
Uma pesquisa do instituto Realtime Big Data divulgada nesta sexta, 30, aponta que 86% dos brasileiros são contra o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para elevar a arrecadação do governo.
A medida foi anunciada pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad (foto) na semana passada, mas tem enfrentado batante resistência do mercado e do Congresso.
Apenas 7% dos entrevistados se declararam a favor da medida.
Contra os mais pobres
O Realtime Big Data descobriu que 72% dos brasileiros acreditam que o aumento prejudicaria as camadas mais baixas da população.
Outros 15% disseram que os mais ricos seriam mais prejudicados.
Só 9% entendem que os mais afetados seriam os membros da classe média.
Inversão
Ao anunciar as medidas, Haddad disse que elas não teriam impacto no cheque especial ou nos empréstimos consignados — produtos mais usados na população de baixa renda.
Ele tambem disse que a elevação do IOF recairia principalmente nas pessoas que enviam dinheiro para contas no exterior, que gastam no cartão de crédito internacional e que compram dólar.
Mesmo assim, o ministro não conseguiu eliminar a ideia de que os mais pobres acabariam sendo prejudicados por um aumento de impostos.
Segundo a Realtime, a população entende que o empresariado não seria capaz de absorver esse custo, que acabaria recaindo sobre os mais pobres.
Assunto conhecido
A Realtime Big Data também percebeu que o assunto foi bastante comentado entre os brasileiros.
Quase 80% dos entrevistados declarou ter ouvido falar sobre o tema.
“Estamos às vésperas de um ano eleitoral e o governo, que amarga baixos índices de aprovação, poderá encontrar eleitores com humor bastante instável nas eleições presidenciais de 2026”, diz o sócio estrategista do Realtime Big Data, Wilson Pedroso.
O Antagonista
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