Cerca de cem mil pessoas do Rio Grande do Norte e de estados vizinhos participaram no final da tarde desta segunda-feira, 22, na cidade de Santa Cruz, da procissão de Santa Rita de Cássia, umas das mais expressivas manifestações religiosas da região Nordeste. Logo nas primeiras horas da manhã da segunda-feira, a chamada “Cidade Santuário” já contabilizava cerca de 70 ônibus e vans que transportavam os romeiros devotos da Santa.
Para o padre Vicente, pároco de Santa Cruz, a paz foi a principal característica das festividades de Santa Rita de Cássia, que teve início no último dia 13 e encerrou-se ontem com a grande procissão. “Tudo ocorreu em um clima de paz e de fé sem nenhuma alteração”, começou.
Idealizador do Santuário de Santa Rita de Cássia, onde se encontra a maior imagem católica do mundo, o vice-presidente da Assembleia Legislativa do RN, deputado Tomba Farias, falou da grandiosidade do evento. “É motivo de muita satisfação a gente ver hoje o fruto daquilo que a gente plantou. O turismo religioso e a festa da nossa padroeira já fazem parte da história da fé no nosso Brasil”, disse o parlamentar, destacando em seguida que a inauguração do teleférico irá consolidar de vez Santa Cruz como um dos mais importantes polos do turismo religioso do país.
Tomba ressaltou que a fé em Santa Rita atraiu pessoas de Pernambuco, Paraíba, Ceará e até mesmo do Rio de Janeiro.
De acordo com o prefeito Ivanildo Ferreira, a festa de Santa Santa Rita de Cássia é o maior patrimônio da cidade e de toda a região. “Santa Cruz por ser uma ‘Cidade Santuário’, a gente sente essa força espiritual emanada pela procissão. Desde desde o dia 13 desse mês que comemoramos a padroeira da nossa cidade”, enfatizou.
Ocorredor de espera para doação de sangue do Hemocentro do Rio Grande do Norte (Hemonorte) enfrenta um cenário crítico em 2025. Das 800 bolsas semanais necessárias para manter o estoque adequado, a unidade conta atualmente com apenas cerca de 100 bolsas, correspondendo a 12,5% do volume suficiente para atender à demanda hospitalar.
A diretora de Hemoterapia do Hemonorte, Ivana Vilar, explica que a situação persiste desde o início do ano, afetando quase todos os tipos sanguíneos. “O governo investiu em leitos de UTI e em ações para reduzir a fila de cirurgias, mas tudo isso consome muito sangue. Continuamos com a mesma estrutura e número de servidores, o que dificulta aumentar o estoque, não apenas pela falta de doadores, mas também pela sobrecarga”, afirmou.
No momento, a unidade não possui estoque regular, contando com sangue suficiente apenas para um dia. Todos os tipos sanguíneos, exceto o B positivo — que ainda apresenta quantidade considerada adequada —, são utilizados apenas em situações de urgência. Para manter um estoque seguro, seria necessário que entre 200 e 220 pessoas doassem diariamente.
Maria de Lourdes, 57, doadora voluntária frequente, contou que, mesmo aposentada, se sente na obrigação de sair de casa para ajudar a salvar vidas. “Para mim é gratificante demais. Deixo qualquer obrigação de lado e venho doar. É muito importante”, disse.
A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) retoma nesta quinta-feira (11), a partir das 14h, o julgamento dos réus acusados de uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A ministra Cármen Lúcia será a primeira a votar no dia e terá papel decisivo para destino de réus. Sua manifestação pode empatar o placar pela absolvição de Bolsonaro ou formar maioria para condenar os acusados.
Os votos favoráveis à condenação integração vieram do relator, ministro Alexandre de Moraes, e de Flávio Dino. Segundo eles, todos os réus devem ser responsabilizados pelos crimes apontados pela PGR (Procuradoria-Geral da República). Apesar disso, Dino considera que Augusto Heleno, Alexandre Ramagem e Paulo Sérgio Nogueira devem ter penas reduzidas.
