Economia

Governo pode ter R$ 9,6 bi a mais sem alta do ICMS

Foto: Adriano Abreu

Durante audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte para debate sobre o aumento da alíquota de ICMS no Rio Grande do Norte, a Fecomércio RN apresentou um pacote de soluções estruturais que poderia gerar R$ 9,6 bilhões em novas receitas para o Rio Grande do Norte, sem a necessidade de aumento da carga tributária. Entre as propostas, destaca-se a inclusão do abastecimento de água na PPP da Caern, com o potencial de gerar R$ 5 bilhões aos cofres públicos, através da privatização de parte da operação.

Além disso, a entidade sugeriu a criação de um mecanismo legislativo para implementar Transação Tributária e Securitização da Dívida Ativa, uma medida que poderia agregar R$ 3,4 bilhões. Adicionalmente, a liberação de R$ 1,2 bilhão do Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal (PEF) também contribuiria para o fortalecimento das finanças estaduais.

Enquanto o governo justifica o reajuste como necessário para equilibrar as contas públicas e garantir serviços essenciais, representantes do setor produtivo alertaram sobre os impactos negativos que o aumento pode trazer à economia local, à competitividade e ao custo de vida da população. As federações do Comércio de Bens e Turismo (Fecomércio-RN) e das Indústrias (Fiern) fizeram apresentações nas quais evidenciaram que o problema não estaria nas receitas, mas no crescimento desproporcional das despesas. Um estudo apresentado pela Fecomércio-RN mostra que, em 2023, mesmo com a alíquota do ICMS em 20% a arrecadação cresceu menos que os gastos do governo estadual.

Segundo os dados, as receitas correntes líquidas do estado cresceram 13,7%, enquanto as despesas avançaram 16,8%, com destaque para os gastos com pessoal, que atingiram 56,9% da Receita Corrente Líquida (RCL), ultrapassando o limite legal prudencial. A apresentação também mostrou que a receita do RN cresceu 21,3% entre 2023 e 2024, acima da média nacional para o período de 12,2% e de 18,1% para a região Nordeste.

Marcelo Queiroz, presidente da Fecomércio-RN, foi enfático ao criticar o aumento do ICMS e cobrou eficiência do governo na gestão fiscal. “Tivemos, em 2024, crescimento nas vendas do comércio, nos serviços, e uma inflação menor do que a nacional. Isso mostra que a receita está em uma boa condição. O problema está nos gastos. O governo precisa ajustar suas despesas para que caibam dentro da sua receita. Não se pode transferir essa responsabilidade para a sociedade e para os contribuintes”, afirmou.

Além disso, a Fecomércio destacou que o Rio Grande do Norte investiu apenas R$ 427 milhões em 2023, posicionando-se como o Estado que menos alocou recursos em investimentos em todo o Brasil, mesmo frente a estados com orçamentos significativamente menores, como o Amapá (R$ 316 milhões) e Roraima (R$ 258 milhões). Em comparação, a média de investimentos dos estados nordestinos foi três vezes superior, chegando a aproximadamente 6% da Receita Corrente Líquida (RCL), enquanto o RN destinou apenas 2%.

Roberto Serquiz, presidente da Fiern, reforçou que o aumento do ICMS é uma solução paliativa e defendeu alternativas que passam por investimentos estruturais e planejamento econômico de longo prazo. “Vamos cuidar de melhorar o Estado pela via da economia, por meio de licenciamentos, políticas de PPPs e um planejamento industrial que aproveite as oportunidades da reforma tributária. Precisamos preparar o Rio Grande do Norte para 2033, quando haverá mudanças no sistema tributário”, destacou.

A Fiern também apresentou dados que evidenciam a queda na competitividade do estado, o que agrava os desafios econômicos e fiscais do Rio Grande do Norte. Segundo o Ranking de Competitividade dos Estados 2023, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), o RN caiu para a 24ª posição, perdendo uma colocação em relação ao ano anterior. Para a entidade, esse desempenho é reflexo de fatores como baixa eficiência na gestão pública, falta de investimentos e dificuldades estruturais no ambiente de negócios.

