Opinião

ARTIGO: Os Planos de Saúde, o Rol da Morte e as bananas. Por Marcus Aragão.

Estava sentado tranquilamente no Uber, pois tinha deixado meu carro na concessionária para revisão. O motorista era um sujeito aparentemente calmo, uns 60 anos, cabelo pintado de um preto forte. Antes que pudesse colocar o cinto de segurança, começou a praguejar:

— Imoral o preço da gasolina. Quero saber onde vamos parar. — Desabafou.
— Acho que não para, amigo. A crise é mundial. O que se há de fazer?
— Vivemos num país de bananas!! Fiz uma corrida para um americano semana passada e ele falou que nos EUA chamam o Brasil de país de bananas.
— Como assim? — Respondi meio desconfiado e incomodado.
— Ele disse que fazem o que querem com a gente e nunca fazemos nada.

Acusei o golpe. Senti. Disse: — Talvez ele tenha razão… País de bananas.

A corrida termina mas continuo com o “País de bananas” na cabeça. Num primeiro instante, penso em “República de Bananas” — a expressão que passou a fazer referência a países marcados pela monocultura e dotados de instituições governamentais fracas e corruptas, nas quais uma ou várias empresas estrangeiras tem o poder de influir nas decisões nacionais. Até faria certo sentido sermos chamados de República de Bananas, mas o americano se referiu a algo ainda mais relevante: a nossa total apatia, a nossa falta de combatividade para lutar pelos nossos direitos. O americano está certo? Isso você pode decidir.

Confesso que não me lembro do brasileiro lutando por nada. Diretas já? Não vale. Foi um movimento político de cunho popular com a presença constante de artistas e cantores. Eram como comícios grandes. As mobilizações na paulista? Greves? E, aqui em Natal, as mobilizações que apenas atrapalham o fluxo dos carros ao lado do Midway? Também não serve como exemplo de luta.

Movimentos fortes e impactantes como o “Black Lives Matter” nos EUA, ou as manifestações na França pelos direitos trabalhistas, ou os conflitos na Irlanda na década de 70 ou mesmo as lutas pelo fim do apartheid na África do Sul. Exemplos não faltam.

Um dos mais emblemáticos foi na Inglaterra, em 04 de outubro de 1936 — a batalha de Cable Street, onde os facistas comandados por Edward Mosley, uma espécie de “Hitler” inglês, queria fazer uma enorme passeata e passar pelos bairros judeus. A população não aceitou e foi para as ruas. “O pau comeu” — me perdoe o linguajar chulo, meu culto leitor. No cruzamento da Cable Street, a população enfrentou três mil fascistas e mais de seis mil policiais. Os ingleses não queriam o fascismo. Após essa batalha, a Câmara de Lordes, o parlamento inglês, proibiu o fascismo no país. Perceba que o povo não esperou os políticos. Exigiu o que queria.

Aqui no Brasil, uma notícia me deixou doente de raiva. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que o rol de procedimentos e eventos em saúde da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), é Taxativo. Isso significa que, a partir de agora, os planos de saúde não são obrigados a cobrir nada que não esteja neste rol. Talvez o nome mais apropriado fosse Rol da Morte pelas inúmeras vidas que serão perdidas após sua implementação. Isso afeta milhões de pessoas que dependem de terapêuticas e exames específicos para câncer, autismo, serviço de homecare, intervenções variadas para diferentes deficiências, bipap, cirurgia intrauterina, medicamentos para doenças raras, ELA, AME. A lista é grande. Eles tem que pensar nos lucros? Claro. Mas, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) levantou, em 2021, que as operadoras de saúde tiveram um lucro líquido acumulado de R$ 15 bilhões nos 3 primeiros trimestres de 2020. Não está de bom tamanho?

