Tecnologia

Amazon lança satélites Kuiper em concorrência com Starlink

Foto: Reprodução

A Amazon, liderada pelo bilionário Jeff Bezos, lançou, na última segunda-feira, 28 de abril, os primeiros satélites Kuiper.

Essa iniciativa visa oferecer conexão à internet de alta velocidade a partir do espaço, competindo diretamente com o serviço Starlink, desenvolvido pelo também bilionário Elon Musk.

O lançamento dos 27 satélites ocorreu a partir do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, utilizando um foguete Atlas V da United Launch Alliance (ULA), uma joint venture entre Boeing e Lockheed Martin.

Com um investimento superior a 10 bilhões de dólares, o Projeto Kuiper está projetado para incluir mais de 3.200 satélites em sua rede, que deverá ser operada a partir de 2025.

A proposta da Amazon é fornecer acesso à internet em áreas remotas e até mesmo em regiões afetadas por conflitos ou desastres naturais.

Embora o custo do serviço ainda não tenha sido definido, a empresa se compromete a manter preços acessíveis, em linha com sua estratégia comercial de oferecer produtos a preços competitivos.

Starlink e Kuiper

Atualmente, sua concorrente, a Starlink, já conta com cerca de 6.750 satélites em órbita e tem consolidado sua posição como líder no setor de internet via satélite.

O serviço foi utilizado em diversas situações emergenciais, incluindo intervenções após desastres naturais como terremotos e incêndios florestais.

O sucesso da Starlink destaca não apenas a capacidade técnica de Elon Musk, mas também sua influência na definição das políticas espaciais atuais.

Diferente das tradicionais telecomunicações via satélite que operam com grandes satélites em órbita geoestacionária (a mais de 35.000 km da Terra), tanto o Kuiper quanto o Starlink utilizam uma rede de satélites em órbita baixa.

Isso possibilita uma latência significativamente menor nas transmissões de dados e permite cobrir áreas onde as infraestruturas terrestres são insuficientes ou inviáveis.

Risco de colisões entre satélites

No entanto, a rápida expansão dessas constelações levanta preocupações sobre o congestionamento da órbita terrestre baixa.

A competição acirrada entre as empresas pode resultar em um aumento do risco de colisões entre satélites e interferir nas observações astronômicas.

Além disso, questões de soberania estão sendo debatidas, especialmente considerando o crescente papel político exercido por Musk, que se tornou um conselheiro próximo do ex-presidente Donald Trump.

O cenário competitivo no setor promete intensificar ainda mais à medida que novos jogadores entram no mercado, como Eutelsat e Guowang da China.

O Antagonista

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Tecnologia

Estudo aponta que 48% dos jovens consideram que as redes sociais fazem mal à saúde mental

Foto: Freepik

Um estudo realizado pelo Pew Research Center, organização independente de pesquisa, aponta que 48% dos adolescentes entrevistados acreditam que as redes sociais afetam de forma prejudicial a saúde mental de pessoas da sua faixa etária. O número representa um aumento de 16 pontos percentuais em relação à última edição da pesquisa realizada pela instituição, em 2022. O levantamento, publicado nesta terça-feira, ouviu 1.391 jovens de 13 a 17 anos, além de seus pais.

Perguntados sobre o efeito das redes em suas próprias vidas, apenas 14% dos adolescentes afirmaram se sentir impactados negativamente. A maioria (59%) considera que o efeito é neutro, enquanto 27% veem o uso das plataformas como algo positivo em suas vidas.

Um adolescente citado no relatório disse aos entrevistadores que o uso excessivo das redes sociais na nossa sociedade parece ser a principal causa de depressão entre pessoas da sua faixa etária:

“As pessoas parecem se deixar afetar pelas opiniões de quem elas nem conhecem, e isso destrói seu estado mental”, acrescenta.

Tempo demais conectado

O novo estudo atualiza informações de outro levantamento feito pela Pew, publicado em dezembro do ano passado, que mostrou que quase metade dos adolescentes americanos afirmam estar on-line praticamente “o tempo todo”. Mesmo assim, a nova pesquisa também apresenta um interesse por parte dos adolescentes em pelo menos tentar controlar o próprio uso das redes: 45% dizem que passam tempo demais nas redes sociais, um aumento em relação aos 36% de 2022. E 44% dos adolescentes afirmaram que reduziram o tempo gasto nas redes e nos smartphones.

O levantamento também destacou uma diferença de percepção significativa entre gêneros. Meninas são mais propensas a enxergar as redes sociais como um fator prejudicial: 57% delas afirmam que as redes impactam negativamente pessoas da sua idade, contra 38% dos meninos. Quando o foco é a autopercepção, no entanto, tanto meninos quanto meninas se mostram mais otimistas — 15% das meninas e 14% dos meninos dizem que os efeitos sobre si são negativos.