O presidente da Fiern citou, como exemplo, que gostaria de estar comemorando a celeridade do licenciamento ambiental, viabilizando a entrada em operação de inúmeros novos poços de petróleo das empresas privadas que assumiram os campos maduros antes operados pela Petrobras. “O aumento da arrecadação é impulsionado pela economia”, ressaltou o presidente da Fiern. Serquiz ressaltou que são muitas as experiências exitosas de gestões em estados vizinhos, “que em momentos semelhantes tiveram medidas corajosas e efetivas que garantiram a esses estados recuperação da capacidade de investimento”.

Ele defendeu a construção coletiva de um programa que retome a capacidade de investimento do estado e colocou a Fiern à disposição para auxiliar nesse processo. “Gostaria de sugerir à Assembleia Legislativa que possa ser moderadora de uma ampla aliança com os demais Poderes, com a sociedade civil e com o setor produtivo para construirmos um programa de contenção de despesas e de melhoria do ambiente de negócios no Rio Grande do Norte”, conclui Serquiz.

O assessor técnico do Observatório da Indústria Mais RN, Pedro Albuquerque, complementou a fala com números sobre a arrecadação, ressaltando a necessidade de contenção das despesas públicas. “No período de 2019 a 2023, as receitas cresceram, numa média ano-a-ano, em 13%. Já as despesas, nesse mesmo período, cresceram 17,5%”, mostrou. “Em 2023, com vigência da alíquota de ICMS em 20% de abril a dezembro, as receitas cresceram 13,7% enquanto as despesas 16,8%”, completou Albuquerque.

“O problema do Rio Grande do Norte não são as receitas, mas as despesas que crescem em porcentagem sempre acima da receita”, finaliza o assessor técnico do Observatório da Indústria.

Dados apresentados na audiência

Despesa com pessoal: 56,9% da Receita Corrente Líquida do estado em 2023.
Investimentos: RN investiu R$ 258 milhões em 2023, o menor índice do Brasil.
Arrecadação corrigida pela inflação (ICMS): Queda de R$ 293,4 milhões em 2024 em relação a 2023.
Ranking de Competitividade: RN caiu para a 24ª posição nacional.
Despesas correntes (2019-2023): Crescimento anual médio de 22,4%, superando o aumento de receitas (13%).
Proposta do Governo terá impacto em diversos setores

Carlos Eduardo Xavier, secretário estadual de Fazenda, argumentou que o aumento da alíquota do ICMS é essencial para evitar crises ainda maiores nos serviços públicos. Porém, do outro lado, os representantes do setor produtivo argumentam que a alta do imposto terá impacto em diversas atividades.

O secretário ressaltou que a proposta, apresentada em 2023 e rejeitada pela ALRN na ocasião, volta a ser debatida neste ano com a expectativa de um desfecho diferente. “Essa matéria é de Estado, muito mais do que de governo, pois afeta a capacidade financeira do Executivo e a transferência de 25% do ICMS para os municípios. É uma questão que impacta todos os poderes e interessa a toda a sociedade”, destacou.

Xavier enfatizou que a rejeição do aumento no ano anterior agravou a situação fiscal do Estado, contribuindo para dificuldades de caixa que se traduziram em atrasos nos pagamentos a fornecedores e crises na saúde pública. “Todos estão acompanhando os desafios que enfrentamos este ano, com atrasos no pagamento de fornecedores, especialmente na saúde. Esse aumento não é apenas necessário, mas urgente, para garantir que o estado consiga honrar seus compromissos básicos”, afirmou.

Impacto no setor produtivo

Representantes do setor produtivo também expuseram preocupações com os impactos diretos do aumento do ICMS nos preços e na atividade econômica. Paolo Passariello, presidente da Abrasel-RN, destacou a dificuldade de repassar custos para os consumidores. “Já enfrentamos altas significativas nos preços de insumos, como carne, que subiu até 40%. Um novo aumento do ICMS vai agravar ainda mais essa situação, elevando o custo para os consumidores e prejudicando diretamente nosso setor, que já opera com margens reduzidas”, afirmou.