Em tempo, a ANS recuou um pouco na última quarta-feira (22), quando ampliou a cobertura dos planos de saúde para usuários com transtornos globais do desenvolvimento, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Entretanto, algumas pessoas acham que esse movimento recente da ANS é para desmobilizar o protesto contra o Rol Taxativo — que está sendo organizado por várias entidades e está marcado para dia 29 no Congresso Nacional.

A verdade é que essa questão está longe de ser resolvida e muita gente já está sofrendo. Pessoas que já lutam pela vida com doenças sérias ficarão sem tratamento — trazendo dor e uma angústia enorme para milhares de famílias. Nosso país não oferece segurança, educação, transporte e saúde. Como se não bastasse, agora vão retirar direitos sobre planos de saúde que são pagos.

Todos seremos afetados com essa decisão, mas quero saber uma coisa: O que você vai fazer a respeito? Mais uma vez você não faz nada? Se vai apenas deixar para lá, tomar sua um cervejinha ouvindo um sambinha, me faça um favor… não esqueça sua banana!!!

— Veras que o filho seu não foge a luta. Pois então, lute!

Não queria ir embora sem mandar um recado para o americano desconhecido: my friend, não somos nem nunca seremos um país de bananas. Somos um país de leões que ainda dormem embaixo de bananeiras.

Marcus Aragão
Instagram @aragao01

Opinião dos leitores

  1. A verdade é que nós brasileiros nos acostumamos com tudo pela hora da “morte”, em todas as áreas de nossas vidas. Pena que, ainda, não aprendemos a reagir a altura de tantas provocações que nos são impostas incessantemente. Até quando?

  2. Seu texto é um murro na nossa cara. Depende de nós a reação, vamos cair e sentir a dor da derrota ou vamos partir para a briga??

    1. Meu plano também sem coparticipação , foi só precisar utilizar o plano e, pasmem … tudo que preciso que sai do comum, ou do que custa mais de “cinquenta reais”, inventaram um formato aprovado por um juiz ou “juiz” que o plano se transforma em comparticipação. Mas como ??? Me perguntam … eles podem fazer o que querem , se os médicos que fazem as perícias para o sistema jurídico trabalha e dirigem os planos de saúde. Porque não bananas me sinto a casca da banana !!!

  3. Parabéns amigo. Nem sempre nascemos perfeitos e não sabemos o que vamos precisar de um plano de saúde. Vamos à luta ….👏

  4. Enquanto o lucro afeta só a vida do pobre, está tudo certo, mas qdo afeta a vida da nossa classe média decadente aí vemos textos como esse. “A crise é mundial, o que podemos fazer qdo a isso?” kkkkkkkkkkkkkkkkkkk oh Jesus, só tem desse tipo.

    1. O que esse texto tem com a crise? Vc viu o lucro dos planos de saúde?

  5. texto bobo, amigo, abra qualquer livro de história do Brasil e leia sobre TODAS as dezenas de revoltas armadas

    1. Meu plano também sem coparticipação , foi só precisar utilizar o plano e, pasmem … tudo que preciso que sai do comum, ou do que custa mais de “cinquenta reais”, inventaram um formato aprovado por um juiz ou “juiz” que o plano se transforma em comparticipação. Mas como ??? Me perguntam … eles podem fazer o que querem , se os médicos que fazem as perícias para o sistema jurídico trabalha e dirigem os planos de saúde. Porque não bananas me sinto a casca da banana !!!

  6. Excelente texto. Assunto extremamente importante. Decisão muito grave do STJ, que muitos ignoram pois teoricamente não precisam.
    Será que um dia precisarão?
    Será que deveriam precisar para se posicionar sobre? Fica o questionamento.
    É fato que o brasileiro não sabe lutar pelos seus direitos. Fica a esperança que isso um dia mude. Enquanto isso vidas vão sendo perdidas quando são deixadas nas mãos dos nossos “representantes”

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Cidades

VÍDEO: Bolsonaro reencontra equipe médica que o atendeu em Natal

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve na manhã desta sexta-feira (13) no Hospital Rio Grande, no bairro de Tirol, zona Leste de Natal, para reencontrar e agradecer à equipe médica que o atendeu durante sua internação de urgência ocorrida no mês de abril deste ano.

