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Decisões de Lula irritam ministros do STF e abalam relação com tribunal

Foto: Mônica Bergamo/Folhapress

Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) têm manifestado descontentamento com a articulação do governo Lula (PT), inclusive na relação com os magistrados.

Segundo relatos feitos de forma reservada, as queixas vão do desprestígio no processo de indicações para vagas em tribunais até a sobrecarga da pauta da corte com impasses da esfera política.

As críticas ganharam destaque no momento em que a corte se debruça sobre o conflito entre governo e Congresso em torno da validade do decreto presidencial que aumentou alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

Relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes determinou na semana passada a suspensão das normas editadas pelo presidente Lula e o decreto legislativo que derrubava as medidas do presidente. Moraes agendou uma audiência de conciliação para o próximo dia 15.

Na disputa, o governo reivindica a prerrogativa de fixação das alíquotas. Embora ministros reconheçam que essa é uma de suas atribuições, ministros têm defendido um diálogo entre Executivo e Legislativo, atuando como uma espécie de poder moderador.

A controvérsia, porém, renovou um ambiente de grande insatisfação de uma ala da corte com o que seria a desarticulação do governo. Um ministro aponta que falta interlocução de alto nível entre o Planalto e o tribunal.

As queixas nesse sentido se acumulam, mas a tensão foi amplificada mesmo quando o presidente Lula escolheu, em maio, o juiz federal Carlos Pires Brandão para uma das duas vagas abertas para o STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Brandão contou com o apoio do ministro Kassio Nunes Marques, da chamada cota bolsonarista do tribunal, além do governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT). O juiz foi escolhido sete meses após o STJ montar duas listas de três nomes para o presidente selecionar dois escolhidos.

Ao fazer um aceno para Kassio, Lula desagradou a expoentes do STF, simpáticos a outro pretendente à vaga. Segundo relatos, os ministros Flávio Dino, Gilmar Mendes e Moraes estariam contrariados com a escolha.

O foco dessa disputa se mantém em outra lista para uma cadeira no STJ, composta por membros do Ministério Público.

Nela, estão o procurador de Justiça Sammy Barbosa, do Ministério Público do Acre, a procuradora de Justiça Marluce Caldas, do Ministério Público de Alagoas, e o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, do Ministério Público Federal.

Segundo aliados do presidente, a favorita é Marluce Caldas, tia do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), o JHC. Apesar de ser do partido de Jair Bolsonaro (PL), o prefeito tem tentado se aproximar da base do presidente.

A escolha de Marluce poderia pavimentar essa aproximação. Defensores de Sammy Barbosa, ministros do STF criticam a possibilidade de a política ser adotada como critério de seleção para um tribunal superior.

Além dos atritos provocados pela frustração das tentativas de apadrinhamento, alguns ministros do STF cobram uma melhora geral na interlocução do governo com o Judiciário.

No caso específico do IOF, magistrados defendem a escalação de outros emissários do Planalto para discutir os temas em julgamento na corte. Atualmente, quem costuma liderar esse processo é o ministro da AGU (Advocacia-Geral da União), Jorge Messias.

Um dos nomes apontados como credenciados para essa negociação com o STF é o do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, também é lembrado para a missão.

Em meio ao desconforto, a sucessão no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) também ameaça ampliar um foco de indisposição entre ministros do STF. O caso já gerou um problema para o presidente.

A crise foi aberta a partir da decisão da presidente da corte eleitoral, ministra Cármen Lúcia, de elaborar duas listas, divididas por gênero, para a escolha de ministros titulares.

Em uma das listas, Lula terá que decidir entre a ex-secretária de Direitos Digitais do Ministério da Justiça Estela Aranha, a ministra substituta do TSE Vera Lúcia Santana de Araújo e a advogada Cristina Maria Gama Neves da Silva.

Estela Aranha é considerada uma escolha pessoal de Cármen. Ela teria o apoio de Dino, com quem trabalhou no Ministério da Justiça, e Gilmar Mendes. Vera Lúcia, por sua vez, contaria com a simpatia de Lewandowski e do chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), bem como de integrantes do grupo Prerrogativas.

Na avaliação de integrantes do governo, essa disputa também deixará sequelas na relação com o tribunal.