José Vieira, da Federação da Agricultura e Pesca (Faern), alertou para o peso da carga tributária na cadeia produtiva. “Não é transferindo o aumento para a sociedade que resolveremos os problemas do estado. A agropecuária, assim como outros setores, já enfrenta custos elevados. Quem paga essa conta é o consumidor final. Precisamos de uma repactuação fiscal que equilibre o orçamento sem penalizar ainda mais a população”, disse.

Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

  1. Isso não interessa.
    Governo de ESQUERDA só tem preocupação em aumentar impostos e comprar a mídia para jogar ao povo suas narrativas imorais e irresponsáveis.
    Não leve proposta para melhoria da cidade, do povo ou do estado.
    Isso não interessa a esquerda.
    O projeto deles é falir a indústria e o comércio deixando o povo dependendo o Estado, com eles no poder usufruindo de tudo que o capitalismo pode dar a eles.
    As estatais trilham rápido para destruição, afinal, em poucos meses todas já registram prejuízos milionários.
    São tem mais de 800 mil empresas que fecharam as portas de 2022 a 2024.
    Todo dia tem aumento de impostos e as universidades passando vergonha sem verbas.
    Não esqueçam que os carros pipas foram suspensos e a transposição do rio São Francisco interrompida.
    Os alimentos subindo de preço todo dia.
    O desemprego tomando conta do mercado.
    Não faltam notícias boas.
    O amor venceu.

    1. Assim como esse Carlos Eduardo Xavier. Se perdeu ao virar “político”.

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Micro e pequenas empresas lideram pedidos de recuperação judicial no Brasil

Foto: Istock/VEJA

Março de 2025 registrou 187 pedidos de recuperação judicial no Brasil, segundo levantamento da Serasa Experian. Trata-se do maior volume mensal do ano até agora e representa um crescimento de 2,2% em relação ao mesmo mês de 2024. O dado chama atenção especialmente pela forte concentração entre micro e pequenas empresas, que somaram 140 dos 187 pedidos — ou seja, quase 75% do total.

A situação reflete, segundo especialistas, o acúmulo de pressões enfrentadas por negócios de menor porte, como o custo elevado do crédito, retração de demanda em alguns setores e dificuldade de acesso a capital de giro.

O setor Primário foi o que mais concentrou os pedidos, seguido por Serviços, Comércio e Indústria. Já os pedidos de falência também cresceram no mês, com 60 registros — uma alta de 13,2% frente a março do ano passado.

Terra

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Fies tem calote recorde, saldo devedor de R$ 116 bilhões e baixa ocupação de vagas

A proporção de estudantes atendidos pelo Financiamento Estudantil (Fies) que tinha alguma parcela atrasada atingiu 61,5% em abril, em um universo de 2 milhões de contratos, segundo dados do Ministério da Educação (MEC). Em 2014, essa taxa era de 31%.

A inadimplência, recorde na história do programa, lança alerta sobre a sustentabilidade do financiamento estudantil federal nos próximos anos. A queda de atratividade para os alunos também preocupa o governo e as faculdades privadas. Em 2018, eram preenchidas 82% das vagas ofertadas. No ano passado, o índice caiu para apenas 39%.

Diretor de Políticas e Programas de Educação Superior da pasta, Adilson de Carvalho diz que o MEC estuda maneiras de aperfeiçoar o modelo, para atrair mais alunos e melhorar a quitação de dívidas. Também estuda incentivar o ingresso em áreas com demanda de mercado, como licenciaturas e carreiras de tecnologia.

Em geral, o Fies banca a maior parte da mensalidade e só cobra a restituição após o estudante se formar. Mas esse financiamento, na maioria dos casos, não tem sido integral: há ainda uma coparticipação que o aluno deve custear durante o curso. A exceção é o Fies Social (para quem tem renda familiar de até 1,5 salário mínimo por pessoa), quando 100% da mensalidade é coberta.

A parcela da mensalidade financiada só é paga pelo estudante após a formatura. Esse débito, com juros mais baixos que os de mercado, deve ser pago para o governo federal. O saldo devedor total de parcelas de amortização é hoje de R$ 116 bilhões.

Ao longo da graduação, as faculdades têm garantia de pagamento, por meio da verba que vem dos cofres da União.

