Política

Governo negocia pacote de “bondades” para amenizar crise política; confira lista

Com o agravamento da crise política, o governo do presidente Michel Temer ampliou o leque de concessões na área econômica para tentar minimizar o estrago das acusações dos executivos da JBS. As medidas incluem desde parcelamentos de débitos de contribuintes com descontos em multas e juros, os chamados Refis, até propostas de crédito subsidiado e estudos conduzidos pela ala política sobre possíveis alterações no Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). O conjunto de benesses, no entanto, pode esbarrar na dificuldade que já existe hoje para cumprir a meta fiscal.

A revisão da tabela do IRPF estudada pela ala política do governo é uma das medidas que potencializam a perda de receitas. Como mostrou a Coluna do Estadão, uma das opções é reduzir a maior alíquota cobrada para pessoas físicas, hoje em 27,5%. A alíquota poderia cair a 18%, em um aceno à classe média, sendo compensado pela tributação dos dividendos recebidos por pessoas físicas.

Em nota, o Ministério da Fazenda nega que haja tal negociação. “Este assunto não está em discussão no Ministério da Fazenda”, diz a pasta. Outra opção que volta e meia retorna às discussões no âmbito político é o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda, o que faria com que menos pessoas pagassem o tributo. Mas o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, negou no mês passado que haja qualquer iniciativa nesse sentido.

O governo do presidente Michel Temer também pediu celeridade na votação da proposta que permite à União subsidiar crédito a instituições filantrópicas, sobretudo as Santas Casas de Misericórdia. O Orçamento federal bancaria até R$ 2 bilhões ao ano em compensações aos bancos públicos que dessem o empréstimo pela taxa de juros mais baixa que a de mercado (a chamada equalização).

Dentro dessa “agenda positiva”, deve ser anunciado em breve o reajuste do Bolsa Família, com um índice superior ao da inflação.

Rombo

Quaisquer dessas medidas têm impacto no quadro fiscal da União, seja com redução de receitas, seja com gastos adicionais, justamente em um momento em que o governo encontra dificuldade para cumprir a meta. A Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado divulgou ontem um relatório em que prevê déficit de R$ 144,1 bilhões este ano, mais do que o projetado pelo governo, um resultado negativo em R$ 139 bilhões.

O cenário inspira cautela diante da frustração da receitas já observada e que pode aumentar ao longo do ano. “Estamos caminhando no fio da navalha na busca do equilíbrio fiscal”, disse o diretor executivo da IFI, Felipe Salto. Em 2018, a expectativa é de um rombo ainda maior, de R$ 167 bilhões. A meta fiscal do governo para o ano que vem prevê um rombo de R$ 129 bilhões.

O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) do ano que vem está em tramitação no Congresso Nacional, mas o presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), senador Dário Berger (PMDB-SC), e o futuro relator da proposta, deputado Marcus Pestana (PMDB-MG), já admitem a necessidade de rever o número. A IFI tem diagnóstico semelhante,. “A meta que o governo anunciou já nasceu morta”, disse Salto.

AS ‘BONDADES’ NEGOCIADAS PELO GOVERNO

Já aprovadas

Refis de Estados e municípios

Parcelamento de R$ 90,136 bilhões em dívidas com o INSS. Prefeituras estimam alívio de R$ 30 bilhões com os descontos, mas não há projeção de valor para Estados.

Refis de produtores rurais

Parcelamento de R$ 10 bilhões em dívidas com o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural).

Programa de Regularização Tributária (PRT)

Estabelece o parcelamento de débitos com vencimento até 30 de abril de 2017, com prazo para adesão até 31 de agosto. Texto enviado pelo governo para o Congresso Nacional prevê três grandes modalidades de adesão ao parcelamento de débitos com a Receita Federal e dois tipos para dívidas com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). O prazo máximo para o pagamento será de 180 meses e as empresas poderão ter descontos de até 90% nos juros e 50% nas multas. Governo espera arrecadar R$ 13 bilhões

Acordo para fim da guerra fiscal

Governo cedeu e aceitou uma transição mais suave para que os Estados acabem com os incentivos fiscais concedidos fora do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz)

Em negociação

Crédito para Santas Casas

Proposta em tramitação, que conta com o apoio do presidente Michel Temer, prevê que a União poderá subsidiar o crédito a partir da equalização de taxas de juros, com limite de R$ 2 bilhões por ano, a serem consignados no orçamento.

