente, o maior crescimento no número de postos de indicação política foi o Grupo Hospitalar Conceição (GHC), uma rede pública da qual a população do Rio Grande do Sul depende para ter acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS). No atual governo, a empresa vinculada ao Ministério da Saúde, que tinha 16 cargos comissionados, passou a ter 69, um salto de 331%.

A justificativa para o aumento do quadro era atender as demandas de um novo centro de oncologia e hematologia e gerir o Hospital Federal de Bonsucesso, no Rio de Janeiro, cuja administração foi transferida para o GHC em razão do mau funcionamento daquela unidade.

Mas o histórico de alguns dos funcionários indica que parte desses postos serve para empregar petistas gaúchos. Em novembro de 2023, foram criadas 13 vagas de assessores de diretoria, função que não existia até então. Cada um goza de vencimentos mensais de R$ 22 mil.

Entre os escolhidos estão Sanjaya Aquino, ex-assessora parlamentar de Paulo Pimenta (PT-RS), deputado federal e ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), e Leonilse Guimarães, que foi chefe de gabinete da Secretaria de Educação Profissional do Ministério da Educação no primeiro mandato de Lula e atuou como delegada oficial do movimento “Lula Livre! Fora Bolsonaro!”, articulado pelo PT.

Já Leonita de Carvalho, que também faz parte do grupo, foi assessora da Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, no governo de Dilma Rousseff. Sandra Maria Fagundes, ex-secretária de Saúde do Rio Grande do Sul na gestão de Tarso Genro, e Rose Correia , que foi superintendente do Patrimônio da União no Estado nos governos Lula e Dilma, também ocupam esses cargos.

O GHC disse em nota que “fortaleceu suas equipes, desde a assistência direta aos usuários até equipes administrativas e de gestão”. Também destacou que as medidas tiveram aprovação do Conselho de Administração da companhia e do Ministério da Saúde. Alegou ainda que somente 60 postos de livre provimento estão ocupados.

Em relação aos funcionários citados, disse que a escolha se deu por “experiências profissionais” e destacou a trajetória profissional de cada um. Sanjaya é formada em história e atua no planejamento estratégico e comunicativo. Leonilse é farmacêutica e foi plantonista no Hospital da PUC-RS. Leonita é socióloga com mais de 25 anos em administração pública. Sandra Maria é psicóloga e consultora de políticas públicas em saúde. Rose é advogada com especialização em Administração Pública.

Estadão

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Política

Paulinho envia proposta para inserir no PAC obras de drenagem em Natal

Foto: Reprodução

Em meio ao debate público sobre a ausência de propostas do Governo do Estado para obtenção de recursos federais destinados a obras de drenagem urbana no âmbito do PAC Seleções 2025, o prefeito de Natal, Paulinho Freire, tomou uma medida propositiva e construtiva. Por meio do ofício nº 682/2025, encaminhado à governadora Fátima Bezerra, o prefeito sugeriu uma articulação conjunta com a bancada federal potiguar para pleitear junto ao Ministério das Cidades a reabertura do prazo de cadastramento das propostas por parte do Governo do Estado.

De acordo com o chamamento público previsto na Portaria MCID nº 161/2025, cada ente estadual pode indicar até três obras prioritárias no eixo de macrodrenagem. No entanto, o Governo do Estado do Rio Grande do Norte não realizou nenhuma inscrição até o encerramento do prazo em 30 de março deste ano.

No ofício, Paulinho Freire solicita que, caso seja possível a reabertura ou inclusão excepcional, a governadora assegure a destinação de pelo menos duas das três propostas possíveis para o estado ao município de Natal. As obras indicadas são a macrodrenagem da Avenida João Medeiros Filho, que visa solucionar alagamentos em diversos loteamentos da Zona Norte, com investimento estimado em R$ 40 milhões, e a construção da lagoa de drenagem na região do Sanvale estimada em R$ 20 milhões.

O prefeito destaca no documento que sua equipe técnica observou, na última semana, a reabertura temporária do sistema TransfereGov para novos cadastramentos de projetos de drenagem, o que indica a possibilidade de flexibilização dos prazos para outros entes da Federação. “Esse fato demonstra que não é difícil supor que, diante da urgência e da relevância das obras, seja possível ao Governo do Estado solicitar a inclusão das propostas de Natal nos próximos dias”, argumenta o prefeito.

A iniciativa de Paulinho Freire reforça a importância do diálogo federativo e da atuação suprapartidária na busca por soluções concretas para os problemas estruturais da capital. Em vez de adotar uma postura de confronto, o prefeito optou por construir uma alternativa institucional, convocando os atores políticos do Estado a se unirem em defesa da população natalense.

O prefeito destacou, ainda, que essa medida demonstra seu compromisso com a cidade e com a superação dos desafios históricos de infraestrutura urbana, sobretudo em um momento de intensificação dos efeitos das mudanças climáticas.

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