Já a dívida dos alunos durante o curso, referente a essa coparticipação, é diretamente com as instituições de ensino. O montante devido para as faculdades não foi informado pelo MEC.

Desde 2015, o Fies tem passado por reformulações que restringiram as regras de acesso. Na época, o redesenho incluiu diminuir a proporção de bolsas integrais e impor mais limites de vagas.

A mudança precisou ser feita justamente diante da explosão de gastos com mensalidades no gestão Dilma Rousseff (PT), o que ameaçava a sustentabilidade financeira do financiamento estudantil.

O Fies, depois disso, encolheu. Em 2014, houve 733 mil novos contratos. Já no ano passado, foram 44 mil. Segundo o relatório do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão do MEC responsável pelo Fies, foram repassados ao menos R$ 5,6 bilhões para o programa em 2024.

De acordo com Carvalho, já havia expectativa de queda do total de contratos com a reformulação, mas o tamanho da redução da atratividade surpreende.

“O que preocupa é que talvez tenhamos errado na mão nas reformas que fizemos (a partir de 2015), que eram necessárias porque era um processo insustentável, ao menos do ponto de vista financeiro. Mas essa queda não era a esperada”, disse ele durante o Congresso Brasileiro de Educação Superior Privada (CBESP).

A concepção da reforma era tornar o programa autossuficiente, com os recém-formados pagando suas dívidas. Esse valor seria usado para ajudar a custear alunos que ainda estivessem na graduação. Mas isso não aconteceu, especialmente em razão da alta inadimplência.

O MEC identificou que a maioria dos estudantes que abandonam o processo de inscrição no Fies o fazem ainda na etapa de cadastro, quando os valores da coparticipação são mostrados. Para a pasta, isso indica que as vagas ociosas têm relação com a falta de capacidade financeira dos candidatos.

Nos últimos dois anos, o governo tem feito incentivos à renegociação de débitos para beneficiários com contratos antigos inadimplentes. Até 2024, foram repactuados 389 mil contratos, com arrecadação R$ 800 milhões pela União, somente com o pagamento da entrada do novo valor das dívidas.

O que fazer agora?

O governo tenta implementar no Fies um formato de pagamento condicionado à renda do recém-formado: aquele com renda próxima ao salário mínimo (R$ 1.518) pagaria 8% do salário mensal para a amortização da dívida. Já quem ganha o equivalente ao teto do INSS (R$ 8.157,41) ou mais pagaria 13% da renda.

“A gente está fazendo um esforço muito grande para que saia no menor tempo possível porque o programa foi desenhado tendo isso como premissa”, afirma Carvalho, sem dar previsão de quando isso será implementado.

Outro ponto crucial, segundo ele, é oferecer ao aluno do Fies opções de assistência, como auxílios para moradia, alimentação e transporte. Ele defende que esse é um complemento que não deve partir só do poder público, mas também das próprias faculdades.

“Esse estudante cada vez mais precisa de outros elementos junto com o pacote, além da simples oferta da vaga (seja pelo Fies ou ProUni, que dá bolsas). Se ofertar só a vaga, esse estudante, pelo perfil socioeconômico, não fica”, diz.

O Pé-de-Meia, programa federal que paga bolsas para alunos de ensino médio não abandonarem a escola, também é visto pelo governo como estratégico. Além de aumentar o total de formados no ensino básico, transfere renda a jovens pobres, que depois podem mirar a graduação.

Para o diretor do MEC, além do desafio financeiro, há um obstáculo de comunicação. “Há certo desencanto com a educação superior. No mundo inteiro, a procura tem caído – aqui no Brasil, especialmente”, diz.

“Alia-se a isso o comportamento de novas gerações, que se encantam com redes sociais, novas tecnologias da informação, e cria-se um ambiente em que precisa de esforço muito maior para que se interessem pelo curso superior”, avalia.

(A ideia é) desfazer essa ilusão que afeta muitos jovens brasileiros: de acharem que vão subir, melhorar fácil de vida sem ensino superior”, continua ele.