Bolsa Família

Presidente Michel Temer deu aval para o reajuste do Bolsa Família acima da inflação acumulada até junho, a partir de 1º de julho. E o governo vai aproveitar o anúncio para lançar um pacote de medidas de estímulo à inclusão dos beneficiários do programa no mercado de trabalho. Segundo informou a “Coluna do Estadão”, aumento será de 4,6%.

Fundeb

Governo vai mudar a distribuição dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). O argumento é que alguns Estados estão recebendo menos do que deveriam, enquanto o repasse para outros está superdimensionado. Neste ano, a previsão é que o fundo receba R$ 13 bilhões em repasses federais.

Correção da tabela do Imposto de Renda

Senadores do PMDB cobram o aumento da faixa de isenção, hoje aplicada a quem recebe até R$ 1.903,98 por mês. Outra ala política do governo defende, como revelou a “Coluna do Estadão”, redução da alíquota máxima de 27,5% para 18%. Equipe econômica, porém, diz que não há recursos para isso. Se a faixa de isenção aumentar, o governo federal arrecada menos com Imposto de Renda.

Prioridade na conclusão de obras

Ministérios do Planejamento e dos Transportes já fizeram levantamento das obras inacabadas que terão prioridade de conclusão. O foco maior deve ser na região Nordeste, onde o presidente Temer tem a popularidade mais baixa. As informações são do jornal

Estadão

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

Justiça proíbe legging para frentistas em Pernambuco: veja o que diz a lei

Foto: Divulgação 

A 10ª Vara do Trabalho do Recife, em Pernambuco, determinou que um posto de combustível cesse imediatamente a exigência e o fornecimento de uniformes femininos compostos por calça legging e camiseta cropped para suas frentistas.

A Justiça acatou o pedido do Sindicato da categoria, alegando que as vestimentas são inadequadas ao ambiente de trabalho e expõem as funcionárias a constrangimento e vulnerabilidade de assédio.

A urgência da medida foi fundamentada no Art. 300 do CPC (Código de Processo Civil), aplicado antecipadamente pela probabilidade do direito e do perigo de dano.

A decisão enfatiza que o uso da legging e cropped em um ambiente de ampla circulação pública, majoritariamente masculino, desvia a finalidade protetiva do uniforme para uma objetificação.

Proteção e a dignidade

O magistrado destacou que a prática atenta contra o princípio da Dignidade da Pessoa Humana, art. 1º, III, da Constituição Federal e o dever do empregador de assegurar um meio ambiente de trabalho hígido e seguro, previsto no art. 7º, XXII, também da Constituição Federal.

Embora a CLT confira ao empregador a prerrogativa de definir o padrão de vestimenta no ambiente laboral, no art. 456-A, essa norma é limitada pela necessidade de preservar a integridade das trabalhadoras.

A CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) protege a honra, a imagem, a intimidade e a sexualidade como bens juridicamente inerentes à pessoa física, em seu art. 223-C.

O posto foi obrigado a fornecer novos uniformes em até 5 dias, sendo sugeridas “calças sociais ou operacionais de corte reto e camisas ou camisetas de comprimento padrão”.

O descumprimento da ordem acarretará multa diária de R$ 500 por trabalhadora, a ser revertida à empregada ou ao FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).

CNN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Perfumaria potiguar Sol e Flora inicia fase de expansão em lojas físicas

Foto: Divulgação

A perfumaria potiguar Sol e Flora, que traz o bioma do Sertão nas suas essências, expande a sua atuação para lojas físicas, após um lançamento de sucesso com as vendas digitais. A partir de agora a Sol e Flora pode ser encontrada na loja da Rio Center do Natal Shopping, e ainda este mês nas demais lojas da Cidade Alta, Partage Norte Shopping e Mega Store da Prudente de Morais.

