Foto: Gabriela Cecchin/Folhapress
Café, bacalhau, picanha e azeite passaram a ser protegidos com grades, lacres e etiquetas antifurto em supermercados de São Paulo. O café foi o produto que teve maior alta no acumulado de 12 meses no último levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A reportagem da Folha visitou 15 supermercados nas zonas sul, oeste e central da capital paulista, nos dias 11 e 14 de abril, e observou o fenômeno antifurto em unidades das redes Carrefour, Extra e Pão de Açúcar.
O Mini Extra do largo do Arouche e uma unidade do Carrefour Express no bairro da Saúde guardavam embalagens de café popular atrás de grades na prateleira —mas não as marcas mais caras ou as versões de cápsula. Os funcionários de ambas as lojas disseram que medida era para evitar furtos.
“Só hoje de manhã, duas pessoas já tentaram furtar os sacos de café. É muito constrangedor, porque a gente precisa parar e abordar os clientes”, disse um funcionário.
A rede Carrefour informou que a prática é comum para produtos de alto valor, e que o café se encaixaria nesta categoria. “É uma regra do varejo, nós só seguimos o mercado”, diz.
O Grupo Pão de Açúcar, dono das redes de supermercados Pão de Açúcar, Extra e Assaí Atacadista, não respondeu à Folha até a publicação desta reportagem.
A mais recente pesquisa Datafolha mostrou que quase metade dos brasileiros reduziram o consumo do café devido à inflação. Produto teve alta de 8,14% nos preços de fevereiro a março e de 77,78% no acumulado de 12 meses, segundo o IBGE.
Um promotor de merchandising da marca Pilão disse à Folha que, em uma das unidades do Extra no Grajaú, foram roubadas 300 unidades de café da marca, e que por isso o supermercado adotou os lacres antifurto.
“Uma época, não estavam nem abastecendo alguns supermercados, porque quanto mais abasteciam, mais roubavam. Pilão é mais fácil de roubar porque não é a vácuo e faz menos volume, é mais fininho, mais fácil de esconder.”
A JDE Peet’s, empresa dona das marcas de café Pilão, Caboclo, Damasco, Café Pelé e Café do Ponto, diz que as decisões relacionadas à exposição e comercialização dos produtos em loja são de responsabilidade exclusiva dos varejistas, e que não tem acesso a qualquer informação relativa aos índices de roubo nas redes varejistas.
Outros itens também têm sido alvos de proteção. Em duas unidades do Pão de Açúcar na zona sul, bacalhau, picanha, azeite e bebidas alcoólicas estavam com lacres. Um Mini Extra da região vendia azeites e bebidas em locais fechados perto dos caixas. Já em redes como Dia, Hirota Food e Oxxo, nenhuma proteção foi observada.
“Tem que lacrar mesmo, porque tem muito furto e está muito caro. Não é porque o mercado é mais elitizado, é em qualquer mercado que está caro”, diz o empresário Giovani Ribeiro, 32, que comprava picanha lacrada na unidade da Chácara Klabin. “Café está valendo mais que ouro agora.”
Em uma unidade do Pão de Açúcar em Perdizes, na zona oeste, o café não estava com lacre, mas uma funcionária relatou que a loja vinha enfrentando furtos do produto. “Comprei três pacotes de café e já foi o valor todo da minha compra”, comentou uma consumidora para um repositor. No caso do azeite, apenas as marcas em promoção —posicionadas próximos aos caixas— estavam expostas sem proteção.
Folha de SP
Culpa do governo
Com a extrema esquerda governando, dias piores virão.
Faz o L.
Não sabia que Lula tinha poderes de influencia no clima. Todos sabem que a safra do café foi prejudicada por geadas no sul e sudeste do país.
Pesquise na Colombia, grande exportador de café… estão passando pelas mesmas dificuldades.
@FRASQUEIRINO, a “safra” de ovos, carne, leite, pão, gasolina, do dólar, a desvalorização do salário mínimo, a falta de reajuste do teto do MEI e de reajuste do teto do IR, o prejuízo bilionário dos Correios e outras estatais que estavam dando lucro no governo anterior, etc, etc, etc, e principalmente os novos impostos sobre o que compramos e os atuais que aumentaram, tudo isso foi culpa das geadas no Sul e Sudeste também?
Acho q Você pediu demais, essa turma fazer uma pesquisa? pra lerem algo e saber se tem fundamento ou não? é difícil, muuuuito difícil.
Frasquerino, defender o errado mentindo? O Brasil é exportador de café desde o Brasil Imperial, as oscilações da safra seriam absorvidas se o Real não tivesse virado papel higiênico pela irresponsabilidade fiscal desse governo.
Pior cego é aquele que não q ver , ou é ainda está encantado com promessas de 9dedos
Não é só o café, é a cesta básica geral!
Frescurino, Geada sempre teve, até mais intensas, agora café nesse preço, nunca vimos antes na história desse pais
Frescurindo, quer hostentar??
Dependure um pacote de café no pescoço e saia por aí andando pela cidade.
Kkkkkk.
Tá a preço de ouro o café no governo do amor.
Kkkkkk.