Economia

Devolução de descontos do INSS deve ser de no máximo R$ 2 bi, estima Haddad

Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estima que o valor do ressarcimento dos descontos indevidos aos aposentados e pensionistas do INSS deve ser de até R$ 2 bilhões. Esse total de recursos representa cerca de um terço das deduções realizadas desde março de 2020, de R$ 5,9 bilhões, de acordo com dados divulgados pelo governo.

“Até pelo número de reclamantes, fizemos umas ponderações e chegamos a uma conta. Eu acredito que vai dar entre R$ 1 bilhão e R$ 2 bilhões”, disse Haddad, em entrevista ao GLOBO.

O cálculo do ministro da Fazenda leva em conta o número de reclamações já realizadas pelos beneficiários no aplicativo Meu INSS e pelo telefone 135 após o escândalo de descontos indevidos vir à tona. No último dia 13, o governo notificou, por meio desses canais, os segurados que tiveram cobranças associativas indevidas entre março de 2020 e março de 2025 para que informassem se as deduções foram autorizadas ou não.

Esse movimento ocorreu após a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagrarem, no fim de abril, uma operação para apurar a suspeita de um esquema nacional de descontos irregulares. Segundo a investigação, integrantes de sindicatos e associações, além de empresários, teriam se beneficiado dos recursos desviados.

O desconto sindical no INSS é uma mensalidade associativa que pode ser cobrada de aposentados e pensionistas em troca de benefícios como assistência de saúde ou jurídica, mas depende de autorização prévia e expressa. As deduções mensais indevidas tinham valor baixo e, muitas vezes, passavam despercebidas pelos segurados, de acordo com a PF.

2 milhões em 10 dias

A partir da resposta dos segurados do INSS à notificação, o governo está entrando em contato com as associações para pedir documentos que comprovem a anuência de aposentados e pensionistas no prazo de 15 dias úteis. Caso não consigam demonstrar, têm mais 15 dias úteis para devolver os recursos à União.

Haddad disse que vai esperar a apuração do número final dos descontos indevidos, que deve ser divulgado em algumas semanas, para discutir com a área jurídica do governo e definir as fontes de recurso para o ressarcimento.

Até a sexta-feira, segundo os últimos dados disponibilizados pelo INSS, foram 2,057 milhões de consultas de aposentados e pensionistas que tiveram algum desconto no período considerado pelo governo, entre um total de 9 milhões de afetados. Entre aqueles que acessaram os sistemas federais, 2,012 (97,8%) pediram reembolso — o restante, 46,2 mil, declarou ter autorizado a dedução. Esse balanço compreende os 10 primeiros dias de consulta dos descontos de entidades associativas na folha de aposentados e pensionistas.

O ministro da Fazenda evitou dizer se o bloqueio de bens dos sindicatos e associações envolvidos na fraude a pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) será suficiente para o ressarcimento.

“Não temos ainda uma estimativa, mas são muitas centenas de milhões de reais bloqueados dessas associações. Ninguém será prejudicado, mas essa turma vai ter que pagar, inclusive com os seus bens pessoais”, garantiu Haddad.

A AGU solicitou à Justiça o bloqueio de R$ 2,5 bilhões em bens de 12 entidades, mas há dúvidas se o dinheiro desviado será encontrado nas contas dos investigados e qual seria o prazo para devolver os recursos.

Diante dessas incertezas, Haddad evitou adiantar se uma eventual utilização de recursos orçamentários demandaria um remanejamento de gastos entre os ministérios ou implicariam na edição de um crédito extraordinário. O ministro da Fazenda, em busca de equilíbrio fiscal, anunciou na semana passada um congelamento de R$ 31,3 bilhões das contas públicas.

O crédito extraordinário é uma autorização legal para o governo gastar mais em situações de imprevisibilidade e urgência e seu custo não é considerado no limite de despesas do arcabouço fiscal.

“Assim que tivermos o valor, eu vou sentar com a AGU e vamos ver em que termos vai se dar o acordo (para o ressarcimento)”, afirmou.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Sacanagem.
    A PF deveria ir atrás de quem roubou e fazer vômitar o dinheiro roubado isso sim.
    Mas nós pagarmos de novo???
    Sacanagem!!
    Dois bi, dava pra vazer 100 hospitais.
    Governo de m… esse.

  2. Umas perguntas : quando é que as associação e os sindicatos irão devolver esse roubo? Vamos pagar esse roubo? Alguém vai ser preso?