A Sol e Flora nasceu de um olhar sensível sobre o Nordeste e da vontade de transformar esse território em notas olfativas que falam de pertencimento, beleza e identidade. Cada essência traduz o bioma, o calor e a poesia do sertão em elegância e sutileza. Após o sucesso de vendas digitais, a Sol e Flora inicia sua estratégia de presença nos principais pontos de venda física, oferecendo a oportunidade de degustação do produto. Sinta o Nordeste em cada nota. Encontre Sol e Flora nas lojas Rio Center ou no site https://soleflora.com.br. Sol e Flora. Um Cheiro No Cangote, um gesto de afeto com a essência do Nordeste.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Correios entram em alerta máximo: estatal busca R$ 10 bilhões em 15 dias e prepara PDV para cortar 10 mil funcionários

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

A crise nos Correios atingiu um novo patamar. A empresa estatal precisa levantar, em apenas 15 dias, ao menos R$ 10 bilhões para evitar um colapso operacional e conseguir manter suas atividades mínimas. A direção tenta viabilizar o recurso via empréstimo com garantia da União, depois de reduzir pela metade o plano inicial de captar R$ 20 bilhões — valor que se mostrou inviável diante das altas taxas cobradas pelos bancos na primeira rodada de negociações.

O dinheiro é considerado vital para colocar em prática o plano de reestruturação, com foco principal na redução de custos com pessoal. A estatal prepara um novo Programa de Demissão Voluntária (PDV) para atingir 10 mil desligamentos, número muito acima das adesões registradas na última tentativa. A expectativa é de que, com incentivos mais atrativos, seja possível reduzir a folha salarial em cerca de R$ 2 bilhões por ano.

As negociações seguem com um grupo ampliado de instituições financeiras, após bancos como BTG, Citibank, ABC Brasil e Banco do Brasil apresentarem propostas com custo acima do limite considerado razoável para operações com aval da União — chegando a 136% do CDI. A meta atual é fechar contratos com taxa de até 120% do CDI e garantir pelo menos metade do valor solicitado até o fim do mês. A operação pode envolver um sindicato de bancos, modelo já utilizado pela estatal no passado.

A corrida por recursos também tenta impedir que o prejuízo crescente destrua de vez a capacidade dos Correios de competir no mercado. A empresa acumula perdas de R$ 4,3 bilhões em 2025 e enfrenta atrasos em pagamentos a fornecedores, o que tem impacto direto nas entregas. Hoje, 92% das encomendas chegam no prazo — índice abaixo dos 95% considerados essenciais para manter grandes contratos, especialmente com plataformas de e-commerce. Sem estabilizar o caixa, o risco é de uma nova piora no serviço e de mais fuga de clientes.

Com informações do O Globo

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Oposição critica governo Lula por dificultar avanço do PL Antifacção

Foto: Reprodução

Integrantes da oposição voltaram a criticar o governo federal nesta quinta-feira (13), acusando o Palácio do Planalto de não contribuir para o avanço do PL Antifacção. O deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) afirmou que o Executivo “boicota o que puder” e não demonstra compromisso com o combate ao crime organizado, em declaração ao Poder360.

A percepção é compartilhada por outros parlamentares, como o senador Eduardo Girão (Novo-CE), que disse enxergar “sinais trocados” na postura do governo Lula em relação à segurança pública. Girão citou como exemplo a megaoperação policial no Rio de Janeiro, criticando a reação inicial do Executivo e acusando o presidente de priorizar discursos ambíguos em vez do apoio direto às forças de segurança.

O debate ganhou força após mudanças no relatório do PL Antifacção. Na primeira versão, o relator Fernando Derrite havia proposto que ações de facções, milícias e grupos paramilitares fossem tratadas como terrorismo, o que aumentaria o rigor das penas e ampliaria o alcance da Lei Antiterrorismo. Porém, na versão mais recente, apresentada em 11 de novembro, essa equiparação foi retirada.

