Geral

Cardeais brasileiros preveem conclave curto, mas não excluem ‘caixinha de surpresas’

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Para os cardeais brasileiros presentes no Vaticano, o conclave que terá seu primeiro escrutínio na tarde desta quarta-feira (7) não será muito longo.

“Dois, três dias”, previu dom Jaime Spengler, 64, arcebispo de Porto Alegre e presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), em entrevista à GloboNews.

“No máximo quatro dias, estou imaginando”, disse a jornalistas, em entrevista coletiva, dom Raymundo Damasceno, 88, arcebispo emérito de Aparecida. “Os cardeais já se reuniram, já expuseram suas opiniões, e hoje a mídia favorece o contato entre as pessoas”, acrescentou, para explicar o palpite.

Porém, uma metáfora futebolística se aplica historicamente aos conclaves. “É uma caixa de surpresas, sem dúvida nenhuma”, diz dom Raymundo, com a experiência de quem votou no último e presenciou outro bem mais antigo, o de 1963 (na época, era estudante de teologia em Roma). “O que atrai também, de certo modo, na eleição do papa é essa surpresa.”

Os romanos têm um provérbio famoso para essas zebras em conclaves: “Chi entra papa esce cardinale”. Quem entra papa sai cardeal.

Embora não possa votar desta vez, por já ter ultrapassado os 80 anos, dom Raymundo participou das reuniões preparatórias, as congregações gerais: “Foram muito ricas, em termos de informações, sobre a situação de cada cardeal, onde ele vive, onde atua.”

Na medida do que pode revelar, ele descreve um ambiente cordial, em que os cardeais se apresentam e expõem suas ideias sem propor nomes diretamente. “As intervenções foram tranquilas, num clima muito fraterno, sem nenhuma tensão, nenhuma polêmica.”

Durante as congregações, os cardeais fazem intervenções breves, por dez minutos, em média, com tradução simultânea em seis idiomas. Algumas, segundo dom Raymundo, causaram forte impressão, como as dos cardeais italianos Pietro Parolin, Matteo Zuppi e Pierbattista Pizzaballa. Ele observa ainda a expansão do cardinalato, promovida por Francisco, “às periferias do mundo”. “Timor Leste, Mongólia… na Mongólia só tem 1.500 católicos. Ele [o cardeal italiano Giorgio Marengo] pode conhecer pessoalmente cada um.”

Entre as tendências que chamaram a atenção dos cardeais nos últimos dias, está o grande número de adultos que procuraram o batismo na França e na Bélgica, na última Páscoa. “Foram mais de 12 mil. É interessante observar que o número está crescendo”, diz o arcebispo emérito.

Para dom Raymundo, porém, isso não aumenta necessariamente a chance de um cardeal de um desses países ser escolhido para suceder Francisco.

A reclusão na Casa Santa Marta, conta, é propícia à reflexão: “Ali é um ambiente muito tranquilo. As refeições, à mesa, todo mundo vai aonde quer, conversa com quem quer. Mas geralmente não há passeios, não há palestras, nada, não há pressão de grupo nenhum, uma conversa normal. Pode ser que alguém pergunte a um cardeal o parecer sobre um candidato, mas tudo muito discretamente. Nada de movimento, é um ambiente mais de silêncio.”

Um dos momentos mais impactantes ocorre na Capela Sistina, quando os cardeais fazem o juramento diante do afresco do Juízo Final, produzido entre 1536 e 1541 por Michelangelo. “Você está ali, diante daquele juízo que vai acontecer a cada um de nós no final da vida. E o cardeal está fazendo o seu juramento diante, justamente, do próprio Cristo”, descreve Damasceno.

Isso gera, segundo ele, uma profunda responsabilidade: “O que está movendo o seu voto? São interesses? São simpatias? Ou é o bem da Igreja? O bem da humanidade?”

No primeiro escrutínio de um conclave, segundo dom Raymundo, é comum os votos serem mais dispersos entre os cardeais. Alguns eleitores aproveitam a ocasião para homenagear cardeais sem chance de vitória. Na votação seguinte, aumenta a concentração nos nomes mais fortes.