Durante a visita, Bolsonaro reencontrou médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde que estiveram ao seu lado durante o atendimento e a preparação para a transferência a Brasília, onde foi submetido a uma cirurgia para tratar uma suboclusão intestinal — a sétima desde o atentado sofrido em 2018.

No auditório do hospital, o padre e capelão Humberto Luiz parabenizou a atitude do ex-presidente em ter, como primeiro compromisso de sua agenda nesta sexta, o retorno ao hospital. “Cada vida em Deus vale muito. A vida de todos é muito importante e a vida do senhor é muito importante. Fiquei feliz em ver que o senhor decidiu vir até aqui antes de toda a agenda”, afirmou.

Bolsonaro destacou a serenidade e o acolhimento com que foi recebido no Hospital Rio Grande, mesmo em uma situação delicada. “Eu só tenho a agradecer a todos vocês. Devo a minha vida, primeiramente a Deus e depois aos hospitais, o municipal em Santa Cruz e no Rio Grande. Muito obrigado por esse momento, que nos dá forças para continuar lutando”, disse Bolsonaro, dirigindo-se à equipe liderada pelo diretor clínico da unidade, Dr. Luiz Roberto Leite Fonseca, e aos funcionários do hospital.

O Dr. Luiz Roberto também manifestou satisfação em rever o ex-presidente em pleno restabelecimento, e destacou que sua recuperação representa alívio, inclusive, para seus apoiadores. “Entendemos que, independente de onde o paciente venha, ou de qual é o tipo de vinculação que ele tem, ele é o amor da vida de alguém. Não é quem é o paciente, mas ele é o amor da vida de alguém. E nós simplesmente fizemos pelo senhor isso, porque o senhor é amor da vida de tantas pessoas que estão aqui”, disse.

Entre os profissionais que acompanharam a visita do ex-presidente, a enfermeira Soraya Farias expressou sua satisfação ao ver Bolsonaro e sua recuperação. “É um grande prazer receber nosso querido ex-presidente Bolsonaro aqui no hospital, na nossa cidade, Natal. A gente está muito feliz com a sua presença aqui no nosso estado e com a sua recuperação”, afirmou.

A visita integrou o segundo dia da passagem de Jair Bolsonaro pelo Estado dentro do Projeto Rota 22, promovido pelo Partido Liberal (PL) e pelo Instituto Álvaro Valle. Após a agenda no hospital, Bolsonaro seguiu viagem para o interior potiguar, onde participou de atividades políticas e encontros com apoiadores.

Tribuna do Norte

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Polícia

PF prende ex-ministro Gilson Machado em Recife

Foto: Reprodução

O ex-ministro do Turismo Gilson Machado foi preso nesta sexta-feira (13) em Recife (PE). A informação foi confirmada à CNN por fontes da Polícia Federal (PF).

Nesta semana, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito contra Machado por obstrução de investigação de organização criminosa e favorecimento pessoal.

O requerimento tem como base informações da Polícia Federal (PF) de que Machado teria atuado, no dia 12 de maio, para obter a expedição de um passaporte português – junto ao consulado de Portugal no Recife (PE) – em favor do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, “para viabilizar sua saída do território nacional”.

Além disso, Machado teria promovido, por meio de seu perfil no Instagram, uma campanha de arrecadação de doações em dinheiro que seriam destinadas a Bolsonaro, o que também chamou a atenção dos investigadores.

No pedido da PGR ao Supremo, Gonet diz que Machado não obteve êxito na emissão do documento para Cid, mas que a PF ainda considera possível que ele “busque alternativas junto a outras embaixadas e consulados” para essa finalidade.

