Mundo

Brasil não assina declaração da cúpula na Suíça pela paz na Ucrânia

Foto: reprodução X/Volodymyr Zelenskyy

O Brasil foi uma das várias nações que não assinaram neste domingo (16) a declaração final da conferência pela paz na Ucrânia, ocorrida em Lucerna, na Suíça.

Lula não compareceu ao evento, por alegar que a cúpula não alcançaria seu objetivo pela paz sem o envolvimento dos russos nas negociações. Então, ele enviou a embaixadora do Brasil na Suíça, Cláudia Fonseca Buzzi, para participar do evento.

Além do país sul-americano, que participou como observador, a Arábia Saudita, o México, a Índia, a África do Sul e a Indonésia também foram alguns dos que não assinaram o documento da cúpula.

Entre os 92 participantes em vários graus de representação, a declaração final foi firmada por 80 nações. O comunicado final da cúpula “reafirma a integridade territorial” da Ucrânia e apela pela troca de prisioneiros de guerra, além do regresso de crianças sequestradas pela Rússia.

Opinião dos leitores

  1. Esse bêbado sem moral, não viaja pelo mundo afora querendo ser indicado ao NOBEL da paz, deve estar sonhando com um certo tribunal para dar um empurrão e acreditar que os analfabetos do nordeste votam.

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Luto

Morre o modelo e apresentador JP Mantovani em SP

Foto: Reprodução

O modelo, apresentador e empresário JP Mantovani, de 46 anos, morreu na madrugada deste domingo (21). O falecimento ocorreu após um acidente de trânsito na Marginal Pinheiros, na zona Oeste de São Paulo.

De acordo com a Polícia Militar, ele estava pilotando uma moto quando colidiu com um caminhão de limpeza que realizava serviços na via. O resgate constatou a morte ainda no local.

O caso foi registrado no 14° DP como homicídio culposo na direção de veículo automotor, e o motorista do caminhão realizou o teste do bafômetro, que deu negativo.

Poucas horas antes da tragédia, JP Mantovani havia publicado nas redes sociais fotos sorrindo ao lado de amigos motociclistas em um evento na capital paulista.

Projeção nacional

JP Mantovani ficou nacionalmente conhecido após participar de “A Fazenda 8” em 2015, onde iniciou o relacionamento com a cantora Li Martins, ex-integrante do grupo Rouge.

O casal, que também foi terceiro colocado no “Power Couple Brasil 5” e são pais de Antonella, havia oficializado a união em maio deste ano, apenas três meses antes da morte.

Li Martins se pronunciou nas redes sociais lamentando a morte do “amor da minha vida” e pedindo “paz e silêncio” para que a família possa assimilar o momento de “dor e sofrimento”. As ex-colegas de Rouge, Karin Hils e Fantine Tho, prestaram apoio à Li Martins.

A Record, emissora onde o modelo trabalhou, também divulgou uma nota de pesar pela morte “trágica”.

CNN

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Economia

Brasileiros perderam R$ 9,9 bilhões com day trade na pandemia, diz estudo

Foto: Reprodução

Quase um milhão de pessoas recorreram ao day trade (compra e venda de ativos na Bolsa no mesmo dia) durante a pandemia de coronavírus no Brasil e perderam R$ 9,9 bilhões no período. É o que revela um estudo da FGV (Fundação Getulio Vargas) obtido com exclusividade pela Folha.

Os prejuízos podem ser ainda maiores, pois o levantamento, que utiliza dados da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), desconsidera custos de corretagem e gastos dos investidores com cursos e plataformas.

Para medida de comparação, o programa de bolsas para o ensino médio do governo federal, Pé-de-Meia, tem um custo estimado de R$ 12 bilhões para 2025.

O estudo, publicado na Revista Brasileira de Finanças, indica que perdas financeiras predominam no day trade. No período pré-pandemia, entre 2017 e 2020, 95,8% dos dias registraram resultado negativo para os investidores brasileiros. O número subiu para 96,4% após março de 2020.

“Independentemente do contexto, quase todos os dias as instituições financeiras extraem valor das operações realizadas pelas pessoas físicas —após a pandemia, as perdas diárias se tornaram maiores”, escrevem Fernando Chague e Bruno Giovannetti, professores da EESP-FGV (Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas) e autores da pesquisa.

