Fazendo parte de um cronograma de festividades juninas que iniciou no último dia 15 e segue até dia 29 de junho em São Gonçalo do Amarante/RN, o Arraiá Quatrocentão realizou a segunda noite de competição com o Ginásio Poliesportivo Senador Luiz de Barros lotado. Aproximadamente 3 mil pessoas passaram pelo evento, que acontece até sábado (23).
Sete quadrilhas, entre estilizadas e tradicionais, marcaram presença em quadra. A responsável por abrir a noite foi a Beijoqueiros (Natal), que foi seguida da Relaxa ki Encaixa (Natal), Coração Nordestino (São Gonçalo), Sai da Frente (Natal), Junina Iluminar (Lajes Pintadas), Padre Piná (Natal) e Gingado Nordestino (Lagoa D’anta).
“Mais um dia de casa lotada e muita animação. É de arrepiar ver a interação e energia da plateia com os grupos. Isso aqui é a nossa cultura popular sendo exaltada e preservada. E, claro, estamos em São Gonçalo do Amarante, o berço da cultura popular do Rio Grane do Norte”, afirmou Rodolfo Maia, secretário de Comunicação Social e Eventos.
Ao vivo
Para quem não pode ir a São Gonçalo, na Grande Natal, a prefeitura está transmitindo todo evento ao vivo pela fanpage no facebook (https://www.facebook.com/prefeituradesaogoncalodoamarantern/). Além disso, a TV Ponta Negra, realizadora do Arraiá Quatrocentão, está fazendo cobertura do festival.
A STTU divulgou um boletim no início da manhã com pontos de alagamento em Natal após as chuvas que caem desde a madrugada.
Ponto intransitável:
Rua Presidente Sarmento – Alecrim (próximo ao mercado): intransitável
Pontos transitáveis com alerta:
Av. Nevaldo Rocha (em frente à Semtas)
Av. Nevaldo Rocha (entre a linha férrea e a Av. Cel. Estevam)
Av. Nascimento de Castro com Prudente de Morais
Avenida Interventor Mário Câmara (entre Av. Jerônimo Câmara e Cap. Mor Gouveia)
Av. Adolfo Gordo com Av. Cap. Mor Gouveia
Av. da Integração (próximo ao número 101)
Av. Cel. Estevam com Av. Antônio Basílio
Todos esses trechos estão transitáveis, mas requerem atenção redobrada por parte dos condutores.
Outros pontos de atenção no trânsito:
Av. Felizardo Moura (sentido Centro): pequena retenção
Av. Senador Salgado Filho (sentido Centro): trânsito lento
Semáforo da Rua Apodi com Av. Rio Branco: apagado
Semáforo da Rua Ulisses Caldas com Av. Rio Branco: apagado
A STTU reforça que os motoristas devem redobrar a atenção, respeitar as sinalizações e, sempre que possível, evitar vias já conhecidas por acumular água em períodos chuvosos. Para atualizações em tempo real, a população pode acompanhar os canais oficiais da Prefeitura.
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS), ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência, foi o primeiro nome escolhido pelo PT para a CPMI do INSS.
De perfil combativo e “estilo brigão”, Pimenta tem as características que o líder da bancada, Lindbergh Farias (PT-RJ), busca para compor a tropa de choque do governo.
A ideia, segundo Lindbergh disse à CNN, é ter deputados mais experientes e com capacidade de enfrentamento. A federação formada por PT, PCdoB e PV tem direito a 4 vagas na distribuição feita pela Câmara, entre membros titulares e suplentes.
Ao todo, os deputados terão direito a 15 das 30 vagas titulares da CPMI. A outra metade será indicada pelos senadores. Só na bancada do PL da Câmara, no entanto, 16 deputados já pediram para participar do colegiado.
Na câmara, o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro terá direito a seis vagas. Diante da procura, o líder Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) vai reunir a bancada na semana que vem para deliberar sobre a escolha.
“Todos terão o mesmo tratamento e vamos nos reunir para definir juntos”, afirmou à CNN.
Entre os que pediram para participar está o deputados Nikolas Ferreira (PL-MG), que tem explorado a crise do INSS nas redes sociais em vídeos com milhares de visualizações. Os deputados Coronel Fernanda (PL-MT) e Coronel Chrisóstomo (PL-RO), que recolheram assinaturas para a criação de CPIs também pleiteiam espaço.
