Polícia

De cueca a panela. Em 15 anos, PF encontrou mais de R$ 63 milhões com políticos

Foto: PF/Divulgação

O senador Chico Rodrigues (DEM-RR) virou assunto nas últimas semanas após ser flagrado pela Polícia Federal, no dia 14 de outubro, com dinheiro escondido na cueca, “um ato de impulso”, segundo ele. Apesar de ter escolhido justo as partes íntimas para omitir as notas, o modus operandi não é nenhuma grande novidade no Brasil.

A equipe M(Dados), grupo de jornalismo de dados do Metrópoles, fez as contas: nos últimos 15 anos, a Polícia Federal já flagrou – em apartamentos, cuecas, caixas e até panelas – mais de R$ 63 milhões em dinheiro vivo com políticos, assessores e operadores financeiros. Para ter uma noção real da quantia, o montante equivaleria hoje a quase R$ 92 milhões, se corrigido pela inflação.

Assim como no caso do senador democrata, o candidato a vereador Edilvan Messias dos Santos, o “Vanzinho de Altos Mares” (PSD), foi preso na quinta-feira (22/10) com R$ 15,3 mil escondidos na cueca, em Carira (SE). A suspeita é de que ele estava comprando votos. No entanto, 15 anos antes do flagrante de Rodrigues e Messias dos Santos, José Adalberto Vieira, assessor do então deputado José Guimarães (PT), já havia lançado a “moda”. Ele foi pego por agentes da PF no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com mais de 100 mil dólares nas roupas íntimas e R$ 209 mil em uma mala.

No fim do ano passado, João Bosco Nonato Fernandes (PSDB), ex-prefeito de Uiraúna (PB), também usou o método para esconder notas de dinheiro. Durante Operação Pés de Barro, que investiga fraudes em pagamentos e obras superfaturadas no sertão paraibano, policiais flagraram, em vídeo, momento em que o político aparece colocando R$ 25 mil entre as pernas.

Foto: PF/Divulgação

Nem só de cuecas, no entanto, vive o homem. Em maio de 2018, R$ 80 mil foram encontrados dentro de uma panela no armário da cozinha de Átila Jacomussi (PSB), ex-prefeito de Mauá (SP), alvo da Operação Prato Feito, que investigou desvios de recursos públicos de merenda. E a investida segue a todo vapor. Durante a pandemia, a polícia encontrou R$ 750 mil – montante que supostamente deveria ser utilizado pelo governo do Pará para compra de respiradores – dentro de uma caixa térmica na casa do secretário adjunto de gestão administrativa de Saúde do estado, Peter Cassol. O dinheiro estava enrolado em jornais.

E não para por aí. O advogado Mateus de Moura Lima, apontado como um dos operadores financeiros de Antônio Andrade (MDB), então vice-governador de Minas Gerais e um dos presos na Operação Capitu, deflagrada em 2018 pela Polícia Federal no estado, escondeu R$ 3 mil reais na privada de sua casa para evitar o flagrante.

Foto: PF/Divulgação

Na rua, na casa e no hotel

No ranking de apreensão de dinheiro vivo no Brasil, o primeiro lugar é de Geddel Vieira Lima (MDB), ex-ministro do então presidente Michel Temer e figura próxima do ex-chefe de Estado. Em setembro de 2017, a Polícia Federal encontrou R$ 51 milhões em caixas e malas no famoso “bunker”, apartamento em Salvador cedido ao político.

Opinião dos leitores

  1. Só não encontraram dinheiro na casa do Lula isso é porque dizem que ele é o maior ladrão…..mais vão na casa dele reviram tudo e não acham dinheiro….ai vão na casa dos que não são ladrão aí é dia dinheiro em caixa,vazo,cueca e por aí vai …… mais o ladrão é Lula kkkkkk

  2. Se o erro é da esquerda, PT, Lula e Fátima, tudo é uma coisa só, e tem tudo haver uma coisa com outra….Se o erro é da direita, de filhos, de aliados, de amigos, de parceiros, de esposa, não tem nada haver com Naro.

    1. É assim mesmo, quem discordar é comunista-venezuelano-cubano e deveria ir mora na Coréia do Norte. Gente sem estudo e senso crítico, a gente vê por aqui.