Luiz Fux abriu divergência ao absolver seis dos oito réus do núcleo considerado crucial para o suposto plano de golpe pela PGR e condenando apenas o tenente-coronel Mauro Cid e Walter Braga Netto por tentativa de Abolição do Estado Democrático de Direito.
Com o cenário, Braga Netto e Cid réus são os únicos réus com maioria formada pela condenação por pelo menos um crime.
A sessão desta quinta estava prevista para começar pela manhã, mas foi remanejada pelo presidente do colegiado, Cristiano Zanin, após o extenso voto do ministro Luiz Fux, que durou quase 14 horas, e terminou no fim da noite da quarta.
Restam apenas Cármen Lúcia e o próprio presidente do colegiado para encerrar a análise das questões preliminares e do mérito da acusação da PGR.
Em caso de formação de maioria para condenação, após todos os ministros votarem, o colegiado vai discutir a dosimetria das penas para os condenados.
Os réus são acusados de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado contra o patrimônio público da União e deterioração de patrimônio tombado.
Apenas Alexandre Ramagem é acusado de três crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Dois crimes foram suspensos após decisão da Câmara dos Deputados e homologação parcial pela Primeira Turma do STF.
Os primeiros depoimentos colhidos pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS contrariam a versão defendida até o momento pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de que a gestão do petista teria sido a responsável por descobrir e interromper os desvios indevidos nos benefícios dos aposentados.
Ao contrário, o que emerge é o fato de que o governo – em particular o Ministério da Previdência Social e o INSS – sabia dos problemas desde o começo do atual mandato, em 2023. Mas não só não interrompeu os repasses para as entidades, como defendeu a continuidade dos descontos nas aposentadorias.
Ex-presidente do INSS defendeu entidades
Na última quinta-feira (4), a CPMI inquiriu a diretora de Auditoria de Previdência da Controladoria-Geral da União (CGU). No encontro, ela falou sobre uma reunião em agosto passado com o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. Na época, a CGU já havia concluído uma auditoria mostrando que a maioria dos descontos era indevida.
“A minha pergunta é: por que, depois dessa descoberta de 97% da amostra com desconto irregular, não foi recomendada a sustação de forma imediata?”, perguntou a deputada Adriana Ventura (Novo-SP).
“O argumento do INSS (à época, sob Alessandro Stefanutto) é: ‘Vou deixar meus aposentados sem plano de saúde, sem auxílio-funeral. Essas entidades estão provendo isso ao aposentado’”, narrou a auditora da CGU. Segundo ela, a CGU ainda estava averiguando, à época, se as entidades prestavam de fato esse tipo de serviço.
O órgão pediu ao INSS que suspendesse os repasses nos casos em que já estava claro que não havia prestação de serviço, disse ela.
Atual nº 2 do Ministério da Previdência sabia de desvios
Ainda no fim do mês passado, a CPMI do INSS ouviu, como sua primeira testemunha, a defensora pública Patrícia Bettin Chaves, que é coordenadora de Assuntos de Previdência Social na Defensoria Pública da União (DPU).
Ela falou à CPMI sobre a atuação do Grupo de Trabalho Interinstitucional (GTI), criado em fevereiro de 2024, com representantes do Ministério Público Federal (MPF), da Advocacia-Geral da União (AGU), do Tribunal de Contas da União (TCU) e dos ministérios da Previdência e do Desenvolvimento Social, além da CGU, do INSS e da própria DPU. Esse grupo tinha como missão apurar os descontos indevidos.
Um dos integrantes do grupo era o atual secretário-executivo do Ministério da Previdência, Adroaldo da Cunha Portal.
“Se ele estava dentro desse grupo, que estava discutindo os descontos indevidos (…), se ele trabalhava já então com Wolney (Queiroz, atual ministro da Previdência), que era já secretário-executivo no ministério… como é que ele não levou isso para o Wolney?”, questiona o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS).