Para Gonet, essas informações levantam suspeita de que Machado esteja atuando para obstruir a ação penal sobre a tentativa de golpe. A PGR pediu que o ministro Alexandre de Moraes autorize não só a abertura de um inquérito, mas também permita a adoção de medidas de busca e apreensão.

CNN

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Polícia

FOTOS: Polícias Civil e Militar cumprem mandados contra loteria ilegal em Macau e Guamaré

Fotos: Divulgação 

Policiais civis da 5ª Delegacia Regional (DR) de Macau, em ação conjunta com a Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM) de Macau e na 1ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), deflagraram, nesta quinta-feira (12), a Operação Má-Sorte, com o objetivo de combater a prática de loteria ilegal nas cidades de Macau e Guamaré, no litoral potiguar.

Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, sendo três na cidade de Guamaré e um em Macau, expedidos pela Justiça da comarca de Macau. As investigações foram iniciadas há cerca de três meses, onde identificaram a existência de uma organização criminosa voltada à exploração de loteria clandestina do tipo “2 X 500”, praticada diariamente em locais públicos, especialmente nos mercados municipais.

De acordo com os policiais, a atividade ilegal era chefiada por uma mulher de nacionalidade colombiana, apontada como responsável pela sede da organização, localizada em Macau. No imóvel investigado, as equipes apreenderam R$ 18 mil em dinheiro, um globo de sorteio, carimbos, centenas de bilhetes do jogo e outros materiais relacionados à atividade ilícita. A loteria funcionava rotineiramente no Mercado Público da cidade. Nos alvos em Guamaré, também foram localizados diversos bilhetes do jogo, além de uma banca montada no Mercado Público utilizada para as apostas.

No quarto endereço, ligado a um dos financiadores do esquema, foram apreendidos uma pistola com numeração suprimida, uma munição calibre 12, entorpecentes, dinheiro em espécie e aproximadamente 200 cartões bancários e sociais, como Bolsa Família e cartões de crédito. O suspeito foi autuado em flagrante pelos crimes de agiotagem, posse ilegal de munição de uso permitido, posse de arma com numeração raspada e porte para consumo pessoal de drogas. De acordo com a polícia, ele emprestava dinheiro a juros abusivos e retinha os cartões das vítimas como garantia de pagamento.

Além das autuações em flagrante, os envolvidos responderão por crimes como, Loteria não autorizada, Promoção de publicidade enganosa prejudicial à saúde ou segurança, Induzimento à especulação e Associação criminosa.

Os suspeitos foram conduzidos à delegacia para os procedimentos legais e, posteriormente, encaminhados ao sistema prisional, onde permanecerão à disposição da Justiça. A operação mobilizou cerca de 20 policiais civis e militares.

 

 

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Mundo

VÍDEO: Animação divulgada por Israel mostra detalhes do ataque aéreo

Vídeo: Reprodução

Animação divulgada por Israel mostrando detalhes do ataque aéreo que danificou Natanz, o principal centro iraniano de pesquisa nuclear.

“Estamos em um momento decisivo na história de Israel”, disse Benjamin Netanyahu, em pronunciamento gravado com antecedência e divulgado pouco após os ataques.

Em seu discurso, Netanyahu afirma que o principal alvo é a usina iraniana de Natanz, considerado “o coração do programa de enriquecimento” de urânio. Ele afirma que cientistas que participam do programa nuclear do país também foram alvejados.

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Mundo

Trump faz alerta para Irã fechar acordo nuclear “antes que seja tarde”

Foto: Reprodução

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, instou o Irã na sexta-feira a fechar um acordo sobre seu programa nuclear, afirmando que ainda há tempo para o país evitar novos conflitos com Israel.

“Já houve muita morte e destruição, mas ainda há tempo para pôr fim a esse massacre, com os próximos ataques já planejados sendo ainda mais brutais”, escreveu Trump em uma publicação no Truth Social.