  3. Sou sua ouvinte desde do tempo da 94 FM, te ACHO bom no que faz,Mais CRETICA D+ O LULA E ACHA ESSE DESGOVERNO A COISA MAIS PERFEITA DO MUNDO…E ENVOLVIDO COM MILICIANOS VC BEM SABE A FAMÍLIA TODOS ROUBAO NA VISTA CLARA ,TENTAM DE TUDO PARA O POVO BRASILEIRO SER EMGANADO, E VC SÓ ACHA QUE O ERRADO ÉO LULA.E O PT, SE LIGA BG, O BRASIL NÃO TEM JEITO SÓ TEM LADRÃO …CRITIQUE MENOS E DEIXE O BRUNO ARAÚJO FALAR!!

    1. Tira a venda vermelha dos olhos Suelene, faça uma análise fria e realista de todos os políticos sem paixão partidária ou ideológica, analise os fatos, as evidências e o comportamento de cada um.

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Judiciário

Juiz corta benefícios de Bolsonaro: fim de segurança, carros e assessores

Foto:  Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro perdeu, por enquanto, os benefícios que recebia como ex-chefe do Executivo. Um juiz federal de Belo Horizonte (MG) determinou a suspensão imediata da estrutura paga pela União — incluindo motoristas, veículos oficiais e assessores — em ação movida pelo vereador Pedro Rousseff (PT-MG), sobrinho da ex-presidente Dilma. O prazo para cumprimento é curto: 48 horas.

Segundo o autor da ação, mesmo após o início do cumprimento de pena em regime fechado, Bolsonaro continuava recebendo atenção e recursos do Estado. O cálculo feito aponta gastos de mais de R$ 4 milhões desde 2023 com a equipe ligada ao ex-presidente, sendo R$ 521 mil apenas no primeiro semestre de 2025. A causa foi fixada em R$ 1,04 milhão.

O juiz Pedro Pereira Pimenta, da 8ª Vara Federal Cível e JEF Adjunto, argumentou que os benefícios da Lei 7.474/1986 são para a “vida civil” do ex-presidente — circulação, agenda e exposição a riscos — e que essas condições deixam de existir durante o cumprimento de pena. Para ele, manter a estrutura é um gasto desnecessário e fere princípios de eficiência, moralidade e racionalidade administrativa.

A liminar determina que a União suspenda servidores, motoristas, veículos e assessores e apresente relatório detalhado sobre custos e nomes ligados a Bolsonaro.

O magistrado deixou claro que a decisão não interfere na execução penal: a segurança e integridade física do condenado continuam garantidas pelas autoridades. Agora, União e ex-presidente terão prazo para contestar, com ciência do Ministério Público Federal.

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Política

Lula e clã Bolsonaro se ajudam nas eleições de 2026, constata pesquisa

Foto: Reprodução

Uma nova pesquisa do Instituto Arrow mostra que, na prática, Lula e a família Bolsonaro acabam se fortalecendo mutuamente. A polarização entre o petista e o clã do ex-presidente mantém ambos vivos na corrida para o segundo turno de 2026, mesmo com o discurso de inimigos ferrenhos.

Nos cenários avaliados, Flávio Bolsonaro aparece com 21,7% das intenções de voto, atrás de Lula, que soma 37,2%. Ronaldo Caiado, governador de Goiás, surge distante, com 9,3%. Se Flávio for substituído por Tarcísio de Freitas, Lula continua liderando, com 38,1%, contra 27% de Tarcísio.

“Essa interdependência entre Lula e Bolsonaro colabora para que ambos cheguem ao segundo turno”, observa Rodrigo Bethlem, dono do Instituto Arrow, conforme informações do Metrópoles.

Nos testes de segundo turno, Lula venceria Flávio Bolsonaro, com 45,9% contra 36,3%, mas perderia para Tarcísio, que marcaria 41,9% contra 38,4% do petista. O levantamento ainda mostrou que 42,5% aprovam o governo Lula, enquanto 52% reprovaram. Sobre candidatos indicados por Bolsonaro, 45,6% dos eleitores afirmaram que não seguiriam a orientação do ex-presidente.

A pesquisa ouviu 9.539 eleitores de todas as regiões do Brasil, por telefone, entre 1º e 2 de dezembro. Com margem de erro de 1% para mais ou para menos e nível de confiança de 95%, o levantamento deixa claro: a disputa de 2026 começa acirrada, com Lula e Bolsonaro mantendo a polarização que dita o ritmo da política nacional.

