Economia

Eletrobras é privatizada por R$ 100 bilhões

Foto: Reprodução

A Eletrobras foi privatizada, finalmente. A companhia foi vendida por praticamente R$ 100 bilhões. Para ser preciso, R$ 96,6 bilhões. O cálculo, porém, é um pouco diferente do tradicional de uma desestatização, e isso se deve ao modelo adotado. A União Federal deixou de ser controladora da empresa. Embora o BNDES tenha vendido ações na oferta global, a perda do controle ocorreu principalmente pela diluição da participação do governo com a emissão de novas ações.

Como resultado da transação, o governo terá menos de 45% do capital social da companhia. Demorou um bocado, mas saiu. Ninguém mais acreditava, até a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) liberar o negócio e o prospecto da oferta ser publicado em seguida.

O valor da privatização é o equivalente ao novo capital social da companhia, ou seja, à nova quantidade total de ações multiplicado por R$ 42,00. Esse foi o preço que os investidores consentiram em investir no negócio. A demanda total, nesse valor, foi equivalente a duas vezes o livro, em um dos ambientes mais desafiadores para o mercado de ações desde o 11 de setembro de 2001.

Contudo, as características da empresa ajudaram a demanda a aparecer: negócio com grande ativo fixo, geração de caixa previsível e potencial de melhoria operacional muito significativo nas mãos da iniciativa privada. Do valor total da oferta, de R$ 33,6 bilhões, mais de R$ 30 bilhões vão reforçar o caixa da companhia, considerando a oferta base e mais o greenshoe.

De tudo que foi vendido, o investidor individual, de varejo, assumiu R$ 9 bilhões, ou 27%. Desse valor, R$ 6 bilhões foram recursos do FGTS colocados na empresa e o restante, por meio de participação direta adquirida por meio de corretoras.

O novo valor de mercado — se sustentado — coloca a Eletrobras entre as 10 empresas mais valiosas da bolsa brasileira, passando a superar companhias como B3, Suzano, JBS e Itaúsa. O tamanho da Eletrobras em relação à segunda maior empresa de energia listada na bolsa, a Engie Brasil, aumentou de duas para três vezes.

Nos três primeiros meses do ano, a empresa teve receita líquida de R$ 9,1 bilhões, 12% acima de igual período de 2021. O lucro líquido passou de R$ 1,6 bilhão para R$ 2,7 bilhões nessa mesma comparação. A capitalização vai reforçar o balanço do negócio de forma significativa, uma vez que ao fim de março a dívida líquida estava em R$ 20,5 bilhões — o caixa estava pouco acima de R$ 15,5 bilhões. Portanto, com os recursos novos, a liquidez da companhia mais do que dobra, considerando o ingresso líquido de capital.

Em Brasília, ainda que ninguém por enquanto leve fé, começam a ecoar, cada vez mais frequentemente, planos e desejos para privatização da Petrobras. Difícil acreditar que o projeto avance. Muito menos rapidamente. Mas é um começo. A estatal rende já bastante frutos ao governo via tributos, mais do que dividendos — mesmo elevados. A petroleira é a maior companhia da B3, avaliada atualmente em cerca de R$ 410 bilhões.

Exame

Opinião dos leitores

  1. E o Bozó vai usar essa grana em q? Aumentar o valor do auxílio Brasil??
    Servidor que rala e muuuuito n recebe reajuste QQ, nem pra amenizar essa inflação descontrolada.

    1. O choro é livre! Aceita que dói menos! A esquerda não volta nunca mais ao poder. Por que a preocupação com estatais? Se voltasse, seria uma mina de ouro a menos pra os esquerdalhas roubar.

  2. OS VAGABUNDOS PETISTAS ESQUERDOPATAS ESTAO CHORANDO UMA BOQUINHA A MESMO PARA EMPREGUISMO E ROUBAR FALTA PETROBRAS

  3. Isso, falta agora a Petrobrás, e no estado, a caern!
    Aí sim, o negócio anda,. Tem muita gente desempregada, conheço dezenas que trabalhavam na área de petróleo, hoje estão se virando como podem pra alimentar suas famílias.
    Tudo isso por conta da política sebosa que tá tomando conta de tudo e enchendo os próprios bolsos.
    E o povo,que se vire!