O estudo também apontou variações no olhar dos jovens conforme sua origem racial e étnica. Adolescentes brancos tendem a perceber com mais frequência os impactos negativos das redes sobre os colegas, em comparação a jovens negros e hispânicos. Contudo, quando questionados sobre os efeitos em suas próprias vidas, a percepção negativa foi praticamente a mesma entre os três grupos.

Pais preocupados, filhos resilientes

A pesquisa reforça um ponto que vem ganhando cada vez mais espaço nas rodas de conversa de pais, educadores e especialistas: o abismo que existe entre a consciência coletiva sobre os danos das redes sociais e a percepção pessoal dos adolescentes. Enquanto a sociedade discute os riscos de exposição, comparação e sobrecarga de informações, muitos jovens seguem enxergando as redes como uma ferramenta de entretenimento e conexão, minimizando os potenciais efeitos sobre sua saúde mental.

O bem-estar mental geral dos adolescentes é uma preocupação mais ampla; 89% dos pais e 77% dos adolescentes disseram estar “um pouco” ou “extremamente” preocupados com o tema.

No entanto, o relatório sugere que os pais estão mais ansiosos em relação ao impacto das redes sociais sobre seus filhos do que os próprios adolescentes. Para os pais, as redes sociais (44%) e a tecnologia de maneira geral (14%) foram apontadas como os fatores que mais prejudicam a saúde mental dos jovens, enquanto apenas 22% e 8% dos adolescentes, respectivamente, afirmaram o mesmo.

“A tecnologia está tornando-os mais receosos de tentar coisas novas, menos criativos e menos propensos a resolver seus próprios problemas, sejam eles de relacionamento ou práticos,” disse uma mãe de adolescente entrevistada na pesquisa.

Nem tudo é negativo

Quase seis em cada dez adolescentes disseram que as redes sociais lhes oferecem “um espaço para mostrar seu lado criativo,” e ainda mais jovens afirmaram que as redes os ajudam a se manter conectados com o que está acontecendo na vida de seus amigos.

O Globo

Opinião dos leitores

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Tecnologia

Anatel analisa hoje lançamento de mais de 7,5 mil satélites da Starlink

Foto: Starlink

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) analisa nesta quinta-feira (3) o pedido da Starlink, empresa do bilionário Elon Musk, para ampliar a sua cobertura no Brasil lançando mais 7.500 satélites não geoestacionários.

  • satélites não geoestacionários ou de “baixa órbita” são satélites em órbita circular em torno do planeta com velocidades de rotação diferentes. Ou seja, para um observador em terra, o satélite se move –é “não estacionário”.
  • esses satélites têm sido usados para prover internet de alta velocidade, conectando regiões de difícil acesso à infraestrutura de telecomunicações tradicional.

Hoje, a Starlink tem autorização da Anatel para operar 4.408 satélites desse tipo até 28 de março de 2027.

Em nota, a agência informou ao g1 que solicitou informações técnicas e regulatórias sobre os impactos da expansão da Starlink no Brasil, dado o caráter estratégico da tecnologia.

Musk faz parte do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou um “tarifaço global” contra parceiros comerciais na quarta-feira (2). O Brasil será taxado com uma alíquota de 10%.

“O uso eficiente dos recursos de espectro e órbita, a garantia da segurança dos dados, assim como o compliance com as normas nacionais que regem a exploração de satélites são pontos verificados na análise desse tipo de matéria”, disse a Anatel.

A agência destaca que esse tipo de verificação é importante para os satélites de baixa órbita, uma vez que são tecnologias mais recentes em relação aos satélites tradicionais, que são geoestacionários.

Contudo, segundo a Anatel, o pedido de mais análises técnicas poderia ter sido feito “para qualquer sistema de satélites de baixa órbita”.

“Mas a Starlink foi o primeiro grande sistema autorizado no Brasil e é o primeiro que está solicitando expansão, motivo pelo qual é necessário buscar informações suficientes para uma análise completa da situação”, continuou.

Além da empresa de Musk, outras companhias estão interessadas em oferecer esse tipo de solução no Brasil.

Em novembro de 2024, a Telebras assinou um acordo com a chinesa SpaceSail para atuar com serviço de internet de alta velocidade transmitida por satélites não geoestacionários.

O regulamento geral de exploração de satélites, norma de 2021, regula os satélites de baixa órbita no Brasil.

No documento, a Anatel estabelece que os sistemas têm que coexistir, de modo a evitar restrição à competição. Além disso, a agência também pode alterar a autorização de operação no Brasil caso verifique risco à competição.

