Foto: Douglas Pingituro/Reuters
A construção das estruturas temporárias para a COP30, em Belém (PA), custou pelo menos R$ 211 milhões. Nesta quinta-feira (20/11), parte dessas estruturas — pavilhões da chamada Blue Zone, onde ocorrem as negociações — pegou fogo.
Segundo o Ministério da Saúde, 21 pessoas receberam atendimento médico após o incêndio. Dezenove casos estão relacionados à inalação de fumaça, e duas pessoas tiveram crise de ansiedade, mas não há relatos de feridos ou queimados.
A empresa responsável pelas estruturas temporárias é o Grupo DMDL, de Barueri (SP). Em março deste ano, a DMDL foi declarada vencedora de uma licitação realizada pela Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI), entidade internacional incumbida pelo governo brasileiro de organizar a COP30.
Além dos pavilhões, o Grupo DMDL também construiu o Hotel Vila COP, um complexo erguido para hospedar as delegações estrangeiras.
A licitação da OEI para a COP30 foi dividida em dois lotes. O maior deles foi o chamado Lote Azul, que diz respeito às estruturas temporárias, como os pavilhões da Blue Zone. O valor inicial deste lote era de R$ 423,5 milhões, mas a DMDL ganhou o certame oferecendo um desconto de 50% em relação ao preço inicial.
Em abril, a OEI confirmou a vitória da DMDL no certame, por R$ 211 milhões. A coluna Andreza Matais procurou a DMDL para comentários, mas ainda não há resposta. O espaço segue aberto.
Metrópoles
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➡️OEI (Organização dos Estados Ibero-Americanos) firmou contratos sem licitação, sendo o mais notável um acordo de cooperação de R$ 478,3 milhões com o governo federal para a organização da COP30. A contratação foi feita por dispensa de licitação, justificada pela natureza internacional do acordo e pela expertise da OEI. No entanto, o Tribunal de Contas da União (TCU) questionou o contrato por falhas, como a falta de estudos que comprovem a vantajosidade da contratação.
Já dizia o meu avô: Com pólvora alheia, se atira de longe.
Alô TCU
Já dizia minha vó, ” o que vem fácil, vai fácil”.