    1. Quero saber quantos centavos foram bloqueados da conta do Frei Chico 👺👺👺

  3. Vai enrolar, enrolar e não vai devolver nada
    Todo dia é uma conversa diferente. Ou governo MENTIROSO, CHEIO DE LADRÃO !

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Brasil

Câmara instala subcomissão sobre presos do 8 de janeiro

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados instalou, nesta terça-feira, 27, a subcomissão especial da Comissão de Segurança Pública para fiscalizar, in loco, denúncias de violações de direitos humanos praticadas no Sistema Penitenciário brasileiro contra os presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023.

O requerimento que cria a subcomissão, de autoria do líder da oposição na Casa, Luciano Zucco (PL-RS), foi aprovado pela Comissão de Segurança no último dia 1º de abril.

O grupo vai também apurar as responsabilidades político-administrativas pelas violações e avaliar as condições físicas, materiais e institucionais a que esses presos estão sendo submetidos.

São 12 membros titulares e igual número de suplentes. O prazo de duração dos trabalhos é até 31 de dezembro de 2025, podendo ser renovada ou extinta.

Coronel Meira (PL-PE), Ramagem (PL-RJ) e Zucco foram escolhidos como presidente, primeiro vice-presidente e relator da subcomissão, respectivamente.

“O que está acontecendo no Brasil é perseguição política disfarçada de justiça, e quem finge que não vê isso está sendo cúmplice. Há brasileiros presos há mais de um ano, sem sentença, sem julgamento justo, com processos ocultos, defesa dificultada e uma condenação pronta, definida antes mesmo da denúncia”, afirmou Meira.

“O que mais me revolta é ver mulheres presas, muitas delas mães, privadas do convívio com os filhos, adoecidas, humilhadas, sem qualquer respeito à sua dignidade”.

Na justificativa do requerimento para criação da subcomissão, Zucco afirma que desde as ocorrências do dia 8 de janeiro de 2023, “incessantemente têm chegado ao conhecimento dos parlamentares federais de Oposição denúncias de violações de direitos básicos e fundamentais das pessoas que foram presas em decorrência do cumprimento do mandado geral de prisão em flagrante que arrastou para dentro do sistema carcerário do Distrito Federal contingente superior a 1.400 pessoas”.

Também de acordo com o deputado, “há ainda mais de 150 pessoas presas em decorrência dos eventos políticos do dia 8 de janeiro de 2023, as quais continuam recebendo tratamento discriminatório de privação deliberada de direitos fundamentais na execução penal, nucleares à garantia da dignidade da pessoa humana”.

Ramagem, que ficou como vice-presidente da subcomissão, é réu por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

O Antagonista

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Brasil

Senado aprova inclusão das guardas municipais no rol de forças de segurança

Foto: Andressa Anholete/Agência Senado

O plenário do Senado aprovou, nesta terça-feira (27), em primeiro turno, por unanimidade, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que inclui as guardas municipais e agentes de trânsito no rol de forças de segurança pública.

Atualmente, guardas municipais e agentes de trânsito não são citados no caput do artigo 144 da Constituição, o que gera insegurança jurídica sobre a natureza de suas atividades.

A inclusão dessas categorias no texto constitucional busca resolver um impasse jurídico que se arrasta há anos. Há três anos, a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que guardas municipais não podem atuar como polícias, limitando sua atuação à proteção de bens e serviços municipais.

No entanto, em fevereiro deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que é constitucional a criação de leis pelos municípios para que guardas municipais atuem em ações de segurança urbana.

Essas normas devem, no entanto, respeitar limites, de forma a que não se sobreponham, mas cooperem com as atribuições das polícias Civil e Militar, cujas funções são reguladas pela Constituição e por normas estaduais.

A PEC também fortalece o papel dos agentes de trânsito, reconhecendo seu vínculo direto com a preservação da ordem pública, conforme já previsto na Lei do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) legislação que, desde 2018, inclui tanto guardas quanto agentes como operadores do sistema.

A mudança pode trazer ganhos importantes para essas categorias: reconhecimento como carreira de Estado, acesso a fundos específicos de segurança, maior respaldo para porte de arma, além de regras mais claras sobre formação e atribuições.

Por outro lado, o relator Efraim Filho (União-PB) alertou para a responsabilidade ampliada do poder público, que terá de garantir preparo adequado, controle e fiscalização das corporações municipais e viárias, além de gerenciar o impacto da ampliação do acesso a armamentos.

O texto ainda precisa passar para uma segunda votação e, se aprovado, seguirá para análise da Câmara.

