Saúde

Coopanest além de monopolizar serviços de anestesia no RN, quer dizer o que planos de saúde devem fazer

Foto: Reprodução

A Cooperativa de Médicos Anestesiologistas do Rio Grande do Norte (Coopanest-RN) emitiu uma nota pública em que condena a decisão da Unimed de contratar médicos anestesistas de outros estados para atuar no seu hospital.

Com a decisão de contratar a Vórtex Anestesia, a Unimed no Rio Grande do Norte decidiu não mais renovar a contratação da Coopanest-RN, que detinha uma espécie de reserva de mercado da anestesiologia em praticamente todo o estado.

A nota pública da Coopanest-RN critica a Unimed, alegando que a cooperativa médica não mais permitirá que anestesistas potiguares atuem em cirurgias em seu hospital, um dos principais do estado.

Com isso, segundo a cooperativa dos anestesiologista critica o que considera o fim de uma tradição representada pela parceria entre cirurgiões e anestesistas potiguares atuando juntos há décadas.

A Coopanest-RN vai além e, em sua nota pública, fala em defender “qualidade e segurança”.

O que a Cooperativa dos Anestesiologista do RN não diz é que ela não tem o direito de poder determinar quem são profissionais que outra cooperativa, do tamanho e da envergadura da Unimed, deve ou não contratar.

O fato de os anestesistas contratados pela Vórtex Anestesista – que atuam, por exemplo, nas cirurgias realizadas pelo Hospital da Hapvida – serem de outros estados não significa que são menos preparados e competentes que seus colegas potiguares.

Apontados pela nota da Coopanest-RN como meros “desconhecidos”, os anestesistas de outros estados merecem respeito. São profissionais formados, com currículos e longos serviços prestados.

A Coopanest-RN bem que poderia ter evitado a nota pública que divulgou. A cooperativa deveria respeitar a decisão da Unimed. Até porque não são apenas os médicos potiguares que merecem respeito.

Opinião dos leitores

  1. Quem defende a Unimed sabe que o débito dela para com a Copanest é superior a 20 MILHÕES DE REAIS?
    E que mesmo a Copanest tendo buscado negociar a unimed não aceitou acordo? E que desde 15/01/2023 nenhum anestesista da copanest pode entrar no Hospital da unimed mesmo que seja para anestesiar algum familiar seu que afiliado a este plano de saúde ? Mesmo que seja sem cobrar nada?

    1. Agora os honorários de todos os cooperados vão aumentar.
      Senta e espera

  2. Botar esses anestesistas para pagar pró-rata tb, igual a todos os médicos. Sempre viveram de privilégios. Além disso, pagar tb para se associar à Unimed, igual tb a todos os médicos. Além disso, receberem por tabelas defasadas, igual a todos os médicos. Ou seja, sempre se acharam “seres superiores”. Agora a mamata acabou, sofram tb IGUAL A TODOS OS MÉDICOS.

    1. Agora os honorários de todos os cooperados vão aumentar.
      Senta e espera

  3. Não troco uma cooperativa pela outra…. Plano de saúde nenhum também deveria ter hospital próprio. Tem o dever de possibilitar o acesso dos seus clientes a uma rede credenciada ampla e irrestrita, que não fique sujeito a uma espécie de curral que controla os procedimentos ou exames do que pode ou não ser realizado. Esses hospitais de plano de saúde servem pra isso, reduzir custo a qualquer custo; brincando de gerir hospitais e tonando médicos marionetes de suas próprias atividades.

    1. Concordo totalmente, tenho um filho médico anestesista, que era filiado a este “plano de saude” que está se tornando uma cópia do outro plano intitulado aperreio de vida!

