Brasil

[ÁUDIO] “Nunca se sabe se tem alguém gravando”; disse Bolsonaro ao ser gravado


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) demonstrou receio em estar sendo gravado durante a reunião relacionada ao caso das rachadinhas, envolvendo o senador Flávio Bolsonaro. O material faz parte das investigações sobre o uso da Associação Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar opositores durante o mandato de Bolsonaro.

Sem saber que estava sendo gravado pelo então diretor da Abin, Alexandre Ramagem, o ex-presidente afirmou:

“E, deixar bem claro, a gente nunca sabe se alguém tá gravando alguma coisa, que não estamos procurando favorecimento de ninguém”, disse Bolsonaro durante a reunião.

Em 25 de agosto de 2020, Bolsonaro, o então chefe do GSI Augusto Heleno, Ramagem e duas advogadas de Flávio Bolsonaro se reuniram para tratar da investigação sobre as rachadinhas. Sem que os demais soubessem, Ramagem gravou o encontro.

O áudio foi encontrado em um celular do ex-diretor da Abin em uma operação de busca da Polícia Federal durante investigação sobre o suposto uso paralelo e ilegal da Abin durante o governo Bolsonaro.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), levantou sigilo do áudio nesta segunda-feira (15/7).

Para o ministro, eventual divulgação parcial de trechos do documento ou da gravação poderia causar prejuízos à correta informação da sociedade. No caso do acesso aos autos pelas defesas, os advogados poderão obter os documentos que venham a ser juntados futuramente ao processo.

Fonte: Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. O BRASIL ESTÁ CONHECENDO A VERDADE E A VERDADE LIBERTARÁ O BRASIL DA FAMILÍCIA.

    1. Narrativa de esquerda é foda! O que fizeram um pente fino para prender Bolsonaro não está escrito em nenhuma história de governo. Enquanto isso um ladrão acabando com o Brasil reina absoluto!

  2. ➡️que não estamos procurando favorecimento de ninguém”, disse Bolsonaro durante a reunião. O CARA É HONESTO, POR ISSO NUNCA VAI SER PRESO.

    1. 😂😂😂😂😂😂😂
      Valdir…agora conta aquela do papagaio…

    2. Esse parece aqueles que espera a mulher dentro do armário. Ela entra com o amante e coloca uma calcinha no buraco da fechadura e ele diz: eu não vi nada. Ela é honesta.

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Geral

Sindicato de irmão de Lula fez lobby por desconto até no Bolsa Família

Foto: Ricardo Stuckert

Investigado por suspeita de fraude na farra dos descontos indevidos sobre aposentadorias, revelada pelo Metrópoles, o Sindicato Nacional de Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), que tem um irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como dirigente, fez lobby no início do governo petista para flexibilizar as regras e ampliar a possibilidade de cobrança de mensalidade feita diretamente no contracheque pago pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

O Metrópoles teve acesso a um ofício assinado pelo então presidente do Sindnapi, João Batista Inocentini, em 30 de janeiro de 2023, no qual ele fez uma série de reivindicações ao então ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), que havia acabado de assumir o cargo no início do governo Lula e pediu demissão em maio deste ano, após a operação da Polícia Federal (PF) contra o esquema bilionário de fraudes contra aposentados.

Uma das demandas era para o sindicato receber autorização para descontar mensalidades de beneficiários do programa Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC), previsto na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), para idosos e pessoas com deficiência. Ambos são pagos pelo INSS. Diferentemente dos aposentados, quem recebe os programas assistenciais não podem ter descontos de mensalidade associativa na folha de pagamento. Apesar do pleito, essa autorização não prosperou.

Ofício do Sindnapi ao ministro Carlos LupiOfício do Sindnapi ao ministro Carlos Lupi pede descontos em benefícios de Assistência Social

Autor do ofício, Inocentini morreu em agosto de 2023. A entidade agora é chefiada por Milton Cavalo e, desde 2008, tem Frei Chico (foto em destaque), irmão do presidente Lula, entre os filiados. Ele assumiu como vice-presidente do Sindnapi em 2024. A entidade afirma que os pleitos no primeiro mês do novo governo não têm relação com o aumento dos descontos de mensalidade associativa, que chegaram ao auge nos dois primeiros anos da gestão petista, após o pleito feito a Carlos Lupi.

“É natural que as lideranças procurem o novo governo para fazer as articulações de suas pautas”, diz o Sindnapi, em nota.

