Saúde

Forças Armadas negaram leitos disponíveis em hospitais militares, mostram documentos da CPI da Covid

Diante de pedidos de estados e municípios, as Forças Armadas negaram o compartilhamento de leitos de enfermaria e de UTI com civis, apesar de haver vagas disponíveis em hospitais militares, segundo informações de documento enviado pelo Ministério da Defesa à CPI da Covid no Senado. O documento é assinado pelo ministro Walter Braga Netto. 

As solicitações foram feitas por Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Amazonas e pelo município de Xanxerê, em Santa Catarina. A pasta não detalhou quando os governos estaduais pediram os leitos, mas as planilhas entregues à CPI mostram que em diversos períodos de janeiro a abril deste ano havia vagas.

Até então, uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) havia detectado pedidos por vagas em hospitais formulados pelo Governo do DF, com negativa por parte dos militares. Filas de pessoas com suspeita de Covid-19, com quase 300 pacientes, chegaram a se formar à espera de vaga de UTI na rede pública em Brasília.

Segundo auditoria do TCU, os hospitais militares consomem R$ 3,45 bilhões em dinheiro público. Um relatório da área técnica recomendou que o Ministério da Saúde requisite as vagas ociosas para civis, tanto leitos de enfermaria quanto de UTI, em situações de colapso na rede pública.

No documento enviado à CPI, o Ministério da Defesa argumenta que houve a impossibilidade de atender ao fornecimento de leitos porque a demanda do sistema de saúde militar era elevada.

Segundo a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul, o pedido para disponibilizar leitos de UTI e clínicos de hospitais militares localizados no estado foi feito em 5 de março deste ano ao general Valério Stumpf Trindade, do Comando Militar do Sul.

Naquele mês, por exemplo, a ocupação de leitos clínicos não passou de 65% em cinco dos seis hospitais militares do estado. Três hospitais possuem leitos de UTI, que estavam com ocupação máxima em março. O HACO (Hospital da Força Aérea Canoas), entretanto, tinha taxa de ocupação de 25% em abril. “O pedido ocorreu em função do aumento exponencial da demanda, devido à intensa proliferação da Covid-19, com consequente exacerbação da capacidade instalada de leitos hospitalares no estado”, justificou a secretaria.

Também foi solicitado o compartilhamento dos dados referentes à taxa de ocupação atual dos leitos nos hospitais sob comando militar. Em resposta, segundo o órgão, a Seção de Comunicação Social do Comando Militar do Sul afirmou que, em 11 de março, “iniciou o reconhecimento prévio para instalação de um módulo do hospital de campanha do Exército em Porto Alegre”.

Já a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas disse à Folha que fez o pedido de leitos clínicos e de UTI ao Exército em 30 de dezembro de 2020. Justificou que, naquela ocasião, a rede local estava com capacidade limitada devido à grande demanda observada entre o final de dezembro e as duas primeiras semanas de janeiro.

Segundo a pasta, o Comando da 12ª Região Militar respondeu, em ofício protocolado no dia 11 de janeiro, que o Hospital Militar de Manaus estava com 100% dos leitos de UTI ocupados, “tendo estudos sobre viabilidade de evacuações para a guarnição de Belém Pará, e por isso estava impossibilidade de atender o pedido da secretaria”.

O Hospital de Área de Manaus, em janeiro, estava com mais de 100% de ocupação de leitos clínicos e de UTI, mas no mês seguinte a ocupação de leitos clínicos não passava de 55%. Já os hospitais de Guarnição de Tabatinga e de São Gabriel do Cachoeiro não chegaram a ter nem 50% de ocupação dos leitos clínicos.

O HAMN (Hospital da Aeronáutica em Manaus) não completou 100% de ocupação de leitos clínicos nem em janeiro, quando houve um pico de casos em Manaus.

No documento, o Ministério da Defesa disse que, após solicitação do governo, foi instalado um Hospital de Campanha no pátio do Hospital Delphina Aziz, inaugurado em 27 de janeiro deste ano, contando com 57 leitos clínicos de enfermaria, gerenciado pela secretaria de Saúde.