G1

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Tecnologia

Apple vai pagar US$ 95 mi para resolver processo de privacidade da Siri

Foto: Reprodução

A Apple concordou em pagar US$ 95 milhões em dinheiro para resolver uma proposta de ação coletiva alegando que sua assistente Siri ativada por voz violava a privacidade dos usuários.

Um acordo preliminar foi protocolado na terça-feira (31) à noite no tribunal federal de Oakland, Califórnia, e requer aprovação do juiz distrital dos EUA Jeffrey White.

Proprietários de dispositivos móveis reclamaram que a Apple rotineiramente gravava suas conversas privadas depois que eles ativavam a Siri involuntariamente e divulgava essas conversas a terceiros, como anunciantes.

Os assistentes de voz geralmente reagem quando as pessoas usam “palavras-chave” como “Ei, Siri”.
Dois demandantes disseram que suas menções aos tênis Air Jordan e aos restaurantes Olive Garden acionaram anúncios para esses produtos. Outro disse que recebeu anúncios para um tratamento cirúrgico após discuti-lo com seu médico.

Os membros, estimados em dezenas de milhões, podem receber até US$ 20 por dispositivo habilitado para Siri, como iPhones e Apple Watches.
A Apple negou qualquer irregularidade ao concordar

A empresa sediada em Cupertino, Califórnia, e seus advogados não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.

Os advogados dos autores não responderam imediatamente a solicitações semelhantes. Eles podem buscar até US$ 28,5 milhões em honorários, mais US$ 1,1 milhão para despesas, do fundo de liquidação.

Os US$ 95 milhões representam cerca de nove horas de lucro para a Apple, cujo lucro líquido foi de US$ 93,74 bilhões em seu último ano fiscal.

Um processo semelhante em nome de usuários do Voice Assistant do Google está pendente no tribunal federal de San Jose, Califórnia, no mesmo distrito do tribunal de Oakland. Os autores são representados pelos mesmos escritórios de advocacia do caso da Apple.

CNN

Opinião dos leitores

  1. Califórnia comunista, só pode! Cobrar isso das benditas empresas ? Pensei que só o governo comunista chinês fazia isso com os usuários de seus aplicativos…

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Brasil

Brasil adota tecnologia que facilita localizar pessoas em emergências

Foto: GettyImages

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em parceria com operadoras de telefonia, sistemas operacionais de smartphones e serviços de emergência, lançou um novo sistema que garante aumentar a precisão no atendimento de chamadas de emergência. Lançada recentemente no Brasil, a tecnologia, conhecida como Advanced Mobile Location (AML), já é utilizada em diversos países.

O novo método promete aprimorar a localização de usuários em situações críticas. O recurso funciona em dispositivos Android (versão 5.0 ou superior) e IOS (a partir da versão 18.2), permitindo que, durante chamadas para números de emergência como 190 (polícia), 192 (serviço médico) e 193 (bombeiros), a localização do usuário seja enviada automaticamente com alta precisão.

A precisão do local é calculada a partir de dados de GPS, redes wi-fi, torres de celular e sensores integrados ao dispositivo.

Acessibilidade e precisão
O sistema de localização em emergências, atualmente, utiliza somente dados das torres de telefonia, podendo comprometer a precisão em alguns casos. A expectativa com a AML é de que os tempos de respostas ao utilizar tecnologias mais avançadas sejam significativamente reduzidos. Além disso, o sistema pode enviar a localização via SMS em áreas com cobertura limitada, aumentando a eficiência em regiões remotas ou rurais.

O serviço opera de forma automática, sem necessidade de aplicativos ou configurações adicionais pelos usuários. Para proteger a privacidade, os dados de localização só são compartilhados durante situações de emergências e não são armazenados posteriormente.

Desenvolvimento e impacto

A introdução do novo sistema tecnológico no Brasil é resultado do trabalho do Subgrupo Técnico de Localização (SGT-LOC), parte do Grupo Técnico de Suporte à Segurança Pública (GT-Seg).

Segundo o presidente da Anatel, Carlos Baigorri, o uso da tecnologia é um recurso para salvar vidas. “Cada segundo conta em situações de emergência. Essa iniciativa reforça nosso compromisso com a segurança e bem-estar da população, unindo inovação, eficiência e respeito à privacidade”, destacou.

O líder de engenharia de Android no Brasil, Bruno Diniz, também ressaltou a importância das operações no país. “Informações de localização precisas e rápidas podem fazer a diferença entre a vida e a morte. Essa parceria com a Anatel é um marco no uso de tecnologia para a segurança pública.”

O sistema já mostrou funcionalidade e eficácia em outros países. Agora, com a implantação no Brasil, a expectativa é de que serviços de emergência se tornem ainda mais eficientes, prometendo reduzir tempos de respostas e aumentando a chance de salvar vidas.