“O que vimos até aqui é um retrato vergonhoso: enquanto o governo Lula falava em cuidar do povo, a auditoria da CGU mostrou que, a partir de 2023, o número de descontos fraudulentos explodiu. Só no primeiro ano desse governo, foram R$ 1,3 bilhão em descontos ilegais, e, em 2024, esse rombo já ultrapassava R$ 3 bilhões”, compara o deputado Fábio Costa (PP-AL).
“É inaceitável que o governo tente aliviar sua responsabilidade dizendo que está ‘devolvendo’ os recursos. Não está! Está usando o dinheiro suado do contribuinte para tentar cobrir o rombo causado por criminosos. Isso é um duplo prejuízo para o povo brasileiro”, diz Adriana Ventura.
“O que precisamos, de fato, é recuperar integralmente o que foi desviado e punir, com todo o rigor da lei, os responsáveis por essa fraude institucionalizada e agravada por muitos que sabiam e nada fizeram”, diz ela.
Com um voto que traz um claro contraponto ao que foi apresentado anteriormente na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luiz Fux defendeu a anulação do processo contra os réus do chamado núcleo crucial da suposta tentativa de golpe de Estado. Em sua deliberação, o magistrado entendeu que o caso não seria de competência da Suprema Corte e que houve cerceamento de defesa.
Além disso, Fux também votou pela improcedência das acusações contra os réus pelo crime de organização criminosa armada. Ao apresentar seus argumentos, o ministro proferiu diversas frases marcantes e que repercutiram nos noticiários ao longo da manhã desta quarta-feira (10).
Confira algumas delas:
– Juízo político
“Não compete ao STF realizar um juízo político, conveniente ou inconveniente, apropriado ou inapropriado. Compete a este tribunal afirmar o que é constitucional ou inconstitucional, legal ou ilegal”.
– Foro competente
“Os réus desse processo, sem nenhuma prerrogativa de foro, perderam os seus cargos muito antes do surgimento do atual entendimento. O atual entendimento é recentíssimo, deste ano”.
– Anulação total
“A minha primeira preliminar, ela anula completamente o processo por incompetência absoluta”.
– Tsunami de dados
“Salta aos olhos a quantidade de material comprobatório apreendido. Foi um verdadeiro ‘tsunami de dados’, bilhões de páginas entregues às defesas em prazo exíguo”.
– Imparcialidade
“O juiz deve acompanhar a ação penal com distanciamento, não apenas por não dispor de competência investigativa ou acusatória, como também pelo necessário dever de imparcialidade”.
– Responsabilização por dano
“Um acusado não pode ser responsabilizado por um dano provocado por terceiro. Especialmente se não houver a prova de qualquer vínculo ou determinação direta”.
– Certeza para condenação
“Aqui reside a maior responsabilidade da magistratura: condenar quando há certeza e, o mais importante, humildade para absolver quando houver dúvida”.
– Organização criminosa
“A denúncia não narrou, em qualquer trecho, que os réus pretendiam praticar delitos reiterados de modo permanente, como exige o tipo de organização criminosa”.
– Deliberação no Plenário
“Ao rebaixar a competência original do plenário para uma das turmas, estaríamos silenciando as vozes de ministros que poderiam esterilizar a forma de pensar sobre os fatos”.
– Banalização do foro
“A prerrogativa de foro sofreu inúmeras modificações. Houve certa banalização dessa interpretação constitucional”.
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Congressistas alinhados ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usaram seus perfis nas redes sociais nesta quarta-feira (10) para criticar o ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Fux integra a 1ª Turma do STF, que julga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 7 réus por uma suposta tentativa de golpe de Estado. Na leitura de seu voto (que ainda não terminou), defendeu a anulação do processo no Supremo e votou para absolver os 8 réus pelo crime de organização criminosa.
A deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) xingou Fux:
Foto: Reprodução/X
Leia mais reações de congressistas:
Fotos: Reprodução/X
A BELEZA DO DIREITO
Já na avaliação do advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que, para ele, o voto divergente de Fux “só reforça a importância deste julgamento e a completa independência do Supremo Tribunal”.
“Ele [Fux] ficará vencido em um julgamento que garantiu todo o direito de defesa, e é nesta divergência que reside a beleza do direito. A unanimidade nem sempre é a melhor solução”, afirmou.
JULGAMENTO DE BOLSONARO
A 1ª Turma do STF julga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 7 réus por tentativa de golpe de Estado. O Supremo já ouviu as sustentações orais das defesas de todos os réus. Agora, serão os ministros a votar. Na 3ª feira (9.set), o ministro Flávio Dino acompanhou o ministro Alexandre de Moraes e votou pela condenação de Bolsonaro.
A expectativa é que o processo seja concluído até 6ª feira (12.set), com a discussão sobre a dosimetria das penas.
Integram a 1ª Turma do STF:
Alexandre de Moraes, relator da ação;
Flávio Dino;
Cristiano Zanin, presidente da 1ª Turma;
Cármen Lúcia;
Luiz Fux.
Além de Bolsonaro, são réus:
Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin;
Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
Augusto Heleno, ex-ministro de Segurança Institucional;
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência;
Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.
O núcleo 1 da tentativa de golpe foi acusado pela PGR de praticar 5 crimes: organização criminosa armada e tentativas de abolição violenta do Estado democrático de Direito e de golpe de Estado, além de dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Se Bolsonaro for condenado, a pena mínima é de 12 anos de prisão. A máxima pode chegar a 43 anos. Se houver condenação, os ministros definirão a pena individualmente, considerando a participação de cada réu. As penas determinadas contra Jair Bolsonaro e os outros 7 acusados, no entanto, só serão cumpridas depois do trânsito em julgado, quando não houver mais possibilidade de recurso.
Por ser ex-presidente, se condenado em trânsito julgado, Bolsonaro deve ficar preso em uma sala especial na Papuda, presídio federal em Brasília, ou na Superintendência da PF (Polícia Federal) na capital federal.
Quem julga diferente deve voltar aos bancos acadêmicos. Fux, parabéns pela sua coragem, inteligência, competência e honestidade em separar o político do jurídico.
Após mais de 12 horas de sessão, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou pela absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de todos os crimes denunciados pela Procuradoria-Geral da República por uma suposta trama golpista para impedir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de assumir o poder. Ele manteve a mesma postura com outros cinco réus. Em sessão nesta quarta-feira (1o/9), na Primeira Turma do STF, Fux divergiu de Alexandre de Moraes e Flávio Dino, que votaram pela condenação de todos os réus.
O placar até o momento está em 2 a 1 pela condenação dos réus. Após Fux, votam os ministros Cármen Lúcia e o presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin. A sessão está marcada para começar às 14h da quinta (11/9). No fim, será feita a dosimetria das penas, quando a punição exata para cada réu é definida.
Em outras manifestações nesta quarta, Fux votou pela condenação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator da suposta trama golpista, apenas pelo crime de abolição do Estado Democrático de Direito, livrando-o de outros quatro crimes. O mesmo procedimento foi adotado com Walter Braga Netto, (general e ex-candidato a vice de Bolsonaro). Com isso, já há maioria pela condenação dos dois por um dos crimes.
No caso do almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, o ministro votou pela absolvição pelos cinco crimes indicados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), assim como fez com Bolsonaro. Fux também votou pela absolvição do general Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa), do general Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional – GSI) e de Anderson Torres (ex-ministro da Justiça) de todos os crimes. Fux analisou as imputações ao réu Alexandre Ramagem (deputado federal e ex-diretor da Abin) e também as considerou improcedentes.
Os crimes indicados pela PGR são organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça contra patrimônio da União (exceto Alexandre Ramagem); e deterioração de patrimônio tombado (exceto Ramagem).