CNN

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Política

VÍDEO: Bolsonaro liga sindicato do irmão de Lula à farra do INSS

O PL de Jair Bolsonaro levará ao ar, nos próximos dias, propagandas na qual tenta jogar o escândalo das fraudes do INSS no colo do governo Lula.

Em uma das gravações, Bolsonaro conversa com dois idosos e ressalta a ligação de um sindicato cujo irmão de Lula é diretor com o esquema fraudulento.

A gravação começa com vídeos de matérias jornalísticas abordando a relação do sindicato do irmão de Lula com o escândalo e também notícias sobre a articulação pela CPI do INSS.

“Uma das entidades investigadas é o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos, o Sindnapi, cujo diretor vice-presidente é José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Lula”, diz um dos trechos usados.

Na sequência, Bolsonaro aparece conversando com dois aposentados — um homem e uma mulher — que teriam sido vítimas do esquema de descontos indevidos.

O aposentado Eloy Barbosa de Oliveira, por exemplo, afirma que não autorizou o desconto e diz que o valor descontado de seu contracheque fez falta, porque o preço dos alimentos subiram.

“(O desconto) vem de sindicatos e associações que se dizem defensores dos aposentados e pensionistas, mas, na verdade, a gente vê que há outra intenção, né? Até o irmão do Lula está num desses sindicatos que descontava aí do dos aposentados”, afirmou Bolsonaro na conversa.

O ex-presidente também promete “tomar providências” junto a parlamentares.

“Nós temos como lema que a aposentadoria é sagrada, e quem rouba não cuida. Lamentavelmente esse governo que está aí não cuida dos idosos. Pode ter certeza que muitos parlamentares estão indignados com isso também e vamos tomar providências, de modo que esse desconto saia do seu contracheque e o que a senhora pagou volte para o seu contracheques. E tem que voltar tirando dos sindicatos e associações”, diz o ex-mandatário.

O vídeo cita ainda recortes de supostos dados oficiais da Controladoria-Geral da União (CGU) para sustentar que os descontos indevidos “caiu” na gestão Bolsonaro e “disparou” no governo Lula”.

Metrópoles

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Política

“Caneta de Moraes não tem peso na diplomacia internacional”, diz Eduardo

Foto: Lula Marques/Fotos Públicas

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro(PL) afirmou nesta terça, 27, que “a caneta” Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), “não tem peso na diplomacia internacional”, após o ministro abrir inquérito sobre a atuação do parlamentar nos EUA.

“A caneta de Moraes não tem peso na diplomacia internacional. Ou seria então Moraes um diplomata que disse ““enquanto o porta-aviões não chegar ao lago Paranoá, pressão americana não terá efeito”? Usar a lawfare contra mim nada vai adiantar”, publicou.

Em 7 de abril, o ministro concedeu uma entrevista à revista americana The New Yorker, na qual minimizou possível influência dos EUA.

“Eles podem entrar com ações judiciais, podem fazer o Trump falar, Se mandarem um porta-aviões, aí veremos. Se o porta-aviões não chegar ao Lago Paranoá, não vai influenciar na decisão aqui no Brasil, ironizou Moraes.

Inquérito 

Na segunda, 26, o ministro atendeu ao pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e abriu um inquérito para investigar suposta atuação do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro(PL) contra autoridades brasileiras nos Estados Unidos.

“Considerando os fatos narrados e a documentação trazida pela Procuradoria-Geral da República, nos termos dos artigos 9º, inciso I, “l” e 21, inciso XV do Regimento Interno do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, DETERMINO A INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO EM FACE DE EDUARDO NANTES BOLSONARO, para apuração da suposta prática dos crimes de coação no curso do processo (art. 344 do Código Penal), obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa (art. 2º, § 1 º, da Lei 12.850/13) e abolição violenta do Estado Democrático de Direito (art. 359-L do Código Penal)“, decidiu Moraes.

O Antagonista 

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Geral

Pensão de Ana Hickmann expõe distorções nas varas de família, inclusive no RN

Foto: reprodução

O recente pedido de prisão do ex-marido da apresentadora Ana Hickmann por atraso no pagamento de pensão alimentícia chamou atenção, principalmente pelos valores envolvidos. Curiosamente, o valor fixado no processo dela é bastante inferior às pensões que vêm sendo arbitradas em algumas varas de família no Rio Grande do Norte.

No estado, é crescente o número de decisões que determinam pensões milionárias, muitas vezes totalmente descoladas da realidade financeira do alimentante. As decisões priorizam o suposto padrão de vida anterior, ignorando a efetiva capacidade financeira, o que gera obrigações completamente desproporcionais.