Segundo o levantamento, a média de day traders era de 25 mil por dia antes da pandemia. O número saltou para 88 mil durante o período —no auge, 108 mil pessoas faziam day trade diariamente.

Considerando a perda de R$ 9,9 bilhões e o contingente de quase 1 milhão de pessoas (968,5 mil) que recorreu ao day trade, o prejuízo médio foi de R$ 10,2 mil por indivíduo.

Giovannetti afirma que o período de confinamento intensificou a prática. “Quando chega a pandemia, a vulnerabilidade aumenta muito, com perdas de emprego. O discurso do day trade, que é de uma fonte alternativa de renda, se torna mais atraente com as pessoas dentro de casa.”

Segundo ele, a opção predileta é por contratos futuros, que permitem ao investidor comprar ou vender ativos como dólar e commodities em uma data futura e a um preço estabelecido. Esse tipo de ativo permite a alavancagem, isto é, operar com valores maiores que os que a pessoa tem.

“Se ele investe R$ 1.000, que é o que tem, o ganho vai ser baixo, mas com a alavancagem, consegue operar valores 200 vezes maiores. Na prática, movimentando recursos superiores aos que efetivamente tem, pode lucrar mais”.

O estudo afirma que os investidores que aderiram ao day trade não têm um perfil predominante. Profissões como administradores (12,1%), empresários (6,9%), analistas de sistemas (4,3%) e engenheiros (4,4%) foram as mais comuns, mas vendedores (2,8%), motoristas (1,4%), cabeleireiros (0,6%) e feirantes (0,5%) também aderiram.

Para Giovannetti, falta maior fiscalização dos agentes desse mercado, para que eles sejam obrigados a informar os riscos desse tipo de operação. “Também falta cuidado para que os dados sobre day trade sejam divulgados de forma simples e clara. A informação sobre perdas é, muitas vezes, omitida”, diz.

A CVM, entidade responsável por monitorar as operações na Bolsa, define o day trade como “uma prática regular no mercado de ações e de derivativos”. O órgão também destaca que a atividade exige preparo técnico, emocional e financeiro.

“As evidências apontam que a probabilidade de perdas é muito maior do que a de ganhos consistentes. Por isso, a educação financeira e o gerenciamento de riscos são fundamentais para quem deseja realizar esse tipo de operação”, diz em comunicado.

A CVM recomenda ao investidor verificar se a instituição possui registro junto ao órgão e avaliar a procedência das informações recebidas. “[É aconselhado que ele] não acredite em promessas de retornos elevados, rápidos e com baixo risco, características comuns em esquemas irregulares”, afirma.

Folha de S.Paulo

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Geral

Mãe relata racismo contra filha de 6 anos e omissão de escola

Foto: Reprodução

Uma menina negra de seis anos de idade, estudante da escola particular São José de Vila Matilde, na zona leste de São Paulo, relatou à mãe, a jornalista Lohe Duarte, ter ouvido comentários racistas de colegas de classe. A mulher levou o caso à direção do colégio e alega que a instituição vem negligenciando os fatos desde abril deste ano, quando as ofensas teriam começado.

“Seu cabelo é feio e está sempre para o alto”, teria dito uma criança à menina. “Você não pode ser nossa amiga porque a cor da nossa pele é diferente”, falou outra. Além das frases discriminatórias, algumas alunas são acusadas de deixar a garota negra de fora das brincadeiras.

Lohe contou à reportagem que soube da discriminação quando perguntou à filha como tinha sido o dia dela na escola, o que faz com frequência.

“Então, toda noite, quando a gente vai dormir, eu converso com ela sobre o dia dela e tento relembrar qual que foi a coisa mais legal que aconteceu, o que que a deixou com raiva, o que que a deixou triste. E aí, em uma noite, ela relatou essa situação, assim, como se fosse um dia normal de aula”, disse.

Segundo Lohe, pela pouca idade, a filha não entendeu que estava sendo vítima de racismo. O comportamento da menina – que é bastante ativa e questionadora – foi sempre o mesmo em casa e em outros lugares que frequenta, como a igreja, círculo de amigos da família e escolas anteriores.