O MEC estuda ainda incentivar, por meio do financiamento estudantil, cursos em que enxerga necessidade de mais profissionais no País, como licenciaturas (formação de professores) e áreas da tecnologia (como Inteligência Artificial e Ciências de Dados).

“A empregabilidade é uma variável importante. O interesse do estudante não é a única variável, mas é levada em conta”, afirma Carvalho.

O setor de ensino superior privado reivindica incentivo também para a Enfermagem, cuja oferta na modalidade a distância (EAD) passou a ser proibida por um decreto federal publicado em maio. Não há ainda, porém, indicação do MEC nesse sentido.

Pela nova regra, a Enfermagem só poderá ser oferecida de forma presencial, o que exige ao menos 70% da carga horária na sala de aula. Hoje, há cerca de 193 mil matriculados em cursos EAD de Enfermagem – que terão o direito de concluir a graduação nesse formato.

O diretor do MEC diz que a pasta está aberta para discutir com o setor privado sobre a possibilidade de expandir o Fies para o EAD. “O decreto saiu na semana passada e a gente ainda não fez esse estudo. Mas estamos abertos”, afirma.

Estadão Conteúdo, por Isabela Moya

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EUA e Israel consideram inaceitáveis exigências do Hamas e cessar-fogo em Gaza vira impasse

Foto: Reprodução Jornal Nacional

O governo dos Estados Unidos e Israel classificaram como inaceitáveis as exigências feitas pelo Hamas em resposta à proposta de cessar-fogo apresentada por Washington e aprovada por Tel Aviv.

O plano prevê uma trégua inicial de 60 dias, durante a qual 10 reféns vivos e 18 mortos seriam libertados pelo grupo palestino, em troca de 125 prisioneiros condenados à prisão perpétua e 1.111 detidos desde o início da guerra.

Em publicação na rede social X, o enviado especial dos EUA ao Oriente Médio, Steve Witkoff, afirmou que a resposta do Hamas “só nos leva para trás”.

Witkoff também disse que o grupo deveria aceitar a proposta como base para negociações que poderiam começar imediatamente. “A resposta foi totalmente inaceitável”, afirmou.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reforçou que o Hamas segue rejeitando a proposta e que, diante disso, Israel continuará com sua ofensiva na Faixa de Gaza.

O ministro das Relações Exteriores israelense, Gideon Saar, também responsabilizou o grupo pela continuidade do conflito ao se recusar a libertar reféns e se desarmar.

Do lado palestino, o Hamas nega ter rejeitado o plano. Um alto funcionário do grupo afirmou à agência Reuters que a resposta foi positiva e buscava apenas adicionar três emendas:

  • Garantias de que as negociações para um cessar-fogo permanente prosseguirão;
  • Os combates não serão retomados após os 60 dias de trégua;
  • As Forças de Defesa de Israel recuem para as posições que ocupavam em 2 de março deste ano.

Além disso, o grupo defende que a ajuda humanitária seja feita exclusivamente por meio da ONU.

Para o Hamas, a proposta atual — apesar de apoiada por Washington e aceita por Israel — não contempla sua principal demanda: o fim definitivo da guerra e da ocupação.

Bassem Naim, integrante do gabinete político do grupo, declarou que o documento “perpetua a ocupação e continua a matança e a fome”.

O plano apresentado pelos EUA não garante o fim permanente do conflito, apenas afirma que o presidente Donald Trump está comprometido em manter as negociações “de boa-fé” até a conclusão de um acordo.

A ajuda humanitária, por sua vez, entraria em Gaza imediatamente após o início da trégua e seria distribuída por canais previamente acordados, como as Nações Unidas e o Crescente Vermelho.

Enquanto as conversas seguem, o impasse sobre as exigências do Hamas ameaça travar os esforços de mediação liderados por EUA, Egito e Catar.

Com informações da CNNi e Reuters

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Morre em São Paulo, aos 62 anos, a ex-juíza e advogada potiguar Maria Suzete Monte de Hollanda Diógenes

Foto: reprodução

A Justiça e a advocacia potiguar perderam, na manhã deste domingo (1), uma de suas mais ilustres representantes: a ex-juíza e advogada Maria Suzete Monte de Hollanda Diógenes faleceu aos 62 anos, vítima de complicações hematológicas. Ela estava em São Paulo para uma viagem em comemoração aos seus 40 anos de casamento com Gutemberg Rego Diógenes.