Investigação contra o Sindnapi

  • Ligado à Força Sindical, o Sindnapi é investigado pela Polícia Federal (PF) no escândalo da farra de descontos do INSS, revelado pelo Metrópoles.
  • O inquérito serviu de base para a Operação Sem Desconto, deflagrada no último dia 23 de abril e que culminou na demissão do ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto e do ex-ministro Carlos Lupi.
  • A entidade tem autorização para descontos associativos há mais de 10 anos. Entre 2021 e 2023, auge da farra dos descontos, o número de cerca de 170 mil filiados saltou para 420 mil associados.
  • No mesmo período, segundo auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), o faturamento do sindicato foi de R$ 41 milhões para R$ 149 milhões.
  • O Sindnapi, porém, não foi incluído na investigação aberta pelo INSS, assumida pela Controladoria-Geral da União (CGU) e que motivou ação da Advocacia-Geral da União (AGU) contra entidades que já eram alvo da PF.
  • O INSS afirma que a ação mirou associações com indícios de pagamento de propina ou “tidas como fantasmas e que não tinham condições mínimas para sua existência”, o que não é o caso do Sindnapi.

Renovação automática e desbloqueio de benefícios

No ofício encaminhado ao ex-ministro, o Sindnapi também pede que as filiações de aposentados, que na época eram válidas por cinco anos, fossem renovadas automaticamente, “sem a necessidade de novas assinaturas” e com “prazo indeterminado”.

Questionado sobre a reivindicação, o sindicato disse que era uma pauta geral das associações de aposentados.

“Pedir a renovação automática dos acordos com o INSS está dentro de uma lógica que já vinha sendo operada e não era só nossa pauta, mas de todos que tinham ACT (Acordos de Cooperação Técnica, que permitiam os descontos mensais nas aposentadorias)”, afirma a entidade.

O Sindnapi ainda queria que as entidades com acordo firmado pudessem, pelo aplicativo INSS Digital, fazer todos os serviços prestados pela autarquia e ser remunerado por esses serviços.

Outra demanda da entidade era pelo fim do bloqueio de benefícios concedidos a partir de 2019, sob a alegação de que os aposentados tinham dificuldades em desbloquear as mensalidades associativas.

“A partir de 2019, os benefícios nascem bloqueados para desconto de mensalidade associativa, dependendo de que o beneficiário ligue para o INSS ou utilize o aplicativo para desbloquear. Ocorre que nenhum desses canais funciona e tem gerado grande transtorno aos segurados e às entidades.”

A entidade afirmou que apresentou a demanda porque “o sistema utilizado pelo INSS para que o aposentado pudesse desbloquear o desconto associativo em sua folha de pagamento vinha apresentando problemas que não eram solucionados pelo instituto”.

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Geral

Bolsonaro passa por bateria de exames em Brasília após mal-estar durante agenda em Goiás

Foto: KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passará, na manhã deste sábado, por uma bateria de exames no hospital particular DF Star, em Brasília. O seu médico pessoal, Claudio Birolini, acompanha o ex-mandatário, que pode deixar o hospital ainda hoje, a depender dos resultados. O procedimento de segurança ocorre após Bolsonaro ter passado mal em agenda na manhã de sexta-feira e ter relatado indisposição estomacal e enjoo.

Em razão do mal-estar, ele interrompeu o evento em Goiás, cancelou compromissos e retornou a Brasília. O ex-presidente chegou a ter um pico de pressão arterial, chegando a 14 por 9, mas passou o restante do dia em repouso.

Na quinta-feira, durante outras agendas públicas em Goiás, Bolsonaro já havia se queixado de problemas de saúde. Em uma cerimônia onde recebeu o título de cidadão goianiense, ele afirmou estar enfrentando fortes sintomas gástricos.

— Desculpa, estou muito mal. Vomito dez vezes por dia — disse ele, enquanto soluçava durante o discurso.

O episódio ocorre cerca de dois meses após Bolsonaro ter sido submetido a mais uma cirurgia abdominal. Desde que foi esfaqueado durante a campanha eleitoral de 2018, o ex-presidente enfrenta complicações recorrentes e já passou por sete procedimentos cirúrgicos.

Bolsonaro estava em Goiás desde quinta-feira (19), quando se reuniu com o governador Ronaldo Caiado (União Brasil), no Palácio das Esmeraldas, sede do governo estadual. Também participou de encontros com aliados do PL e lideranças locais. Foi a primeira visita de Bolsonaro ao estado após as eleições municipais de 2024, ocasião em que ele e Caiado estiveram em campos opostos e trocaram críticas públicas.