De acordo com o CNB (Colégio Notarial do Brasil), a média de pensão alimentícia no Brasil varia entre 20% e 30% dos rendimentos líquidos, quando há salário formal, podendo aumentar em situações específicas. Entretanto, casos que ultrapassam 50% da renda são considerados excepcionais e, muitas vezes, objeto de reforma em instâncias superiores.

Mais grave ainda é que, após proferirem decisões com forte impacto na vida das partes — tanto no aspecto financeiro quanto psicológico — alguns magistrados optam por se declarar suspeitos e se afastam dos processos. Isso ocorre mesmo após terem estabelecido medidas gravíssimas, como bloqueios de patrimônio, execuções milionárias e risco de prisão civil, transferindo a responsabilidade dos desdobramentos para outros juízes. E ainda violando princípios estabelecidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que em diversas decisões reafirma que:

“A pensão deve ser fixada dentro das possibilidades reais do alimentante, não podendo servir como instrumento de enriquecimento, punição ou vingança” (STJ, REsp 1.775.858/SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, j. 12/03/2019).

O caso Ana Hickmann serve, portanto, como um reflexo de uma distorção que atinge diretamente a Justiça no RN: fixação de pensões muito acima de qualquer parâmetro razoável, inclusive superiores às de casos midiáticos, sem a devida análise do binômio necessidade x possibilidade — princípio fundamental no Direito de Família.

É urgente que haja mais equilíbrio, responsabilidade e coerência nas decisões, garantindo que as obrigações sejam justas, exequíveis e proporcionais, protegendo os direitos de quem recebe, mas também respeitando os limites de quem paga.

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RN

Tomba Farias relata óbito e sofrimento de pacientes com o descaso na saúde pública do RN

Foto: reprodução

O deputado estadual Tomba Farias, líder do PL na Assembleia Legislativa, denunciou mais uma vez a falência da saúde pública do governo Fátima Bezerra (PT), cenário que teve como consequência a morte do cidadão de Ipanguaçu, Erivanaldo Longuin Santana, depois de esperar 26 dias por um exame de cateterismo. Segundo o parlamentar, o descaso com a saúde da população também ocorre em outros municípios do Estado, como São Gonçalo, onde o paciente Paulo Julierg Matias de Souza encontra-se no Hospital Belarmina Monte, há 41 dias, aguardando autorização para realizar uma cirurgia de diverticulite.

“Ninguém queira saber a dor que causa uma diverticulite. Esse paciente já entrou na justiça, já falei com o governo, já falei com todo mundo e não tenho mais a quem clamar. O pior é que o governo não cumpre nem determinação da justiça. A cirurgia pode ser feita no hospital Santa Catarina e no Onofre Lopes. Até quando vamos ficar falando aqui sem as providências serem tomadas?”, questionou o parlamentar, lembrando em seguida que o tema envolve “a coisa mais importante que é a vida humana”.

Tomba relatou ainda que Julierg Matias já perdeu 26 quilos. “Estamos aqui falando de vida, de família, de uma pessoa que se encontra em cima de uma cama esperando por um milagre. É preciso o governo ter vontade, agir e mandar fazer”, enfatizou.

O parlamentar municipalista destacou ainda que o paciente EriIvanaldo Santana, de Ipanguaçu, foi a óbito sem ter o direito de fazer um simples exame de cateterismo para saber se podia ser operado e ter a vida salva.

“Essa é a verdadeira situação da saúde do Rio Grande do Norte. A gente não tem mais a que recorrer. É uma vida que foi perdida e uma família que fica a depender de outras pessoas”, lamenta.

98 FM

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Brasil

Fraude no INSS: TCU manda investigar sindicato ligado a irmão de Lula

Foto: Ricardo Stuckert

O ministro Aroldo Cedraz, do Tribunal de Contas da União (TCU), acolheu representação da bancada do Novo no Congresso e determinou uma série de medidas para apurar indícios de fraudes envolvendo o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi), que tem como um dos diretores Frei Chico – irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

As irregularidades investigadas dizem respeito a descontos indevidos em aposentadorias e pensões de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

De acordo com relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), 76,9% dos beneficiários que tiveram descontos vinculados ao Sindnapi afirmaram nunca ter autorizado tais cobranças. Além disso, a receita do sindicato aumentou significativamente nos últimos anos, passando de R$ 23 milhões em 2020 para R$ 154 milhões em 2024.

A decisão determina, entre outras ações, uma inspeção específica no Ministério da Previdência, no INSS e na Dataprev. Esse trabalho tem como objetivo acessar as bases de dados e documentos desses órgãos para identificar todas as consignações realizadas nos benefícios previdenciários, os repasses feitos às entidades sindicais, os servidores públicos envolvidos e as medidas efetivas adotadas até o momento para apuração e ressarcimento dos prejuízos causados.