Os trabalhos devem durar 180 dias e devem começar após a volta do recesso de julho. A presidência deve ficar com o senador Omar Aziz (PSD-AM), um aliado do Planalto.
Já para a relatoria, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sinalizou aos líderes que quer um deputado de centro.
O exército israelense disse nesta sexta-feira (20) que realizou ataques a dezenas de alvos militares no Irã durante a madrugada, incluindo a Organização de Inovação e Pesquisa Defensiva, que segundo ele estaria envolvida no desenvolvimento de armas nucleares do país.
Segundo a mídia iraniana, uma planta industrial do local, que realiza pesquisa de produção de armas, foi destruída. Porém, ali não havia pesquisas nucleares, mas sim produção de fibra de carbono, usado na confecção de mísseis.
Já o Irã disse, também nesta sexta, que não discutirá o futuro de seu programa nuclear enquanto estiver sob ataque israelense. A fala ocorre enquanto líderes da Europa buscam atrair Teerã de volta à mesa de negociações, com uma decisão sobre o possível envolvimento dos EUA –esperada para dentro de duas semanas.
Israel começou a atacar o Irã na sexta-feira passada, alegando que o objetivo era impedir que seu inimigo de longa data desenvolvesse armas nucleares. O Irã retaliou com ataques de mísseis e drones contra Israel. O país afirma que seu programa nuclear é pacífico.
Ataques aéreos israelenses mataram, segundo dados mais atualizados da Agência de Notícias de Ativistas de Direitos Humanos, 639 pessoas no Irã. Entre os mortos estão membros do alto escalão militar e cientistas nucleares.
Pelo lado de Israel, ao menos duas dúzias de civis morreram em ataques com mísseis iranianos. Os números de mortes, contudo, são imprecisos de ambos os lados.
Israel tem como alvo instalações nucleares, capacidades de mísseis e áreas civis, enquanto tenta destruir o governo do líder supremo aiatolá Ali Khamenei, de acordo com autoridades ocidentais e regionais.
“Estamos visando a queda do regime? Isso pode ser um resultado, mas cabe ao povo iraniano se levantar por sua liberdade”, disse o primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu nesta quinta-feira (19).
Israel acusou o Irã de alvejar civis deliberadamente com o uso de munições de fragmentação, que dispersam pequenas bombas por uma ampla área. A representação do Irã nas Nações Unidas não respondeu à reportagem, mas o país alega que está atacando instalações militares e de defesa em Israel –embora também tenha atingido um hospital e outras instalações civis.
O Irã disse nesta sexta que cinco hospitais já foram danificados em ataques israelenses.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou mensagem para evangélicos que participaram nesta quinta-feira, 19, da Marcha para Jesus, em São Paulo, depois de participação de um dos principais opositores da atualidade: Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, que cantou com o público e exibiu uma bandeira de Israel.
Mesmo sem agenda oficial, o petista afirmou também não ter viajado para capital paulista por “compromissos de governo”. A mensagem foi endereçada aos criadores da marcha, o apóstolo Estevam Hernandes e a bispa Sônia Hernandes, da Igreja Renascer.
“A Marcha para Jesus é muito mais do que um evento, é um ato extraordinário de fé coletiva, uma caminhada de oração, de louvor e de compromisso com um Brasil mais humano, mais justo e mais solidário”, disse Lula, em trecho do comunicado publicado pelo Planalto nesta quinta.
Nos últimos anos, as igrejas evangélicas demonstraram maior aproximação com o ex-presidente Jair Bolsonaro, o que tem feito o petista tentar uma aproximação da corrente religiosa. No comunicado, o presidente diz ser cristão e elogia a multidão que tomou conta da região central de São Paulo com destino ao Campo de Marte, na zona norte da capital.
“Como cristão, me emociono com a alegria que brota da fé do nosso povo. E como presidente da República, reafirmo, em cada gesto de governo, meu compromisso com a liberdade religiosa e com o respeito à diversidade de crenças, porque a pluralidade religiosa é uma das maiores riquezas da nossa democracia. Nosso governo tem promovido o diálogo inter-religioso, respeitado as diferentes crenças, e valorizado o papel das igrejas na construção de um Brasil mais justo e solidário”, disse.