Fonte: Portal 98Fm

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Mundo

Robô deprimido se joga escada abaixo para ‘acabar com a própria vida’ — cientistas tentam entender motivos

 

Foto: Divulgação

Um robô foi encontrado no fundo de uma escada, gerando especulações de que ele se atirou deliberadamente. A suspeita de suicídio no local de trabalho levou os especialistas a questionar se a peça de tecnologia poderia sentir emoções.

O ciborgue, que parecia uma lixeira branca com uma tela na lateral, foi projetado para entregar documentos aos moradores.

No entanto, ele aparentemente acabou com sua “vida” ao se jogar de uma escada após queimar um fusível enquanto trabalhava duro para o Conselho Municipal de Gumi e sofrer um colapso emocional. Se estiver correto, foi o primeiro caso de suicídio de robô.

O caso tem intrigado tecnólogos, filósofos e acadêmicos, pois para um robô se matar deliberadamente, ele deve ser senciente.

Embora robôs emocionalmente sensíveis sejam há muito tempo uma coisa de ficção científica, o conceito de IA “ambiguamente senciente” é uma ideia relativamente nova.

O professor Jonathan Birch, professor de filosofia na LSE e autor de The Edge of Sentience: Risk and Precaution in Humans, Other Animals, and AI, acredita que não estamos longe de ver uma IA que pode sentir uma variedade de emoções.

“Por ‘ambiguamente senciente’, quero dizer que algumas pessoas estarão absolutamente convencidas de que seu companheiro de IA é um ser senciente com uma rica vida interior e ficarão irritadas quando outros negarem isso. Enquanto isso, outros estarão igualmente convencidos de que esses companheiros de IA não sentem absolutamente nada. Não será possível dizer quem está certo, porque nossa compreensão científica da senciência ainda não está madura o suficiente para isso. E isso tem o potencial de levar a divisões sociais muito sérias”, disse ao Independent.

O acadêmico pediu que as empresas de tecnologia reconheçam o risco e apoiem mais pesquisas na área.

Na Coreia do Sul, onde os robôs representam 10% da força de trabalho — significativamente mais do que em qualquer outro lugar, e apenas uma nação de duas a ultrapassar 5% — muitos trabalhadores já veem seus colegas robóticos como almas sensíveis e um tipo de ser semiconsciente que merece um nível de dignidade, direitos e respeito.

Mais robôs aparentemente tentaram se matar após o incidente sul-coreano, segundo o Independent.

Fonte: Extra globo

Opinião dos leitores

  1. A ficção imitando a vida real….. Veremos se isto é verdade com o passar dos dias… 😎🤠😎🤠

  2. Com a situação que estamos vivendo, não ia sobrar nenhum robô para contar a história. Rsrsrs

  3. Pensei que já tinha visto tudo na vida, mas suicídio de Robot era só o que me faltava.

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Tecnologia

Com conexão mais estável, ‘5G puro’ é liberado para todo o país; saiba como vai funcionar

Foto: James Yarema/Unsplash

A principal faixa do 5G, conhecida como 5G standalone (SA), começou a operar em todo o território nacional nesta segunda-feira (2).

As operadoras já podem ativar esse 5G puro em qualquer cidade do país, caso desejem. No entanto, mesmo com a faixa liberada, isso não significa que a tecnologia será imediatamente implementada em todas as cidades.

O edital do leilão do 5G, realizado em 2021, estabelece que as empresas devem ativar a tecnologia em todas as cidades até o final de 2029.

Enquanto a velocidade do 4G no Brasil é de cerca de 19,8 Mbps, a do 5G pode alcançar velocidades entre 1 e 10 Gbps, o que representa um aumento de 100 vezes ou mais em relação ao 4G.

Na última terça-feira (26), a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Entidade Administradora da Faixa (EAF) anunciaram a conclusão do processo de “limpeza” do sinal utilizado pelo 5G no Brasil.

No Brasil, a faixa utilizada pelo 5G é a de 3,5 gigahertz (GHz), anteriormente ocupada por serviços de satélites e radiodifusão, como as antenas parabólicas.

Por isso, para que o 5G puro pudesse ser ativado, foi necessário “limpar” a faixa, instalando filtros e kits para recepção do sinal de TV. Esse processo ficou sob a responsabilidade da EAF.

A liberação da faixa anunciada na terça-feira passada significa que não há risco de interferência no sinal 5G, permitindo que as operadoras ativem o standalone.

“A liberação da faixa de 3,5 GHz é o primeiro passo necessário para a chegada do 5G. O edital do 5G fixou um cronograma de instalação da nova tecnologia, que tem sido cumprido e mesmo antecipado pelas operadoras”, disse o presidente-executivo da Conexis Brasil Digital, que representa as operadoras, Marcos Ferrari.