Embora Bolsonaro esteja inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a movimentação política em torno de seu nome ainda influencia o xadrez da direita nacional. Já Caiado busca consolidar-se como uma das opções do campo conservador para a disputa presidencial de 2026. Segundo interlocutores, no entanto, o encontro entre os dois teve um tom mais regional, sem discussões sobre o cenário nacional. A prioridade de ambos, ao menos por ora, seria a reorganização das forças políticas em Goiás.

O Globo

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Geral

Boletim da STTU aponta vias com situação transitável ou intransitável neste sábado (21); saiba quais

Foto: reprodução

Com a chuva que cai em Natal, a Secretaria de Mobilidade Urbana (STTU) divulgou boletim na manhã deste sábado informando sobre eventuais pontos de atenção em vias da cidade.

De acordo com a Secretaria, as vias que apresentarem situações de alagamentos, serão classificadas como
transitáveis e intransitáveis, sendo devidamente atualizadas caso haja mudanças.

Até às 7h, seis pontos foram observados na cidade sendo três considerados transitáveis e três intransitáveis.

São eles:

● Rua Presidente Sarmento – Alecrim (próximo ao mercado)
○ Situação: Intransitável

● Av. Nevaldo Rocha, entre a linha férrea e a Av. Cel. Estevam
○ Situação: Transitável

● Av. Adolfo Gordo com Av. Cap. Mor Gouveia
○ Situação: Transitável

● Av Lima e Silva ao lado da lagoa de São Contrado
Situação: Intransitável

● Av Cel Estevam com Av Antônio Basílio
○ Situação: Transitável

● Av Solange Nunes ao lado da Unimetais
Situação: Intransitável

Tribuna do Norte

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Geral

Moraes autoriza visitas de familiares a ex-assessor de Bolsonaro

Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nessa sexta-feira (20) que o coronel Marcelo Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL), receba visitas de familiares no batalhão onde está preso.

A determinação vale para a esposa, filhos, pais e irmãos de Câmara. Além de presencialmente, eles também podem se reunir virtualmente com o militar, desde que obedecendo as regras do local da prisão. Outras visitas, que não sejam dos advogados que possuam procuração, devem ser previamente autorizadas por Moraes.

A prisão preventiva de Câmara foi determinada pelo magistrado na última quarta-feira (18). No dia seguinte, o STF decidiu manter a prisão do coronel após a realização da audiência de custódia. O militar está preso no Batalhão da Polícia do Exército de Brasília.

O advogado Eduardo Kuntz informou à CNN que a defesa técnica vai recorrer por meio de agravo regimental na próxima segunda-feira (23), “demonstrando a ilegalidade da prisão e aguardando que ele seja solto imediatamente”.

Câmara é réu na ação penal que investiga o planejamento de um suposto golpe de Estado no país no contexto das eleições de 2022. Ele foi preso por tentativa de obstruir a investigação.

A decisão da prisão ocorreu após Kuntz informar ao STF ter conversado com o tenente-coronel Mauro Cid sobre o seu acordo de delação. Diante disso, Moraes também determinou a abertura um inquérito contra o coronel e seu advogado.

De acordo com ministro, ambos tentaram obter dados sigilosos relativos ao acordo de colaboração premiada — o mesmo motivo que levou à prisão preventiva do general Walter Braga Netto.

O ministro determinou que Câmara, Kuntz e Cid sejam ouvidos pela Polícia Federal (PF) em até 15 dias.

Moraes observou que Kuntz teve “conversas realizadas pelo Instagram e por meio de contatos pessoais na Sociedade Hípica de Brasília” no período em que o coronel estava preso.

O próprio advogado disse ao Supremo que teria falado com Cid por meio de um perfil com o nome de “gabrielar702”, quando o tenente-coronel estava proibido de usar as redes sociais. As conversas foram publicadas pela revista Veja.

Quem é Marcelo Câmara

Especialista em Operações Especiais e analista de inteligência, com formação nas Forças Especiais do Exército, Câmara se formou em Ciências Militares e em Administração (curso de Formação de Oficiais) pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) de Resende, no Rio de Janeiro, em 1992.

Durante seis anos, ele atuou na Amazônia, onde comandou uma organização militar. Nesse período, esteve em treinamentos e eventos de caráter nacional.