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Geral

Toinho Silveira: 23 Anos de Dedicação e Solidariedade no “Natal Feliz”

Foto: Divulgação

À frente do “Natal Feliz”, o jornalista e produtor Toinho Silveira tem dedicado os últimos 23 anos de sua carreira para garantir que as pessoas da terceira idade possam viver a magia do Natal com dignidade, carinho e alegria.

Desde a sua idealização, o evento tem se consolidado como um dos mais importantes momentos de solidariedade da cidade, promovendo um jantar especial, shows musicais e a distribuição de presentes e cestas básicas.

Toinho Silveira, com sua sensibilidade e compromisso social, é o grande responsável por transformar o “Natal Feliz” em um evento de sucesso a cada ano. Ele é o coração desse projeto, que, ao longo das edições, tem tocado a vida de muitos, levando esperança e conforto àqueles que mais precisam.

Este ano, ao celebrar a 23ª edição, o “Natal Feliz” se reafirma como um projeto de solidariedade, com a contribuição de patronesses e patronos, que se unem para fazer a diferença na vida da terceira idade.

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Política

Hugo Motta deixa Lula enfurecido e governa a Câmara à sua maneira

Foto: Reprodução

O presidente Lula está irritado com o presidente da Câmara, Hugo Motta. O motivo? Decisões sem aviso prévio e falta de diálogo que têm deixado o Planalto na bronca. A última: pautar de surpresa o PL da Dosimetria, que facilita a vida de Bolsonaro, que foi aprovada na madrugada desta quarta-feira (10).

O PL da Dosimetria, aprovado com 291 votos a favor e 148 contra, teve um detalhe que irritou ainda mais Lula: 28% dos votos vieram de partidos que ocupam ministérios no governo petista.

Mesmo com orientação contrária do líder do governo, José Guimarães (PT-CE), siglas como Republicanos, MDB e PSD entregaram 82 votos para aprovar a medida que reduz o tempo de prisão de Bolsonaro.

No governo, a esperança de apoio de Hugo Motta em uma futura reeleição à presidência da Câmara já é considerada nula. E do outro lado, bolsonaristas resistem a dar novo voto de confiança ao parlamentar, deixando Hugo isolado entre esquerda e direita.

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Política

PL da Dosimetria: saiba como votou cada deputado do RN

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, na madrugada desta quarta-feira (10), o PL (Projeto de Lei) da Dosimetria, que reduz as penas dos envolvidos nos atos antidemocráticos do 8 de Janeiro. A medida beneficia o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Foram 291 votos sim e 148 não. Com a aprovação na Câmara, o texto segue para a análise do Senado Federal.

O foco da proposta é a redução do cálculo das penas e, para isso, o texto lista condições e fixa porcentagens mínimas para o cumprimento da pena e progressão de regime. Para evitar “insegurança jurídica”, o relator também deixou expresso na proposta que a remição da pena pode ser compatível com a prisão domiciliar.

Veja como votou cada deputado do RN:

  • Benes Leocádio (União) – Sim
  • Carla Dickson (União) – Sim
  • Fernando Mineiro (PT) – Não
  • Natália Bonavides (PT) – Não
  • General Girão (PL) – Sim
  • Sargento Gonçalves (PL) – Sim
  • João Maia (PP) – Sim
  • Robinson Faria (PP) – Sim

Com informações da CNN

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Geral

VÍDEO: Motta acusa PT de “incoerência histórica” e eleva tensão durante votação da dosimetria

Vídeo: Reprodução/X

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), falou sobre o movimento do PT durante a votação do PL da Dosimetria, aprovada na madrugada desta quarta-feira (10), afirmando que o partido comete “incoerência histórica”. A discussão começou após o líder petista, Lindbergh Farias (RJ), criticar a proposta e citar Ulysses Guimarães, personagem central da Constituição de 1988, para acusar Motta de agir de forma “oportunista” ao avançar com o projeto, que reduz penas de condenados pelo 8 de Janeiro — incluindo, potencialmente, Jair Bolsonaro.