Benefícios do 5G standalone

No início da operação, os usuários podiam se conectar ao 5G nas versões “non-standalone” (NSA), que utilizam parte da infraestrutura do 4G. Também existe o “DSS” (Compartilhamento Dinâmico de Espectro, na sigla em inglês), que algumas operadoras promoveram como “5G” desde 2020, mas que na verdade usa apenas a estrutura do 4G.

O 5G SA se destaca pela “ultrabaixa” latência, o tempo mínimo de resposta entre um aparelho e os servidores de internet – aquele “delay” que acontece em ligações em vídeo, quando é preciso esperar uns segundos até que a pessoa do outro lado veja e ouça o que falamos.

“No 4G, quando é muito boa a latência, ela é de 50 a 70 milissegundos. No 5G, pode ficar de 1 a 5 milissegundos. Estamos falando em reduzir numa ordem de 10 vezes o tempo que uma informação leva para percorrer a rede”, disse Leonardo Capdeville, chefe de inovação tecnológica da TIM.

Outra característica do 5G SA, que o difere das gerações de rede anteriores, é que ele pode lidar com muito mais dispositivos ligados ao mesmo tempo.

A conexão também será mais confiável, pois um aparelho vai poder se conectar com mais de uma antena ao mesmo tempo. Isso é que vai revolucionar áreas como a indústria, a telemedicina, ambientes de realidade virtual, carros autônomos, entre outras.

g1

Opinião dos leitores

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Religião

Igreja na Suíça usa Inteligência Artificial para fiéis ‘conversarem’ com Jesus no confessionário

Foto: reprodução

A Capela de São Pedro é a mais antiga em Lucerna, na Suíça. Mas, desde agosto, um Jesus criado por Inteligência Artificial tem sido, digamos, a face futurista da instituição religiosa. Com o nome “Deus in Machina”, o avatar de Jesus é a colaboração da igreja com um laboratório de pesquisa de uma universidade local sobre realidade imersiva.

Pensando em um lugar onde as pessoas pudessem ter conversas privadas com o avatar, a igreja permitiu que fossem instalados um computador e cabos na cabine de confissão. Os visitantes foram convidados a fazer perguntas para a imagem de Jesus projetada pela treliça que tradicionalmente separa o confessor e o padre. Treinada com textos teológicos, a I.A. responde em tempo real, e em mais de cem línguas.

Durante o experimento, mais de mil pessoas interagiram com a I.A., incluindo não católicos, e a universidade apresentará na semana que vem os resultados do experimento.

Ouvido pelo jornal britânico Guardian, o teólogo Marco Schmid afirmou que dois terços dos usuários afirmaram que tiveram uma experiência espiritual. Houve quem disse ser impossível conversar com uma máquina e também críticas de católicos sobre o uso do confessionário para o experimento.

Schmid afirmou também que, além da curiosidade natural pelo experimento, as pessoas têm uma “sede de conversar com Jesus.”

O Globo

Opinião dos leitores

    1. e vc que passa dia todo numa Fila , bandeirinha nas costas por uma mortadela com cuscuz kkkk

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Telecomunicações

Anatel lança desafio para acabar com ‘TV Boxes’ ilegais e oferece R$ 12 mil em premiações


Imagem: Divulgação/Receita Federal

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em parceria com a Comunidade Hackathon Brasil, realiza neste fim de semana o primeiro ‘Hackathon TV Box’, um desafio cujo objetivo é desenvolver as melhores soluções tecnológicas para o bloqueio de TV Boxes irregulares.

A maratona de desenvolvedores teve início neste sábado (28), na cidade de São Paulo, e será encerrada neste domingo (28) com a cerimônia de premiação aos três grupos mais bem avaliados pela banca julgadora. O primeiro colocado leva R$ 7 mil; o segundo, R$ 3 mil; o terceiro, R$ 2 mil.

Participam do evento profissionais com conhecimento ou experiência em redes de computadores, infraestrutura e hardware, protocolos de rede, análise de logs de rede, debug de aplicações, Android (sistema operacional) e Pentest (teste que analisa o grau de segurança em sistemas operacionais).

Segundo a Anatel, as TV Boxes legais “são dispositivos IP que utilizam protocolo de Internet e possuem um sistema operacional capaz de permitir o acesso a aplicativos de programação multimidia (também conhecidos como streaming) fornecidos por geradoras de conteúdo, tanto de programações pagas quanto gratuitas, e em conformidade com a Lei de Direitos Autorais, além de permitir o acesso a navegadores e redes sociais”.

As ilegais são aquelas não homologadas pela Anatel.