Além disso, o coronel participou em ações sobre administração pública.

Posteriormente, o militar foi nomeado oficial de gabinete do Comandante do Exército, em 2015. Já em 2018, teve a função de Assessor Parlamentar do Gabinete do Comandante do Exército. Em seguida, tomou o posto de assessor de Bolsonaro.

CNN

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Mundo

ONU alerta para risco de guerra sair do controle entre Irã e Israel

Foto: Miki Schauder/Xinhua

As Forças Armadas do Irã lançaram um novo ataque com mísseis balísticos contra Israel na tarde desta sexta-feira, 20. Segundo o Exército israelense, ao menos 35 mísseis foram disparados contra as cidades de Haifa, Bersheeva e Tel-Aviv.

Em Nova York, o Conselho de Segurança da ONU também se reuniu nesta sexta para discutir o confronto entre Israel e Irã. Antonio Guterres alertou para o risco de a guerra sair de controle.

“Não estamos caminhando lentamente em direção a uma crise, estamos correndo em direção a ela”, disse o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, ao Conselho de Segurança em Nova York. Ele pediu a Israel e ao Irã que resolvessem suas diferenças pacificamente.

O ataque em Haifa teve como principal alvo a área do porto da cidade, um dos principais em Israel. Grandes colunas de fumaça foram vistas na região, depois de o sistema de defesa aéreo israelense não conseguir interceptar todos os mísseis balísticos iranianos.

Sarit Golan-Steinberg, vice-prefeito de Haifa, disse que edifícios próximos ao principal porto da cidade foram danificados após um míssil iraniano ter caído nas proximidades. “Estamos indo de prédio em prédio para avaliar os danos”, disse. Em resposta, a Força Aérea israelense atacou baterias antiaéreas no sudoeste iraniano.

O Irã atacou ainda instalações militares e centros de apoio operacional em ataques noturnos contra o centro de Israel e a área do Aeroporto Ben Gurion, informou a Guarda Revolucionária Islâmica em um comunicado publicado pela mídia estatal iraniana. O país utilizou drones Shahed-136 e mísseis de propulsão sólida e líquida, segundo o documento.

No início do sábado, as Forças de Defesa de Israel disseram que a força aérea israelense havia iniciado ataques no centro do Irã visando o que disseram ser locais de armazenamento e lançamento de mísseis.

No centro-norte do Irã, em Qom, um ataque israelense atingiu o quarto andar de um prédio, matando um adolescente de 16 anos e ferindo outros dois, que foram transferidos para centros médicos, informou um porta-voz do governo provincial de Qom em um comunicado divulgado pela IRNA, a agência de notícias oficial do Irã.

O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou que Saeed Izadi, comandante do Corpo Palestino da Força Quds do Irã, também foi morto em um ataque a um apartamento em Qom. Izadi “financiou e armou o Hamas” antes dos ataques de 7 de outubro, disse Katz, chamando o ataque de “uma grande conquista para a inteligência israelense e a Força Aérea”.

O líder da segunda brigada de veículos aéreos não tripulados do IRGC, que estava envolvido em ataques de drones contra Israel a partir do sudoeste do Irã, foi morto nos ataques de sexta-feira, segundo as Forças de Defesa de Israel.

O chefe do exército de Israel, o general Eyal Zamir, alertou para que a população se prepare para uma “guerra longa” contra o Irã. A mensagem foi dada em meio aos ataques do oitavo dia de conflito entre israelenses e iranianos. “Lançamos a campanha mais complexa da nossa história”, disse o general. “Devemos nos preparar para uma campanha prolongada. Apesar dos avanços importantes, dias difíceis nos aguardam.”

Entre os avanços, segundo Zamir, está a redução do arsenal iraniano. Antes da operação, o Irã possuía cerca de 2,5 mil mísseis terra-terra e planejava produzir outros 5,5 mil nos próximos dois anos, e estava promovendo avanços no campo nuclear – que Israel diz, sem apresentar provas, que caminhava para a fabricação de uma bomba atômica, embora Teerã negue que o programa tenha fins militares.

Reunião na ONU

Vasili Nebenzya, embaixador da Rússia na ONU, acusou os Estados Unidos, a Grã-Bretanha, a França e a Alemanha de espalharem a “invenção infundada” de que o Irã planejava construir armas nucleares.