    1. Começou como um liberal econômico e terminou falando como um tiranete comunista. O amigo tá precisando se articular melhor. Se quer usar a ironia, tem que ficar claro para quem lê.

    2. Se privatizar o negócio vai andar, pq do jeito que tá, só tá bom pra quem é concursado e pra quem tem ações!
      Mais para o trabalhador só tem chibata!
      Privatizar é preciso, veja lá em Mossoró, o negócio tá fervendo, não são os salários melhores do mundo, mais tá empregando um monte família novamente!

  4. Menos uma boquinha para esquerda distribuir os cargos aos cumpanheiros.
    A esquerda revoltada, menos uma boquinha para chamar de sua, como fizeram com a petrobras e gritaram: “o petróleo é nosso”.
    Com o detalhe que não teve favorecimento, foi um processo aberto, público e sem empresa carimbada como ocorria nos tempos que só a Odebrecht, UTC, Camargo Correia, as empresa de Eike Batista e a JBS ganhavam.

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Geral

Cotado para o STF, Jorge Messias tem histórico de doações a candidatos da esquerda

Foto: Reprodução / Redes sociais

Jorge Messias, atual advogado-geral da União e nome favorito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ocupar a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF), tem histórico de apoio financeiro a candidaturas de partidos de esquerda. As doações estão registradas na base de dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Na eleição de 2022, Messias contribuiu com R$ 3.564 para a campanha presidencial de Lula e com R$ 2.000 para Paulo Teixeira (PT-SP), então candidato a deputado federal e hoje ministro do Desenvolvimento Agrário. Os repasses foram feitos de pessoa física.

O advogado também realizou doações em pleitos anteriores. Em 2018, destinou R$ 500 à campanha de Marivaldo Pereira (PSOL-DF) ao Senado. Quatro anos antes, contribuiu com o mesmo valor para a reeleição de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República.

Em 2010, Messias repassou R$ 1.900 para candidatos do PT, do PCdoB e para o comitê nacional petista. O histórico reforça sua ligação política e ideológica com o campo da esquerda, o que é visto dentro do governo como um fator de confiança na eventual indicação.

Lula ainda não oficializou a escolha para a vaga no STF, aberta com a aposentadoria antecipada de Luís Roberto Barroso. A definição deve ocorrer nas próximas semanas, após conversas com aliados políticos e integrantes do Judiciário.

Com informações de Folha de S.Paulo

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Geral

Lula sai em defesa da Venezuela em meio a movimentações dos EUA e diz que “destino cabe ao povo venezuelano”

Foto: REUTERS/Adriano Machado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (16) que cabe exclusivamente ao povo venezuelano decidir os rumos de seu país, em uma crítica a interferências externas. A declaração foi feita durante a abertura do congresso do PCdoB, em Brasília.

“O que defendemos é que o venezuelano é dono de seu destino e não é nenhum presidente de outro país que tem que dar palpite de como vai ser a Venezuela ou Cuba”, afirmou Lula, sem citar diretamente os Estados Unidos ou o presidente Donald Trump. O discurso ocorre em meio ao aumento da presença militar americana no Caribe.

Nos últimos meses, forças dos EUA intensificaram ações na região, incluindo ataques a embarcações em águas internacionais próximas à costa venezuelana, sob a justificativa de combate ao tráfico internacional de drogas. Em agosto, Washington anunciou uma recompensa de US$ 50 milhões pela prisão do presidente Nicolás Maduro, acusado de ligações com organizações criminosas.

Nesta semana, Trump confirmou ter autorizado a CIA a realizar operações dentro do território venezuelano. Em resposta, Maduro afirmou que “não queremos uma guerra no Caribe ou na América do Sul”. O líder venezuelano está no poder há mais de uma década e seu atual mandato não conta com reconhecimento formal do Brasil, em meio a denúncias de fraudes eleitorais.

Durante o congresso, lideranças partidárias também criticaram a postura norte-americana. A presidente nacional do PCdoB e ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, afirmou que “estamos sob ataque de um país que se julga dono do mundo”. Já o presidente do PT, Edinho Silva, classificou como “inaceitáveis” as ameaças recentes feitas contra o governo venezuelano.