“Ao adquirir um TV box é importante que o consumidor verifique se o equipamento possui a marca da Anatel e o número do Certificado de Homologação correspondente ao modelo do produto. Outra maneira de identificar se um TV box é irregular é verificar se o anúncio do produto informa que ele permite acesso livre e irrestrito (sem autenticação) a uma grande quantidade de canais, jogos ao vivo e outros programas. Esse é um grande indicativo de que o aparelho é um TV box irregular (não homologado), mesmo que ele contenha algum selo ou código de homologação, pois, nesses casos, pode ser falsificado”, informa a agência, que tem em seu portal uma lista de TV boxes homologadas.

Objetivo do desafio

“Com o mundo cada vez mais conectado, diversas soluções tecnológicas de IoT [internet das coisas, em português] têm surgido e é crescente a possibilidade de novas aplicações. Neste contexto, torna-se ainda mais necessária a preocupação com a segurança dos dispositivos e da conectividade de uma rede”, diz a organização do evento.

“Dispositivos de telecomunicação não certificados e homologados pela ANATEL representam riscos para os consumidores e para a infraestrutura de telecomunicações do Brasil”, aponta a Comunidade Hackathon Brasil.

Opinião dos leitores

  1. Kkkkkkkkkkkkkkkk, esse governo de pulhas só vê e se preocupa com o que quer, eitagoverno nojento, hoje Leo Pinheiro, réu confesso, delator do nine, ladrão, teve as suas multas dispensadas, tai bando de otarios, continuem pensando em votar na esquerda e leve umas picanhas para casa.

    1. Perfeitamente Jadson, a Anatel, que fazer o povo de besta. Só pode.

  2. A Anatel deveria lançar um desafio para ela aprender (ou priorizar) o bloqueio das dezenas de telefonas que recebemos diariamente com tentativa de golpe. Isso causa mais prejuízo à sociedade do que as TVs Box.

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Tecnologia

Empresa dona do ChatGPT lança nova IA capaz de raciocinar

Foto: Divulgação/OpenAI

A OpenAI, dona do robô ChatGPT, anunciou nesta quinta-feira (12) o lançamento de uma tecnologia chamada “Strawberry”, um modelo de inteligência artificial projetado para processar respostas mais difíceis e de forma mais ágil do que humanos.

Os modelos são capazes de “raciocinar” através de tarefas complexas e podem resolver problemas mais desafiadores do que os modelos anteriores em ciências, codificação e matemática, disse a empresa de IA.

A OpenAI usou o codinome “Strawberry” para se referir ao projeto internamente, enquanto apelidou os modelos de o1 e o1-mini. O o1 estará disponível no ChatGPT e em sua API a partir desta quinta-feira, informou a empresa.

A empresa também disse que pretende disponibilizar acesso ao o1-mini, que é um modelo mais básico, a todos os usuários do ChatGPT gratuito.

“Estou animado em compartilhar com todos vocês o fruto de nosso esforço na OpenAI para criar modelos de IA capazes de raciocínio verdadeiramente geral”, escreveu Noam Brown, pesquisador da OpenAI.

A OpenAI disse que o modelo o1 obteve 83% de pontuação no exame de qualificação para a Olimpíada Internacional de Matemática, em comparação com os 13% do modelo anterior, o GPT-4o.

O modelo também melhorou o desempenho em questões competitivas de programação e excedeu a precisão humana em nível de doutorado em uma referência de problemas científicos, disse a empresa.

Brown disse que os modelos conseguiram atingir as pontuações incorporando uma técnica conhecida como raciocínio de “cadeia de pensamento”, que envolve a divisão de problemas complexos em etapas lógicas menores.

Os pesquisadores observaram que o desempenho do modelo de IA em problemas complexos tende a melhorar quando a abordagem é usada como uma técnica de estímulo. Agora, a OpenAI automatizou esse recurso para que os modelos possam resolver os problemas por conta própria, sem a solicitação do usuário.

“Treinamos esses modelos para que passem mais tempo pensando nos problemas antes de responder, como uma pessoa faria. Com o treinamento, eles aprendem a refinar seu processo de raciocínio, tentam estratégias diferentes e reconhecem seus erros”, disse a OpenAI.

Fonte: Reuters

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Mundo

Com mais de 18 mil atrasos em voos, companhias aéreas retomam serviços gradualmente após apagão cibernético

Foto: JUSTIN TALLIS / AFP

Companhias aéreas de todo o mundo retomam gradualmente seus serviços, um dia após o apagão cibernético que interrompeu atividades em bancos, aeroportos, estações de trem e até hospitais. De acordo com o site FlightAware, até as 11 horas da manhã deste sábado, 18.198 voos já haviam sido atrasados no dia e 1.436 cancelados.