A noite dessa quinta-feira (19) foi marcada pelo enorme público na abertura do maior São João de Natal no polo da Zona Oeste. Milhares de pessoas estiveram presentes para curtir a primeira grande noite de festa junina, que teve shows de Jarbas do Acordeon, Cavaleiros do Forró e Eliane.
Em noite histórica, a banda Cavaleiros do Forró levou uma verdadeira multidão ao delírio em Natal. Do início ao fim do show, o público cantou em coro todos os sucessos, transformando o evento em um espetáculo emocionante. Foi forró, saudade e energia do começo ao fim — Natal viveu uma noite inesquecível.
Foto: Divulgação
Com mais de 40 shows no período junino, a banda potiguar saiu do seu roteiro só para prestigiar o São João de Natal, que está se consagrando ainda mais esse ano.
A programação segue ao longo dos próximos dias, levando cultura, música e tradição junina na capital potiguar.
O Botafogo chocou o mundo do futebol, na noite desta quinta-feira (19), ao vencer por 1 a 0 o Paris Saint-Germain, atual campeão da Champions League, pela Copa do Mundo de Clubes.
Com a vitória histórica, os campeões da Libertadores chegam aos seis pontos no grupo B, com 100% de aproveitamento, e estão muito perto da vaga nas oitavas de final — entenda os cenários.
O gol da partida foi marcado pelo centroavante Igor Jesus, aos 35 minutos do primeiro tempo, levando à loucura a barulhenta torcida do Botafogo presente ao estádio Rose Bowl, na Califórnia, palco do tetracampeonato da Seleção Brasileira.
PSG mexe no time e é surpreendido pelo Botafogo
Técnico do PSG, o espanhol Luis Enrique mexeu algumas peças do time após o golear o Atlético de Madrid por 4 a 0 na estreia. Marquinhos, João Neves, Fábian Ruiz e Nuno Mendes foram sacados por Beraldo, Zaïre-Emery, Mayulu e Hernandez.
Já Renato Paiva fortaleceu o meio de campo, escalando o volante Allan na vaga do atacante Mastriani, para diminuir os espaços do times francês e explorar possíveis contra-ataques.
Foi o que aconteceu: o PSG teve 75% da posse de bola no primeiro tempo, assustou o goleiro John, mas foi para o intervalo perdendo para o time brasileiro graças a uma saída rápida do Botafogo.
Artur tirou a bola de Kvaratskhelia, acionou Marlon Freitas, que passou para Savarino. O venezuelano lançou Igor Jesus na velocidade, o atacante fintou Pacho, bateu rasteiro, a bola desviou no zagueiro e matou Donnarumma.
Valente, o Botafogo voltou para o segundo tempo na mesma toada do primeiro, deixando a bola com o PSG, mas fechando os espaços dos pontas Kvaratskhelia e Doué, armas mais fortes do time francês.
Tanto que por até o fim do segundo tempo, a melhor chance do PSG havia saído de uma bola parada. Vitinha cobrou falta aos 6 minutos, Mayulu desviou e John fez uma defesa milagrosa, no reflexo.
Nos acréscimos, Kvaratskhelia cobrou uma falta perigosa, mas a bola passou por cima do gol de John.
A partida seguiu até o fim com pressão e domínio total do time de Paris, mas ineficiente. O tempo foi passando e o que antes parecia improvável, um sonho para a torcida do Botafogo, que estava na Série B até 2021, virou realidade.
Histórico parceiro do Partido dos Trabalhadores (PT), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) deixou de ser um aliado estratégico e passou a figurar como fonte constante de desgaste político para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Cobranças públicas, invasões e críticas diretas ao Palácio do Planalto têm exposto a fragilidade da articulação política do Executivo e o impasse em torno da pauta agrária.
O mais recente capítulo dessa tensão envolve a pressão aberta pela saída do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira. O MST acusa o titular da pasta de não cumprir promessas relativas a assentamentos e de travar o andamento da reforma agrária. Na avaliação de lideranças do movimento, o governo se perde em anúncios vazios e compromissos não executados, aprofundando a insatisfação no campo.