Com informações da CNN Brasil

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Geral

Brasil e EUA afinam discurso e traçam agenda conjunta após reunião “muito positiva”

Foto: Divulgação/Ministério das Relações Exteriores

O governo dos Estados Unidos classificou como “muito positivas” as conversas realizadas nesta quinta-feira (16) entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio. A avaliação consta em uma declaração conjunta divulgada no início da noite, sinalizando sintonia entre os dois países e disposição para avançar em pautas comerciais e bilaterais.

No comunicado, também assinado pelo representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, as autoridades afirmam que houve “conversas muito positivas sobre comércio e questões bilaterais em andamento”. As partes concordaram em conduzir discussões em múltiplas frentes nos próximos meses e estabeleceram um cronograma de trabalho conjunto. Também ficou acordada a intenção de marcar, em breve, um encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump.

A manifestação pública conjunta não é prática comum do Departamento de Estado, o que indica um alinhamento mais estreito em relação ao conteúdo da reunião. Diferentemente de posicionamentos anteriores, o comunicado não vinculou tarifas ou sanções econômicas a decisões do Supremo Tribunal Federal nem à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o que foi visto por integrantes do governo brasileiro como um sinal de pragmatismo.

Em pronunciamento após o encontro, Mauro Vieira classificou o momento como “um início auspicioso de processo negociador” com os EUA. O chanceler também afirmou ter pedido a revisão de medidas impostas por Washington, como a suspensão de vistos e punições financeiras aplicadas a autoridades brasileiras.

Embora interlocutores ligados ao Departamento de Estado tenham minimizado o entusiasmo e reiterado que fatores políticos seguem relevantes, os sinais públicos dados pelos auxiliares de Trump indicam perda de espaço da ala mais ideológica da diplomacia americana. Essa mudança abre espaço para uma aproximação mais prática entre Brasília e Washington nos próximos meses.

Com informações da Folha de S.Paulo

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Economia

Déficit das estatais em 2025 já ultrapassa prejuízo anual recorde

Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino

As empresas estatais federais registraram déficit primário de R$ 8,3 bilhões entre janeiro e agosto deste ano, segundo dados do Banco Central. O valor já é superior ao prejuízo registrado em qualquer ano completo da série histórica, iniciada em 2001.

O resultado negativo é puxado principalmente pelos Correios, que acumularam um déficit de R$ 4,3 bilhões apenas no primeiro semestre de 2025. A empresa apresentou nesta quarta-feira (15) um plano de reestruturação para tentar equilibrar as contas, em meio a discussões sobre o desempenho e a gestão das estatais no atual governo.

Os números refletem uma deterioração gradual nos resultados das empresas públicas. Em 2022, o setor registrou superávit de R$ 6,1 bilhões. No ano seguinte, o saldo virou para déficit de R$ 2,2 bilhões. Em 2024, o prejuízo anual atingiu R$ 8 bilhões — agora já superado em apenas oito meses.

Além dos Correios, outras estatais também contribuíram para o resultado negativo no último ano, como a Emgepron (projetos navais), a Infraero (aeroportos), o Serpro (processamento de dados) e a DataPrev (tecnologia para a Previdência Social).

Especialistas ouvidos pela CNN avaliam que, até o fim de 2025, o quadro pode se agravar ou ter leve melhora, dependendo do ritmo das receitas e do controle de despesas. A tendência, no entanto, é de manutenção do déficit, especialmente em um contexto de aumento de gastos em ano eleitoral.

A série histórica mostra que, após um período de superávits expressivos — como em 2019, quando as estatais registraram saldo positivo de R$ 11,8 bilhões —, os resultados começaram a piorar de forma consistente a partir de 2023.

Com informações da CNN Brasil

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Geral

Lula classifica 2026 como “ano sagrado” e cobra que esquerda dialogue melhor com evangélicos

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (16) que 2026 será um “ano sagrado” e defendeu que a esquerda melhore sua comunicação com diferentes segmentos da sociedade, especialmente os evangélicos. A declaração foi dada durante o 16º Congresso do PC do B, realizado no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.

“Evangélico não é contra nós, nós é que não sabemos falar com eles. O erro está na gente, não está neles. Nós nos distanciamos do povo”, disse Lula, ao lado da ministra Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), presidente do PC do B. O partido integra uma federação com o PT e o PV. O presidente voltou a indicar que deve disputar a reeleição em 2026.