Nascida no dia 17 de abril de 1963, Maria Suzete construiu uma trajetória sólida e dedicada no serviço público e na área jurídica. Atuou primeiramente como engenheira civil, ingressando posteriormente na magistratura. Serviu como juíza titular do Trabalho nas comarcas de Assu e Ceará-Mirim, deixando relevante legado decorrente de seus 30 anos frente à Justiça do Trabalho potiguar. Incansável na sua busca pelo conhecimento, formou-se também no curso de Arquitetura e Urbanismo.

Recentemente, havia retornado à advocacia nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Rio Grande do Norte (OAB/RN), cargo que exerceu com o mesmo comprometimento, ética e respeito que marcaram toda a sua vida profissional.

Maria Suzete Monte de Hollanda Diógenes deixa o esposo, Gutemberg Rego Diógenes, os três filhos João Victor, Dirceu e Marina, além dos netos que tanto estimava: Maria Teresa, Joaquim e Julia a quem deixamos nossos sentimentos.

Informações detalhadas sobre velório e sepultamento aguardam trâmites burocráticos e o traslado do corpo para Natal.

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PAPO DE FOGÃO RAIZ: Confira as receitas de Feijoada, Osso de Patinho e Buchada de Galinha

FEIJOADA
Ingredientes:
100g de carne de charque cortada
100g de carne de sol em cubos
100g de mocotó
1 linguiça calabresa
50g de bacon em cubos
1 paio
500g de feijão preto
1 cebola roxa picada
4 dentes de alho picado
3 folhas de louro
6 pimentas de cheiro picada
½ pimentão verde picado
Pimenta do reino com cominho a gosto
Sal a gosto.
50ml de óleo
1 ½ de água
3 folhas de louro

Modo de preparo:
Dessalgue as carnes trocando várias vezes a água. Reserve!
Corte a calabresa e o paio em rodelas
Aqueça bem a panela de pressão, coloque o óleo e, em seguida, o bacon. Deixe refogar por 3 minutos.
Acrescente o charque, a costela suína, a carne de sol, a linguiça calabresa e o paio em rodelas. Misture bem!
Acrescente a cebola, as folhas de louro, o alho, a pimenta de cheiro, a pimenta do reino, o pimentão e refogue por 5 minutos.
Coloque o feijão e refogue por mais 5 minutos.
Acrescente a água, feche a panela de pressão e deixe cozinhar por 20 minutos.
Após retirar a pressão, abra a panela e verifique o sal, se necessário coloque sal. Deixe ferver por mais 5 minutos, com a tampa aberta, e sirva em seguida. Acompanha arroz, couve, laranja e farofa.

Tempo de preparo: 3h
Tempo de cozimento: 40 min

DICA RÁPIDA

OSSO DO PATINHO
Ingredientes:
1 osso do patinho inteiro
1 tomate picado
1 cebola picada
½ pimentão verde picado
Sal e pimenta do reino a gosto
Cominho a gosto
2 colheres de sopa de colorau
1L de água

Modo de preparo:
Coloque o osso do patinho na panela de pressão aquecida.
Acrescente a cebola, o pimentão, o tomate, o sal, a pimenta do reino, o cominho e misture bem. Deixe refogar por 2 minutos.
Coloque a água, feche a panela de pressão e deixe cozinhar por 30 a 40 minutos, até que esteja bem macio as cartilagens soltando do osso.
Sirva em seguida.
Se gostar, pode cozinhar o feijão junto com o osso do patinho. Colocar o feijão após 25 min de cozimento.
Sirva em seguida!

Tempo de preparo: 5 min
Tempo de cozimento: 40 min

DICA RÁPIDA

Buchada de galinha
Porção de receita unitária, 3 buchadas.