Mesmo assim, parte da oposição defende que o tema permaneça no texto final. A deputada Bia Kicis (PL-DF) afirma que seu partido considera essencial manter a classificação das facções como atos terroristas e cita pesquisas indicando que a maioria da população apoiaria esse enquadramento.

Com informações do Poder 360

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Assembleia do RN aprova “Lei Anti-Oruam” e veta uso de verba pública em show com apologia ao crime

Foto: Luiz Franco/g1

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN) aprovou, nesta terça-feira (11), o projeto de lei conhecido como “Lei Anti-Oruam”. A proposta, de autoria do deputado Coronel Azevedo (PL), proíbe a contratação, com recursos públicos estaduais, de artistas ou bandas que façam apologia ao crime, uso de drogas ou incentivem práticas sexuais abusivas ou criminosas em letras e apresentações.

Segundo o parlamentar, a medida busca garantir que verbas públicas não financiem conteúdos que contrariem a lei e a moralidade. “O Estado não pode patrocinar shows que promovam o crime, as drogas ou a se:xualização de crianças. Essa é uma lei que protege nossos filhos e reafirma valores que fortalecem a sociedade”, afirmou Azevedo.

Inspirada em uma proposta semelhante aprovada em São Paulo, a “Lei Anti-Oruam” faz referência ao debate nacional envolvendo o rapper carioca Oruam e outros artistas do gênero. O texto agora segue para sanção do Governo do Estado.

Com informações do Via Certa Natal

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

VÍDEO: Sequência de tiros volta a assustar moradores de Mãe Luiza em mais uma madrugada de pânico

 

View this post on Instagram

 

A post shared by SOS POLICIAL (@sospolicial)

Vídeo: SOS Policial

Mãe Luiza enfrentou mais um capítulo de violência nas primeiras horas desta sexta-feira (14). Um vídeo que circula nas redes mostra uma sequência impressionante de disparos: mais de 20 tiros em poucos segundos, ecoando pelas ruas do bairro que, há semanas, vive sob tensão constante.

As imagens divulgadas pelo perfil SOS Policial revelam não apenas a intensidade dos disparos, mas também o desespero de quem mora ali. Enquanto os tiros se repetem, é possível ouvir gritos de moradores, claramente abalados com o que se tornou rotina na comunidade.

O clima é de medo permanente. Famílias seguem vivendo entre a esperança de que o dia amanheça mais tranquilo e o receio de que novos confrontos voltem a acontecer a qualquer instante.

A situação reforça o pedido urgente por ações mais firmes das autoridades, já que a sensação dos moradores é de abandono diante da escalada da violência no bairro.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Desesperado, morador de Mãe Luiza pede socorro e relata rotina de guerra no bairro

Foto: PNGTree

O clima de tensão que se instalou em Mãe Luiza nas últimas semanas tem deixado moradores em situação de pânico. Confrontos armados, rajadas de tiros e a disputa entre facções rivais transformaram a comunidade em um território marcado pelo medo diário. Quem vive no bairro relata que a violência atingiu um nível jamais visto, com cenas que lembram zonas de conflito.

Segundo relatos enviados ao Blog do BG, moradores têm passado noites em claro, acuados dentro de casa. A presença policial é considerada insuficiente e vista como apenas pontual, já que, após operações realizadas pela manhã, o bairro volta a ficar vulnerável ao domínio de criminosos. A sensação entre os moradores é de abandono e de completa falta de garantia de segurança — inclusive sobre a própria delegacia e o posto policial da região, que já foram alvos de tiros e precisaram reforçar suas estruturas.

A situação levou um morador, pai de família, a enviar um apelo desesperado ao Blog, pedindo que a realidade vivida pela comunidade siga sendo mostrada para que as autoridades não ignorem o cenário de medo extremo. O bairro, afirma ele, está “sangrando” e precisa de atenção urgente, com policiamento efetivo e permanente.