Na reunião do Conselho de Segurança, ele disse que essas nações e a AIEA, órgão da ONU responsável pela fiscalização nuclear que declarou que o Irã havia violado o tratado de não proliferação, eram “cúmplices” dos ataques israelenses.

Negociações em Genebra

Os ataques ocorrem em meio a negociações entre diplomatas iranianos e europeus que discutem o programa nuclear iraniano e o futuro do conflito em Genebra, na Suíça.

Apesar da disposição em negociar, os principais líderes iranianos condicionam o sucesso das negociações ao fim das hostilidades de Israel, que lançou um ataque na semana passada com o objetivo de destruir o programa nuclear iraniano.

Protestos no Oriente Médio

Milhares de pessoas no Iraque, Líbano e Irã – países de maioria xiita – foram às ruas na sexta-feira de preces para protestar contra a guerra.

Em Teerã, capital do Irã, multidões saíram das mesquitas e invadiram as praças centrais, pisoteando e queimando bandeiras israelenses e americanas enquanto erguiam retratos do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei. Gritos de “Morte a Israel” e “Morte aos Estados Unidos” ecoaram da multidão de manifestantes enquanto marchavam no que a mídia estatal iraniana chamou de protestos de “raiva e vitória”.

Estadão

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Geral

Pão de Açúcar é condenado por demitir padeiro que foi trabalhar bêbado

Foto: Divulgação/GPA

A Sétima Turma do Tribunal do Trabalho (TST) determinou que o Pão de Açúcar pague R$ 10 mil de indenização a um padeiro acusado de trabalhar embriagado por justa causa. A decisão da corte aumentou o valor definido anteriormente, que era de R$ 5 mil. Os magistrados entenderam que houve excessivo rigor da empresa. A decisão foi unânime.

O padeiro foi contratado em 2113 e demitido em 2020 por suposta embriaguez. O advogado do funcionário, no entanto, requereu reintegração e indenização por danos morais alegando que a demissão teve como motivação a descriminação, por se tratar de um homem negro aliada à sua condição depressiva e do quadro de alcoolismo.

As doenças teriam piorado com o aumento de cobranças por cumprimentos de metas de produção de alimentos na padaria do supermercado em decorrência da pandemia de covid-19. Ainda segundo a defesa do padeiro, a condição de saúde estaria comprovada pelos remédios utilizados por ele, além do acompanhamento no Alcoólicos Anônimos.

O Pão de Açúcar afirmou nos autos que desconhecia que o padeiro tinha problemas com alcoolismo e que o motivo da dispensa foi ele ter ido trabalhar embriagado, conforme demonstrado por vídeos.

Ao contestar as provas apresentadas pela empresa, a defesa do padeiro disse que os vídeos mostram que ele apresentava nítida dificuldade de se locomover, com tontura e mal estar causados pela medicação que tomava. “Tontura, cefaléia, sonolência, desmaios, vertigem e mal estar, fazem parte do rol de efeitos colaterais e podem confundir-se facilmente com a embriaguez, o que não era o caso”, argumentou.

No TST, o relator do processo, ministro Cláudio Brandão, considerou que o dano a ser reparado envolvia não apenas a reversão da dispensa discriminatória, mas também a doença do trabalhador, “que tem compulsão pelo consumo de álcool, e este lhe provoca sofrimento e perda de controle”. Ao chegar à conclusão de que o valor de R$ 5 mil foi irrisório e propor sua majoração, o relator usou como referência inicial indenizações arbitradas em casos semelhantes e, em seguida, levou em conta circunstâncias do caso concreto.

Procurado, o Pão de Açúcar não se manifestou sobre o assunto. O espaço permanece aberto para eventuais posicionamentos.

Metrópoles – Gabriella Furquim

Opinião dos leitores

  1. Estamos vivendo uma inversão total dos valores no Judiciário. Quer dizer que o certo era a empresa ter deixado o padeiro trabalhar bêbado ?

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Esporte

CBF quer Brasil como sede da Copa do Mundo de Clubes de 2029

Foto: Divulgação/CBF

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sinalizou nesta sexta-feira (20) à Fifa o interesse em sediar a Copa do Mundo de Clubes de 2029.

A manifestação foi feita durante a Cúpula Executiva de Futebol, em Miami, em reunião entre o presidente da CBF, Samir Xaud, e os dirigentes Gianni Infantino e Mattias Grafström, presidente e secretário-geral da Fifa.