Já em relação ao Rio Grande do Sul, disse que o Exército instalou um módulo de hospital de campanha na cidade, ao lado do Hospital da Restinga, gerenciado pela Secretaria de Saúde do município com 12 leitos clínicos e 8 leitos de UTI.

No Distrito Federal, o HFA (Hospital das Forças Armadas) não chegou a ter a ocupação de 100% dos leitos de UTI e clínicos em nenhum mês deste ano. Os quatro hospitais militares tiveram a taxa máxima de ocupação de 84% dos leitos clínicos de janeiro a abril.

O HFA tem 30 leitos de UTI (antes, eram 40), todos eles reservados a pacientes com Covid-19. O hospital atende, além dos militares, o presidente Jair Bolsonaro, o vice Hamilton Mourão e ministros de Estado.

O governo do Distrito Federal não informou quando os leitos foram solicitados, mas com a situação crítica da falta, chegou a ter 415 pessoas à espera de um leito de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Nem a judicialização resultou na garantia de vagas imediatas para a população.

A Folha teve acesso ao ofício encaminhado pela secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte pedindo que a Casa Civil articulasse com as Forças Armadas vagas em hospitais militares. O pedido foi feito em março deste ano.

No estado há o Hospital Naval de Natal e Hospital de Guarnição de Natal. No primeiro, a ocupação de clínicos atingiu no máximo a 85% naquele mês. Já no segundo houve ocupação total de leitos de UTI, mas a ocupação dos leitos clínicos era de 12%.

A Prefeitura de Xanxerê (SC) afirmou à reportagem que fez a solicitação em 25 de fevereiro ao general Sidnei Prado, comandante da 14ª Brigada de Infantaria Motorizada de Florianópolis, para a instalação de um hospital de campanha com respiradores pulmonares, concessão de vagas em leitos de UTI no Hospital das Forças Armadas daquele município e envio de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem.

Também foi solicitada a cessão de um profissional militar da área da saúde com experiência em pandemias ou em zonas reais de conflito para atuar na coordenação, gestão e unificação de protocolos de saúde.

Segundo a assessoria da prefeitura, ainda foram encaminhados ofícios, em 24 de fevereiro, ao general de Exército Edson Leal Pujol, comandante do Exército, e ao tenente-coronel Rodrigo Kluge Villani, comandante do 14º Regimento de Cavalaria Mecanizada de São Miguel do Oeste.

Nos documentos, a prefeitura relatou a situação de calamidade em que o município encontrava-se e solicitou apoio do Exército com o envio de médicos para atuar no enfrentamento da pandemia. “O município teve retorno apenas do tenente-coronel Rodrigo Kluge Villani, comandante do 14º Regimento de Cavalaria Mecanizada de São Miguel do Oeste, destacando que havia recebido orientações do escalão superior para que os pedidos de apoio ao enfrentamento da pandemia de Covid-19 deveriam ser encaminhados à Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina”, disse.

No Hospital de Guarnição de Florianópolis a taxa de ocupação de leitos clínicos era de 31% em fevereiro, 35% em março e 33% em abril. No documento do Ministério da Defesa a informação é que no local não há leitos de UTI.

O Ministério da Defesa afirmou, por meio de nota, que os assuntos pautados na CPI da Covid “serão tratados apenas naquele fórum”. “Apenas com o propósito de facilitar o entendimento da jornalista, de acordo com o anexo 4 do ofício n° 13527/GM-MD, de 21 de maio de 2021, encaminhado à CPI da Pandemia, observa-se que o percentual de ocupação dos leitos de UTI, no mês de março, dos hospitais do Exército Brasileiro no Rio Grande do Sul estava em 180% em Porto Alegre e 132% em Santa Maria, enquanto que, no Distrito Federal, encontrava-se em 220%.” No documento do Ministério da Defesa a informação é que no local não há leitos de UTI.