Jair Bolsonaro
Luiz Fux começou a analisar o caso do ex-presidente Jair Bolsonaro por volta das 18h10. Ao começar o voto, Fux disse que crimes precisam ser provados. Ao longo da manifestação sobre Bolsonaro, o ministro disse, mais de uma vez, que não conseguiu identificar, na denúncia e nem nas provas, indicativo de participação do ex-presidente nos crimes. No final, votou pela absolvição total de Bolsonaro.
Mauro Cid
Mais cedo, ao votar em relação a Mauro Cid, Fux livrou o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator da suposta trama golpista, do crime de organização criminosa. Mas votou para condenar Cid por tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito (o ministro considerou que outro crime, o de Golpe de Estado, foi absorvido pelo de abolição). Com isso, o STF já tem maioria para condenar o delator por pelo menos um crime do total de cinco.
Em seu voto, Fux ainda livrou Cid da condenação por dano pela violência e grave ameaça contra patrimônio da União: “Mauro Cid não pode ser responsabilizado”, disse. Ele também considerou improcedente a condenação por deterioração violenta do patrimônio.
Almir Garnier
Em relação ao ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, Luiz Fux também considerou improcedente atribuir o crime de organização criminosa ao almirante. O ministro ainda rejeitou os crimes de dano qualificado e dano ao patrimônio no caso do militar. Também julgou improcedentes os demais crimes. Com isso, Garnier também foi absolvido, conforme o voto de Fux.
Braga Netto
No caso de Braga Netto, Luiz Fux fez voto semelhante ao de Mauro Cid. Votou pela condenação do general por abolição do Estado Democrático de Direito e pela absolvição nos demais crimes denunciados pela PGR.
Paulo Sérgio Nogueira
Por volta das 21h, Luiz Fux se debruçou sobre o caso do general Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa). Ele também pediu a absolvição do militar de todos os crimes a ele imputados.
Augusto Heleno
Por volta das 21h40, o ministro Fux começou a analisar o caso do general Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional – GSI). Ele votou pela absolvição em todos os crimes.
Anderson Torres
Por volta das 22h, Luiz Fux passou a analisar as imputações a Anderson Torres (ex-ministro da Justiça). Ele também votou pela absolvição de todos os crimes.
Alexandre Ramagem
O último a ter o caso analisado foi o atual deputado federal Alexandre Ramagem (ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência – Abin). Fux votou pela absolvição dele nos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Ele não é réu pelos outros crimes pelo fato deles terem ocorrido após a diplomação dele.
Podem criticar como quiserem, porém, entretanto, foi o voto mais técnico dado por um ministro do STF, um voto técnico sem viés ideológico. Isso nos faz acreditar que o Brasil ainda tem jeito.
Quem entrou para ser julgado no STF (Supremo Tribunal Federal) foi o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Mas quem está saindo julgado junto é o próprio Supremo. Desta vez, por obra de um de seus integrantes, o ministro Luiz Fux.
Fux absolveu Bolsonaro dos cinco crimes dos quais era acusado — entre eles, o de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. Curiosamente, esse mesmo crime motivou a condenação de dois de seus subordinados: o então ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, e seu vice-presidente, general Braga Netto. O chefe foi absolvido, enquanto os subordinados foram condenados?
No entanto, Fux não absolveu apenas Bolsonaro — ele também questionou severamente o próprio Supremo. Para começar, afirmou que o STF sequer deveria estar julgando esse processo penal. E, se de fato estivesse, o julgamento deveria ocorrer no plenário, e não em uma de suas turmas.
Mas Fux foi muito, muito além. Em seu voto, afirmou: “Ao contrário de outros poderes, não compete ao Supremo Tribunal Federal realizar juízo político”. E prosseguiu: “O papel do julgador não pode ser confundido com o de ator político”.