A segunda lista tríplice inclui André Ramos Tavares e Floriano de Azevedo Marques, dois nomes ligados a Moraes que encerraram seus mandatos no TSE em 30 de maio. Como só há possibilidade da escolha de um nome, qualquer decisão de Lula acabará reduzindo a influência do ministro no colegiado.

Folha de S.Paulo

Opinião dos leitores

  1. Por isso que defendo que TODOS os Ministros è Desembargadores sejam togados e temporários, ou seja, passem por concursos públicos.
    Só mostra que os Ministros do STF são políticos e com interesses pessoais.

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VÍDEO: Vulcão Kilauea entra em erupção no Havaí e derruba câmera remota

Imagens: Reuters

O vulcão Kilauea, no Havaí, entrou em nova fase de erupção no sábado (6). As imagens foram registradas por câmera remota do Serviço Geológico dos Estados Unidos. O equipamento chegou a ser derrubado durante o fenômeno. Nas imagens é possível ver a lava avançando rapidamente e uma nuvem de cinzas cobrindo o local antes que a transmissão fosse interrompida.

O Observatório de Vulcões do Havaí afirmou que fontes de lava contínuas, com aproximadamente 15 a 30 metros de altura, estavam em erupção pela abertura norte, com rápido aumento de altitude. As erupções estavam confinadas à cratera Halemaʻumaʻu, no Parque Nacional dos Vulcões do Havaí.

Localizado em uma área fechada do Parque Nacional dos Vulcões do Havaí, o Kilauea é um dos vulcões mais ativos do mundo e entra em erupção de forma intermitente desde 23 de dezembro de 2024.

 

R7

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Ex-governador da oposição a Maduro morre em prisão na Venezuela

Foto: Reprodução/ Facebook Alfredo Díaz

Alfredo Díaz, dirigente político da oposição da Venezuela, morreu este fim de semana na prisão onde estava detido há uma ano. A informação foi confirmada à CNN Espanhol pela filha Alejandra María Díaz.

O ex-governador do estado de Nueva Esparta, de 56 anos, estava detido desde novembro de 2024. Ele estava na sede do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin), conhecida como El Helicoide, para onde foi levado acusado de conspiração.

A família e os advogados de Díaz sempre negaram as acusações. Eles também afirmam que o opositor não teve direito devido processo legal e que não tinham comunicação constante com ele.

Autoridades do regime informaram que Díaz morreu após sofre um infarto, mas a família acredita que ele não teve acesso a atendimento médico.

Mais tarde, o Ministério do Serviço Penitenciário divulgou um comunicado confirmando a morte de Díaz. Segundo o Ministério, na manhã deste sábado ele apresentou sintomas compatíveis com infarto e foi levado a um hospital, onde morreu minutos depois.

“(Ele foi) auxiliado por seus companheiros de recinto, e imediatamente a emergência foi atendida pelo socorrista e paramédico de plantão da unidade, que prestaram o atendimento médico inicial”, disse o Ministério.

“Ele estava sendo processado, com plena garantia de seus direitos, de acordo com o ordenamento jurídico e o respeito aos direitos humanos e à sua defesa jurídica”, acrescentou — em contraste com as declarações de sua família.

Díaz, um reconhecido líder regional e dirigente do partido oposicionista Ação Democrática, foi governador de Nueva Esparta, prefeito de Mariño e vereador. Sua morte provocou reações na Venezuela.

“Confirmamos que a família de Alfredo Díaz foi notificada sobre sua morte enquanto ele estava sob custódia em El Helicoide”, disse Gonzalo Himiob, vice-presidente da ONG de defesa dos direitos humanos Foro Penal, no X. Ele pediu que a morte seja investigada “de maneira objetiva e imparcial”.

A organização defensora dos direitos humanos Provea também se pronunciou sobre a morte do dirigente oposicionista. “Condenamos uma nova morte, sob custódia do Estado, de um preso político venezuelano”, afirmou, exigindo “uma investigação imediata” sobre o ocorrido.

Em casos anteriores, o governo da Venezuela insistiu que todos os detidos no país têm seus direitos humanos e devido processo respeitados. A ditadura costuma criticar  os diversos relatórios internacionais sobre detenções arbitrárias e as denúncias de violações como “irresponsáveis, enviesadas e profundamente polarizadas”.

