Foto: Reprodução
Mal pendurou a toga e já foi “buscar iluminação” lá fora. O agora ex-ministro do STF Luís Roberto Barroso embarcou para um retiro espiritual no exterior, onde deve passar cerca de uma semana “desconectado” — segundo aliados, sem celular e sem imprensa por perto.
Barroso se aposentou oficialmente no último sábado (18), depois de 12 anos na Corte. O anúncio foi feito ainda no dia 9 de outubro, e o ex-ministro alegou que decidiu antecipar sua saída porque “as especulações estavam piores que o fato”.
Antes de partir para o “autoconhecimento”, Barroso aproveitou os últimos dias no Supremo para votar a favor da descriminalização do aborto até 12 semanas de gestação, abrindo o placar de 2 a 0 pela medida. Ou seja, deixou o cargo fiel à cartilha progressista que sempre defendeu no tribunal.
Na sexta-feira (17), véspera da aposentadoria, Barroso ainda participou de um jantar reservado com o presidente Lula (PT), onde os dois trataram dos possíveis nomes para a vaga aberta no STF. Entre os cotados estão Jorge Messias (AGU), Bruno Dantas (TCU) e o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Todos bem alinhados com o atual governo.
A conversa entre Lula e Barroso durou cerca de duas horas e incluiu — além da sucessão no Supremo — temas como “participação feminina no Judiciário, política e vida pessoal”. Lula ainda não anunciou o substituto de Barroso, e, como sempre, não há prazo para a escolha. A indicação, depois, precisa passar por sabatina e aprovação do Senado.
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