A seguir, o relato na íntegra enviado ao Blog do BG:

“BG, venho pedir, de coração aberto e em nome de muitas famílias que hoje estão desesperadas em Mãe Luiza, que o seu blog continue mostrando o que estamos vivendo. Sou pai de família, nascido e criado aqui, e nunca senti tanto medo dentro da minha própria casa como estou sentindo agora.

Nos últimos dias, nossa comunidade virou um campo de guerra. São tiros a qualquer hora, casas perfuradas, crianças se escondendo debaixo da cama, mães chorando em silêncio para não desesperar ainda mais os filhos. Temos idosos que não conseguem mais dormir, famílias inteiras passando a madrugada acordadas com medo de que uma bala perdida atravesse a porta ou acerte alguém dentro de casa.

BG, vc sabe da força que o seu blog tem. Quando vocês mostram, o Estado escuta. Quando vocês falam, a população presta atenção. Estamos implorando: não deixem esse assunto esfriar. Não deixem que amanhã vire só mais um dia de medo e abandono para nós. Precisamos que a situação continue sendo mostrada, que o problema ganhe voz, que as autoridades sejam pressionadas, que a população veja o que está acontecendo aqui. Nossa comunidade está clamando por socorro. Nosso bairro tem 1 delegacia e um posto policial, onde o mesmo já foi alvejado diversas vezes e recentemente suas paredes foram reforçadas por medo de novos ataques. Precisamos de policia presente não de visita, onde faz operação de manhã e deixa o resto do dia para os bandidos fazerem o que estão fazendo.

Mãe Luiza está sangrando, está implorando por paz, e a única forma de sermos ouvidos é mantendo essa situação viva nos noticiários. A comunidade precisa que alguém dê voz à nossa dor, ao nosso desespero e à nossa sensação de abandono.

Eu escrevo como pai, como trabalhador, como alguém que ama seu bairro, mas que hoje olha para os próprios filhos e sente medo do que pode acontecer se nada for feito. Por favor, continuem mostrando. Continuem denunciando. Não deixem Mãe Luiza ser esquecida.

Agradeço por tudo o que o Blog do BG já fez e ainda faz pelo povo potiguar. Neste momento, vocês são a última esperança de muitas famílias.

Com respeito e esperança,
Um PAI de família de MÃE LUIZA!”

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

“Querem resolver rapidamente as questões com o Brasil”, diz Vieira sobre EUA

Foto: Reprodução/X

O chanceler Mauro Vieira afirmou nesta quinta-feira (13) que os Estados Unidos demonstraram interesse em acelerar a solução das pendências bilaterais com o Brasil, especialmente no impasse provocado pelo tarifaço imposto pelo governo Donald Trump. A declaração foi dada após uma reunião em Washington com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, que, segundo Vieira, se comprometeu a dar uma resposta “nos próximos dias” à proposta brasileira apresentada no início de novembro.

Vieira explicou que as discussões sobre o tema têm se intensificado desde o início do ano e lembrou que, no dia 4 de novembro, houve uma videoconferência técnica entre os dois países, envolvendo Itamaraty, Ministério da Fazenda e Ministério da Indústria. Nessa ocasião, o Brasil entregou uma contraproposta baseada na lista de demandas americanas enviada após o encontro de 16 de outubro. O chanceler disse que Rubio garantiu que a avaliação está em curso e que o governo Trump pretende avançar rapidamente.

O ministro também relatou que Rubio conversou com Trump antes da reunião desta quinta e que o presidente americano reforçou o desejo de manter uma relação fluida com o Brasil. Segundo Vieira, o clima das conversas é positivo e há um alinhamento para que seja fechado um acordo provisório ainda este mês — ou no início do próximo — que sirva como guia para uma negociação completa a ser concluída em até três meses.

Para o governo brasileiro, esse acerto inicial funcionaria como um “mapa do caminho”, destravando pontos sensíveis enquanto os dois países formalizam os termos de um entendimento definitivo. Vieira classificou a postura americana como um sinal claro de que Washington está disposto a resolver as pendências comerciais e reduzir o atrito gerado pelas tarifas de 40% aplicadas aos produtos brasileiros.