CNN Brasil

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Chefe de “banco fantasma” é preso após fuga com R$ 5 milhões

Foto: Divulgação/PF

O principal alvo da Operação Mors Futuri, da Polícia Federal, foi preso neste sábado (6/12) em Itapema (SC). Ele era apontado como articulador de um “banco digital” clandestino que movimentou mais de R$ 1 bilhão e estava na Difusão Vermelha da Interpol.

A captura ocorreu após monitoramento da PF, que acompanhava as rotas usadas pelo foragido desde que ele deixou Curitiba. No momento da prisão, estavam com ele celulares, documentos e mais de R$ 5 milhões em dinheiro vivo.

A investigação mira grupos que captavam recursos de investidores sem autorização da CVM ou do Banco Central, operando empresas de fachada e um “banco digital” com promessas de lucros altos e baixo risco — um esquema típico de pirâmide financeira. Antes de sumir, o investigado transferiu R$ 10 milhões para contas de laranjas, segundo a PF.

Na fase inicial da operação, foram cumpridos 11 mandados de busca em Curitiba, além do bloqueio de até R$ 66 milhões em bens. Com a prisão do articulador, a PF agora aprofunda a análise do material apreendido para identificar outros envolvidos e rastrear o dinheiro desviado.

Com informações da coluna de Mirelle Pinheiro, Metrópoles

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VÍDEO: Ator de A Paixão de Cristo mostra caracterização para gravação de filme sobre Jair Bolsonaro

O ator norte-americano Jim Caviezel, conhecido por ter interpretado Jesus no filme “A Paixão de Cristo” de Mel Gibson, fará o papel de Jair Bolsonaro e esteve no Brasil trabalhando nas filmagens e mostrou detalhes da caracterização. O filme Dark Horse contará a história do atentado sofrido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro durante a campanha em 2018.

O ator passou três meses no Brasil gravando cenas do filme. Após esta etapa, a equipe voltou para os Estados Unidos, onde a produção será finalizada. Segundo o site Omelete, especializado em cobertura de entretenimento, o vazamento de fotos e vídeos ocorreu apesar de todo o trabalho de uma “força-tarefa” criada para impedir a divulgação antecipada de qualquer material sobre o filme.

Além de Caviezel foram confirmados no elenco os nomes de Lynn Collins (John Carter – Entre Dois Mundos), Esai Morales (Missão Impossível 8), além de Felipe Folgosi como um policial federal. O roteiro é de autoria de Mário Frias, ator que foi Secretário Especial da Cultura no governo Bolsonaro. A produção é dirigida por Cyrus Nowrasteh, e a estreia está prevista para 2026.

Com informações de Gazeta do Povo

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VÍDEO: “Tem uma possibilidade de eu não ir até o fim. Eu tenho preço para isso. Eu vou negociar”, diz Flávio sobre candidatura à Presidência

Flávio Bolsonaro (PL-RJ) lançou neste domingo (7) sua pré-campanha à Presidência durante um culto em Brasília, na primeira aparição após ser apontado por Jair Bolsonaro como o nome da família para 2026. O senador admitiu que pode recuar, mas disse que qualquer desistência terá um “preço”, a ser definido nesta segunda (8).

Flávio terá reuniões com dirigentes de partidos de direita e do centrão para avaliar o cenário e, na terça (9), apresentará ao pai — preso na PF — um panorama das articulações. Ele disse esperar que a Câmara vote nesta semana a anistia aos condenados de 8 de Janeiro.

Negou divisão na direita e afirmou que sua entrada animou a base bolsonarista, embora outros nomes — como Zema, Caiado, Ratinho Junior e Eduardo Leite — mantenham projetos próprios. Segundo ele, Tarcísio de Freitas recebeu a novidade “positivamente”.

Sobre a reação negativa do mercado financeiro, Flávio disse concordar com a análise dos investidores, mas atribuiu o pessimismo ao risco de reeleição de Lula, e não à sua pré-candidatura. Ele afirmou representar um “Bolsonaro diferente” e buscar ampliar apoios nos próximos meses.

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Forças Armadas da Venezuela dizem estar prontas para defesa contra eventuais agressões dos EUA, diz ministro da Defesa de Maduro

Foto: Lusa

O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, afirmou neste sábado que as Forças Armadas do país estão “mais do que preparadas” para responder a qualquer agressão dos Estados Unidos. Segundo ele, a corporação vive seu momento de maior coesão e profissionalismo, unida ao povo e pronta para defender a “integridade da pátria”.