A notícia foi publicada inicialmente pelo jornal O Globo e confirmada pelo CNN Esportes. Fontes ligadas à CBF destacaram que o encontro teve um clima positivo e reforça um movimento estratégico de aproximação com a Fifa.

Segundo apurou a reportagem, a proposta foi bem recebida pelos dirigentes da entidade máxima do futebol. No momento que esta publicação foi ao ar, a CBF oficializou a candidatura para sediar o Mundial de Clubes.

“Tudo começou com uma conversa de apresentação. Falei dos meus objetivos à frente da CBF e disse que queremos estar mais próximos da FIFA. Elogiei o evento e o nível dos clubes brasileiros e, por fim, coloquei o país à disposição para receber a próxima Copa do Mundo. O presidente Gianni Infantino ficou muito feliz, disse que é totalmente possível. Agora vamos trabalhar para que dê certo. Vai ser um golaço”, declarou Samir Xaud.

O momento é considerado oportuno: o país vai sediar a Copa do Mundo Feminina em 2027, o que amplia a viabilidade logística e financeira de realizar outro grande evento da Fifa em sequência, aproveitando estruturas e equipes já mobilizadas.

A estratégia é semelhante à adotada pelos Estados Unidos, que neste ano recebem a primeira edição do novo Mundial de Clubes e, em 2026, vão organizar a Copa do Mundo de seleções ao lado de Canadá e México.

Nos bastidores, o bom desempenho dos clubes brasileiros na edição atual e a alta audiência dos jogos no país também pesam a favor da candidatura. A empolgação da torcida brasileira, frequentemente destacada por Infantino em suas redes sociais, é vista com bons olhos pela Fifa.

Apesar da movimentação brasileira, o cenário ainda é competitivo. Nos bastidores, há inclusive quem defenda a realização de uma segunda edição nos Estados Unidos, como forma de manter interesses comerciais e patrocinadores no país. Além disso, candidaturas da Europa e da Austrália também devem concorrer no pleito. A escolha da sede ainda não tem cronograma definido por parte da Fifa.

Como ficaria o Mundial de Clubes no Brasil?

Caso o Brasil seja confirmado como anfitrião, terá direito a uma vaga extra no torneio, provavelmente para o campeão brasileiro de 2028. Além disso, os vencedores da Libertadores entre 2025 e 2028 estarão garantidos, junto a dois times definidos por ranking da Conmebol.

A Copa do Mundo de Clubes de 2029 está prevista para acontecer entre junho e julho, com 32 equipes, repetindo o modelo estreado neste ano. Entretanto, a Fifa estuda a possibilidade de expandir o torneio de clubes para 48 times, formato que seguirá a Copa do Mundo de seleções a partir de 2026.

CNN

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Geral

Trabalhar por conta própria é melhor que ter emprego para 59% dos brasileiros, mostra Datafolha

Foto: Agência Brasil

Pesquisa Datafolha apontou que 59% dos brasileiros prefeririam trabalhar por conta própria, ante 39% que se sentem melhor contratados por empresa.

O levantamento apontou também que, desde 2022, cresceu de 21% para 31% o número de pessoas que consideram mais importante ganhar mais do que ser registrado. Já os que valorizam a CLT mesmo com salário menor caíram de 77% para 67% nesse intervalo de tempo.

Os que declaram não saber foram 2% nos levantamentos de 2022 e deste ano.

Nos dois anos, as pesquisas foram realizadas presencialmente em todo o Brasil, com margem de erro de dois pontos percentuais, para cima ou para baixo. A deste ano aconteceu entre os dias 10 e 11 de junho e ouviu 2.004 pessoas em 136 municípios; a de 2022 escutou 2.026 pessoas nos dias 19 e 20 de dezembro em 126 municípios.

Já a pergunta sobre o que é melhor, ser contratado por uma empresa ou ser autônomo, foi feita pela primeira vez neste ano, o que impede a comparação desse quesito.

A preferência por trabalhar por conta própria aparece em todas as faixas etárias e é maior entre os mais jovens. Entre os que têm de 16 a 24 anos, 68% acham melhor ser autônomo, contra 29% que preferem o emprego. Entre os 60+, as fatias são de 50% e 45%, respectivamente.

São mais propensos a escolher o trabalho por conta própria aqueles que declaram simpatia pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro: 66% deles preferem ser autônomos, contra 33% que veem mais vantagem na contratação. Entre os que declaram simpatia pelo PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as porcentagens são 55% e 43%, respectivamente.