“Entendo necessário que a diligência proposta pela unidade técnica seja ampliada para a investigação quanto a todas as entidades associativas, bem como deve ser realizada inspeção específica para identificar todas as entidades potenciais fraudadoras e os servidores públicos que facilitaram as fraudes, para que sejam apuradas as responsabilidades devidas”, escreveu o ministro.

Além disso, o TCU exigiu que o INSS envie informações detalhadas sobre os acordos de cooperação técnica firmados desde 2020, os valores repassados mensalmente por entidade, a lista de responsáveis por cada repasse e o volume de denúncias registradas.

No despacho, Cedraz reforça ainda que todos os Acordos de Cooperação Técnica (ACT) formalizados pelo INSS, que envolvam descontos de mensalidades associativas em folha de pagamento de benefícios previdenciários, estão suspensos e devem permanecer assim até que tudo seja apurado.

As medidas, segundo o TCU, visam garantir a responsabilização das entidades e servidores envolvidos nas irregularidades.

“O sindicato do irmão do Lula não pode ficar impune diante de indícios tão graves de fraude. É um escândalo que envolve o desvio de dinheiro de aposentados, justamente os mais vulneráveis. A inspeção no Ministério da Previdência e na Dataprev é essencial para apurar responsabilidades. Vamos seguir cobrando transparência e punição exemplar para todos os envolvidos”, declarou a deputada Adriana Ventura (Novo-SP).

CNN

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Política

Crusoé: Não tem mais ambiente para Marina Silva

Foto: reprodução

A ministra do Meio Ambiente Marina Silva não tem mais lugar neste governo Lula.

Ao ser bombardeada pelos senadores na Comissão de Infraestrutura nesta terça, 27, Marina usou a cartada do sexismo, querendo dizer que estava sendo criticada pelo fato de ser mulher.

Também tentou passar a ideia de que as pressões que recebeu foram ataques pessoais.

Essas foram as duas saídas que ela encontrou para fugir de um duro interrogatório no Senado.

A verdade é que o ambientalismo radical de Marina, que segue a cartilha internacional, não tem mais espaço no Congresso, nem no governo Lula, nem no Brasil.

Biodiversidade

Por princípio, Marina tende a aprovar a criação de reservas e a reclamar de todas as obras de infraestrutura.

Mas este governo Lula é tão desenvolvimentista quanto os dois primeiros mandatos do petista.

Por causa disso, Marina está sedo obrigada a engolir vários sapos.

O maior deles é a prospecção de petróleo na foz do Rio Amazonas, que a Petrobras acabou de dar início.

Marina era contra as atividades da estatal, mas teve de aceitar a prospecção, após pressões intensas de todos os lados.

A exploração é defendida por diversos políticos do Amapá, incluindo vários que são da base do governo.

Entre eles estão Davi Alcolumbre, do União Brasil, que é presidente do Senado.

O Antagonista 

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Geral

VÍDEO: Veja momento em que Marina Silva se retira de comissão após discutir com senador

Imagem: TV Senado

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, se retirou de audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado Federal, nesta terça-feira (27/5), após bate-boca e se sentir desrespeitada por parlamentares.

“Como eu estou convidada como ministra, ou ele [o senador Plínio Valério (PSDB-AM)] me pede desculpas ou eu vou me retirar. Se como ministra ele não me respeita, eu vou me retirar”, ameaçou, momentos antes deixar a comissão.

Após ela se retirar, o presidente do colegiado Marcos Rogério (PL-RO) anunciou que, na próxima sessão da comissão, será pautada a convocação da ministra. Ou seja: ela será obrigada a comparecer. Mariana esteve no colegiado nesta terça como convidada.

Marina se retirou após provocação e Plínio Valério, que disse que ela, como mulher, merece respeito, mas que não merece respeito como ministra. “Ao olhar para a senhora, eu estou vendo uma ministra e não estou falando com uma mulher”, afirmou.

“Por que o senhor não me respeita como ministra? O senhor que disse que queria me enforcar”, questionou Marina Silva.

O episódio citado pela ministra do Meio Ambiente ocorreu em março deste ano. Na ocasião, durante evento no Amazonas, Plínio Valério disse: “A Marina esteve na CPI das ONGs por seis horas e dez minutos. Imagine o que é tolerar a Marina seis horas e dez minutos sem enforcá-la”, disse.

Metrópoles

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