Para absolver Bolsonaro, Fux tratou de desmontar todos os pontos da acusação, à qual atribuiu a incapacidade de diferenciar entre provas e interpretações. Até aqui, poderia-se dizer que se trata de um debate jurídico comum, dentro dos limites da atuação dos operadores do Direito.
Contudo, o que Fux expôs foi algo maior: uma profunda rachadura dentro do próprio Supremo quanto ao seu papel diante de circunstâncias particularmente delicadas.
O STF encontra-se sob ataque — inclusive por influência dos Estados Unidos, atiçado por correntes políticas ligadas ao bolsonarismo, que buscaram apoio na Casa Branca para livrar Bolsonaro da cadeia.
O motivo que levou Fux a incendiar o cenário institucional ainda será objeto de reflexão por parte de muitos historiadores. Mas o que ele disse, também.
Se hospedar nos cruzeiros contratados para auxiliar a logística da COP30, a conferência de clima da ONU (Organização das Nações Unidas), custa mais de nove vezes o preço de uma travessia do Brasil até o mar Mediterrâneo e é quatro vezes o pacote para passar o Ano-Novo em Copacabana, no Rio de Janeiro.
A Folha comparou a cotação oferecida pela organização do evento com os preços de viagens turísticas disponíveis na MSC e na Costa Cruzeiros, as duas companhias que deslocaram embarcações para a conferência em Belém.
As empresas disseram que a comercialização da hospedagem durante o evento é feita pela organização da cúpula.
Procurada, a Secretaria Extraordinária da COP30 ressaltou que reservou 1.600 cabines por preços acessíveis aos países em desenvolvimento e insulares, com diárias de US$ 220 a US$ 600.
“Os valores refletem fatores logísticos e operacionais que diferenciam a hospedagem da COP30 das viagens turísticas regulares. Trata-se de uma operação de fretamento internacional de longa duração, com deslocamento específico até Belém e adaptações de infraestrutura para atender uma conferência desse porte”, disse, em nota.
Os altos preços de hospedagem se transformaram na principal crise para a COP30 em Belém, em novembro.
Como revelou a Folha, dezenas de países pressionaram o governo Lula (PT) e a UNFCCC (o braço climático da ONU), por meio de uma carta, para que a sede da conferência fosse alterada. A organização do evento nega essa hipótese, e criou uma força-tarefa para resolver o problema.
Como uma das soluções, o governo brasileiro contratou dois navios para ficarem atracados no porto de Outeiro e servirem de hospedagem durante o evento.
A Folha solicitou cotações de hospedagem tanto para o navio Seaview, da MSC, quanto para o Diadema, da Costa Cruzeiros.
Passar as 17 noites da COP30 em um quarto com varanda no navio da MSC sai por R$ 9.803,46 cada diária (R$ 166,6 mil no total). Se forem oito noites, o valor é um pouco maior, R$ 13.234,67 a diária (R$ 105 mil ao todo).
Em abril, essa mesma embarcação sairá do Brasil rumo ao mar Mediterrâneo, em um pacote de viagem que também dura 17 noites. Estão incluídas todas as refeições, “com o melhor da gastronomia internacional”, shows “ao estilo Broadway” e “atividades para toda a família”.
O trajeto começa em Santos (SP) e para no Rio de Janeiro e em Maceió antes de cruzar o oceano Atlântico. Depois de atracar nas ilhas Canárias, ele passa por Gibraltar, Alicante e Barcelona, na Espanha, Marselha, na França, e encerra viagem em Gênova, na Itália.
Pelo site oficial da empresa, essa viagem custa pouco mais de R$ 18 mil no total, uma diária de R$ 1.069,52, no quarto individual com varanda. Ou seja, a hospedagem na COP30 por este mesmo tempo é mais de 9 vezes a travessia até a Europa.
Andrew Piskadlo estava no meio de um anfiteatro no campus nesta quarta-feira, 10, esperando para debater com Charlie Kirk sobre a Oitava Emenda da Constituição dos EUA, quando um único tiro foi disparado.