Lindbergh afirmou que o presidente da Câmara “comete crime” ao interferir em julgamentos ainda em curso, e o acusou de agir para favorecer generais golpistas. Motta rebateu com dureza e disse que o PT não poderia reivindicar Ulysses, já que votou contra o texto final da Constituição. A deputada Benedita da Silva (PT-RJ), constituinte em 1988, tentou corrigir Motta, mas foi interrompida. Historicamente, o PT realmente votou contra o texto final — como forma de protesto — mas seus parlamentares assinaram a Constituição após a aprovação.

O embate se dá em meio ao desgaste recente entre os dois parlamentares. A relação azedou após Lindbergh acusar Motta de descumprir decisões do STF nos casos de Carla Zambelli e Alexandre Ramagem, afirmando que o presidente da Câmara deveria responder por crime de responsabilidade, com possibilidade de afastamento. Ele afirmou ao Metrópoles que Motta atuou com “dois pesos e duas medidas” ao lidar com bolsonaristas e governistas que ocuparam a mesa diretora em protestos.

Para o líder petista, Motta foi leniente com bolsonaristas que pressionavam por anistia, mas usou força policial contra deputados que protestavam no plenário pela manutenção do mandato de Glauber Braga. A troca de acusações amplia a tensão entre PT e o presidente da Câmara em meio à tramitação da dosimetria.

Com informações do Metrópoles

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Esporte

Flamengo estreia nesta quarta (10) na Copa Intercontinental em duelo contra o Cruz Azul

Foto: Adriano Fontes/Flamengo

O Flamengo volta a campo nesta quarta-feira (10), às 14h (de Brasília), para iniciar sua caminhada na Copa Intercontinental. Embalado pelos títulos da Libertadores e do Campeonato Brasileiro, o time de Filipe Luís enfrenta o Cruz Azul, do México, pelas quartas de final, no Estádio Al Rayyan, em Doha, no Catar.

O confronto marca o chamado Dérbi das Américas, reunindo o campeão da Libertadores e o vencedor da Liga dos Campeões da Concacaf. Será o primeiro encontro oficial entre as duas equipes. A competição teve seu formato renovado: agora, o campeão europeu avança direto para a final — neste ano, o Paris Saint-Germain, vencedor inédito da Champions, aguarda o rival no dia 17 de dezembro.

Para disputar a decisão contra o PSG, o Flamengo precisa superar dois adversários. O primeiro é o Cruz Azul. Se avançar, encara o Pyramids no sábado (13), às 14h, pela Copa Challenger. O time egípcio já eliminou Auckland City e Al-Ahli na fase inicial.

A Copa Intercontinental reúne apenas os campeões continentais da temporada — seis equipes no total — e acontece todos os anos, diferentemente do Mundial de Clubes, que será disputado a cada quatro anos com 32 participantes.

Com informações da CNN

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Geral

Gerentes que barraram operação com Banco Master acionam Justiça após perder cargos na Caixa

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Dois ex-gerentes da Caixa Asset recorreram à Justiça trabalhista após serem removidos de seus cargos comissionados por se oporem à compra de R$ 500 milhões em letras financeiras do Banco Master, operação considerada de alto risco pelos técnicos do próprio banco estatal. Embora continuem empregados, Maurício Vendruscolo e Daniel Cunha Gracio foram realocados para funções burocráticas, muito abaixo de suas qualificações — ambos possuem certificação CFA, uma das mais prestigiadas do mercado financeiro.

A informação é do blog da Malu Gaspar, do jornal O Globo. O caso teve início em julho de 2024, quando a área de renda fixa da Caixa Asset produziu um parecer sigiloso de 19 páginas desaconselhando a operação. O documento apontava falta de clareza nos números do Master, modelo de negócios de difícil compreensão e alto risco de solvência. Mesmo com alerta interno e a operação posteriormente descartada, os gerentes perderam seus postos após assinarem e avalizarem o parecer contrário ao negócio de até R$ 1 bilhão.

Os dois afirmam ter sido vítimas de retaliação e pedem indenização na Justiça. A crise interna resultante do episódio repercutiu no mercado financeiro e expôs fragilidades na governança da Caixa Asset, que já vinha sendo pressionada por dúvidas sobre seus controles e critérios de risco.

No mês passado, uma auditoria do TCU reforçou essas preocupações ao indicar falhas nos mecanismos de governança e canais de denúncia do banco. Segundo o relatório, há indícios de que as exonerações, especialmente a de Gracio, foram motivadas pela oposição à proposta de compra das letras financeiras do Master, comprometendo a credibilidade da gestão de riscos da Caixa Asset.