Israel lançou ataques contra o Irã nesta sexta-feira (13), afirmando ter atingido instalações nucleares, fábricas de mísseis balísticos e comandantes militares durante o início de uma operação para impedir que Teerã construísse uma arma nuclear.

CNN

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Política

Confira agenda de Bolsonaro no RN nesta sexta-feira

Foto: Alex Régis

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cumpre agenda em Natal e em mais cinco municípios do Rio Grande do Norte nesta sexta-feira (13). A programação teve início na quinta-feira (12) e se estende até este sábado (14). A visita ao estado faz parte do projeto Rota 22, que promove oficinas e seminários.

Pela manhã, Bolsonaro visita o Hospital Rio Grande para agradecer aos profissionais de saúde que o atenderam em situação de urgência, em abril deste ano. Às 9h30, ele estará em Tangará e, em seguida, às 10h30, visita a equipe que também o atendeu no Hospital Municipal de Santa Cruz e segue para o Santuário de Santa Rita de Cássia.

À tarde, o ex-presidente visita a Cidade da Moda, às 13h, no município de Acari. Às 15h, segue para a Barragem de Oiticica, em Jucurutu, e às 19h participa do Mossoró Cidade Junina.

Confira a programação completa desta sexta-feira:

  • 7h – Visita ao Hospital Rio Grande
  • 9h30 – Tangará
  • 10h30 – Santa Cruz: Visita ao Hospital Municipal e ao Santuário de Santa Rita de Cássia
  • 13h – Acari: Visita a Cidade da Moda
  • 15h – Jucurutu: Barragem de Oiticica
  • 19h – Mossoró Cidade Junina

Sábado

No sábado (14), Bolsonaro visita, às 7h, ao Anel Viário de Mossoró, e recebe o título de cidadão mossoroense e às 8h, terá o Seminário do Projeto Rota 22, no Hotel Garbos. Bolsonaro encerra a agenda às 14h30, no embarque pelo Aeroporto de São Gonçalo do Amarante.

Tribuna do Norte

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Judiciário

Ex-jogador da seleção é preso em aeroporto de SP

Foto: Reprodução

O ex-jogador da seleção brasileira e do Corinthians, João Alves de Assis Silva, conhecido como Jô, foi preso nesta quinta-feira (12), no Aeroporto de Guarulhos, localizado na cidade de São Paulo.

A prisão se deu por conta do atraso no pagamento de pensão alimentícia ao filho de dois anos do atleta. A criança é fruto do relacionamento entre Jô e Maiára Quiderolly, influenciadora e empresária. O homem foi encaminhado ao 1° Distrito Policial de Guarulhos.

Segundo a defesa de Jô, o ex-jogador já tinha ciência do mandado de prisão expedido pela Justiça. “O não pagamento da pensão decorre de uma situação financeira que hoje é irreal. Ela não condiz com a realidade do ex-jogador. Cabe ressaltar que Jô não foge da sua responsabilidade, mas ela tem que ser adequada à sua realidade”, afirmou Guilherme Motai.

A defesa ainda disse que, como o ex-atleta não tem condições de arcar com o pagamento, ele tentou alternativas para levantar o valor e quitar a pensão. Uma das opções era uma tentativa de venda de um imóvel em São Paulo.

Outra prisão de Jô

Jô foi preso na tarde do dia 18 de dezembro de 2024 por falta de pagamento de pensão alimentícia. A prisão ocorreu em Contagem, na Grande BH.

Em nota à CNN, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) confirmou a prisão e disse que “João Alves de Assis Silva deu entrada no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional – Contagem”.

Na época, o jogador atuava pelo Itabirito Futebol Clube, clube mineiro da cidade de Itabirito, que disputa a Série D do Campeonato Brasileiro, além do Campeonato Mineiro.