Mais cedo, Lula recebeu no Palácio do Planalto representantes da Assembleia de Deus Ministério de Madureira. O encontro contou com a presença do deputado federal Cezinha da Madureira (PSD-SP) e do advogado-geral da União, Jorge Messias, cotado para a vaga aberta no STF (Supremo Tribunal Federal).

No discurso ao PC do B, Lula disse que a linguagem progressista precisa alcançar camadas mais amplas da população. “Nossa linguagem e nosso discurso estão muito distantes do nível de compreensão de milhões de pessoas que gostariam de nos escutar. […] Nosso desafio é convencer os outros, que ainda não são nossos, a vir com a gente”, afirmou. Ele também criticou o foco excessivo em pautas econômicas restritas: “A gente não tem que dar muita importância para a Faria Lima, nosso discurso é para o povo”.

O presidente voltou a criticar o Congresso Nacional, afirmando que “nunca esteve tão ruim como hoje”, e classificou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como uma “figura politicamente grotesca”. Lula também fez referência à PEC da Blindagem, aprovada recentemente, questionando: “Esses dias eles aprovaram uma PEC que protegia quadrilha. Que loucura é essa?”.

Além de lideranças da federação governista, participaram do congresso ministros, parlamentares de partidos aliados e representantes dos partidos comunistas da China e de Cuba. A ministra Luciana Santos reforçou a aliança com Lula para 2026 e defendeu a “frente ampla” para isolar a extrema direita. Já Edinho Silva, presidente do PT, defendeu a reeleição de Lula e afirmou que “o fascismo foi derrotado em 2022 e em 2023, mas ainda não sofreu sua derrota final no Brasil”.

Com informações da Folha de S.Paulo

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Judiciário

Moraes solta presa do 8 de janeiro após confusão burocrática: tornozeleira, proibições e escândalo à vista

Foto: STF

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, corrigiu um erro burocrático e expediu nesta quinta-feira (16) o mandado de soltura de Alexsandra Aparecida da Silva, acusada de envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A confusão começou ontem, quando a decisão de libertá-la acabou sendo enviada para o presídio errado.

Alexsandra, que enfrenta problemas de saúde como depressão, ansiedade e nódulos nos seios, está em tratamento psiquiátrico. Por isso, a defesa pediu que ela pudesse responder ao processo em liberdade, argumento que Moraes aceitou. A investigação já foi concluída, e o ministro considerou que não há mais risco que justifique mantê-la presa.

A liberdade, no entanto, vem com regras rígidas: uso obrigatório de tornozeleira eletrônica, apresentação semanal à Justiça, proibição de sair do país e de acessar redes sociais. Além disso, o passaporte da ré foi cancelado.

Moraes justificou a decisão afirmando que a instrução processual já terminou e os autos estão prontos para julgamento, o que muda o cenário que exigia a prisão preventiva. Em outras palavras: processo em andamento, mas prisão não necessária.

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Política

Moraes reabre inquérito e coloca Bolsonaro na mira da PF por suposta trama para controlar a corporação

Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou nesta quinta-feira (16) a reabertura do inquérito que investiga se Jair Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal. O pedido veio do procurador-geral da República, Paulo Gonet, reacendendo um caso que havia sido arquivado em 2022.

O inquérito ganhou força após a saída de Sérgio Moro do Ministério da Justiça, quando ele acusou Bolsonaro de pressionar para trocar o então diretor-geral da PF, Maurício Valeixo. Na época, a própria PF concluiu que não houve interferência, mas a PGR decidiu que era preciso investigar novamente.

Mensagens enviadas por Bolsonaro a Moro em abril de 2020 confirmam a demissão de Valeixo e mostram que, no dia seguinte, ele compartilhou notícias sobre investigações da PF envolvendo deputados aliados. Para a PGR, isso pode indicar tentativa de manipulação da corporação.

A nova apuração vai analisar também a suposta conexão com a “Abin Paralela”, a propagação de desinformação e o uso do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) em movimentações políticas. O objetivo é descobrir se houve, de fato, tentativa de controle da Polícia Federal.