Com informações de O Antagonista

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

COP30 encerra primeira semana marcada por impasses e cobrança da ONU ao Brasil

Foto: Divulgação/Planalto

A COP30 chega ao fim de sua primeira semana em Belém com poucos avanços e um ambiente de preocupação entre as delegações. Os principais temas — especialmente financiamento climático e metas de redução de emissões — seguem travados, refletindo o tradicional embate entre países desenvolvidos e nações do Sul Global. Enquanto os mais ricos exigem compromissos mais robustos e relatórios mais frequentes sobre emissões, os países em desenvolvimento reiteram que não ampliarão suas ambições sem a garantia dos recursos prometidos.

Nos bastidores, o clima entre os negociadores se tornou mais tenso ao longo dos últimos dias. Representantes de países vulneráveis acusam as economias centrais de não cumprirem compromissos financeiros e afirmam que a transição climática não pode recair sobre quem já enfrenta os maiores impactos. Como anfitrião, o Brasil tenta mediar as diferenças e promete ampliar a rodada de encontros bilaterais ainda neste sábado, quando uma nova plenária deve atualizar o andamento das conversas.

A organização do evento também virou alvo de críticas. A ONU enviou uma carta ao governo brasileiro, ao presidente da COP30 e ao governador do Pará cobrando ajustes imediatos após a invasão de manifestantes à área oficial de negociações, a chamada Blue Zone, na última terça-feira (11). A entidade apontou falhas de segurança e considerou o episódio uma situação atípica para conferências climáticas. Além disso, delegações relataram problemas estruturais, como falhas de refrigeração, falta de água em banheiros e dificuldades logísticas desde o primeiro dia.

Após o ofício da ONU, a Casa Civil afirmou que não participou das decisões relacionadas à segurança durante o protesto e ressaltou que a proteção da Blue Zone é responsabilidade do UNDSS, departamento das Nações Unidas encarregado da área. O governo brasileiro disse ainda que todos os pedidos da ONU estão sendo atendidos e informou que, junto ao governo do Pará e à UNDSS, reforçou os perímetros de segurança e revisou o efetivo policial para evitar novas falhas.

Com informações da CNN Brasil

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mundo

Trump lança operação militar dos EUA na América Latina contra “narcoterroristas”

Foto: Anna Moneymaker/Getty Images

O governo dos Estados Unidos iniciou uma nova ofensiva militar na América Latina, determinada pelo presidente Donald Trump, com o objetivo de combater grupos classificados como “narcoterroristas”. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (13) pelo chefe do Pentágono, Pete Hegseth, que revelou que a ação recebeu o nome de Operação Lança do Sul e será conduzida pelo Comando Sul (SOUTHCOM), responsável pelas missões norte-americanas no continente.

Segundo Hegseth, a operação tem caráter estratégico e busca “proteger o hemisfério ocidental” e impedir que organizações criminosas avancem sobre áreas de interesse dos EUA. A escalada ocorre após meses de movimentações militares na região, incluindo o envio de navios de guerra, caças F-35 e do porta-aviões USS Gerald R. Ford ao Caribe. Nesse período, os EUA afirmam ter realizado 19 ataques contra embarcações supostamente ligadas ao tráfico, que resultaram em pelo menos 80 mortos — sem divulgação de provas que confirmem a relação dos alvos com o crime.

A retórica mais agressiva do governo Trump coincide com acusações recentes contra líderes latino-americanos. A Venezuela é o principal foco da Casa Branca, após Washington apontar o presidente Nicolás Maduro como chefe do cartel Los Soles, classificado pelo governo americano como organização terrorista. A medida abre espaço para operações militares além das fronteiras dos EUA e amplia a tensão diplomática entre os dois países.

A Colômbia também entrou no radar norte-americano. Trump declarou que Gustavo Petro seria “líder do tráfico”, afirmação que o governo colombiano interpretou como uma tentativa de interferência política. Com a Lança do Sul oficialmente em andamento, cresce a expectativa sobre possíveis operações terrestres e o impacto da ofensiva na já delicada relação dos EUA com países da América Latina.

Com informações do Metrópoles

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *