Foto: Polícia Federal
Um estudo do Instituto Sou da Paz afirmou que a liberação da pistola 9 mm em 2019 — durante o governo Bolsonaro — aumentou a presença desse calibre nas mãos do crime, especialmente no Sudeste. Segundo o relatório, as apreensões desse tipo de arma mais que dobraram entre 2018 e 2023, saltando de 2.995 para 6.568 unidades. O levantamento reúne dados de SP, RJ, MG e ES.
No período analisado, a 9 mm deixou de ser um calibre raro e virou o segundo mais apreendido do país, representando quase 19% das armas industriais retiradas das ruas. O Sou da Paz associa o avanço ao aumento de compras por CACs, permitido em 2019. O instituto fala em dois tipos de desvio: o “de boa-fé”, quando a arma legal é roubada, e o “de má-fé”, quando alguém compra para entregar ao crime — ambas situações facilitadas por regras frouxas e pouca fiscalização.
O relatório também cita medidas adotadas pelo governo Lula, como o recadastramento nacional de armas e a volta da restrição da 9 mm às forças de segurança. Desde 2023, a fiscalização dos CACs passou do Exército para a Polícia Federal. Mesmo assim, apenas seis estados contam com delegacias especializadas no combate ao tráfico de armas, um gargalo que continua abrindo espaço para o mercado ilegal.
O estudo ainda aponta um dado preocupante: as apreensões de armamento pesado — fuzis, metralhadoras e submetralhadoras — cresceram 55,8% no Sudeste. O Rio de Janeiro segue isolado na liderança, com 3.076 fuzis tomados do crime, mais que o dobro das apreensões registradas nos outros três estados somados.
Os CAC’S DE BOLSONARO
O Instituto Sou da Paz recebeu R$ 12,8 milhões em 2022. Desse valor, dois terços vieram de fora do Brasil. Em valores absolutos, a receita quase dobrou em uma década: em 2012, o valor fora de R$ 6,8 milhões.
Dentre os financiadores do Sou da Paz estão o Itaú, a Gol, e o governo do Estado de São Paulo — além da onipresente Open Society, da Fundação Ford e da Fundação OAK, todas com sede no exterior. A diretora-executiva do Sou da Paz, a advogada e socióloga Carolina Ricardo, foi Consultora do Banco Mundial e do Banco Internacional de Desenvolvimento. 👺São pagos pra acompanhar as pautas da esquerda. 💩💩💩