O incidente, causado por uma atualização corrompida de um programa antivírus do grupo de cibersegurança americano CrowdStrike Falcon nos sistemas operacionais Windows, provocou 4.674 cancelamentos e 42.013 voos em atraso globalmente nesta sexta.

Nos Estados Unidos, várias companhias aéreas relataram que já retomaram as operações. Na sexta-feira, ao menos três estados sofreram interferências nos seus serviços de emergência e pelo menos 2.400 voos no país foram cancelados.

Na Ásia, os aeroportos de Hong Kong, Coreia do Sul e Tailândia anunciaram o restabelecimento dos seus serviços. As operações também voltaram ao normal nos aeroportos da Índia, Indonésia e Singapura. Os aeroportos de Pequim não foram abordados, informou a televisão estatal chinesa.

Os principais aeroportos da Europa – incluindo Berlim, que teve todos os voos na sexta – informaram que as partidas e chegadas de aviões foram retomadas.

No Brasil, alguns voos foram afetados na sexta com atrasos pontuais, já que empresas aéreas enfrentaram dificuldades operacionais, resultando em atraso de voos e formação de filas para os passageiros.

O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) informou que o problema não afetou o controle de tráfego aéreo, impactando apenas operações de check-in de algumas companhias aéreas. Além dos voos, o Brasil também teve plataformas bancárias e outros setores afetados com o apagão, como hospitais e plataforma do STF.

A CrowdStrike afirmou que a situação pode levar alguns dias para voltar ao normal.

O Globo

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Tecnologia

Impactos da pane global podem durar dias; 5 mil voos foram cancelados

Foto: Jornal Nacional/ Reprodução

Um apagão na internet, que nunca tinha acontecido na história, espalhou nesta sexta-feira (19) o caos pelo mundo. Foi uma falha em um sistema de segurança de uma empresa americana chamada CrowdStrike. Esse erro afetou computadores que usam o sistema operacional Windows, da Microsoft, e essa pane acabou provocando muita confusão na vida de milhões de pessoas.

Não é exagero: de certa forma, o mundo parou, saiu do normal. Tela azul, pane nos sistemas. Caos em setores cruciais – hospitais, mercados, bancos, transportes. Tudo por causa de um programa de computador.

As três maiores companhias aéreas dos Estados Unidos – a American Airlines, a United e a Delta – suspenderam todos os voos por horas. Um site que monitora o tráfego aéreo mundial mostrou o impacto do apagão na maior economia do mundo.

Em vários países, voltamos no tempo. Na Índia, cartões de embarque escritos à mão. A Austrália precisou acionar o mesmo mecanismo de crise da época da pandemia. Os muitos transtornos pelo mundo podem durar dias.

Jornal Nacional

Opinião dos leitores

  1. Acredito que foi o BUG CIBERNÉTICO previsto pra o ano 2000 ( passagem de séculos), que chegou com atraso de 24 anos !

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Tecnologia

Quase metade dos brasileiros não possui conhecimentos básicos de informática, diz Anatel

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

A Agência Nacional de Telecomunicação (Anatel), realizou um levantamento acerca das habilidades digitais dos brasileiros. Segundo a pesquisa, apenas 29,9% das pessoas têm noção básica de informática, como, por exemplo, mover um arquivo ou pasta, enviar e-mails com arquivos em anexo e copiar e colar.

Os dados se referem à nova pesquisa da Superintendência de Relações com os Consumidores (SRC) da Anatel. Neste estudo, com base em informações de 2023, 17,9% das pessoas possuem conhecimento intermediário quanto às habilidades digitais (ou seja, ações como usar uma fórmula aritmética básica em uma planilha, conectar ou instalar novos equipamentos como modem, impressora ou câmera).

Isso significa que cerca de 48% da população do país não possui habilidades digitais básicas. A Anatel estabeleceu uma meta de que até 2027, 30% dos indivíduos em território nacional, acima de 10 anos, tenha especialização intermediária quanto a esta tecnologia.

Conhecido como “Alfabetização Digital”, o programa pretende transformar o país e, como consequência, colaborar para uma realidade igualitária.

SBT News

Opinião dos leitores

  1. E daí?
    Mais da metade dos brasileiros acredita na inexpugnabilidade das urnas eletrônicas e na inocência de Lula!

  2. Se mais da metade não sabe interpretar um pequeno texto. Vai saber informática.
    Aí já é querer demais para um país que idólatra a extrema esquerda.

  3. Qualquer país sério investe em educação de qualidade pra mitigar as desigualdades sócio-econômicas definitivamente. Políticas assistencialistas e populistas não só mantém como aumenta as desigualdades.

  4. Enquanto isso os bancos jogando os clientes, inclusive idosos para a internet. Acho que se nós pagamos taxas caríssimas para manutenção da conta, uma baita sacanagem. Assim eles estão fomentando os golpes virtuais.