Em uma série de reportagens, a Folha revelou a ociosidade de leitos em hospitais militares, especialmente de enfermaria, e a reserva de vagas a integrantes das Forças Armadas.

Braga Netto foi convocado a prestar esclarecimentos na Câmara dos Deputados, ocasião em que negou essa ociosidade e em que sustentou o argumento de que esses hospitais não integram a rede pública. Ele aponta valores menores de uso de dinheiro público nessas estruturas e diz que a maior fatia do financiamento sai de contribuição dos próprios militares

Após a publicação as reportagens, a CPI incluiu o assunto no escopo da investigação e aprovou requerimento com requisição de informação ao Ministério da Defesa. Um projeto de lei que permite o compartilhamento de vagas com civis teve a urgência aprovada pelo plenário da Câmara.​

 

FOLHAPRESS

Opinião dos leitores

  1. É a grande mídia militante tentando denegrir a imagem das Forças Armadas. Todo esse artigo tendencioso pode ser resumido nos dois últimos parágrafos. Não há vagas ociosas, os hospitais são mantidos com verbas oriundas dos militares e suas vagas são legalmente destinadas a eles. Tanto que, conforme o próprio artigo, a Câmara está elaborando uma nova lei para permitir o uso por civis.

    1. Até os 100% privados foram usados, então os que recebem verbas públicas não deviam negar também.

    2. Numa crise de tais proporções catastróficas, o mínimo que se pode esperar de quem diz proteger a nação é o gesto de solidariedade caminhando na direção de compartilhar os recursos e socorrer as vítimas, e não o contrário, usando discursos individualistas que não condizem com os princípios e valores que as Forças Armadas dizem seguir.

    3. Leiam o artigo. Vou repetir: não há vagas, os hospitais são mantidos pelos militares e há leis a cumprir. Não se trata de querer ou não ajudar.

    4. Por outra, faltam leitos hospitalares no Brasil há muitos anos (não é “culpa” apenas da COVID) e a solução não será essa. É preciso ABRIR novos leitos. A governadora Fátima do PT recebeu muito dinheiro do governo federal para usar na pandemia. Por que não usou para isso? Essa seria a solução correta, legal e moralmente.

    5. Os militares já se denigrem por si só.
      Se por acaso não tiver vaga em hospital militar, eles morrem em casa ou vão nos hospitais públicos?
      E “verbas” militares vêm da União, ou melhor, do nosso bolso…

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Lula volta a dizer que pode ser candidato à reeleição em 2026: ‘Vai ser difícil nos derrotar’

Foto: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a dizer que será candidato à reeleição em 2026 se estiver bem de saúde e com a disposição que tem hoje. Lula ainda afirmou que será candidato para ganhar as eleições. “Tenho certeza que os nossos possíveis adversários devem estar mais preocupados do que eu. Porque eles sabem que vai ser difícil derrotar a gente em uma eleição”, afirmou.

As declarações de Lula foram dadas nesta quinta-feira (9) em entrevista a uma rádio local da Bahia. Na ocasião, o petista comentou também sobre o futuro dos ministros, que para concorrerem às eleições precisam se afastar dos cargos até abril do ano que vem.

“Esse é um problema, porque tenho vários ministros importantes que não queria que saíssem do governo. Mas não posso exigir esse sacrifício para o ministro que quer ser candidato. Quem quiser ser candidato, será liberado. Eu não vou impedir”, afirmou Lula.

O presidente ainda detalhou a rotina de cuidados com a saúde para garantir a possibilidade de concorrer à presidência. “O que tenho dito: eu sou um homem de 80 anos de idade, me preocupo com minha saúde, me cuido. Eu tento me preservar, porque quem me ama de verdade além da [primeira-dama] Janja, sou eu. Se eu não cuidar de mim, ninguém vai ter carinho por mim”, disse.