A garota, que desde o primeiro ano de idade já frequentava creche, passou a apresentar problemas de autoestima e crises de choro ao retornar desta escola. O fato foi comunicado ao colégio e consta em um relatório da instituição obtido pelo Metrópoles.

“A responsável mencionou que, naquele dia, a aluna apresentou choro e afirmou brincar sozinha, alegando sentir-se ‘feia’. A Sra. Lohe destacou que, apesar desses relatos, a aluna costuma ingressar bem para as aulas, mas expressou preocupação pontual com o episódio”, diz trecho do documento.

Em resposta ao ocorrido, uma professora recomendou à mãe que ela promova o “fortalecimento” da autoestima da filha, “a fim de que a criança se sinta segura, acolhida e reafirmada no ambiente escolar como parte de um grupo que a valoriza e a considera querida”.

“Quando isso aconteceu a primeira vez, que foi quando a menina falou do cabelo dela, a gente conversou, explicou sobre as diferenças e tudo. A gente leu alguns livros juntos sobre o assunto”, contou Lohe.

Além das ofensas, segundo a mãe, a filha é alvo de constantes broncas e castigos, especialmente em casos que, na visão dela, deveriam ser tratados com os responsáveis e não diretamente com as crianças – como alimentação ou uniforme. O colégio, contudo, nunca teria notificado Lohe sobre supostos problemas.

“Eu nunca recebi um recado que dissesse se minha filha teve algum comportamento difícil, mas sempre ela me trazia que ela tinha ficado de castigo ou ido para direção por algum motivo. Se ela tem um comportamento difícil, a escola tinha que me sinalizar para juntos trabalharmos, e não ficar castigando ou culpabilizando minha filha”, disse a jornalista.

Omissão sobre racismo

Com dificuldades para se reunir com a direção do colégio, Lohe diz ter insistido no tema nas reuniões escolares. Em uma dessas ocasiões, a mãe de uma das meninas que teria proferido as ofensas contra a filha da jornalista, chegou a declarar, de forma irônica, que “tudo é racismo”. A declaração está em um áudio obtido pela reportagem.

Fora os encontros, Lohe pediu, em troca de e-mails com a coordenação do colégio, para que a coordenadora do ensino infantil se desculpasse pelos episódios discriminatórios. “Não no sentido dela chegar e me pedir desculpas, mas dela dizer: ‘Nós entendemos que a escola realmente precisa tomar atitudes em relação à educação antirracista’”, afirmou.

Em resposta, a escola afirmou, em um relatório enviado à Secretaria de Educação (Seduc), que “considera que essa medida talvez não seja o encaminhamento mais adequado, uma vez que, sob a perspectiva institucional, não foi identificada qualquer atitude de cunho racista direcionada aos responsáveis ou à educanda”.

O colégio disse que “o momento em questão foi permeado por uma situação de tensão emocional, o que pode ter dificultado um diálogo mais produtivo”.

Em 12 de setembro, Lohe marcou uma reunião com o corpo pedagógico. Apenas as coordenadoras estavam presentes, mas a jornalista pediu a presença da diretora da instituição. Diante de negativas, ela acionou a Polícia Militar (PM) de São Paulo, que foi liberada pelos funcionários do colégio. Segundo Lohe, ela foi impedida de falar com os agentes de segurança.

Metrópoles

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Geral

Lula tem reunião com diretor do TikTok antes de Assembleia da ONU

Foto: BBC Geral

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reunirá com o diretor-executivo do TikTok, Shou Zi Chew, na manhã desta segunda-feira (22/9), em Nova York, nos Estados Unidos, onde o líder brasileiro participará da 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU).

Em Nova York desde este domingo (21/9) com uma comitiva de seis ministros, o encontro com o representante do TikTok ocorrerá uma semana após o projeto de lei (PL) da adultização ter sido sancionado por Lula. O texto do PL estabelece regras para combater crimes contra crianças e adolescentes nas plataformas digitais, como redes sociais — o caso do TikTok —, jogos e aplicativos.