Em declarações à imprensa e em manifestações como a ocorrida na Câmara de Vereadores de Votuporanga (SP), a atuação do ministro vem sendo criticada. Teixeira foi chamado de “ministro promessinha” por um coro de militantes que participavam de uma audiência pública em maio. Além disso, lideranças históricas do movimento têm afirmado que o ministro “fala sempre a mesma coisa” e inventa “números que não são reais”.
Um dos líderes do movimento no Rio Grande do Sul, Ildo Pereira afirmou que existe insatisfação diante de uma série de demandas locais, estaduais e até nacionais. “Nós não estamos tão simpáticos a alguns anúncios do governo para a reforma agrária”, disse Pereira à Gazeta do Povo.
Para o líder da oposição, deputado Luciano Zucco (PL-RS), o governo do PT conseguiu a “proeza de transformar um antigo aliado em problema”. “O MST hoje não está satisfeito com pouco, quer mais poder, mais cargos e, agora, quer até escolher o ministro do Desenvolvimento Agrário”, afirmou Zucco.
Assim, a crise com o MST – antes limitada a críticas da oposição e de setores do agronegócio por causa das invasões – ganha contornos de problema político com ainda mais fôlego.
A Gazeta do Povo procurou o MST para obter um posicionamento oficial a respeito das queixas relacionadas ao ministro Paulo Teixeira, mas o movimento preferiu não se posicionar.
O ministro Paulo Teixeira, por sua vez, minimizou as críticas. “Ao contrário de governos anteriores, respeitamos as manifestações. As cobranças fazem parte da dinâmica dos movimentos sociais”, disse o ministro por meio de nota enviada pela assessoria.
MST cobra promessas não cumpridas
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, desde 2023 para cá, já foram homologados cerca de 38 mil novos lotes para famílias sem terra em todo o Brasil.
Os números do governo, no entanto, não atendem à demanda apresentada pelo MST. No começo de maio, o MST reforçou o pedido de assentamento prioritário de 65 mil famílias que estariam acampadas há mais de 20 anos. Ao todo, o movimento afirma que há 120 mil famílias à espera de terras. Um pedido de R$ 1 bilhão no Orçamento para a reforma agrária também fez parte das reivindicações. A estimativa do movimento é de que, com R$ 100 milhões, em média 4 mil famílias podem ser assentadas.
“Ainda não estamos satisfeitos com a proposta do MDA [Ministério do Desenvolvimento Agrário] sobre o tema da obtenção de terra. O MST está pressionando muito para que o governo se comprometa que ano que vem vá assentar todas as famílias acampadas, são 65 mil”, disse o coordenador nacional do movimento, João Paulo Rodrigues, em matéria publicada em novembro de 2024 na página do MST.
Em nota à Gazeta do Povo, Teixeira afirmou que as metas de novos lotes de assentamentos estão sendo cumpridas. “O objetivo do governo é entregar 60 mil novos lotes em assentamentos tradicionais até 2026. Para 2025, a meta é de 30 mil novos lotes em assentamentos e até maio, faltando mais da metade do ano, já foram entregues mais de 15 mil lotes. Isso significa que, depois do desmonte realizado pelos governos anteriores, a reforma agrária no Brasil retomou o ritmo dos primeiros governos do presidente Lula”, diz a nota do ministro.
Ainda assim, integrantes do MST têm feito críticas recorrentes à gestão petista. “Nossa expectativa é que o Lula reassuma o compromisso que ele fez”, disseram Maurício Roman e Lara Rodrigues, dirigentes nacionais do movimento no Rio Grande do Sul, ao Poder360, em 29 de maio. “Não é que a gente está pedindo a cabeça do ministro. O Lula tem total autonomia. Mas todos os acordos que fizemos com ele [Paulo Teixeira] até agora não foram cumpridos”.
Foto: Murtadha Sudani/Anadolu Agency via Getty Images
O Kataib Hezbollah, milícia xiita que faz parte das Forças de Mobilização Popular do Iraque (PMF), disse que bases dos Estados Unidos no Oriente Médio podem ser atacadas, caso o país entre no conflito entre Israel e Irã. A ameaça foi divulgada nesta quinta-feira (19) pelo líder de segurança do grupo, Abu Ali al-Askari.
“Reafirmamos, com ainda mais clareza, que, caso os Estados Unidos entrem nesta guerra, o desequilibrado Trump perderá todos os trilhões que sonha em angariar nesta região”, afirmou al-Askari. “Sem dúvida, as bases americanas espalhadas pela região tornar-se-ão semelhantes a campos de caça a patos”.
