Foto: reprodução
A sindicância interna da Petrobras sobre um contrato que traria um rombo de R$ 500 milhões à companhia investiga se o diretor responsável pelas negociações, William França, cogitou simular uma greve nas unidades de fertilizantes da Unigel para forçar a assinatura do negócio.
De acordo com fontes familiarizadas com a apuração, o diretor teria escrito em um chat do aplicativo para reuniões virtuais Microsoft Teams que seria preciso “marretar” uma greve para sustentar que era preciso fechar o contrato porque, do contrário, as fábricas seriam fechadas e poderia haver reação sindical e movimento grevista na petroleira.
França é diretor-executivo de Processos Industriais e já foi dirigente da Federação Única dos Petroleiros (FUP), que é um dos pilares de sustentação política do CEO da companhia, Jean Paul Prates. Atualmente, é também presidente do conselho de administração da Transpetro.
O diretor é um dos alvos da sindicância aberta no início deste mês, depois que o canal de compliance recebeu denúncias de que integrantes da gestão Prates estariam pressionando os subordinados para fechar o negócio, apesar de a área técnica da empresa ter apontado o risco de prejuízo.
O contrato sob suspeita foi fechado em 29 de dezembro de 2023, no momento em que as duas fábricas de fertilizantes da Petrobras arrendadas à Unigel em 2019 estavam paralisadas por dificuldades financeiras.
Pelo acerto, a Petrobras passaria a fornecer o gás natural para a produção e depois venderia os fertilizantes, sendo remunerada pelos resultados da operação.
Só que os técnicos da petroleira e o Tribunal de Contas da União (TCU) calcularam que o negócio provocaria um prejuízo de R$ 487 milhões em oito meses, porque os preços do gás natural estão em alta e os do fertilizante, em queda.
Em seu relatório sobre o caso, o ministro do TCU Benjamin Zymler concluiu ainda que William França driblou a governança da estatal, porque não poderia ter assinado o contrato sem o aval de instâncias superiores.
Zymler, do TCU, também rejeitou a tese de que o modelo de contrato escolhido, chamado de tolling, se justificaria pelo risco de greves caso a Unigel anunciasse demissões em seu quadro de funcionários.
“É no mínimo estranha a hipótese utilizada para justificar a contratação do tolling, aventando a possibilidade de que demissões privadas, ocorridas no âmbito do Grupo Unigel, possam desencadear movimentos grevistas no âmbito da Petrobras, sem que haja qualquer tipo de ligação entre esses funcionários privados e a estatal”, argumentou o ministro da Corte contábil.
“Se prevalecesse tal raciocínio para caracterização de risco, a Petrobras seria então impactada por movimentos grevistas sempre que empresas privadas demitissem ou deixassem insatisfeitos seu corpo de funcionários”.
A equipe da coluna apurou que a apreensão se deu, entre outras coisas, pela descoberta das mensagens no Teams. A auditoria chegou a essas mensagens porque uma das denúncias feitas ao canal de compliance dizia que, nas reuniões virtuais, França teria pressionado uma gerente a dizer que o risco de greve na Unigel era iminente.
Além de recolher os aparelhos, a diretoria de governança da Petrobras também convocou para prestar depoimento funcionários que tiveram contato telefônico e por mensagens com os dois executivos.
A apuração interna está sendo acompanhada de perto pela empresa de auditoria KPMG, a quem cabe avalizar as demonstrações financeiras da Petrobras, que têm que ser fechadas até o dia 7 de março.
Os diretores William França e Sérgio Caetano Leite foram procurados pela equipe da coluna para comentar as investigações, mas não responderam até o fechamento desta reportagem. A Petrobras também não comentou os detalhes da investigação e nem as mensagens descobertas pela auditoria interna.
A companhia, porém, divulgou uma nota oficial em que afirma que “a celebração do contrato de Tolling com a Unigel respeitou o sistema de governança da empresa e todos os trâmites e procedimentos pertinentes, inclusive quanto ao limite de competência previsto nas normas internas vigentes para aprovação dos contratos de serviço.”
Funcionário da Petrobras só vai acordar quando levar outro desconto no contracheque para pagar o rombo deixado pelos petistas.
Será? Estou em choque. PT envolvido em corrupção? Centenas de milhões de reais? Duvido muito.
No momento que essa foto foi efetivada, se a polícia gritasse pega o ladrão. não ficava niguém
VOLTARAM A CENA DO CRIME, NORMAL! ALGUÉM ESPERAVA ALGO DIFERENTE? TEM QUE SER MUITO RETARDADO PRA ESPERAR. ELEGER O PT É O MESMO QUE PLANTAR URTIGA E QUERER COLHER MAÇÃ.
Para esse governo do PT(perda total), tudo pode acontecer
O retorno parte 2, do mesmo diretor e mesmos personagens,não percam
Não tem jeito pra essa turma, meu Deus, onde eles vão a corrupção acompanha!
Deve ser engano, no governo do PT corrupção na petrobras