Proporção para 2 receitas

Ingredientes:
6 peles do pescoço da galinha ou frango
400gr de coração de frango
400 gramas de moela
200 gramas de fígado de frango
1/2 limão Taiti
Sal, Pimenta do reino e Páprica picante a gosto
2 cebolas grandes
3 pimentas de cheiro
1 pimentão
3 tomates
3 dentes grandes de alho
50 ml de azeite ou manteiga da terra

Modo de preparo:
Corte os miúdos do frango picadinhos e tempere com sal, pimenta do reino, páprica picante e meio limão.

Costure com linha média a base mais grossa das peles do pescoço.
coloque o recheio dos miúdos, compactando bem para a pele ficar esticadinha.
Costurar a outra abertura para fechamento completo.

Numa panela refogue a cebola, O alho, o pimentão, a pimenta de cheiro e os tomates com azeite/manteiga da terra, até murcharem, tempere com sal e Pimenta do Reino.

Coloque as buchadinhas sobre essa cama de vegetais refogados e complete com água até a metade das buchadas.
Tampe a panela e cozinhe por 35 minutos, virando as buchadas de 10 em 10 minutos.
Acrescente água se precisar até o final do processo.
Sirva com uma farofa e um limãozinho.

Tempo de preparo: 30 min
Tempo de cozimento: 35 min

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Tenista potiguar Victória Barros vence na estreia no torneio juvenil de Roland Garros

Foto: reprodução

A jovem tenista potiguar Victoria Barros, 25ª do mundo do ranking da ITF, estreou com triunfo, neste domingo, em Roland Garros, o Grand Slam do saibro, disputado em Paris, na França.

Barros superou a francesa Eleejah Inisan, 77ª colocada, por 2 sets a 1 com parciais de 6-3, 5-7 e 6-2 após 2h07min de duração na quadra 4 do complexo francês.

Foto: reprodução

Na segunda rodada, a atleta que treina na academia de Patrick Mouratoglou, técnico da Serena Williams por dez anos, enfrenta a tcheca Jana Kovackova, sétima favorita e 12ª do mundo, ou a ucraniana Yelyzaveta Kotliar, 181ª.

Com informações de Tênis News

Opinião dos leitores

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Geral

STF retoma julgamento sobre responsabilização das redes sociais nesta semana

Foto: Antonio Augusto/STF

O STF (Supremo Tribunal Federal) vai retomar na quarta-feira (4) o julgamento de duas ações que vão definir se plataformas digitais podem ser responsabilizadas por conteúdos que os usuários publicam.

A Corte analisa a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet, que diz que as plataformas só são obrigadas a retirar conteúdos considerados ilegais se houver uma ordem da Justiça, com algumas exceções.

Além desse julgamento, os ministros analisam a responsabilidade de provedores de aplicativos ou de ferramentas de internet pelo conteúdo gerado pelos usuários e a possibilidade de remoção de conteúdos que possam ofender direitos de personalidade, incitar o ódio ou difundir notícias fraudulentas a partir de notificação extrajudicial.

O caso será retomado após o ministro André Mendonça devolver as ações para julgamento — no fim de 2024, ele tinha pedido vista (mais tempo para analisar).

Antes disso, três ministros tinham votado. O relator de uma das ações, Luiz Fux, defendeu que as plataformas podem, sim, ser responsabilizadas sem precisar esperar uma decisão judicial, em algumas situações.

Segundo ele, se as plataformas sabem que um conteúdo é criminoso por ser obviamente ilegal, elas têm a obrigação de remover esse conteúdo imediatamente. Se não fizerem, podem ser processadas e pagar indenização. O ministro considerou como conteúdos obviamente ilegais postagens que envolvem:

  • Discurso de ódio;
  • Racismo;
  • Pedofilia;
  • Incitação à violência;
  • Defesa de golpe de Estado ou de acabar com a democracia.

Nessas situações, Fux entende que as plataformas têm que ter um monitoramento ativo, ou seja, precisam acompanhar e agir rapidamente para evitar esse tipo de conteúdo.

Segundo o voto do ministro, quando se trata de ofensas contra uma pessoa, como ataques à honra, imagem ou privacidade, a plataforma só é obrigada a agir se for avisada previamente pela vítima.

R7

Opinião dos leitores

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Geral

Em plena crise financeira, Correios planejam contratar carros de luxo para diretoria

Foto: Correios/Divulgação

Os Correios abriram uma licitação para contratar 4 carros de luxo para ficarem à disposição de diretores. O período de vigência do contrato será de 30 dias. Inclui, além dos automóveis, combustível e um motorista.

De acordo com a revista Veja, o valor da contratação está em sigilo. Documento dos Correios mostra, no entanto, as especificações mínimas dos veículos desejados:

  • preferencialmente pretos;
  • devem ser novos ou seminovos, com até 3 anos ou 120 mil km;
  • a combustão ou híbrido;
  • com, no mínimo, 150 cavalos de potência;
  • porta-malas com 300 litros de capacidade.

Seria 1 utilitário esportivo grande que ficará à disposição do “executivo I” e 3 sedãs médios para “executivos II”.

Prejuízo bilionário

Os Correios divulgaram em 9 de maio que registraram um prejuízo de R$ 2,6 bilhões em 2024.

Na sexta-feira (30), o Banco Central informou que as estatais federais têm deficit de R$ 2,69 bilhões no 1º quadrimestre de 2025. Já as estaduais tiveram um superavit de R$ 573 milhões de janeiro a abril.

Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Imoral!
    As encomendas estão atrazando por paralisação das transportadoras, eles alegam que não estão recebendo dos correios.
    Aí saí uma lorota dessas, é imoral.
    Esse desgoverno quer ferrar os brasileiros todos.
    Faz o L, cambada de burros, falta de aviso não foi.

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Geral

Marcha Para Jesus em Parnamirim foi um evento gigantesco

Foto: Andrezza Barros

A 26ª edição da Marcha para Jesus foi um grande sucesso. Com a realização da Prefeitura de Parnamirim, em parceria com o Grupo Evangélico Atalaia, a noite reuniu o maior público da história do evento.

Esse ano a Marcha contou com shows como os de Alice Maciel, Maria Marçal, Banda Via Sete, Banda Casa do Amor e Banda Igreja Verbo da Vida, entre outras atrações.

“Preparamos uma grande programação e colocamos toda a estrutura da Prefeitura à disposição para realizarmos a maior Marcha para Jesus da história da cidade, garantindo todo conforto, segurança e tranquilidade para os participantes. Foi um lindo momento de louvor e adoração, com a presença numerosa de milhares de famílias parnamirinenses”, comemorou a prefeita Nilda Cruz.

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Geral

VÍDEO: Quase 100 mil pessoas acompanham abertura do São João em Natal na Redinha


O São João de Natal 2025 começou em grande estilo na noite deste sábado (31), na Zona Norte da capital potiguar. Uma multidão estimada em quase 100 mil pessoas lotou as ruas da Redinha para acompanhar o trio elétrico de Bell Marques, um dos nomes mais aguardados da programação junina. O pico da presença de público ocorreu na metade do show de Bell.

A Avenida da Alegria foi palco de uma verdadeira explosão de cores, ritmos e animação. O vídeo registrado no local impressiona: um mar de gente segue Bell em clima de festa, mostrando a força popular do evento e o envolvimento da população com o ciclo junino.

Com o trio elétrico arrastando milhares, a prefeitura deu o pontapé inicial na programação oficial do São João, que promete movimentar toda a cidade nas próximas semanas.

Além de Bell Marques, a noite contou ainda com apresentações de Capilé e Márcia Fellipe, artistas que aonde passam arrastam multidões.

Comentários elogiando a organização do evento eram gerais. Tudo ocorrido dentro do programado, encerrando por volta da meia-noite.

O evento é parte do esforço da gestão municipal em descentralizar a festa e levar entretenimento de qualidade para todas as regiões da cidade. A largada, pelo visto, foi um sucesso retumbante.

*Atualizado às 9h05

Opinião dos leitores

  1. E a abertura do São João em Olho D’água dos Borges, com a presença dos petistas, flopou. Aonde o PT chega, a desgraça vem junto. O Olho D’água ficou contaminado. Pobre município.

  2. Parabéns ou Prefeito Paulinho Freire e toda sua equipe. Tudo muito bem planejado e organizado como nunca visto em Natal. Meus parabéns.

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