A fatia dos que valorizam mais trabalhar por conta própria que ser empregado é expressiva entre aqueles que não consideram importante a carteira assinada se a remuneração for maior: chega a 85%, contra 13% que, nesse grupo, veem mais importância nas regras da CLT, mesmo que com salário menor.

Essa valorização do trabalho formal sobre o informal, mostra a pesquisa, é maior nas regiões Nordeste (69%), Sudeste (67%) e Sul (66%). Os percentuais caem no caso das regiões Centro-Oeste e Norte, ambas com 62%.

Segundo Daniel Duque, economista e pesquisador do FGV/Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), essa perda de importância da CLT está relacionada a aspectos culturais, como a popularização do trabalho remoto após a pandemia —que vem sendo revertido pelas empresas nos últimos anos a contragosto do trabalhador.

Para o especialista, o movimento também está relacionado com a taxa de desemprego nas mínimas históricas: 6,6% no trimestre encerrado em abril, de acordo com a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), do IBGE.

“Com o mercado de trabalho aquecido, os trabalhadores percebem que teriam espaço para ganhar mais, mas isso não é possível pelos encargos trabalhistas elevados, que acabam sendo um entrave a aumentos mais expressivos nos salários”, avalia.

O crescimento dos empregos em aplicativos de transporte, entrega ou venda online também afeta esse movimento, segundo Duque. “Cada vez mais os trabalhadores querem uma ocupação em que podem trabalhar somente o que estão dispostos naquele momento”, afirma.

A pesquisa Datafolha revelou ainda que as mulheres consideram mais importante trabalhar com carteira, com 71% do total, contra 62% dos homens.

Ao mesmo tempo, os mais velhos também priorizam mais o vínculo formal, com 68% e 79% dos brasileiros considerando essa opção mais importante nas faixas etárias entre 45 e 59 anos e acima de 60 anos, respectivamente.

Outro achado da pesquisa é que, quanto menor a renda, maior a importância dada à carteira de trabalho assinada. Entre aqueles que recebem até dois salários mínimos, o percentual dos que julgam o vínculo formal mais importante é de 72%, contra apenas 56% daqueles que ganham mais de 10 salários mínimos.

As diferenças aparecem também nos recortes por escolaridade: aqueles com ensino fundamental são os que mais consideram um emprego CLT mais importante (75%), contra 66% do ensino médio e 59% dos trabalhadores com ensino superior.

Quando o recorte é por ocupação, os aposentados (80%) e os funcionários públicos (72%) são os que são mais favoráveis à ocupação formal. Por religião, 71% dos católicos são mais favoráveis ao emprego CLT, contra 64% dos evangélicos.

“A CLT é muito boa para proteger trabalhadores de baixa qualificação, que através dela têm acesso a benefícios como férias e 13º salário aos quais dificilmente teriam acesso em uma ocupação informal”, explica Duque.

O recorte por partido político também tem bastante peso na hora de elencar qual a prioridade do tipo de trabalho.

No caso dos eleitores do PT (Partido dos Trabalhadores), partido do presidente Luís Inácio Lula da Silva, 73% acreditam que o melhor é ter um vínculo formal, enquanto esse percentual se reduz a 54% no caso dos eleitores do PL (Partido Liberal), partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Entre os que avaliam Lula como ótimo/bom, o percentual dos que consideram importante o emprego com carteira de trabalho assinada é de 76%, para 71% dos brasileiros com avaliação regular do presidente e 57% de ruim/péssimo.

A pesquisa Datafolha também mediu o interesse pela CLT dependendo do sentimento em relação ao Brasil. Entre os otimistas com o país, o percentual dos que consideram a CLT mais importante foi de 72%, para 70% dos hesitantes e 62% dos pessimistas.

Na avaliação de Duque, a tendência é que esse movimento de perda de importância da carteira de trabalho assinado se aprofunde cada vez mais. Ele antevê uma pressão política acentuada para a redução dos encargos trabalhistas.

“Acredito que vai crescer a pressão política para redução dos encargos trabalhistas, já que a CLT atualmente está pouco atrativa para os trabalhadores um pouco mais qualificados que a média”, avalia. “E os mais jovens vão tomando conta do mercado de trabalho, e estão em busca de maior flexibilidade.”