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Política

VÍDEO: Lula ignora apelos e indica mais um homem ao STF; Gleisi corre para “vender” compromisso com mulheres e negros

O presidente Lula caminha para fazer sua terceira indicação masculina ao STF neste mandato, e as críticas já pipocam. Em meio à pressão, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, saiu em defesa do petista nesta quinta-feira (16), minimizando a polêmica.

Gleisi ressaltou que a escolha do presidente é exclusiva e constitucional e destacou que Lula teria histórico de indicar mulheres e negros para cargos importantes, em entrevista ao Metrópoles. “Ele foi o presidente que mais indicou mulheres, seja para o Judiciário, seja para o Executivo”, disse, citando a ministra Cármen Lúcia e o ministro Joaquim Barbosa, primeiro negro do STF.

A ministra lembrou ainda que Lula indicou Verônica Abdalla Sterman para o Superior Tribunal Militar, completando a lista de mulheres que já ocupam cargos estratégicos no governo, como presidentes de bancos públicos e estatais. “Não se pode ter dúvidas sobre o compromisso do presidente com as mulheres, com questões de gênero e raça”, reforçou Gleisi.

Críticos apontam que, apesar do histórico de indicações femininas e negras, a escolha repetida de homens para o STF pode enfraquecer a percepção de compromisso com a diversidade. Para Gleisi, no entanto, a decisão é legal e pessoal do presidente, e qualquer debate sobre isso é secundário diante do histórico de nomeações do governo.

 

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Política

Eduardo Bolsonaro aposta nos EUA para driblar STF e tentar Presidência: “Não temo inelegibilidade”

Foto: Reprodução/Instagram

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) mira a Presidência da República em 2026, mas uma investigação no STF ameaça seus planos. Ele é acusado de coação judicial por tentar influenciar julgamentos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, e uma condenação poderia torná-lo inelegível.

Mesmo assim, Eduardo diz não se preocupar. Aos aliados, afirma que os Estados Unidos vão agir para viabilizar sua candidatura, segundo informações da coluna de Paulo Cappelli, do Metrópoles. Ele sustenta que ministros do STF estariam atraindo sanções de Washington caso avancem na condenação, e prevê reação do governo de Donald Trump se o Supremo seguir adiante.

O deputado defende que as sanções contra autoridades brasileiras foram definidas por Washington, não por ele, e usa isso para reforçar sua narrativa de proteção internacional. A aposta de Eduardo se baseia na ideia de que pressões externas poderiam frear decisões do STF que lhe sejam desfavoráveis.

Nos bastidores, porém, integrantes do Palácio do Planalto avaliam que o deputado está isolado. O diálogo recente entre Trump e o presidente Lula, na semana passada, não mencionou a família Bolsonaro, indicando que a relação preferencial com Washington não é garantia de apoio direto.

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Economia

Brasil ataca mercado indiano e vende 6 milhões de barris de petróleo, diz Alckmin

Foto: Ambito

A Petrobras vai fornecer 6 milhões de barris de petróleo à Índia em um ano, anunciou nesta quinta-feira (16) o vice-presidente Geraldo Alckmin, durante missão oficial em Nova Déli. O negócio coloca o Brasil como alternativa estratégica à dependência indiana do petróleo russo e reforça a presença brasileira no mercado global de energia.

Além do contrato, a estatal planeja lançar 18 blocos offshore nas bacias de Santos e Campos, o maior número de lançamentos em anos. “É recorde. São 18 blocos no ano que vem e ainda mais em terra”, disse Alckmin, destacando a ofensiva do país na produção de petróleo.

O acordo ocorre em meio à pressão dos Estados Unidos sobre a Índia, que enfrenta tarifas de até 50% sobre o petróleo russo. Mesmo assim, Nova Déli mantém forte dependência da Rússia, e a parceria com o Brasil surge como uma saída segura e estratégica para diversificar fornecedores.

No comércio, Brasil e Índia acertaram ampliar o Acordo de Comércio Preferencial Mercosul–Índia, que hoje cobre apenas 450 produtos com reduções tarifárias modestas de 10% a 20%. A meta é ambiciosa: elevar o comércio bilateral a US$ 20 bilhões até 2026, abrindo portas para agronegócio, tecnologia e energia, e fortalecendo a competitividade nacional.

 

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