    2. Pois é Carioca…a gente que paga um absurdo por esse plano é feito de idiota. Esse pais não é serio mesmo… A ANS jamais poderia permitir planos de saúde terem hospitais próprios. Descaracteriza completamente a sua função E a Unimed daqui é ainda muito pior, não tem a mínima estrutura de gestão. É uma coisa rude, de coronelismo rasteiro mesmo no trato e na ineficiência. E eu queria entender o porquê
      agora de um tempo pra cá, eles estão emitindo notas fiscais de prestação de serviços ao cliente, sem este ter desfrutado do serviço do plano; pois pelo simples fato de se está pagando, não quer dizer que eu esteja usando os serviços, pra receber nota fiscal. Eu queria entender essa novidade….

  4. Vejo aqui que teu apego com o presidente da Unimed é grande. Fale com ele para quitar o débito com os médicos da copanest e com os forcedores, ao invés de patrocinar o futebol e gasta tanto com publicidade enganosa. Quero saber o que ele vai fazer para trazer de volta todos aqueles que vão migrar para outros planos de saúde já que muitos médicos já se desfilaram desta cooperativa.

  5. Oxeeee, mas é o a lei mais básica do capitalismo agindo: oferta e procura (nesse caso, quero acreditar na ressalva importantíssima da qualidade). A UNIMED está exercendo seu direito de contratar quem ela achar melhor.

  6. Médicos são unidos e eu não esperava nada diferente partindo de quem está perdendo uma “mamata”. É um jogo político sujo de quem vai ganhar mais dinheiro! Infelizmente com o atual governo as coisas estão pirando e muito! Todo mundo vai precisar tomar uma decisão diferente para reduzir custos e manter a qualidade dos atendimentos.

  7. Correto a Unimed não se pode ficar refém da Coopanest. Que seja exemplo para as outras operadoras de plano de saúde.

    1. Então entre em conta com Fernando Pinto e fale para ele pagar o que deve aos anestesias e fornecedores os milhões que a Unimed deve ao invés de estar patrocinando times de futebol.

  8. A COPANEST quer se transformar num cartel no RN, fato que não foi aceito pela UNIMED, que sendo uma cooperativa médica, possui prerrogativas em procurar outras cooperativas que lhe atendam, com menores custos. E a competitividade do mercado.

  9. A Coopanest foi flexível na negociação com a Unimed no cenário financeiro que a empresa estava passando? A outra empresa foi….
    Os cooperados da Unimed pagando para trabalhar e os anestegistas inflexíveis no fechando dos valores?
    O mercado é isso…

    1. Que bom que há outras alternativas e a Unimed não precisa mais entrar com liminar obrigando profissionais a praticamente trabalhar de graça, dando ” calote”. Tomara que paguem o que devem com o fim do contrato.

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Extremoz sedia oficina regional do Rota 22 com participação de lideranças da Região Metropolitana

Foto: Divulgação

O projeto Rota 22, iniciativa do Partido Liberal (PL), em parceria com o instituto Álvaro Valle, que tem percorrido o Rio Grande do Norte com o objetivo de fortalecer a organização partidária e promover o alinhamento político de suas lideranças, realiza uma nova etapa em Extremoz nesta quinta-feira (7), a partir das 14h, no espaço Alegria de Saber, no Centro da cidade.

Desta vez, o encontro reunirá representantes e lideranças políticas não apenas de Extremoz, mas também dos municípios de Ceará-Mirim, São Gonçalo do Amarante e da Zona Norte de Natal, ampliando o diálogo sobre os desafios comuns da Região Metropolitana e as estratégias do PL para 2026.

Idealizado pelo senador Rogério Marinho (PL-RN), o Rota 22 tem mobilizado filiados, prefeitos, vereadores, presidentes de diretórios e apoiadores em encontros regionais por todo o estado. Durante as oficinas, são debatidos temas como estrutura partidária, comunicação estratégica, prestação de contas, planejamento eleitoral e mobilização de base.

A anfitriã desta edição é a prefeita de Extremoz, Jussara Sales, que também preside o PL Mulher no RN. Para ela, o momento é de escuta e união: “A construção de um projeto forte para o RN passa pelo fortalecimento da Região Metropolitana. Esse encontro é uma oportunidade para ouvir, propor e organizar.”