Folha de S.Paulo

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Judiciário

Contrato milionário da mulher de Moraes com Banco Master explode para R$ 129 milhões

Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O escritório da advogada Viviane Barci de Moraes, mulher do ministro Alexandre de Moraes (STF), fechou um contrato de R$ 129 milhões com o Banco Master, segundo documentos apreendidos pela Polícia Federal durante a operação que mirou o dono da instituição, Daniel Vorcaro.

A cifra seria paga ao longo de 36 meses a partir de 2024 — algo em torno de R$ 3,6 milhões por mês ao Barci de Moraes Advogados, que também emprega dois filhos do ministro.

A cópia digital do contrato estava no celular de Vorcaro, apreendido na Operação Compliance Zero. O acordo não tratava de uma causa específica, mas de uma “prestação de serviços jurídicos gerais”, conforme revelou a jornalista Malu Gaspar, de O Globo. Até agora, nem Moraes nem o escritório se manifestaram sobre o caso, que mantém o STF no centro do escrutínio público.

O contrato vem à tona após outra polêmica recente: a compra, à vista, de uma mansão de R$ 12 milhões no Lago Sul, área mais nobre de Brasília, revelada em setembro pelo Metrópoles. A sequência de episódios reacende debates sobre conflitos de interesse, transparência e o poder concentrado no entorno do ministro mais influente da Corte.

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Política

Aliados empurram Tarcísio para longe dos Bolsonaros e para o Planalto

Foto: Pablo Jacob/Governo de SP

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), já manda recado: quer distância da família Bolsonaro e mira um anúncio da própria candidatura ao Planalto entre o fim de fevereiro e o começo de março. Nos bastidores, aliados apostam que Flávio Bolsonaro (PL-RJ) não vai até o fim na disputa, e que o senador só tenta inflar seu valor político com a narrativa de perseguição e controle sobre Michele Bolsonaro, conforme informações da CNN.

Segundo interlocutores próximos, a estratégia é clara: Tarcísio joga parado, deixa o tempo trabalhar a favor e vai se afastando cuidadosamente do sobrenome Bolsonaro. Ele dá apoio a Flávio publicamente, mas abre espaço para outras candidaturas, tentando evitar a associação direta com o desgaste que o nome Bolsonaro ainda carrega no eleitorado.

O raciocínio do entorno do governador é que, em 2026, o eleitor não quer outro candidato com perfil ou sobrenome Bolsonaro, nem repetir o erro de eleger Lula novamente. Pesquisas internas mostram que Tarcísio ainda é pouco conhecido nacionalmente, mas sua rejeição é baixa — o que o coloca como um adversário competitivo para o petista, que soma alto reconhecimento, mas também alta rejeição.

O Republicanos embarca na mesma leitura. Marcos Pereira, presidente do partido, ignorou reunião com Flávio e caciques do Centrão, reforçando a tese de que o partido prefere apostar em Tarcísio e não em novas investidas da família Bolsonaro.

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Geral

Ministério da Justiça lança site com foragidos mais procurados do país

Foto: Ministério da Justiça

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) lançou nesta segunda-feira (8) o site ‪gov.br/captura‬, que disponibiliza a lista dos 216 foragidos mais procurados do país.

Cada unidade da Federação indicou oito alvos prioritários com base em uma matriz de risco, que avaliou aspectos como gravidade e natureza do crime cometido, vinculação com organizações criminosas, existência de múltiplos mandados de prisão e atuação interestadual.

“A implementação da lista representa um esforço conjunto entre as esferas federal e estadual para aprimorar a segurança pública e combater de forma mais eficaz as organizações criminosas no Brasil”, diz o ministério, em nota.

A iniciativa também possibilita o intercâmbio de informações entre os estados e estimula a colaboração direta da população.

Denúncias anônimas podem ser feitas pelos canais 190 e 197

site faz parte do Programa Captura, uma ação de articulação nacional voltada à identificação, à localização e à prisão de criminosos considerados de alta periculosidade. O ministério informou que irá instalar uma célula operacional do Programa Captura no estado do Rio de Janeiro.

“A medida responde à constatação de que criminosos de diferentes regiões do Brasil frequentemente se ocultam em áreas do estado fluminense. A nova estrutura permitirá apoio direto às polícias estaduais e maior agilidade na troca de informações para a localização de foragidos”, explica a pasta.

 

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Economia

Governo mira alta nas tarifas de carros e aço para cobrir rombo de 2026

Foto: Nacho Doce/Reuters

O governo federal avalia elevar tarifas de importação já em 2026 para reforçar a arrecadação e responder à pressão de setores da indústria que enfrentam forte concorrência de produtos chineses. A medida, segundo apuração da CNN, mira especialmente os segmentos de automóveis e aço, que pedem socorro diante do avanço das importações.

A estimativa é que a alta tarifária gere cerca de R$ 14 bilhões extras, valor previsto no relatório de receitas do PLOA apresentado pela senadora Dorinha Rezende (União-TO) e aprovado pela Comissão Mista de Orçamento. O documento, porém, não detalha de onde exatamente virá esse montante.

Técnicos envolvidos nas discussões afirmam que o dinheiro deve vir da recomposição de alíquotas e da adoção de mecanismos de defesa comercial para produtos com “surtos de importação”, fenômeno associado ao redirecionamento de mercadorias chinesas após novas tarifas impostas pelos Estados Unidos. A indústria brasileira afirma estar perdendo espaço e cobra reação imediata.

O setor de aço prevê queda na produção e aumento superior a 30% nas importações em 2025. Já montadoras pedem que a tarifa volte ao teto de 35%. O governo deve atender parte dessas demandas enquanto tenta fechar as contas do próximo ano.

Com informações da CNN

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Geral

Indulto de 2025 pode liberar crimes ambientais e tráfico privilegiado no ano da COP30

Foto: Getty Images

No ano em que o Brasil sediou a COP30, o indulto natalino de 2025 pode incluir o perdão a crimes ambientais cometidos por pessoas físicas. A proposta foi levantada pela Defensoria Pública da União (DPU) durante reunião do Conselho Nacional de Política Penitenciária em setembro, sob o argumento de que impedir o benefício apenas para indivíduos seria desproporcional. A sugestão mantém a proibição apenas para empresas condenadas.

A informação é do colunista Igor Gadelha, do Metrópoles. A DPU também defendeu que o indulto contemple condenados por “tráfico privilegiado” — réus primários e sem ligação com facções criminosas. O pedido se apoia em decisão do STF, que em julho definiu que essa modalidade não é hedionda e, portanto, pode ser beneficiada. A Corte ainda criticou a exclusão do tráfico privilegiado no decreto de 2024, por gerar “insegurança jurídica”.

Caso o governo aceite as recomendações, o indulto deste ano pode ser o mais amplo desde o início do mandato de Lula, reacendendo debates sobre política criminal e proteção ambiental, especialmente após o país ter sido vitrine mundial na agenda climática.

O texto final do indulto — tradicionalmente publicado em 23 de dezembro — está em fase de ajustes no Ministério da Justiça e será encaminhado ao presidente Lula para assinatura.

Com informações do Metrópoles

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Geral

Comissão espera resposta da Procuradoria para iniciar oitivas em caso Brisa Bracchi

Foto: Elpídio Júnior/CMN

A Comissão Especial que analisa o pedido de cassação da vereadora Brisa Bracchi (PT) ainda não deu início às oitivas das testemunhas. O grupo aguarda uma resposta da Procuradoria Geral da Câmara Municipal de Natal (CMN) para esclarecer quais regras e prazos devem orientar o andamento da investigação conduzida pelo relator Daniel Rendall (Republicanos).

Segundo a presidente da Comissão, vereadora Samanda Alves (PT), foram enviados três questionamentos formais: se o prazo de intimação é de 24 ou 72 horas, se é possível aditar a denúncia mesmo após o plenário e se os prazos da defesa prévia e do relatório preliminar devem ser contados em dias úteis ou corridos. A definição desses pontos é considerada essencial para evitar novas contestações ao processo.

Samanda explicou que o ato da presidência da CMN menciona apenas o Decreto-Lei nº 201/1967, mas lembrou que, em uma comissão anterior criada para tratar do mesmo caso, também foi aplicado o Regimento Interno da Casa. Para ela, ambos devem ser utilizados para dar segurança jurídica ao procedimento.