Integram a comitiva do presidente Lula ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira, da Educação, Camilo Santana, das Mulheres, Márcia Lopes, dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, do Meio ambiente, Marina Silva, e da Justiça, Ricardo Lewandowski. Além dos titulares de pastas ministeriais, o grupo brasileiro conta com presenças do Assessor Especial da Presidência da República, Celso Amorim, e do governador do Ceará, Elmano de Freitas.

Agenda do presidencial

Após a reunião com o representante do TikTok, Lula vai à Sede das Nações Unidas, em NY, para participar da Conferência Internacional de Alto Nível para a Solução Pacífica da Questão da Palestina e a Implementação da Solução de Dois Estados.

Segundo o diretor do Departamento de Organismos Internacionais do Itamaraty, ministro Marcelo Marotta Viegas, o Brasil interpreta a criação do estado palestino como ponto indispensável para atingir a paz. “Na perspectiva brasileira, uma paz sustentável só poderá ser alcançada na região se ambas as partes puderem negociar em igualdade de condições, o que inclui a capacidade estatal da Palestina”, explicou o diplomata Marcelo Viegas.

Correio Braziliense

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Economia

Governo apresenta relatório e deve manter bloqueio de R$ 10,7 bi

Foto: Reprodução

A equipe econômica divulga nesta segunda-feira (21) o terceiro Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias de 2025. A expectativa é de manutenção do congelamento no orçamento em R$ 10,7 bilhões — valor referente apenas ao bloqueio, sem novos contingenciamentos.

A última edição do relatório, publicada em julho, havia zerado o contingenciamento e mantido apenas o bloqueio de R$ 10,7 bilhões.

No primeiro relatório do ano, divulgado em maio, o congelamento havia sido de R$ 31,3 bilhões, dos quais R$ 20,7 bilhões eram contingenciados e R$ 10,6 bilhões bloqueados.

É por meio do relatório bimestral que o governo acompanha a trajetória fiscal e decide se será necessário ajustar a execução do orçamento.

Quando as receitas projetadas não são suficientes para o cumprimento da meta, a equipe econômica pode optar por contingenciar ou bloquear despesas.

No entanto, segundo apurou a reportagem com fontes envolvidas na elaboração do relatório, não há perspectiva para mudanças, levando em consideração o avanço das receitas.

Segundo o economista-chefe da Warren Rena, Felipe Salto, o documento não deve trazer surpresas.

“O bloqueio atual deve ser mantido em R$ 10,7 bilhões, sem outros congelamentos adicionais. Isso porque a dinâmica da arrecadação permite que o governo não anuncie apertos adicionais”, avalia.

Para 2025, a meta fiscal permite déficit de até R$ 31 bilhões, o equivalente a 0,25% do PIB. As projeções da Warren Rena indicam resultado negativo de R$ 72,2 bilhões, mas esse número inclui os precatórios que podem ser abatidos.

“Sem os precatórios, o déficit deve ficar em torno de 0,22% do PIB, dentro da meta”, explica Salto.

Ele alerta, no entanto, para os desafios que se acumulam para 2026.

“Tanto a LDO quanto a LOA estão pendentes de avaliação do Congresso e os números oficiais estão inflados, com uma série de receitas incertas norteando a proposta orçamentária enviada pelo Executivo”, completa.

CNN

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Geral

TCU gasta R$ 770 mil para reformar apartamento de ministro em Brasília

Foto: Reprodução

O Tribunal de Contas da União (TCU) desembolsou R$ 770 mil para reformar um apartamento funcional na Asa Sul, região central de Brasília, destinado ao ministro Antonio Anastasia, mostram documentos obtidos pela coluna do Tácio Lorran. As obras, iniciadas em julho, devem terminar em dezembro deste ano.

A marcenaria lidera os custos — com cifras que somam R$ 90 mil, o equivalente a 23,96 %. Móveis planejados incluem armários de diferentes modelos, escrivaninha para escritório, balcões, estantes, painéis ripados, guarda-roupas, sapateira para closet e até cristaleira de R$ 5.012,63 para a cozinha.

Já esquadrias – uma delas, de alumínio, foi cotada em R$ 28.195,13 –, vidros e portas de madeira, de giro e de correr chegam a R$ 110 mil.

O Metrópoles visitou o local na última semana. Do lado de fora, é possível ver a reforma, sinalizada por uma placa, a todo vapor. Um “escorregador” é usado para que os funcionários da obra retirem facilmente o entulho de dentro do apartamento para a área externa. Lonas amarelas cobrem as janelas do imóvel, inclusive a da varanda.

A coluna do Tácio Lorran preservará o endereço do apartamento por razões de segurança do ministro do TCU.

De acordo com licitação aberta em fevereiro, o TCU previa gastar R$ 930,1 mil nessa reforma, mas a proposta vencedora da MRC Engenharia e Construção Ltda., com sede no Recanto das Emas (DF), reduziu o valor em 17,2%. O contrato foi firmado em junho.

A reforma também contará com a troca de pisos e de rodapés, revestimentos em porcelanato, encanamento, pinturas, forros, alvenarias, divisórias, metais e louças. Além disso, haverá instalações hidráulica e de gás encanado, impermeabilizações e tratamentos. Todos os custos já consideram a mão de obra.

Todo o valor já foi empenhado, isto é, reservado no orçamento no TCU.

Em nota, o TCU confirmou as informações. “O imóvel está sendo reformado para ocupação do ministro Antonio Anastasia. O prazo previsto para término dos trabalhos é dezembro.” Procurado, o gabinete do ministro Antonio Anastasia não se manifestou.

Quem é o ministro Antonio Anastasia, do TCU

Antonio Anastasia tomou posse como ministro do TCU em 3 de fevereiro de 2022, dias após ser nomeado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Entrou na vaga de Raimundo Carreiro, que deixou a Corte de Contas para se tornar embaixador do Brasil em Portugal.

Com longa carreira na política, Anastasia deixou o cargo de senador para se tornar ministro do TCU, sendo substituído pelo suplente, Alexandre Silveira (PSD), atual ministro de Minas e Energia. Também foi governador e vice-governador de Minas Gerais, 1º vice-presidente do Senado e ministro do Trabalho.

Metrópoles – Tácio Lorran

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Geral

Brasil vira antagonista dos EUA na ONU no primeiro encontro cara a cara entre Lula e Trump

Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve se converter no principal antagonista do presidente americano, Donald Trump, durante a abertura da 80ª Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU).

Essa é a primeira viagem oficial de Lula aos Estados Unidos desde a posse de Trump, em janeiro. Desde então, a relação do Palácio do Planalto com a Casa Branca piorou sensivelmente.

O presidente desembarcou na noite de domingo, dia 21, com uma comitiva mais enxuta que de costume e foi alvo de protestos de opositores . As atividades oficiais começam na manhã desta segunda-feira, dia 22.

Os presidentes poderão se encontrar cara a cara pela primeira vez nos corredores da ONU. Como de praxe, cabe ao Brasil fazer o discurso de abertura do Debate Geral da assembleia, na manhã de terça-feira, dia 23.

Crise na relação bilateral

Trump ocupará a tribuna logo após Lula encerrar seu pronunciamento. O governo brasileiro entende que os contrastes com Trump ficarão claros nos discursos de ambos.

Não há pedidos de conversa articulada entre eles. O governo Lula receia de gestos de humilhação ao presidente e pondera que o ambiente não é propício para uma discussão substantiva da relação bilateral, mas não descarta um aperto de mãos caso se cruzem no corredor. Lula deve assistir ao discurso de Trump no plenário.

Os mais experientes ex-embaixadores brasileiros em Washington, estudiosos da relação bilateral, classificaram o atual momento como o pior em 200 anos de relações diplomáticas. Ameaças de novas punições ao Brasil em virtude do apoio de Trump ao ex-presidente Jair Bolsonaro tendem a degradar ainda mais esse relacionamento e podem ser concretizadas durante a estada do petista nos EUA.

Esses diplomatas avaliam que Lula errou ao apoiar os democratas para sucessão de Joe Biden, mas concordam que o republicano praticou uma ingerência na política doméstica brasileira. Eles divergem sobre a conveniência de um contato direto e pessoal com Trump, como um telefonema.