Com informações do O Globo

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Política

Governo decide apoiar jornada 5×2 e quer reduzir carga semanal para 40 horas até 2028

Foto: Hermínio Bernardo/TV Globo

O governo Lula firmou posição a favor do projeto relatado pelo deputado Leo Prates (PDT-BA), que estabelece o fim da escala 6×1 e cria uma jornada 5×2 com limite máximo de 40 horas semanais. Hoje, a legislação permite até 44 horas. A proposta ganhou força após mobilização popular nas redes, impulsionada por trabalhadores e influenciadores que defendem mudanças na rotina laboral.

O tema se tornou uma das prioridades do Palácio do Planalto. Ministros como Guilherme Boulos e Gleisi Hoffmann têm atuado diretamente na articulação para aprovar o texto, enquanto o governo tenta acelerar sua tramitação. A decisão veio após surpresa negativa com relatório do deputado Luiz Gastão (PSD-CE), que era contrário ao fim da escala 6×1, o que levou o Planalto a reagir publicamente.

O substitutivo de Prates prevê uma transição gradual: a carga máxima cairia para 42 horas em 2027 e chegaria a 40 horas em 2028, mantendo salário integral. O texto determina dois dias de descanso semanal remunerado e limita a jornada diária a oito horas. Também abre a possibilidade de escala 4×3 por acordo coletivo, com dez horas diárias. No comércio, onde o 6×1 é mais comum, poderá haver até duas horas extras, também mediante negociação.

A defesa da mudança ocorre enquanto setores empresariais resistem. A Confederação Nacional do Comércio afirma que limites rígidos prejudicam negociações coletivas e desconsideram realidades regionais. Já o Movimento Vida Além do Trabalho, que levou o debate às redes em 2023, argumenta que o 6×1 é “abusivo” e prejudica saúde, bem-estar e convivência familiar — a campanha acumulou mais de 1 milhão de assinaturas.

O Planalto avalia que o projeto de Prates é o mais viável para avançar e tenta evitar que a discussão seja transferida para uma PEC, o que tornaria o processo mais lento. O deputado, que preside a Comissão de Trabalho, avalia que a votação pode ficar para 2026, a depender do ritmo de sessões até o início do recesso em 23 de dezembro.

Com o parecer protocolado nesta semana, parlamentares têm cinco sessões para apresentar emendas. Enquanto isso, o governo trabalha para consolidar apoio político e transformar a redução da jornada em uma das principais bandeiras trabalhistas da gestão Lula.

Com informações do G1

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Geral

Bacellar deixa prisão após decisão da Alerj e passa a usar tornozeleira eletrônica

Foto: Reprodução/Instagram

O deputado estadual Rodrigo Bacellar (União Brasil-RJ), presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, deixou a prisão na noite desta terça-feira (9) após receber autorização para cumprir medidas cautelares em liberdade. A liberação ocorreu depois de ele ser equipado com tornozeleira eletrônica, conforme informou a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio.

O mandado de soltura foi expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, poucas horas após a Alerj decidir revogar a prisão preventiva do parlamentar. A decisão da Casa seguiu entendimento do próprio Supremo, que em 2019 autorizou Assembleias Legislativas a reverter prisões decretadas contra deputados estaduais.

Mesmo solto, Bacellar terá uma série de restrições. Ele está proibido de reassumir a presidência da Alerj, precisará cumprir recolhimento domiciliar, entregar seus passaportes, suspender o porte de armas e não poderá manter contato com outros investigados.

O deputado estava preso desde 3 de dezembro por ordem de Moraes. Ele é suspeito de vazar informações sigilosas da operação Zargun, da Polícia Federal, que levou à prisão do deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva (MDB-RJ), o TH Joias, apontado como um dos articuladores políticos do Comando Vermelho.

Com a revogação da prisão pela Alerj e a confirmação da medida pelo STF, Bacellar deixa a cadeia, mas permanece sob monitoramento rígido enquanto o caso segue em investigação.

Com informações do Poder360 e Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Já imagino: “Ou me soltam, ou eu abro a boca entrego geral.”

    Quem tem “orifício excretor corrugado”, tem medo.

    O Brasil não é para amadores!

    País de bandido.

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