R7

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Prefeito Pedro Henrique anuncia entrega de 100 casas populares com recursos próprios da Prefeitura de Pedra Grande

Foto: Reprodução

O prefeito de Pedra Grande, Pedro Henrique, anunciou a entrega de 100 novas casas populares construídas com recursos próprios do município. O projeto, iniciado em 2021, surgiu ainda durante a pandemia e foi ampliado a partir de uma gestão financeira responsável e estratégica.

Segundo o prefeito, durante entrevista à Rádio 98 FM Natal, a iniciativa nasceu de uma meta inicial de construir “uma casa por mês”, que resultaria em 48 unidades ao fim do primeiro mandato. Porém, diante da grande demanda por moradia, a gestão replanejou o investimento e dobrou o número de famílias beneficiadas.

“Fizemos um planejamento com a equipe e decidimos aplicar recursos do caixa da Prefeitura, sem depender de emendas parlamentares ou convênios. Usamos parte da receita do ISS gerado pelos parques eólicos e conseguimos entregar 100 casas a famílias que mais precisavam de um lar digno, seguro e cheio de esperança ”, afirmou Pedro Henrique.

Opinião dos leitores

  1. Parabéns ao prefeito, rara exceção de boa notícia vindo de um órgão público com ações aplicadas com recursos públicos.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

QUAEST: Maioria acha que Lula não deve se candidatar e quer que Bolsonaro apoie outro nome

Foto: Reprodução

Nova pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (9/10) aponta que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deveria se candidatar à reeleição em 2026, conforme 56% dos entrevistados. Outros 42% pensam o contrário. Contudo, a diferença de 14 pontos percentuais é a menor registrada no levantamento desde maio, quando chegou a 34 pontos (66% contra e 32% a favor da candidatura).

Já o percentual dos que consideram que o ex-presidente Jair Bolsonaro deveria apoiar outro candidato repetiu os 76% registrados na pesquisa de setembro.

A mesma pesquisa, porém, revela que Lula lidera em todos os cenários, seja no primeiro ou segundo turno, para as eleições de 2026. Conforme o instituto, os resultados são semelhantes aos dois últimos levantamentos, de agosto e setembro deste ano.

No primeiro cenário estimulado, Lula aparece com 35% das intenções de voto, seguido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com 26%, e pelo governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), com 10%.

Na sequência, vêm Ciro Gomes (PDT), com 9%, Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União Brasil), ambos com 3%. Indecisos somam 4%, e 10% declararam voto branco, nulo ou que não irão votar.

A pesquisa foi realizada entre os dias 2 e 5 de outubro. Foram feitas 2.004 entrevistas presenciais com brasileiros de 16 anos ou mais. A margem de erro estimada é de 2 pontos percentuais.

Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Pesquisa Quaest:
    Lula amplia vantagem sobre todos outros possíveis candidatos.
    Eis a manchete.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Educação

Um mês para o Enem: professores do Colégio Porto dão sete dicas comentadas para garantir equilíbrio e bom desempenho na reta final

Fotos: Divulgação

Faltando apenas um mês para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025, que será aplicado nos dias 9 e 16 de novembro, estudantes de todo o país intensificam a preparação para a prova. No Colégio Porto, em Natal, o professor é diretor acadêmico André Cury e a professora e orientadora pedagógica Kennia Ísis reuniram orientações essenciais para que os alunos mantenham o foco, a serenidade e o equilíbrio nessa reta final.

1. Equilibre revisão e prática

O professor André Cury explica que o grande segredo do último mês é encontrar o ponto de equilíbrio entre revisar conteúdos e resolver questões.
“O aluno deve priorizar a resolução de questões do próprio Enem e de vestibulares similares, porque isso ativa a memória, consolida o conteúdo e ainda ajuda a treinar estratégia. Nesse momento, a regularidade supera a intensidade: resolver um pouco todo dia vale mais do que longas sessões de estudo esporádicas.”

2. Valorize o que já foi aprendido

A sensação de insegurança é natural, mesmo entre os alunos mais preparados. “Ninguém chega ao Enem sabendo tudo. A prova mede não apenas o conhecimento, mas a capacidade de usar o que já foi construído ao longo do tempo”, afirma André, que reforça.“Confie no processo e valorize o que já aprendeu. A tranquilidade e a estratégia no dia da prova têm tanto peso quanto o conteúdo.”

3. Simule o ambiente real da prova

Treinar a resistência física e mental é fundamental. “Faça simulados no horário do Enem, controlando tempo, pausas e alimentação. Isso ajuda o corpo e a mente a se acostumarem com o ritmo da prova”, recomenda o diretor acadêmico.

4. Evite erros comuns

Entre os deslizes mais frequentes, André Cury destaca o excesso de estudos na véspera, o esquecimento da redação e as comparações com colegas. “Mantenha a rotina, valorize os acertos e preserve a tranquilidade emocional”, aconselha.

5. Intensifique as revisões com método

A orientadora pedagógica Kennia Ísis explica que outubro é o momento de consolidar o aprendizado.“Se ainda há algum conteúdo pendente, o aluno pode tentar retomá-lo, mas o foco principal deve ser revisar o que foi desenvolvido ao longo do ano”, diz.

No Colégio Porto, o mês é marcado por um calendário especial de aulas de revisão e um material com mais de 1.500 questões para treino. “A ideia é que os alunos pratiquem, tirem dúvidas e fortaleçam o aprendizado”.

6. Cuide do corpo e da mente

A ansiedade tende a aumentar conforme o Enem se aproxima. “A instabilidade emocional é natural: alguns ficam muito eufóricos, outros apreensivos. Por isso, orientamos que mantenham a rotina de estudos, mas também reservem tempo para descanso, lazer e autocuidado”, explica Kennia. Dormir bem, alimentar-se corretamente e respeitar o próprio ritmo são atitudes que ajudam a reduzir o estresse e manter o foco.

7. Confie na sua preparação

Kennia lembra que o momento é de confiança e serenidade. “A preparação aconteceu como deveria. Agora é hora de ajustar o presente para colher os resultados no futuro. Foquem no estado de presença e lembrem-se de que fizeram tudo o que podiam”, orienta. “Busquem apoio dos professores, da equipe pedagógica e das pessoas que gostam de vocês. Esse suporte é fundamental.”

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

INSS: Sindicato ligado a irmão de Lula é alvo de operação da PF

Foto: Reprodução  

O Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi), cuja vice-presidência é ocupada por Frei Chico, irmão do presidente Lula (PT), é um dos alvos da nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira (9/10).

O sindicato é alvo de mandados de busca e apreensão em seu endereço em São Paulo. Ao todo, a PF cumpre 66 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nos estados de São Paulo, Sergipe, Amazonas, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Pernambuco, Bahia e Distrito Federal.

A Farra do INSS foi revelada pelo Metrópoles em uma série de reportagens publicadas a partir de 2023. Em abril deste ano, o escândalo tornou-se alvo da PF por meio da primeira fase da Operação Sem Desconto, que tem deflagrado uma série de medidas contra a organização criminosa que operava os descontos.

Segundo a PF, a ação desta quinta-feira tem o objetivo de aprofundar as investigações e esclarecer a prática de crimes como inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa e atos de ocultação e dilapidação patrimonial.

O Metrópoles entrou em contato com o Sindnapi e aguarda retorno.

Um documento produzido pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), vinculado ao Banco Central aponta que o Sindnapi recorreu a “artifícios para burla da identificação da origem, do destino, dos responsáveis ou dos destinatários finais” do dinheiro movimentado pela Farra do INSS.

Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Frei luladrao, frei Chico, não tem frei que segure esses ladrões.. e os jumentos eleitores do PT e que em sua maioria é esmoleu do bolsa família e a posentados do INSS são roubados e ainda vota nesses ladrões.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

Lula aumentou impostos 27 vezes em 3 anos no Planalto

Foto: Reprodução

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adotou medidas que resultaram em aumento de impostos de diferentes setores da economia ao menos 27 vezes desde 2023, quando o petista assumiu o Planalto pela 3ª vez.