Os diplomatas dos dois países não escondem que a divergência tem razão política. A Casa Branca insiste na tese de suposta defesa da liberdade de expressão por parte de Trump, que vê uma caça às bruxas na condenação de Bolsonaro, com quem ele se comparou, e na alegada perseguição às plataformas digitais – big techs.

O Planalto, porém, enxerga no tarifaço de 50% e na pressão por meio de sanções pessoais (corte de vistos e cerco financeiro da Lei Magnistky) a ministros do governo e do Supremo Tribunal Federal, sobretudo a Alexandre de Moraes, uma tentativa de ingerência nas eleições de 2026. Segundo essa leitura, Trump quer ver um governo “submisso” no maior país da América Latina, conter a esquerda e uma postura “insubordinada” de Lula no que consideram o “quintal” e zona de crescente influência geoeconômica da China.

De visões opostas sobre conflitos geopolíticos à emergência climática, passando pelo tarifaço global e pelo debate sobre regulação big techs, há uma série de pontos de choque entre os governos de Brasil e Estados Unidos.

Nos bastidores, existe o temor de que autoridades públicas brasileiras sejam alvo de novas sanções ou até mesmo que o País sofra com novas tarifas e sanções secundárias sobre a compra do diesel e fertilizantes russos. Caso se confirmem, Lula deve reagir já na tribuna da ONU.

Antes da Assembleia, o Departamento de Estado retardou a concessão de vistos diplomáticos e impôs restrições de locomoção a mais de um representante do governo brasileiro.

Impedido de circular livremente em NY e de ir a uma reunião de ministros da Saúde em Washington, como pretendia, Alexandre Padilha desistiu de viajar. Em carta, apontou obscurantismo e prejuízos potenciais ao País.

Integrantes da delegação brasileira que ocupam postos de menor escalão receberam a restrição de se locomoverem apenas em Nova York.

Como mostrou o Estadão, essa mesma restrição tem sido aplicada a regimes rivais dos EUA e autoritários: China, Rússia, Irã, Síria, Venezuela e Cuba.

Em vez de discutir o caso diretamente com o Departamento de Estado, o governo Lula tomou a iniciativa de escalar o que considera uma decisão arbitrária e descabida. Pediu intervenção do secretário-geral da ONU, António Guterres. O chanceler Mauro Vieira escreveu uma carta a Guterres.

O episódio não deve passar batido do discurso do petista. O presidente considera mencionar em tom de repúdio a restrição inédita à comitiva do Brasil e o banimento completo da delegação Palestina.

Estadão

Opinião dos leitores

  1. Acho que Trump tá sem dormir devido a preocupação com Lula.
    Salve, salve os Estados Unidos da América!!!

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Geral

PT, PDT e União Brasil abrem disputa por vaga de Celso Sabino no Turismo

Foto: Reprodução

A iminente saída de Celso Sabino do Ministério do Turismo gerou uma disputa no governo pelo posto e pressionou o titular do Esporte, André Fufuca, integrante da mesma federação partidária do ministro demissionário.

Sabino conversou com o presidente Lula na sexta-feira e avisou que vai formalizar o desembarque na volta do chefe de Nova York, prevista para quarta-feira. De acordo com interlocutores do Palácio do Planalto, há algumas possibilidades à mesa para para a substituição, em uma negociação que também está relacionada com a campanha presidencial de 2026.

Caso opte pela continuidade e por manter Sabino mais próximo à gestão, Lula pode optar pela secretária-executiva da pasta, Ana Carla Machado Lopes. O PDT também já manifestou o desejo de assumir mais um ministério — ocupa a Previdência atualmente, com Wolney Queiroz. O desejo do PDT foi externado diretamente ao presidente em almoço com a bancada no Palácio da Alvorada na quarta-feira.

Nova conversa

No Palácio do Planalto, os cálculos feitos quanto ao provável substituto envolvem ainda o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), que pretende manter um nome do seu estado à frente da pasta às vésperas da COP30, que ocorre em novembro, em Belém. Sabino é aliado de Helder no Pará e pretende concorrer ao Senado na chapa com o governador paraense.

— Pretendo respeitar a decisão do meu partido. O presidente (Lula) me pediu para aguardar a volta dele da Assembleia Geral da ONU. Vamos voltar a conversar — afirmou Sabino, em Belém, ao portal g1.