Folha de S.Paulo

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Geral

Líderes da Câmara veem ‘jogo casado’ entre governo e Dino em decisões sobre emendas

Foto: Adriano Machado/Reuters

Em conversa com os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), lideranças da Câmara dos Deputados reclamaram do “jogo casado” entre o governo Lula e o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, sobre o tema das emendas parlamentares.

Os líderes apresentaram as queixas aos ministros durante reunião no dia 16 de junho, na residência oficial da presidência da Câmara, em Brasília.

O teor da conversa foi revelado ao jornal Folha de S. Paulo por três líderes que participaram da reunião.

Segundo a Folha, um dos líderes disse que o grupo transmitiu aos ministros a mensagem de insatisfação que circula no plenário da Câmara. Os dois ministros teriam negado qualquer interferência do Executivo nesse sentido.

Ações de Dino geraram reação de Motta e Alcolumbre contra o governo

Na semana passada, a relação entre o Congresso e o governo Lula voltou a ficar tensa depois de Flávio Dino cobrar explicações sobre a execução de emendas parlamentares “paralelas”.

A principal queixa dos parlamentares diz respeito à estagnação dos repasses de emendas. Deputados e senadores acusam o governo de não liberar nenhum recurso previsto para 2025.

Depois da cobrança de Dino, os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), telefonaram à ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, para avisar que iriam paralisar as pautas de interesse do Planalto no Congresso.

Esta semana, o governo Lula sofreu uma série de derrotas na Câmara mesmo depois de turbinar empenhos de emendas. Até deputados de partidos que ocupam ministérios votaram contra propostas de interesses do governo.

Revista Oeste

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Mundo

Israel afirma ter matado comandante veterano do Irã em ataque

Foto: Reprodução/X

Israel afirmou no sábado (21) ter matado um comandante veterano iraniano enquanto os dois países trocavam ataques, um dia depois de Teerã afirmar que não negociaria seu programa nuclear enquanto estivesse sob ameaça e a Europa tentasse manter as negociações de paz vivas.

Saeed Izadi, que liderava o Corpo Palestino da Força Quds, o braço internacional da Guarda Revolucionária Iraniana, foi morto em um ataque em um apartamento na cidade iraniana de Qom, disse o ministro da Defesa israelense, Israel Katz.

Chamando o assassinato de “uma grande conquista para a inteligência israelense e a Força Aérea”, Katz afirmou em um comunicado que Izadi havia financiado e armado o grupo militante palestino Hamas antes de seu ataque a Israel em 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra em Gaza.

A Guarda Revolucionária afirmou que cinco de seus membros foram mortos em ataques a Khorramabad, de acordo com reportagens da mídia iraniana que não mencionaram Izadi, que estava nas listas de sanções dos Estados Unidos e do Reino Unido.

A mídia iraniana comunicou no sábado que Israel atacou um prédio em Qom, com relatos iniciais de um jovem de 16 anos morto e dois feridos.

Além disso, a agência de notícias iraniana Fars informou que Israel também atacou a instalação nuclear de Isfahan, uma das maiores do país, mas não houve vazamento de materiais perigosos.

Ali Shamkhani, um aliado próximo do líder supremo do Irã, disse ter sobrevivido a uma investida israelense. “Era meu destino ficar com um corpo ferido, então fico para continuar sendo a razão da hostilidade do inimigo”, disse ele em uma mensagem veiculada pela mídia estatal.

Na manhã de sábado, o exército israelense alertou sobre um bombardeio de mísseis vindos do Irã, acionando sirenes de ataque aéreo em partes do centro de Israel, incluindo Tel Aviv, bem como na Cisjordânia ocupada por Israel. Não houve relatos de vítimas.

Programa nuclear do Irã

Israel começou a atacar o Irã em 13 de junho, alegando que seu inimigo de longa data estava prestes a desenvolver armas nucleares. O Irã, que afirma que seu programa nuclear é apenas para fins pacíficos, retaliou com ataques de mísseis e drones contra Israel.

Supõe-se amplamente que Israel possua armas nucleares. O país não confirma nem nega.

Os ataques aéreos israelenses mataram 639 pessoas no Irã, de acordo com a Agência de Notícias de Ativistas de Direitos Humanos, uma organização de direitos humanos com sede nos EUA que monitora o Irã. Entre os mortos estão o alto escalão militar e cientistas nucleares.

A NOURNEWS do Irã divulgou no sábado o nome de 15 oficiais e soldados da defesa aérea que, segundo ela, foram mortos no conflito com Israel.

CNN

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