Além disso, o líder do grupo iraquiano — que possui ligações com o Hezbollah libanês — ameaçou fechar importantes rotas de navegação no Oriente Médio. Entre eles, o Estreito de Ormuz, entre os golfos Pérsico e de Omã, e a hidrovia de Bab-el-Mandeb, no Mar Vermelho.
Apoio declarado
Mais cedo, o Hezbollah no Líbano declarou apoio ao Irã na guerra contra Israel. Ambos os grupos são supostamente apoiados pelo regime iraniano.
Até o momento, os planos de Donald Trump para o conflito, que se arrasta por sete dias, ainda não são claros. O presidente norte-americano, contudo, já disse que não busca mais um cessar-fogo para a guerra, mas sim uma “vitória completa” contra o Irã.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) intensificou a reserva de emendas a congressistas nos últimos dias e priorizou partidos de centro e o PT.
A sigla que mais teve dinheiro empenhado de 12 de junho até quarta-feira (18), os últimos dados disponíveis, foi o PSD: R$ 95,2 milhões. O União Brasil fica em 2º no ranking, com R$ 83,3 milhões a mais no período analisado. No total, desde o início do ano, as duas siglas somam R$ 102,8 milhões e R$ 88,9 milhões, respectivamente.
Os petistas vêm em 3º lugar com mais dinheiro em novas emendas: ganharam R$ 80,1 milhões nos últimos dias. Têm R$ 93,5 milhões reservados no ano.
As emendas reservadas na última semana foram majoritariamente para siglas que têm ministérios. Essas legendas tiveram ganhos que somam R$ 517,3 milhões (75,7% de tudo que foi liberado nos últimos dias).
Foto: Poder 360
A prioridade dada a partidos do Centrão e ao PT evidencia um cenário que é alvo de críticas de congressistas de partidos que formam a base de sustentação do governo Lula no Congresso. Integrantes de PSB, Rede e Psol, por exemplo, dizem que são escanteados pelo Planalto, que já conta com o voto dos congressistas dessas legendas.
O objetivo principal dessa derrama de dinheiro é tentar salvar o decreto de Fernando Haddad (Fazenda) que aumenta o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
A Câmara aprovou na 2ª feira (16.jun) o requerimento de urgência ao PDL (Projeto de Decreto Legislativo) 314 de 2025, que revoga a medida. Agora, a proposta pode ser votada no plenário a qualquer momento. O Planalto tenta reverter o jogo e evitar uma derrota na votação final, que deve ser realizada só em julho.
Até agora, foi empenhado só 1,5% do total reservado para o ano, entre emendas individuais, de comissão e de bancada. O valor pago foi ainda menor do que isso: só 0,01%.
O ritmo acelerou nos últimos dias, mas ainda é lento. Deputados e senadores reclamam da demora. Estão preocupados em ter o que mostrar no início de 2026 em seus redutos eleitorais.
Se a Câmara decidir que a proposta não é suficiente e votar por acabar com a alta do IOF, o governo contará com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), para fazer uma barreira de contenção no Senado. Só que aliados do presidente da Casa afirmam ser difícil ele segurar o projeto caso a insatisfação perdure.
Empenhar as emendas significa reservar parte do Orçamento para assegurar que determinado gasto possa ser realizado futuramente. É diferente da etapa de pagamento, quando o dinheiro efetivamente sai dos cofres públicos.
Os dados acima são do Siop (Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento) e podem ser ligeiramente diferentes das informações do Siga Brasil, do Senado.
A tendência é que nesta 2ª metade do ano haja um intensivo maior para o pagamento das emendas. Essa fisiologia pode ajudar Lula a avançar com algumas pautas, diminuindo o mau-humor dos deputados.
O presidente Lula disse não saber se o PT queria mesmo acabar com o orçamento secreto. Lula afirmou ainda que não derruba medida porque não tem maioria no Congresso, em entrevista ao Podcast Mano a Mano, apresentado pelo rapper Mano Brown.
Lula disse também que fez um acordo com deputados para destinar grande parte das emendas a programas do Governo Federal. Para o presidente, “houve uma certa moralização na relação entre [os poderes] legislativo e executivo”.
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