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O governo Lula acionou sua linha de frente ministerial para responder, ponto a ponto, às críticas da direita sobre o Projeto Antifacção em tramitação no Congresso. A orientação do Planalto é clara: nenhuma tese da oposição pode ficar sem contraponto, especialmente após as alterações feitas pelo relator, deputado Guilherme Derrite (PP-SP). Até ministros fora da articulação direta do tema, como Alexandre Silveira (Minas e Energia), engrossaram o coro. Ex-delegado, Silveira cobrou publicamente Derrite pelas mudanças no parecer e defendeu o desarquivamento da PEC que garante autonomia à Polícia Federal.
Outros auxiliares do presidente também reagiram. O ministro dos Transportes, Renan Filho, questionou a ofensiva contra competências da PF em uma das versões do relatório: “Você vem promovendo esse ataque à Polícia Federal para atender a quem?”. Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou a condução da proposta, afirmando que tudo tem sido feito de forma “atabalhoada” e com interesses não expostos “à luz do dia”.
Rui Costa, chefe da Casa Civil, reforçou que Lula tem priorizado segurança pública e defendeu que o combate ao crime não pode mirar apenas a base das facções, mas também o alto comando, “muitas vezes em casas de luxo”. Segundo interlocutores, o engajamento generalizado é resultado de um pedido direto do Planalto para ocupar o debate e evitar que interpretações da direita sobre o projeto ganhem força.
A disputa ocorre porque, embora a proposta tenha sido enviada pelo governo, a relatoria ficou com Derrite, que reassumiu o mandato na Câmara apenas para tratar do tema antes de retornar ao cargo de secretário de Segurança de Tarcísio em São Paulo. Após quatro versões do relatório — incluindo tentativas de elevar PCC e CV ao status de grupos terroristas — o governo agora tenta preservar seu texto original e reforçar a defesa da Polícia Federal como ponto central. Na quinta (13), Lula reuniu ministros que já foram governadores para intensificar a articulação com suas bancadas, movimento que Gleisi Hoffmann diz ser estratégico para consolidar a versão do Executivo.
Com informações do Metrópoles
É tudo papo furado, a autonomia da polícia federal tá garantido, o que não tá garantido são penas mais branda pra facções criminosas o que Lula tá tentando conseguir.
Lula tá querendo proteger as facções criminosas, são parceiros de longas datas.