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Tecnologia

Governo manda Meta suspender, no Brasil, uso de dados de usuários para treinar inteligência artificial

Foto: Reprodução

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) determinou que a Meta – big tech responsável pelo Facebook, Instagram e WhatsApp – suspenda, no Brasil, a validade da nova política de privacidade da empresa sobre o uso dos dados pessoais dos brasileiros.

Os novos termos de uso, atualizados no dia 16 de junho, passaram a permitir que a empresa use dados de publicações abertas de usuários, como fotos e textos, para treinar sistemas de inteligência artificial (IA) generativa.

⚠️ Por que isso importa? Porque o conteúdo que milhões de pessoas postam no Instagram e no Facebook está servindo para treinar inteligência artificial sem a empresa oferecer contrapartidas, nem informações detalhadas sobre onde a ferramenta poderá ser usada.

A prática foi alvo de questionamento na Europa e, no Brasil, pelo Instituto de Defesa de Consumidores (Idec).

Em nota, a Meta disse estar “desapontada” com a decisão da autoridade nacional e defendeu que a abordagem da empresa para a inteligência artificial está de acordo com a legislação brasileira.

“Treinamento de IA não é algo único dos nossos serviços, e somos mais transparentes do que muitos participantes nessa indústria que têm usado conteúdos públicos para treinar seus modelos e produtos,” diz o comunicado.

O despacho da ANPD foi publicado no “Diário Oficial da União” desta terça-feira (2) e prevê multa de R$ 50 mil por dia de descumprimento “em virtude do risco iminente de dano grave e irreparável ou de difícil reparação aos direitos fundamentais dos titulares afetados”.

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Tecnologia

Grupo Interjato é reconhecido pela Huawei como parceiro destaque na área de segurança

Erich Rodrigues e Thenio Soares representaram o Grupo Interjato no recebimento da premiação

O Grupo Interjato, do Rio Grande do Norte, recebeu mais um importante reconhecimento no setor de tecnologia. O grupo foi premiado como parceiro destaque da Huawei na área da segurança.

A empresa foi contemplada na categoria “Security Partner of the Year” durante o Huawei Brazil Eco Connect Summit, evento exclusivo do ecossistema de parceiros da líder global de infraestrutura para Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e dispositivos inteligentes.

Para Erich Rodrigues, CEO do Grupo Interjato, “Esse prêmio é mais um reconhecimento a nível nacional do Grupo Interjato e tem um significado importante por demonstrar o serviço de excelência de nossas empresas e nosso cuidado com a segurança de dados dos nossos clientes”, afirmou.

O Huawei Brazil Eco Connect Summit discutiu entre outros temas, impacto das mudanças, a consolidação do sistema de parcerias no Brasil e apresentou uma nova geração de produtos de conectividade e de serviços de nuvem lançados na China há poucos meses.

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Tecnologia

Celular só aos 14 anos: movimento de mães defende infância sem smartphone


Foto: GettyImages

Um grupo de mães de São Paulo decidiu criar um movimento para adiar o acesso de crianças e adolescentes aos smartphones. A iniciativa, que ganhou o nome de Movimento Desconecta, propõe que os pais façam um acordo entre si e só presenteiem os filhos com celulares a partir dos 14 anos. Já as redes sociais seriam liberadas apenas depois dos 16 anos.

O movimento é inspirado em ações parecidas de outros países, como a Wait until 8th e Smartphone Free Childhood, dos Estados Unidos e Reino Unido respectivamente, e leva em consideração uma série de pesquisas que alertam para os riscos do uso excessivo de telas e redes sociais entre crianças.

A ideia brasileira surgiu em abril, em uma escola particular de São Paulo. Cofundadora do movimento, Camila Bruzzi explica que ela e outras mães perceberam que, por mais que quisessem adiar a entrega de smartphones aos filhos, a decisão seria dificultada se outras crianças ao redor tivessem acesso ao celular.

“Caiu a ficha do quanto essa questão social é determinante para esse momento em que o pai e a mãe dão o celular para a criança. Então a gente pensou: ‘Se o grande motivo é que todo mundo tem, isso a gente consegue influenciar’.”

A partir daí, teve início um debate sobre o tema com outros pais por meio de um grupo de WhatsApp. Em pouco tempo, a ideia de criar um “grande acordo” para adiar a entrega dos smartphones ganhou força entre eles e acabou furando a bolha do colégio.

As mães também defendem que as escolas se tornem “zonas livres de telefones celulares” e que as crianças possam brincar livremente para promover a interação social.

Camila explica que o Movimento Desconecta não prega a exclusão total das telas, mas entende que adiar a presença do smartphone na infância é uma forma de equilibrar o uso das tecnologias.

Metrópoles

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