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Hugo retoma cadeira, diz que obstrução física não faz bem e encerra sessão

Foto: Reprodução/Youtube Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou durante uma sessão plenária tumultuada na noite desta quarta-feira (6) que a ocupação feita por parlamentares de oposição na Mesa Diretora não fez “bem” à Casa Legislativa.

Deputados protestaram contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com críticas ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) responsável pelo caso, Alexandre de Moraes.

As manifestações ao longo do dia incluíram fitas na boca, correntes amarradas nas mãos, lives nas redes sociais e pedidos para que o projeto de lei que visa anistiar os condenados aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

“Estamos hoje oficialmente aqui retomando nossos trabalhos. O que aconteceu entre o dia de hoje no movimento de obstrução física ontem não fez bem a essa Casa. A oposição tem todo o direito de se manifestar, a oposição tem todo o direito de expressar sua vontade, mas tudo isso tem que ser feito obedecendo nosso regimento, nossa Constituição”, disse ele.

“Não vamos permitir que atos como esse que aconteceram entre o dia de ontem e o dia de hoje possam ser maiores que o plenário e a vontade dessa Casa. Não estou aqui para momentaneamente agradar nenhum dos polos”, prosseguiu o deputado.

Ocupação do Congresso

Parlamentares de oposição passaram a noite no Congresso ocupando as mesas diretoras da Câmara e do Senado. O objetivo era obstruir as atividades legislativas do dia em protesto à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pressionar para que o projeto de lei que visa anistiar os condenados de 8 de janeiro de 2023 seja pautado, além de pedir o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Mesmo com a negativa dos congressistas, Hugo Motta marcou uma sessão presencial na Câmara às 20h30. O presidente apareceu com uma hora de atraso e foi impedido de sentar na cadeira da presidência, que estava ocupada pelo deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS).

A mesa diretora também estava inteiramente ocupada por deputados de oposição. Ao se sentar e iniciar o discurso, Hugo Motta pediu para que os parlamentares retornassem aos seus lugares no plenário, o que não aconteceu.

CNN

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Gilmar ironiza visto e diz não poder mais palestrar nos EUA

Foto: Reprodução/Twitter

O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), fez piada com a revogação de seu visto pelos Estados Unidos durante o lançamento de seu novo livro, na noite de quarta-feira (6), em Brasília. A declaração arrancou risos da plateia presente ao evento.

“Eu já tive a oportunidade de dizer que poderia estar contando [isso] em Roma, Paris e Lisboa, mas, agora, não em Washington”, afirmou Gilmar, ao comentar os desafios enfrentados pelo STF. Ele participou do lançamento da obra Jurisdição Constitucional – Da Liberdade para a Liberdade.

Apesar de não haver confirmação oficial sobre a revogação do visto, o comentário foi interpretado como uma referência às sanções impostas pelo governo norte-americano a integrantes do Judiciário brasileiro – entre eles, o ministro Alexandre de Moraes, que recentemente determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Gilmar saiu em defesa da atuação da Corte nos últimos anos e exaltou o papel do Supremo na preservação da democracia. “Poderíamos estar contando a história de uma débâcle, da derrota do Estado de Direito, mas contamos sobre a consagração, a vitória, a atuação da jurisdição constitucional no sentido kelseniano de proteção à democracia”, disse.

Ele também respondeu às críticas que o STF tem recebido. “Nós víamos por aí as manifestações: ‘Supremo é o povo’. Era uma clara crítica à democracia constitucional. Mas a democracia constitucional envolve limites. Não há soberanos. Todos estão submetidos à lei, notadamente ao seu órgão de cúpula, o Supremo Tribunal Federal”, afirmou.

Além do presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, outros ministros estiveram presentes no lançamento, como Edson Fachin, Flávio Dino, Luiz Fux e Cristiano Zanin. Também compareceu o ministro da Justiça e ex-STF, Ricardo Lewandowski.

Nos bastidores, cresce a preocupação com a possibilidade de que outros ministros também entrem na mira das sanções previstas pela chamada Lei Magnitsky. A inclusão nessa lista, feita por decisão administrativa do Departamento do Tesouro dos EUA, pode representar um bloqueio financeiro e de mobilidade por tempo indefinido – sobretudo durante a gestão de Donald Trump, que ainda tem mais de três anos pela frente na Casa Branca.

Com informações do Poder 360

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Fraudes contra INSS envolvem roubo de dados, IA e até mortos

Foto: Raquel Franco/Folhapress

A investigação em torno dos descontos indevidos em benefícios previdenciários feitos por sindicatos e associações envolvendo mais de R$ 6 bilhões descontados da folha de pagamento do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) são apenas a ponta do iceberg de golpes contra a Previdência Social.

As atividades fraudulentas envolvem roubo de dados, IA (inteligência artificial), falsificação de documentos, uso e ocultação de cadáveres e até a boa-fé de aposentados e pensionistas, segundo o advogado Rômulo Saraiva, especializado em Previdência e colunista da Folha, que reuniu mais de 400 casos de golpes no livro “Fraudes no INSS – Casos Práticos de Vazamento de Dados, Engenharia Social e Impactos na Proteção Social”.

Dentre os golpes mais comuns estão o da falsa prova de vida, saque após a morte do beneficiário, compra de laudo médico para concessão de benefício por incapacidade, descontos indevidos de mensalidade associativa ou de crédito consignado, roubo de informações sensíveis e documentação falsa.

No livro, que será lançado em São Paulo nesta quinta-feira (7), às 19h, na PUC (Pontifícia Universidade Católica), zona oeste da capital paulista, as fraudes foram divididas por tipo, com casos históricos como o de Jorgina de Freitas e a Máfia da Previdência, casos fiscais, nos quais quadrilhas se apropriam de valores indevidos, e fraudes eletrônicas, bancárias, previdenciárias, de acumulação indevida, relacionadas ao estado de saúde do aposentado, de falsificação ou adulteração de documentos, e suborno, entre outras.

O ponto de partida para o levantamento foram as operações da Polícia Federal envolvendo a Força Tarefa Previdenciária, além da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Previdência, de 1993, e as próprias ações judiciais de aposentados que procuram o seu escritório após ser vítimas.

O levantamento contou ainda com pesquisa de casos na Justiça Federal do Brasil e em notícias de sites e jornais internacionais, mostrando que a engenharia social das fraudes e a corrupção não são problemas exclusivos do Brasil, mas estão em países como Estados Unidos, Suécia, Itália e Japão, entre outros.

Para Saraiva, a tecnologia trouxe desafios aos aposentados e pensionistas, que podem ter seus dados expostos de forma mais fácil. Ele lembra, no entanto, que ainda há muitos casos de segurados que são enganados por criminosos.

Não é possível mensurar o quanto a Previdência e aposentados perderam. Os valores nas investigações são estimativas.

“É difícil essa precificação, embora na década de 90, na Máfia da Previdência Social, quando Jorgina de Freitas ‘assaltou’ 15 agências no Rio de Janeiro, criou-se a CPI do Rio de Janeiro e depois a CPI nacional. Naquela altura, foi feita uma estimativa de 50% da arrecadação do INSS, dos quais 7% foram recuperados”, afirma.

Folha de S.Paulo

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“Não vou me humilhar”, diz Lula sobre possível conversa com Trump

Foto: Adriano Machado/Reuters

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) colocou em dúvida a possibilidade de ligar para o chefe da Casa Branca, Donald Trump, para negociar a tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras. A taxa entra em vigor nesta quarta-feira (6).

O titular do Planalto afirmou que não hesitará em conversar com o republicano, mas que, no momento, não vê espaço para diálogo.

“No dia em que minha intuição disser que Trump está pronto para conversar, não hesitarei em ligar para ele”, disse Lula em entrevista à agência Reuters. “Mas hoje minha intuição diz que ele não quer conversar. E eu não vou me humilhar”, frisou.

O petista protestou contra a interferência dos Estados Unidos na política brasileira por meio da imposição de tarifas e mandou recado a Trump: “Ele que cuide dos EUA. Do Brasil, cuidamos nós”.

“Eu não tenho para que ligar para o presidente Trump, porque nas cartas que ele mandou e, nas decisões, ele não fala em momento algum em negociação, ele faz somente novas ameaças. Na outra carta que ele anuncia os 50%, diz textualmente: ‘é porque o governo está cometendo erros’. Ele que cuide dos EUA, do Brasil cuidamos nós”, frisou Lula.

Lula disse ainda que pretende avaliar uma reação ao tarifaço com parceiros do Brics, os presidentes da Índia, Narendra Modi, e da China, Xi Jiping. “Vou tentar fazer uma discussão com eles sobre como é que cada um está dentro da situação, qual é a implicação que tem em cada país, para a gente poder tomar uma decisão”, disse Lula.

Metrópoles

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Haddad entrega a Lula plano de socorro contra tarifaço de Trump

Foto: Wilton Junior/Estadão

O Ministério da Fazenda entregou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira, 6, o chamado plano de contingência, com medidas de socorro aos setores afetados pelo tarifaço imposto ao Brasil pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O anúncio oficial das propostas, porém, caberá ao Palácio do Planalto.

Como mostrou o Estadão, a Fazenda fez um estudo “amplo”, para munir Lula com diversas opções sobre a mesa, mesmo aquelas não recomendadas pela pasta. O plano oferece desde linhas de crédito para abastecer o capital de giro das empresas, como já anunciado pelo próprio ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o vice-presidente Geraldo Alckmin, a aumento de compras governamentais.

Mais cedo, em conversa com jornalistas na sede da Fazenda, em Brasília, Haddad afirmou que, possivelmente, as propostas seriam enviadas ao Congresso via Medida Provisória (MP). Dessa forma, as medidas não precisariam passar por votação antes de entrar em vigor.

Desde a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, Câmara e Senado são palco de momentos de tensão, com parlamentares da oposição ocupando a mesa diretora na tentativa de impedir os trabalhos.

“Vamos ter um plano muito detalhado, para começar a atender sobretudo aqueles que são pequenos e não têm alternativa a exportação para os Estados Unidos, que é a preocupação maior do presidente, o pequeno produtor”, disse Haddad.

Também nesta quarta-feira, o presidente, em entrevista à Reuters, citou a necessidade de medidas de “manutenção de empregos” e que ajudem empresas a “procurar novos mercados”.

Quanto a eventuais medidas de retaliação, que também foram mapeadas na elaboração do cardápio do plano de contingência, o presidente Lula já reforçou nesta quarta que o Brasil irá “gastar tudo o que for possível de negociação” antes de tomar alguma medida nesse sentido.

“Eu poderia taxar produtos americanos, mas não farei, porque não quero ter mesmo comportamento (que os EUA)”, afirmou Lula. Além disso, no decreto que oficializou o tarifaço de 50% sobre o Brasil, na semana passada, a Casa Branca afirmou que as medidas poderiam ser endurecidas caso houvesse retaliação, na mesma proporção que o País eventualmente aplicasse.

Crédito, redução de impostos e proteção a empregos

Desde o anúncio do tarifaço, no dia 9 de julho, empresas ligadas à indústria e segmentos do agronegócio vêm intensificando as conversas com o governo em busca de medidas de proteção.

Pelo lado da indústria, os pedidos foram entregues pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) ao governo. A lista de demandas, que incialmente continha 37 medidas, acabou sendo reduzida para oito, consideradas prioritárias.

Ela continha pedidos de linhas de financiamento, proteção ao emprego, devolução mais rápida de créditos tributários e também medidas antidumping, para impedir uma enxurrada de importados no Brasil, além de incentivo à abertura de novos mercados.

Em conversa com o Estadão, o diretor de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles, afirmou que o governo tem informações das empresas para conseguir fazer um programa direcionado e que grande parte das medidas não têm impacto fiscal.

“Não é para a indústria toda; é somente para as empresas muito afetadas. É possível o governo identificar isso com muita antecedência, porque ele sabe o quanto cada um exporta e o grau de dependência ao mercado americano”, disse. “Muita coisa não tem custo fiscal, como medidas antidumping e devolução de créditos, por exemplo”, completou.

No agro, os pedidos se concentram basicamente no aumento das compras governamentais, principalmente de itens perecíveis como frutas, peixes, mel e açaí, e linhas de crédito, para capital de giro e para financiar exportações para outros mercados.

Há ainda pedidos relacionados à regulação, para uso dos produtos in natura – como por exemplo adição de mel em vez apenas a sua essência. Outro pleito do setor e que está sob avaliação do governo, segundo apurou o Estadão/Broadcast, é o aumento do teor mínimo obrigatório de frutas e sucos de frutas em refrigerantes e bebidas envasadas, o que poderia absorver parte das frutas como mangas que deixarão de ser exportadas.

Essas medidas dependeriam apenas de um decreto presidencial, sem necessidade de aprovação pelo Congresso.

Veja abaixo um resumo das medidas que serão analisadas por Lula:

  • Crédito. O governo estuda medidas de crédito para ajudar o capital de giro das empresas. Há também pedidos tanto do agro quanto do setor industrial para encontrar uma solução aos contratos de adiantamento de câmbio (ACC). Essa linha é tomada por exportadores, com juros mais baixos, mediante a receita da exportação como garantia. Quando um importador cancela a compra, e esse é o risco do tarifaço, os exportadores automaticamente são obrigados a pagar juros mais altos.
  • Compras governamentais. O governo já anunciou que o plano de socorro envolverá compras governamentais ao menos no curto prazo, o que pode ajudar principalmente o agronegócio. Produtos mais perecíveis, como frutas, mel, pescados e açaí, poderiam ser vendidos diretamente para o governo, porque há risco de não conseguirem ser redirecionados para outros países.
  • Impostos. A devolução rápida de créditos tributários é uma das principais demandas do agro e da indústria. Eles alegam que são impostos que foram pagos ao longo da cadeia de exportação, que é desonerada, e por isso têm direito a receber. A medida, portanto, não teria impacto fiscal. Uma outra proposta seria o congelamento do pagamento de impostos, por um determinado período, para depois ser pago a prestação.
  • Empregos. Em casos de riscos de demissão, as empresas pedem ao governo flexibilidade para conceder férias coletivas. Há também um pedido para que o programa que reduziu a jornada de trabalho, durante a pandemia, seja relançado. Nesse caso, o trabalhador tem um pedaço do salário cortado, e uma outra parte paga pelo governo.

Estadão

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Brasil

Defesa de Bolsonaro recorre contra prisão domiciliar no STF

Foto: Ton Molina

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou um recurso ao STF (Supremo Tribunal Federal), na noite desta quarta-feira (6), pedindo a revogação da prisão domiciliar.

Os advogados também solicitam que a decisão de prisão domiciliar seja submetida com urgência ao plenário presencial da Primeira Turma.

Segundo a defesa, mesmo após os embargos apresentados para o ministro relator Alexandre de Moraes para esclarecer os limites da decisão que determinou cautelares, foi difícil cumprir as determinações, já que foram imputados a Bolsonaro atos de terceiros.

Os advogados alegam que a participação de Bolsonaro em chamada de vídeo nas manifestações realizadas no último domingo, em São Paulo e no Rio de Janeiro, não se enquadra nas proibições inicialmente impostas.

“É, portanto, inerente a qualquer ato púbico que seu conteúdo possa ser registrado e posteriormente divulgado em redes sociais por terceiros, sem que disso se possa presumir um ato voluntário de Jair Bolsonaro com o intuito de burlar a ordem judicial”, dizem.

“Todos sabemos que a Justiça não é tola, mas quando tratamos de direito penal e direito processual penal estamos no campo da responsabilidade subjetiva — o que, não seria necessário dizer, demanda prova e indícios concretos que o alvo da cautelar decidiu desrespeitar o Judiciário”, completam os advogados.

Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde a última segunda-feira (4). Além de não poder sair de casa, o ex-presidente teve um celular apreendido e não pode fazer uso de outros aparelhos.

O ex-presidente também só pode receber visitas com autorização do Supremo. Nesta quarta, Moraes concedeu permissão a familiares de Bolsonaro, como os filhos e a nora.

CNN

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Política

Hugo convoca sessão e ameaça punir deputados por ocupação do plenário

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados prepara um ato para punir parlamentares que atrapalharem a realização de sessões no plenário da casa.

O deputado que impedir o presidente de sentar na cadeira pode ser suspenso por até seis meses.

Quem resistir pode ter processo levado ao Conselho de Ética e se houver algum tipo de conflito físico com a Polícia Legislativa da casa, a previsão é de que o deputado pode ser até cassado.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), marcou uma sessão para esta quarta-feira (6), às 20h30.

As medidas são uma resposta aos atos de ocupação do plenário da casa pela oposição. Desde terça-feira (5), deputados bolsonaristas tomaram o plenário e afirmam que não vão sair até que haja compromisso do presidente com a tramitação de medidas como o projeto de lei da anistia.

Membros do PL fizeram uma reunião com o presidente da casa durante a tarde desta quarta-feira, antes de um encontro de Hugo com todos os líderes da casa.

Diante da falta de acordo, eles anunciaram que iriam continuar com os atos. Os deputados planejam um rodízio até durante o fim de semana.

CNN

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Polêmica

CHANTAGEM? Documento interno mostra como a Unimed Natal trata as corretoras de saúde

O BLOGDOBG teve acesso a um documento enviado pela Unimed Natal que causa preocupação quanto ao procedimento da cooperativa com seus parceiros credenciados para vender o plano, e até mesmo com a concorrência.

A cooperativa médica enviou um comunicado às corretoras, exigindo que vendam pelo menos 600 planos por trimestre e ameaçando descredenciá-las caso vendam mais planos da Humana Saúde ou de outras concorrentes.

No caso do Plano SELECT, se vender, será compulsoriamente descredenciado.

E, para completar, ainda impõe metas altas de novos clientes exclusivamente para ela, sob risco de suspensão do cadastro e bloqueio dos bônus.

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Geral

Audiência de Milhões: Via Certa Natal ultrapassa 285 milhões de visualizações em julho e lidera audiência no RN

O Via Certa Natal se consolidou como o perfil de notícias mais acessado e acompanhado do Rio Grande do Norte. No mês de julho, ultrapassou 285 milhões de visualizações nas principais plataformas digitais.

O maior destaque foi o desempenho no Instagram, onde o perfil alcançou 792 mil seguidores e somou cerca de 273 milhões de visualizações ao longo do mês. Com esses números, tornou-se o maior perfil jornalístico do RN na rede.

No TikTok, o Via Certa Natal contabilizou 5,7 milhões de visualizações em julho, representando um crescimento de 415% em relação ao mês anterior. Já no YouTube, o avanço foi ainda mais expressivo: 497 mil visualizações, um aumento de 1.711%. O portal de notícias também apresentou crescimento consistente, com mais de 247 mil acessos registrados no mesmo período.

Por trás desses números, está uma equipe comprometida com a notícia em tempo real, de forma ágil, clara e com credibilidade. O Via Certa Natal mostra, mais uma vez, por que é referência quando o assunto é informação de impacto.

 

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