“Foi surpreendente, e ninguém realmente se ajoelhou até que as pessoas em frente ao palco o fizeram”, disse Piskadlo, de 28 anos, de Salt Lake City, em entrevista por telefone. “As pessoas se ajoelharam em ondas.”
Ele estava na fila de um evento no campus da Universidade Utah Valley, esperando para falar e debater com Kirk, como os alunos costumam fazer nos debates “Prove que Estou Errado” que Kirk, um ativista de direita, apresentaria.
Piskadlo, que estimou estar a cerca de 24 metros de distância, lembrou que Kirk estava respondendo a uma pergunta sobre suspeitos de massacres transgêneros antes de ser baleado.
Quando o tiro foi disparado, Piskadlo disse que se jogou primeiro, mas não correu. Ele disse que não viu Kirk ser baleado. Ele estimou que o ataque ocorreu logo após o início do evento, pouco depois do meio-dia, horário local.
Brandon Russon, um estudante de 24 anos do Ensign College em Salt Lake City, disse que estava perto da primeira fila da multidão, a cerca de 6 metros de Kirk.
“Eu simplesmente vi Charlie meio que se jogar para trás e vi — foi muito explícito — muito sangue. E então todos ao meu redor simplesmente caíram no chão tentando se proteger”, relatou Russon.
Ele descreveu uma fração de segundo de confusão: Kirk estava sendo questionado sobre ataques a tiros em massa na época e, por um breve momento, Russon se perguntou se o disparo fazia parte de uma encenação.
“Isso durou apenas um segundo antes de eu perceber que algo muito sério estava acontecendo”, ele relembrou. Temendo que mais tiros pudessem ser disparados, Russon disse que ficou agachado no chão por cerca de um minuto enquanto as pessoas gritavam e corriam ao seu redor.
Ele afirmou que enviou uma mensagem de texto para sua esposa para contar o que estava acontecendo e que a amava, depois segurou ao seu amigo, que estava ao seu lado, e correu para um prédio próximo.
Russon disse que ainda estava abalado com o evento e se sentia grato por estar vivo.
Ele lembrou que, antes do debate começar, virou-se para o amigo e disse que o local do pátio não era ideal para alguém que era uma “figura pública polêmica”.
Piskadlo disse que a configuração do anfiteatro lhe pareceu insegura antes do evento. Apesar da forte presença de seguranças, ele notou que “havia muitas saliências, pontos onde isso poderia acontecer”, afirmou. “Isso parecia realmente evitável. Estou meio bravo com os organizadores.”
Zachary Morris, que compareceu ao evento com sua filha de 3 anos, descreveu confusão e um “pânico generalizado” na multidão quando o tiro foi disparado.
“Abaixei-me, peguei minha filha e meu telefone e comecei a correr”, disse Morris, enfermeiro registrado que mora em Lehi, Utah.
Ele se abrigou no Centro de Estudantes Sorensen, mas lá, as pessoas gritavam para que todos deixassem o prédio.
“Tudo o que eu conseguia pensar era que precisava tirar minha filha de lá”, relatou Morris, que acabou saindo em segurança com a filha.
Isaac Davis, aluno do terceiro ano da Universidade Utah Valley, disse que o tiro disparado “não foi tão alto”. Ele acrescentou: “Foi definitivamente perceptível, mas soou quase como um rojão”. Ele disse acreditar que o atirador não estava na multidão.
Davis afirmou que a cena se transformou em “histeria” após o tiro, e ele e vários outros foram empurrados para dentro de casa e para uma sala de aula para se esconder. “Eu simplesmente não queria estar no prédio enquanto tudo estava acontecendo, então saí correndo”, disse ele.
Todo e qualquer governo precisa de oposição, pois se assim não for é regime ditatorial, mas a esquerda é um câncer em qualquer lugar desse planeta, causa revolta e asco.
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