Parlamentares do PT, por sua vez, defendem a nomeação do presidente da Embratur, Marcelo Freixo. Pesa contra ele, no entanto, a disposição em concorrer a deputado no ano que vem, o que faria com que tivesse que deixar o posto em abril. A bancada do partido indica que não vai se opor caso a solução seja oferecer mais espaço ao PDT. Os citados foram procurados, mas não se manifestaram.

Um dos vice-líderes do PT na Câmara, Patrus Ananias (MG) afirma que essa é uma decisão que cabe ao Palácio do Planalto, mas pontuou que tem “apreço” pelo presidente da Embratur:

— Tenho muita boa relação com o Freixo e muito respeito por ele. Mas essa é uma questão do governo — disse.

A saída de Sabino também pressiona o pedido de demissão de André Fufuca (PP-MA), ministro do Esporte. Na semana passada, o União Brasil, que formalizou federação com PP em agosto, determinou a entrega de cargos de todos os seus filiados.

O movimento de desembarque do partido se deu por decisão do presidente nacional da legenda, Antônio Rueda, depois que foram divulgadas notícias afirmando que um avião que seria de sua propriedade foi usado pelo crime organizado. Ele nega as suspeitas. O presidente do União vê influência do governo na divulgação da informação, o que foi negado pelo Planalto.

A decisão de desembarque antecipado gerou incômodo na ala governista do PP, que previa a continuidade de Fufuca à frente da pasta por mais tempo. O Planalto, por sua vez, manifestou incômodo com o fato de o suplente do ministro na Câmara, Allan Garcês (PP-MA), ter votado a favor do requerimento de urgência para votação do projeto da anistia. O voto do suplente irritou o Planalto especialmente após a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, ter solicitado empenho dos ministros do Centrão para travar a proposta.

Relação atribulada

A aliados, Fufuca se defende dizendo que é distante do suplente e que não guarda qualquer relação com ele. A saída de Sabino, no entanto, gera desconforto e o pressiona a também deixar o governo. No fim de semana, o ministro manteve agenda de entregas de obras e assinatura de ordens de serviço no Maranhão. O PDT mantém olhar atento também sobre o Ministério do Esporte, caso o Turismo fique com Freixo ou com algum indicado por Barbalho.

As prováveis trocas nos ministérios vão representar o desfecho formal de uma relação que sempre foi conturbada. Sabino assumiu o Turismo em julho de 2023 após a titular do cargo, Daniela Carneiro, ter perdido o apoio da bancada do União Brasil. O objetivo era amarrar mais o partido às pautas do governo, o que nunca aconteceu de maneira ampla e sempre precisou ser negociado projeto a projeto. Já Fufuca chegou ao governo dois meses depois, como parte da mesma tentativa de construir uma base sólida no Congresso.

Sem essa segurança, o governo aposta na articulação direta com os comandos das Casas, como a boa relação com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), vista como cada vez mais estratégica. Na semana passada, o senador freou a tramitação da PEC da Blindagem, pauta que não interesa ao Executivo e foi alvo de protestos pelo país ontem. O texto aprovado na Câmara impede a Justiça de abrir ações penais contra parlamentares sem o aval do Congresso. A proposta vai passar pela Comissão de Constituição e Justiça e, como mostrou O GLOBO, já há maioria no Senado para barrar a iniciativa.

O Globo

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Geral

USP: Ato da esquerda no Rio de Janeiro teve 41,8 mil manifestantes

Foto: Reprodução/CNN

Cerca de 41,8 mil manifestantes foram contabilizados pelo Monitor do Debate Político no ato no Rio de Janeiro que reuniu lideranças de esquerda contra o PL (Projeto de Lei) da Anistia e a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Blindagem, neste domingo (21).

O levantamento do Monitor, que conta com apoio de pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) e foi realizado junto com a organização More in Common, selecionou oito imagens capturadas às 16h, momento em que identificou que seria o pico do ato.

O cálculo leva em conta uma margem de erro de 12% para mais ou para menos – ou seja: no momento do pico do ato, haveria entre 36,8 mil e 46,8 mil na orla da Praia de Copacabana.