CNN

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Geral

Lula diz que ‘se brincar’ será eleito pela 4ª vez e cita 3 ações que quer fazer até o fim do mandato

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta quinta-feira, 12, se sentir abençoado por ter sido eleito presidente da República três vezes. Disse, ainda, que, “se brincar”, será eleito pela quarta vez.

“Um cara filho da dona Lindu, com diploma primário e curso técnico, virar presidente da República só pode ser milagre. É coisa de Deus, não tem outra coisa para explicar. E não é só virar presidente, é virar uma, duas e três vezes. E se brincar, vai ter a quarta vez. Se preparem, porque esse País não vai cair na mão da extrema-direita. Esse País aprendeu a gostar de democracia e vamos fazer a democracia prevalecer”, declarou durante cerimônia em Mariana (MG) nesta quinta.

Lula disse que “ainda” não fez tudo o que gostaria no governo, mas defendeu que fez mais no Palácio do Planalto que os antigos mandatários.

“Tenho certeza de que ainda não fiz tudo o que quero fazer, mas se pegar desde a Proclamação da República até hoje, duvido que tenha um presidente que tenha feito metade do que eu fiz para o povo trabalhador e para o povo pobre”, declarou.

Três projetos até o fim do mandato

O presidente afirmou nesta quinta-feira, 12, que pretende lançar três programas até o término do mandato dele na Presidência, em 2026. As medidas são a Nova Tarifa Social de Energia Elétrica, o crédito para reformas de casas e a medida que busca baratear o preço do gás de cozinha.

Sobre as mudanças no setor de energia elétrica, que tramita no Congresso Nacional em uma medida provisória, Lula afirmou que não acha justo que os ricos paguem mais do que os mais pobres.

“Nós achamos que a energia desse País está muito cara e os ricos estão pagando menos do que os pobres. Os ricos compram no mercado livre e os pobres compram no mercado regulado. Não é humano, não é justo e não é digno o pobre pagar mais que o rico”, afirmou.

Já sobre o programa de reformas de casas, Lula disse que a iniciativa será anunciada pelo governo federal ainda neste mês de junho.

Sobre a medida que busca baratear o gás de cozinha, Lula questionou os preços do produto quando sai da Petrobras e quando é distribuído para os consumidores. Segundo o presidente, alguém “ganha dinheiro no meio” às custas dos menos favorecidos.

“Você acha normal a Petrobras entregar o gás a R$ 37 e ele chegar para esses pobres consumidores a R$ 140? Alguém está ganhando dinheiro no meio”, disse o presidente.

Créditos para entregadores

Fora dos três eixos principais citados por Lula, o presidente também destacou a política de crédito para entregadores de aplicativo. Segundo Lula, o governo federal vai fazer com que eles possam comprar motos elétricas para trabalhar e também buscar oferecer benefícios sociais, como vale refeição.

“O coitado que entrega comida, ele não tem um banheiro para utilizar. Ele, às vezes, vai entregar comida por outros com o nariz cheirando a comida do outro e o coitado estando com fome. Então, é preciso que a gente discuta um vale refeição para esse companheiro”, disse o presidente.

Estadão

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Economia

Crise do IOF aumenta pressão do Congresso sobre Haddad e governo Lula

Foto: Adriano Machado/Reuters

Mesmo com semanas de negociações sobre a crise gerada pela tentativa de aumento no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o Congresso Nacional indica postura desfavorável às mudanças apresentadas pelo Ministério da Fazenda, liderado por Fernando Haddad. Inclusive, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), já afirmou que vai pautar o regime de urgência do projeto que derruba o decreto sobre o IOF.

A declaração de Motta foi dada horas depois da publicação de uma medida provisória (MP) e um decreto sobre o tema. Os atos normativos do governo federal foram publicados na noite de quarta-feira (11), justamente em uma tentativa de “recalibrar” o recuo no decreto anterior que aumentava o IOF, e geraram forte descontentamento entre políticos e setores da economia.