A vereadora destacou ainda que, desde a sexta-feira (5), já está em contagem o prazo de dez dias para Brisa apresentar sua defesa prévia, seguida de cinco dias para o relator entregar sua primeira manifestação. Enquanto isso, todo o trabalho da Comissão fica parado à espera da Procuradoria.

Com informações da Tribuna do Norte

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Política

Presidente Lula sanciona lei que aumenta as penas para crimes sexuais contra menores

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta segunda-feira (8) a lei que aumenta de forma significativa as penas para crimes sexuais cometidos contra menores e outras pessoas vulneráveis. O texto, aprovado pelo Senado em novembro, altera o Código Penal e amplia em até 30% o tempo máximo de prisão em casos como estupro de vulnerável, especialmente quando há lesão grave ou morte.

Com a nova legislação, as punições ficam mais severas: o estupro de vulnerável passa a variar de 10 a 18 anos; com lesão corporal grave, sobe para 12 a 24 anos; e quando resultar em morte, a pena será de 20 a 40 anos. Também aumentam as punições para corrupção de menores, prática sexual diante de crianças, exploração sexual e divulgação de cenas de estupro.

A norma também obriga o monitoramento eletrônico de condenados por crimes sexuais e por violência contra a mulher após deixarem o presídio. No processo penal, passa a ser obrigatória a coleta de DNA de investigados e condenados por crimes contra a dignidade sexual, reforçando mecanismos de identificação.

O texto ainda altera o ECA para garantir tratamento médico e psicológico às famílias das vítimas e determina que escolas, unidades de saúde, conselhos tutelares e organizações sociais promovam campanhas educativas contra violência, castigos físicos e práticas degradantes.

Com informações do G1

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  1. Não precisava aumentar a pena, basta fazer com que o infrator cumpra integralmente a pena aplicada, não adianta aumentar a pena se tem vários artifícios para colocar em liberdade o criminoso.

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Geral

VÍDEO: “Profunda indignação”, dizem indígenas sobre fala de Luciano Huck

Vídeo: Reprodução/X

A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) divulgou neste domingo (7) uma nota em que expressa “profunda indignação” com a fala de Luciano Huck durante gravação no Parque Indígena do Xingu. Em vídeo que viralizou nas redes, o apresentador aparece pedindo que os indígenas “limpem a cultura”, sugerindo que escondam os celulares durante a filmagem. Para a entidade, a fala reforça estereótipos e tenta definir a identidade indígena a partir de objetos.

A Apib afirmou que o uso de tecnologia não reduz a identidade de nenhum povo e destacou que celulares têm sido ferramentas fundamentais para proteção territorial, educação, trabalho e denúncias de violações. A entidade classificou as declarações de Huck como equivocadas e reafirmou que a cultura indígena não se mede por aparência ou adereços, mas por ancestralidade, território e luta.

Em resposta, Luciano Huck afirmou ser defensor histórico dos povos originários e disse que a orientação dada durante a gravação não teve intenção cultural, mas apenas um “ajuste de direção de arte” para o programa. O apresentador declarou que jamais buscou impor limitações aos indígenas e que suas escolhas de vida cabem exclusivamente a eles.

Foto: Reprodução

A seguir, as notas na íntegra divulgadas pela Apib e por Luciano Huck:

Nota da Apib (íntegra)

“A Apib manifesta profunda indignação diante da fala de Luciano Huck, ‘limpem a cultura de vocês’, sugerindo que o uso do celular ‘suja’ a cultura indígena.

“Possuir um celular não torna um parente menos indígena. Nossa identidade não se mede por objetos, mas por ancestralidade, território, memória e luta.

“O acesso à tecnologia é um direito de todos os cidadãos brasileiros.

“Para nós, povos indígenas, ela tem sido ferramenta essencial na defesa dos territórios, no monitoramento ambiental, no acesso à educação e ao trabalho, na comunicação entre comunidades e Estado, e na denúncia de violações historicamente invisibilizadas.”

Nota de Luciano Huck (íntegra)

“Minha relação com as comunidades indígenas no Brasil atravessa décadas. Sou, e sempre serei, defensor dos povos originários, de sua cultura, de sua territorialidade e de sua preservação. Dos Zo’é aos Yanomami, estive pessoalmente em dezenas de terras indígenas ao longo da minha trajetória. Eu conheço de perto essa realidade; não foi alguém que me contou.