O ato no Rio foi organizado por movimentos sociais, partidos e parlamentares, sindicatos e artistas, e pediu que a Câmara trave a pauta da anistia e o Senado, derrube a PEC aprovada na semana passada pelos deputados.

Comparação

No 7 de Setembro, a direita também promoveu um ato em Copacabana, para defender a anistia a condenados pelo 8 de Janeiro e outros casos relacionados.

Na ocasião, se contabilizou no ato pró-anistia, segundo o Monitor, 42,7 mil pessoas.

Assim, de acordo com o levantamento, o ato deste domingo empata na margem de erro com o coordenado pela direita no 7 de Setembro.

CNN

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Geral

Governo Lula deve ter comitiva reduzida na Assembleia da ONU após gastar R$ 8 mi em 2024

Foto: TCU

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá ser representado por uma comitiva mais enxuta na 80ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, que será realizada em Nova York a partir desta segunda-feira (22).

Até sexta (19), tinham sido publicadas no Diário Oficial da União autorizações para viagem de 58 integrantes do governo. O número ainda é subestimado, e há funcionários cujos nomes não são divulgados, como os da área de segurança e a equipe médica do presidente.

Lula embarcou neste domingo (21) ao lado dos ministros Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), Camilo Santana (Educação), Márcia Lopes (Mulheres) e Sônia Guajajara (Povos Indígenas), além do assessor especial da Presidência, Celso Amorim, e do governador do Ceará, Elmano de Freitas.

Outros ministros, Jader Barbalho (Cidades), Mauro Vieira (Itamaraty) e Marina Silva (Meio Ambiente), também devem compor a comitiva.

Em 2024, o governo enviou ao menos 161 pessoas aos Estados Unidos, incluindo oito ministros. Apenas os gastos declarados pelo Itamaraty para a comitiva de Lula alcançaram cerca de R$ 8 milhões.

Ainda não há informações disponíveis sobre qual deve ser o gasto com os deslocamentos, diárias e outras despesas deste ano. A comitiva de 2025 também não foi confirmada pelo governo.

A participação brasileira se dará em um contexto de crise diplomática com os EUA. Os governos Trump e Lula estão em plena rota de colisão devido ao julgamento que levou à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Trump se referiu ao processo como uma caça às bruxas e determinou diversas sanções contra o Brasil, incluindo o tarifaço de 50% sobre produtos do país e a suspensão do visto de ministros do Supremo Tribunal Federal e de autoridades do Executivo.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, desistiu de participar da Assembleia-Geral da ONU devido a limitações impostas pelo governo Trump à sua circulação na cidade de Nova York.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também decidiu que não irá à assembleia, apesar de ter recebido visto do governo americano. Já o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, que também teve o documento suspenso, obteve no último dia 16 a autorização de entrada nos EUA.

O Brasil e países aliados ainda decidiram não convidar representantes americanos para a reunião “Democracia Sempre”, que será feita às margens da Assembleia-Geral da ONU. Washington participou do encontro do ano passado, idealizado por Brasília e pela Espanha.

Na Assembleia-Geral da ONU, Lula discursará no debate anual de alto nível, que reúne 193 membros do órgão, incluindo os EUA. O Brasil é sempre o primeiro país a se manifestar na assembleia —o discurso do brasileiro será na terça-feira (23).

Rosângela da Silva, a Janja, já viajou a Nova York. Segundo sua assessoria, a primeira-dama irá participar de reuniões relacionadas à COP30.

Em 2024, o governo levou para Nova York os ministros Marina Silva (Meio Ambiente), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Fernando Haddad (Fazenda), Esther Dweck (Gestão), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), Sônia Guajajara (Povos Indígenas), Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Anielle Franco (Igualdade Racial) e Vinicius Carvalho (Controladoria-Geral da União).

A divulgação das autoridades, assessores e técnicos que acompanham as atividades do governo, além das despesas do grupo, é fragmentada.

A reportagem verificou que ao menos 161 pessoas foram mobilizadas para o evento em Nova York no ano passado, com gastos de diárias e passagens superando R$ 1,6 milhão. Mas o valor ainda é subestimado.

Folha de S.Paulo

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