As declarações ocorreram durante o evento “Sábado Comunal Militar Natalício”, no qual Padrino exaltou a estrutura das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas e afirmou que elas estão habilitadas a dar uma “resposta contundente” a qualquer ameaça externa.

A fala ocorre em meio ao aumento das tensões entre Caracas e Washington. Nos últimos dias, o ministro do Interior, Diosdado Cabello, também declarou que a Venezuela vive uma “revolução pacífica, mas não desarmada”. O governo venezuelano ainda juramentou cerca de mil jovens militares para reforçar a defesa do país, enquanto os EUA ampliam operações militares no Caribe alegando combate ao narcotráfico.

Caracas acusa os Estados Unidos de promover ações para desestabilizar o governo de Nicolás Maduro, enquanto Washington acusa o presidente venezuelano de chefiar o Cartel de Los Soles e mantém recompensa milionária por sua captura.

Opinião dos leitores

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VÍDEO: Polícia faz mais uma operação em Mãe Luiza neste domingo (7)

Mais uma operação está sendo realizada no bairro de Mãe Luíza, na tarde deste domingo (7).

Além do helicóptero que sobrevoa a área, muitas viaturas e agentes da Polícia Militar estão nas rua do bairro.

O bairro de Mãe Luíza tem sido local de frequentes operações nas últimas semanas, em razão de uma disputa de facções criminosas pela área.

Mais detalhes em instantes.

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Idosa de 88 anos que passou por cirurgia após fratura no fêmur recebe comida no chão em hospital da Hapvida, denunciam familiares: “desrespeito”

Foto: cedida

Uma paciente de 88 anos, internada no Hospital da Hapvida em Natal após cirurgia por fratura de fêmur, enfrenta condições consideradas indignas e insalubres, segundo denúncia feita por familiares ao BLOGDOBG.

Segundo familiares, a idosa estaria recebendo alimentação no chão, por falta de estrutura física adequada dentro do hospital. “São condições sanitárias insalubres em desrespeito total ao consumidor”, diz a denunciante. A família também relatou ao blog que o soro acabou na noite anterior e, mesmo após mais de 12 horas, não houve reposição.

Outra reclamação da denúnca é que mesmo relatando dor, a paciente segue sem prescrição de medicamentos para aliviar as dores, segundo familiares. Eles também denunciam que a cicatriz da cirurgia apresenta sangramento, mas que, 48 horas após o procedimento, nenhum médico retornou ao leito da paciente para reavaliação.

Os familiares da paciente também se queixam que apesar dela possuir intolerância à lactose, as refeições enviadas pelo hospital não estariam seguindo essa restrição.

A família afirma estar desesperada com a falta de assistência e cobra providências imediatas da direção da unidade e dos órgãos de fiscalização sanitária.

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Primeiro caso de intoxicação por metanol em licor é confirmado em SP

Foto: Adobe Stock

Foi registrado em Mauá (SP), o primeiro caso de intoxicação por metanol em licor. A vítima, um homem de 47 anos, disse ter bebido licor em dois bares entre 21 e 22 de novembro. Dias depois, apresentou dor de cabeça intensa, cansaço, visão turva e confusão mental. Ele foi internado em 23 de novembro, acabou intubado e está na UTI fazendo hemodiálise. Exame confirmou a presença de metanol e o caso foi confirmado pela prefeitura de Mauá.

O caso ocorre durante a crise de bebidas adulteradas em São Paulo, que já soma 10 mortes e 49 casos confirmados, segundo boletim estadual. Outros cinco óbitos seguem em análise em cidades como Guariba, São Vicente, São José dos Campos e Cajamar.

Entre as mortes confirmadas, estão quatro na capital, uma em São Bernardo, três em Osasco, uma em Jundiaí e uma em Sorocaba — esta última envolvendo um jovem de 26 anos, com laudo que relacionou metanol e uso de cocaína.

Dados do Ministério da Saúde apontam 59 casos confirmados no país e 44 em investigação, com ocorrências também em Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso.

A Prefeitura de Mauá (SP) registrou o primeiro caso de intoxicação por metanol na cidade.

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