A escalada de uma crise

  • Em 23 de maio, o governo federal anunciou medidas para tentar buscar equilíbrio fiscal. A apresentação dos detalhes foi feita por técnicos do Ministério da Fazenda.
  • Entre os principais pontos, estava aumento no IOF de algumas operações.
  • O governo estimava arrecadar R$ 20,5 bilhões em 2025, com o aumento das alíquotas, e R$ 41 bilhões em 2026.
  • O mercado reagiu de maneira muito negativa. O Ibovespa apresentou retração depois do anúncio do governo federal. No dia, a baixa foi de 0,44%, o que fez o indicador fechar com 137.272 pontos. O dólar, por outro lado, registrou alta de 0,32% e encerrou valendo R$ 5,66.
  • O governo passou a ser criticado duramente nas redes sociais.
  • No mesmo dia, o Ministério da Fazenda recuou e publicou nova medida, retirando parte das mudanças anteriores no IOF.
  • Apesar do recuo, a crise não arrefeceu. Mais de 20 projetos de decretos legislativos (PDLs) foram apresentados no Congresso para sustar os efeitos do decreto.
  • O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com os presidentes Hugo Motta (Câmara) e Davi Alcolumbre (Senado) em 28 de maio, à noite. Mesmo após horas de conversas, a reunião terminou sem acordo. O governo falou em sérios prejuízos nas contas públicas em caso de não aprovação da medida.
  • O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) precisou entrar em campo para tentar amenizar os conflitos. Em 3 de junho, horas antes de uma viagem à França, ele convocou coletiva e foi interpelado sobre o caso. O petista reconheceu que faltou conversa do governo com o Congresso para tentar ajustar os pontos do decreto antes de sua publicação.
  • O governo aceitou apresentar novas propostas ao Congresso. Uma nova reunião aconteceu em 8 de junho, entre Haddad, Alcolumbre e Motta. O ministro saiu do encontro falando em diálogo. No entanto, posteriormente, Motta disse que não havia acordo para aprovar as medidas.
  • O novo decreto, sugerindo outras medidas para melhorar a arrecadação, foi apresentado em 11 de junho. Mais uma vez, a reação não foi positiva.
  • Hugo Motta foi a público na quinta (12/6) e disse que pautará em plenário a urgência do projeto que susta os efeitos do novo decreto em 16 de junho.

Nesse cenário, Haddad afirma publicamente que está disposto a se reunir e discutir com o Congresso as medidas com o objetivo de chegar a ações que possam, realmente, serem aprovadas. “Eu estou discutindo com o Congresso Nacional. Estou 100% disponível para visitar os presidentes, os líderes, as bancadas, quantas horas precisar. Não tem dia para nós, do ponto de vista do interesse público”, afirmou o ministro nessa quinta-feira (12/6).

Haddad solicita, no entanto, mais transparência na condução do debate, principalmente em relação à atuação de representantes e do lobby nos setores impactados: “Agora, os lobbies precisam vir para a luz do dia. Quem quer defender bet, vem a público. Quem quer defender bancos, vem a público. Não tem problema. Tem que fazer um debate transparente. Não vai se esconder. Vem a público e discute o que for”.

O chefe da Fazenda também fala em “sentir melhor o pulso” do Congresso para verificar a adesão das ações econômicas do governo. Sobre a criação de uma comissão especial criada por líderes partidários na questão da contenção de gastos, Haddad relata que está em contato com os parlamentares.

Ainda com as sinalizações, Hugo Motta informou que o Colégio de Líderes se reuniu nessa quinta-feira (12/6) e decidiu pautar a urgência do PDL (Projeto de Decreto Legislativo) que susta os efeitos do novo decreto do governo que trata de aumento do IOF. “Conforme tenho dito nos últimos dias, o clima na Câmara não é favorável ao aumento de impostos com objetivo arrecadatório para resolver nossos problemas fiscais”, afirmou o presidente em rede social.

Metrópoles

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