“Sempre defendi que as escolhas sobre modos de vida, tradições e caminhos futuros pertencem única e exclusivamente aos próprios povos indígenas.

“Sobre a imagem em questão, registrada nos bastidores de uma gravação, é importante esclarecer: não se tratou de impor qualquer tipo de limitação cultural ou de consumo. Foi apenas uma decisão de direção de arte, um ajuste pontual dentro do contexto de um set de filmagem, nada além disso.”

Com informações do Poder360

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  1. Índios de araque que desfilam na marquês da Sapucaí , eles não querem apito, querem mamar o erário também. São da tribo globoniquim!

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Geral

Mineiro sugere Cadu Xavier para assumir o RN em eventual renúncia e mira disputa de 2026

Foto: ALRN

O deputado federal Fernando Mineiro (PT) defendeu que o secretário de Fazenda, Cadu Xavier, seja escolhido pela Assembleia Legislativa para um eventual “mandato tampão” caso governadora Fátima Bezerra e o vice Walter Alves renunciem em 2026. A discussão voltou ao radar diante da possibilidade de Walter não assumir o governo por causa da crise fiscal – hipótese que o próprio Mineiro diz ainda ser apenas especulação.

Pelas regras definidas pelo STF, uma renúncia simultânea de governadora e vice obrigaria o RN a realizar nova eleição, provavelmente indireta, com voto dos 24 deputados estaduais. Mineiro afirma que defenderia o nome de Cadu diante desse cenário, argumentando que a escolha reforçaria a mensagem de que o Estado não vive risco de insolvência, como acusa a oposição.

O petista também reagiu às críticas sobre a situação fiscal do RN e disse ser “incomparável” ao caos herdado em 2019, citando salários em dia, retomada de investimentos e melhoria de indicadores sociais. Para ele, o déficit projetado para 2026 está dentro da realidade nacional e não configura colapso.

Ao projetar 2026, Mineiro afirmou que a disputa estadual será influenciada pelo embate nacional entre Lula e Bolsonaro. Ele coloca Allyson Bezerra e Rogério Marinho no “campo conservador” e aponta Cadu Xavier como representante do projeto progressista que, segundo ele, segue competitivo no Estado.

Com informações do Agora RN

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  1. Esse mineiro é uma carniça mesmo, só procura o mal para nosso estado. Sai um ruim e indica um pior. Essa Quadrilha PTralhas, é cada um pior que o outro.

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Mundo

EUA já planejam “dia pós-Maduro” enquanto tensão militar cresce

Foto: REUTERS/Brian Snyder

O governo Donald Trump analisa cenários para uma possível transição na Venezuela caso Nicolás Maduro seja derrubado, segundo documentos obtidos pelo Washington Post. As discussões envolvem desde os planos da oposição liderada por María Corina Machado até o comportamento das Forças Armadas venezuelanas, cuja fidelidade ao regime pode ter sido subestimada por Washington.

A preocupação aumenta em meio à escalada militar dos últimos meses, marcada pela presença do superporta-aviões USS Gerald R. Ford e de uma frota americana próxima ao território venezuelano. Desde setembro, os EUA ampliaram operações no Caribe e no Pacífico, destruindo embarcações suspeitas de tráfico e resultando em dezenas de mortes. Ao mesmo tempo, seguem as sanções econômicas e os alertas para que companhias aéreas evitem o espaço aéreo do país.

Trump tem feito ameaças repetidas sobre expandir ações militares em solo venezuelano, além de classificar o Cartel de los Soles como organização terrorista — medida que abre caminho para operações mais agressivas. O governo Maduro rejeita todas as acusações e afirma que os EUA buscam uma mudança de regime para explorar os recursos naturais venezuelanos, especialmente o petróleo.

No poder desde 2013, Maduro acusa os EUA de tentarem derrubá-lo e afirmou que tanto a população quanto os militares estão prontos para resistir. A crise diplomática, que já dura meses, coloca a região diante de um dos maiores riscos de conflito aberto em décadas.

Com informações da CNN

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