As iniciativas incluem altas em alíquotas de importação, mais taxas sobre petróleo, elevação de PIS/Cofins e IOF. O presidente também revogou alguns benefícios fiscais que resultaram em mais impostos pagos por alguns setores. Além disso, mudou o sistema de votação de recursos apresentados ao Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), o que resultou em uma maior cobrança de taxas das empresas.

última tentativa do governo para subir a arrecadação foi a medida provisória 1.303, que ficou conhecida como MP alternativa ao IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A Câmara decidiu na 4ª feira (8.out) não analisar esse texto, apesar dos apelos do Planalto, e o deixou caducar. Foi uma derrota para Lula e para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O projeto aumentava uma série de impostos, como os sobre fintechs, empresas de apostas (as bets) e alguns fundos de investimentos. Dava até R$ 31,4 bilhões para o governo gastar de 2025 a 2026. Foi retirado de pauta com o apoio de 251 deputados.

Os infográficos acima consideram só impostos de grande relevância e que aumentaram a arrecadação consistentemente por algum período. Não levam em conta medidas que foram derrubadas por acordo ou aumentos muito específicos e isolados sobre impostos de importação ou exportação.

Poder 360

Opinião dos leitores

  1. FAZ O L, JUMENTADA!!! ENQUANTO ISSO 👺👺👺Brasil cai de 5º para 32º lugar entre economias que mais crescem, aponta pesquisa. ESSE É O GOVERNO DO POPULISMO BARATO.

  2. Não é à toa que é chamado de pai da pobreza, pois deixa todo mundo pobre, típico de ladrão dobpovo…

  3. E os pobres que ele tanto fala, a cada dia que passa nesse governo, mais pobre fica dependendo do Bolsa esmola.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Acidente

VÍDEO: Militar de 19 anos é arrastado por correnteza e desaparece na Praia do Forte

Foto: Divulgação

Um militar de 19 anos desapareceu na Praia do Forte, na Zona Leste de Natal, no início da noite desta quarta-feira (8). As buscas foram iniciadas durante a noite, mas acabaram suspensas pela falta de visibilidade e retomadas na manhã desta quinta (9).

O jovem que desapareceu é militar da Marinha do Brasil e foi tomar banho de mar com um amigo durante um momento de folga. De acordo com a corporação, dois homens foram arrastados pela correnteza no local. Um deles conseguiu sair da água e pedir socorro, enquanto o outro não foi mais visto.

As equipes de mergulho iniciaram as buscas ainda durante à noite, com apoio de populares, da aeronave do Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER) e da Capitania dos Portos. No entanto, as operações precisaram ser suspensas devido à falta de visibilidade, que impossibilitou de localizar a vítima.

“O mar estava maré de vazante, com bastante corrente. Nessa corrente, um conseguiu sair e o outro ficou. Não se sabe ao certo se ele se afogou ou entrou em mar aberto”, disse o subtenente Jair Bernardino, do Corpo de Bombeiros, ainda durante a noite.

Veja o vídeo:

 

Ver esta publicação no Instagram

 

Uma publicação partilhada por BlogdoBG (@blogdobg)


Tribuna do Norte e G1RN

Opinião dos leitores

  1. Geralmente, os afogamentos ocorre com quem se arrisca a mergulhar do outro lado dos arrecifes, já mergulhei muito muito nesse local, se não tiver conhecimento, não se arrisque, é muito perigoso.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Derrota na Câmara faz governo Lula buscar formas de arrecadar mais

Foto: EFE/André Borges

A Câmara dos Deputados adiou a votação da Medida Provisória nº 1.303/2025, que previa aumento da arrecadação e ajustava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Com a caducidade da MP — que perdeu validade na quarta-feira (8) — o governo deixou de contar com cerca de R$ 17 bilhões previstos, impactando o Orçamento de 2026.

Inicialmente, a arrecadação esperada com a medida era de R$ 20,8 bilhões, mas a negociação entre Executivo e parlamentares reduziu a expectativa para R$ 17 bilhões, perda de quase R$ 3 bilhões. No total, o efeito sobre as contas públicas pode chegar a R$ 46,5 bilhões, incluindo arrecadação e ajustes de despesas.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que, diante do resultado, levará novas alternativas à mesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para buscar soluções que mantenham a sustentabilidade fiscal. “Se tivermos um resultado adverso, eu volto para a mesa do presidente”, disse Haddad.

Lula criticou publicamente a decisão da Câmara, afirmando que derrubar a MP “não é uma derrota imposta ao governo, mas ao povo brasileiro” e classificou a ação como um entrave à justiça tributária e ao equilíbrio das contas públicas.

Segundo o presidente, a intenção da medida era reduzir distorções e cobrar de forma justa os que ganham mais, e que o bloqueio da proposta limita a capacidade de políticas públicas e programas sociais destinados a milhões de brasileiros.

Opinião dos leitores

  1. Corta fundo eleitoral, emendas, propagandas, subsídios setoriais e se a selic baixar o juros aos bancos

  2. A única coisa que não se ouviu falar em três anos desse governo maligno foi REDUZIR DESPESAS! Que canalhice! Querem empobrecer e escravizar o país pra enriquecer a elite burocrata. Ainda tem pessoas que não entenderam.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

PF cumpre mandados no RN e em outros sete estados em nova fase de operação contra fraudes no INSS

Foto: Reprodução/GOV

A Polícia Federal, com apoio da Controladoria-Geral da União, deflagrou nesta quinta-feira (9) nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões.

No Rio Grande do Norte, a ação cumpre mandados de busca e apreensão, junto a outros sete estados: São Paulo, Sergipe, Amazonas, Santa Catarina, Pernambuco, Bahia e o Distrito Federal. Ao todo, são 66 mandados expedidos pelo Supremo Tribunal Federal.

O objetivo da operação é aprofundar as investigações e apurar crimes como inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa e atos de ocultação e dilapidação patrimonial.

A ação reforça o combate a fraudes que atingem aposentados e pensionistas em todo o país, com foco especial em unidades federativas onde foram registrados maiores números de denúncias.

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Governo devolve menos da metade dos valores descontados em fraudes no INSS

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O governo federal ressarciu até agora apenas 43% dos valores descontados indevidamente de aposentadorias e pensões, após a descoberta de um esquema de fraudes milionárias envolvendo associações e o INSS. Segundo dados enviados pela Dataprev à CPMI do INSS, foram devolvidos R$ 1,6 bilhão até o fim de setembro, de um total estimado de R$ 3,7 bilhões em descontos irregulares.

A Dataprev chegou ao montante com base nas reclamações registradas no site Meu INSS. Entre março de 2020 e março de 2025, foram transferidos R$ 7,8 bilhões, sendo que R$ 3,7 bilhões são considerados indevidos. O número difere da estimativa inicial feita pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União, que apontavam um desvio de cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.

Os ressarcimentos começaram em julho, após o governo anunciar a devolução dos valores cobrados sem autorização em contribuições associativas. O pagamento vem sendo feito em parcela única, sem ordem de prioridade entre os beneficiários.

As investigações apontam que milhares de aposentados foram alvo de descontos mensais automáticos, realizados por entidades que se passavam por associações legítimas. As reclamações se multiplicaram nos últimos anos, pressionando o governo a rever os repasses e agilizar os reembolsos.

A CPMI do INSS cobra transparência sobre os prazos para a conclusão dos ressarcimentos e medidas para evitar novas fraudes. O caso expôs fragilidades no sistema de controle de descontos sobre benefícios previdenciários.

Opinião dos leitores

  1. Governo enganador, tá igual a Black Friday brasil, tudo pela metade do dobro. Ou seja roubou o dobro dos veinhos e tá devolvendo a metade.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *