Educação

Inadimplência no Fies sobe 28% em 5 anos no RN

Foto: Adobe Stock

Considerado por muita gente como uma oportunidade importante de ingresso ao Ensino Superior, o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) registrou redução de 92,5% no número de celebrações de contratos nos últimos nove anos no Rio Grande do Norte. De acordo com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), no segundo semestre de 2015 foram realizados 2.603 financiamentos, enquanto que no mesmo período do ano passado, foram apenas 195. Já a inadimplência cresceu 28,36% em cinco anos. Os dados do FNDE atualizados em janeiro deste ano apontam 20.418 financiamentos em atraso no RN, ante 15.906 em 2020.

Conforme a autarquia federal, a inadimplência registrada em janeiro deste ano supera a adimplência no Estado – segundo o FNDE, 11.589 contratos estavam com os pagamentos em dia até o mês passado. Ainda de acordo com o fundo nacional, em função “da inadimplência concentrada nos contratos celebrados até 2017, foi oportunizado recentemente aos devedores em atraso o refinanciamento dos contratos, ação que transcorreu de novembro de 2023 a dezembro de 2024”.

Para 2025, são ofertadas 1.015 vagas para financiamento no Rio Grande do Norte e 112 mil em todo o País, sendo 67,3 mil neste primeiro semestre. O período de inscrições foi encerrado no último dia 7. À reportagem, estudantes que aderiram ao financiamento relataram apreensão por conta das incertezas que rodeiam as perspectivas em torno de uma provável situação de inadimplência. Esdras Arcanjo, de 20 anos, está no terceiro período de Medicina. Ele afirma que, além das preocupações futuras, um desafio acompanha os estudantes já durante o curso.

“Eu e vários colegas temos apreensão nesse sentido. Estou me preparando e buscando formas de descontos, que hoje são possibilitadas pelo Governo”, diz. “No entanto, um problema que já nos afeta é o teto do Fies Social, que está em torno de R$ 60 mil por semestre, ou seja, R$ 10 mil por mês. Mas hoje as mensalidades ultrapassam facilmente esse valor”, acrescenta Esdras. Um dos colegas dele, que preferiu não se identificar, também conta que está se preparando para conseguir quitar o financiamento em dia depois que se formar.

“Pretendo entrar no programa Mais Médicos para conseguir um abatimento mensal da dívida, que é algo em torno de 1% a 2% para quem atua em áreas com maior déficit de profissionais ou em regiões mais conturbadas. Também penso em servir ao Exército no período temporário (de 1 a 8 anos), porque o salário é muito bom. Enquanto essas soluções não acontecem, quero intensificar plantões para fazer um pé de meia”, detalha.

O estudante frisa, do mesmo modo que Esdras, que os desafios começam durante a graduação. “A limitação do teto é um complicador, dado o custo elevado de um curso como Medicina. Então, consequentemente, a gente arca com valores de coparticipação, o que torna o processo mais oneroso. Existe um movimento (o Fies Sem Teto) que busca recorrer da decisão do Governo Federal sobre o limite de financiamento, porque muitos estudantes tiveram que trancar a faculdade por causa disso”, aponta o universitário.

Regras

Para concorrer às vagas do Fies, é preciso ter prestado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em qualquer uma de suas edições a partir de 2010 até a mais recente. Além disso, o candidato deve ter alcançado, no mínimo, 450 pontos na média aritmética das notas das cinco provas do exame. A nota na prova de redação precisa ser superior a zero. Os participantes do Enem na condição de treineiro não podem se inscrever no Fies. O resultado da pré-seleção – em chamada única – foi divulgado na última terça-feira (18).

Entre 19 e 21 de fevereiro, os estudantes pré-selecionados deverão acessar o Fies Seleção para complementar a inscrição e obter o financiamento público das mensalidades em faculdades privadas. O período de convocação por meio da lista de espera será de 25 de fevereiro a 9 de abril.

  • Veja os dados sobre o Fies no Estado

Contratos celebrados*
2015: 2.603
2024: 195
Redução de 92,5%
*Dados do 2º semestre de cada ano

Inadimplência
2020: 15.906
2025*: 20.418
Aumento de 28,36%
*Dado atualizado em janeiro de 2025

  • 11.589 é o número de contratos adimplentes no RN até janeiro de 2025
  • 1.015 é o número de vagas para o Fies 2025 no RN
  • 112 mil é o número de vagas para o Fies 2025 no Brasil

Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

  1. Uma universidade em cada esquina. Ter diploma hoje de nível superior não serve de nada. Um bocado de analfabeto funcional sem trabalhar e os que estão trabalhando, ganham um salário mínimo. Sem contar esse país lixo, que nem emprego descente tem. As empresas querem sugar até a última gota de sangue do colaborador e pagar uma mixaria.

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Geral

Gonet cita indícios de crime de Rui Costa em compra de respiradores pelo Consórcio Nordeste e pede retomada de inquérito no STJ

Foto: Adriano Machado/Reuters

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, indicou haver indícios de envolvimento do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), em crimes praticados na compra de respiradores pelo Consórcio Nordeste, quando ele era governador da Bahia, em 2020. A informação foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), Gonet afirmou que Rui Costa assinou um contrato com pagamento antecipado integral e sem garantias ao ente público, referente ao acordo com a empresa Hempcare Pharma, que nunca entregou os equipamentos. O prejuízo estimado é de R$ 48 milhões.

O procurador-geral solicitou ao ministro Flávio Dino, relator do inquérito no STF, que o caso retorne ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), argumentando que os fatos ocorreram durante o mandato de Rui Costa como governador, o que justificaria a retomada do foro naquela Corte.

A investigação foi inicialmente aberta pela Polícia Civil da Bahia e depois encaminhada à Justiça Federal, onde ficou paralisada. Gonet defende que o caso volte ao STJ com base na nova jurisprudência do STF, que mantém a competência do tribunal superior para julgar crimes praticados no exercício de mandatos de chefia do Executivo estadual.

Defesa nega acusações

Em nota, a assessoria de Rui Costa afirmou que a manifestação da PGR não apresenta qualquer novo elemento acusatório e que o próprio Ministério Público já havia se posicionado anteriormente no processo, afirmando não haver vínculo entre o ex-governador e as irregularidades.

“A nova peça da PGR não agrega nenhum elemento acusatório quanto à conduta do então governador da Bahia”, diz a nota.

A defesa também ressaltou que Rui Costa determinou a abertura de inquérito na Polícia Civil após o não recebimento dos respiradores.

Delação e suspeitas

O inquérito ganhou força após a delação de Cristiana Taddeo, dona da Hempcare, que confessou o pagamento de R$ 1,6 milhão em comissão a um suposto intermediário do governo baiano. Segundo ela, o empresário Cleber Isaac Soares teria indicado a empresa como fornecedora, alegando proximidade com Rui Costa e com a então primeira-dama Aline Peixoto.

Cristiana admitiu não possuir documentos mínimos exigidos para o fornecimento e reconheceu irregularidades na negociação. A defesa de Cleber Isaac nega qualquer envolvimento ilegal e afirma que ele já prestou esclarecimentos em CPI sobre o caso.

InfoMoney com informações de Estadão

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Geral

Tarifaço de Trump já começa a suspender operações de fusões e aquisições no Brasil; entenda

Operações que pretendiam fazer do Brasil polo de exportação estão entre as mais afetadas | Foto: Porto de Itapoá/Divulgação

Além das exportações e do faturamento das empresas brasileiras, o tarifaço de Donald Trump também tem derrubado negócios com interessados em fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) no País. Parte das operações, sobretudo aquelas que tinham como objetivo tornar o Brasil uma plataforma exportadora − algo comum na área −, tem sido suspensa, até que o cenário se torne mais definido.

“Negócios em setores que dependem de exportação ou de insumos importados e que estão na tarifa retaliatória estão sendo temporariamente suspensos”, diz Isabela Xavier, sócia do escritório de advocacia BVA. “Alguns têm voltado para serem redesenhados e, se a nova tarifa mostrar ser insustentável erguer uma planta de exportação para o mercado americano, provavelmente o negócio não vai se concretizar.”

Os casos se multiplicam em escritórios de advocacia e butiques especializadas em fusões e aquisições. No BVA, um cliente europeu negociava a compra de uma companhia brasileira da área de máquinas e equipamentos, que vende exclusivamente ao mercado nacional. A ideia era transformar a fábrica em polo exportador para os EUA. O negócio foi suspenso logo que a ameaça do tarifaço foi feita, no início de julho, e se mantém nessa situação, até que a tarifa sobre o produto fique totalmente clara.

Na Brasilpar, consultoria especializada em transações com empresas de pequeno e médio porte, que faturam entre R$ 100 milhões e R$ 500 milhões, a situação é parecida. No primeiro semestre, a empresa fechou quatro negócios, sendo que três tinham estrangeiros na ponta compradora ou vendedora. Agora, pelo menos duas operações que visavam a exportações entraram em compasso de espera.

“O Brasil estava praticamente sozinho na festa das aquisições internacionais, já que China e Rússia entraram em rota de colisão com os Estados Unidos”, diz Tom Waslander, sócio da Brasilpar. “Mas negócios baseados em projetos de exportação têm sido suspensos, pelo menos temporariamente.”

Opinião dos leitores

  1. Brasil brigando com uma economia mais de uma dezena de vezes maior do que a nossa, com quem todos os países qurem fazer negócios para: a) proteger um regime que se baseia em prisões ilegais, censura e gente exilada por opinião; b) se aliar outras autocracias, em nome de um multipolarismo de DCE.

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Geral

Governo Lula avalia endurecer entrada de produtos americanos em resposta a Trump

Fotos :Ricardo Stuckert/PR e Will Oliver/Pool/EFE/EPA

A equipe econômica do governo Lula estuda uma alternativa para responder ao tarifaço do presidente americano Donald Trump, em substituição a taxação de produtos importados dos EUA.

Entre as opções avaliadas está o endurecimento nas regras opera entrada de mercadorias americanas no país. Seria o fim da chamado “licenciamento automático” das importações.

Hoje, a lista de produtos com licenciamento automático ou facilitado inclui desde frutas, carnes e medicamentos, até produtos químicos e microchips para indústrias.

As mercadorias fazem parte do Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), uma plataforma do governo que integra todas as autorizações necessárias para alguns produtos entrar no país, como anuência do Ibama, Anvisa e Receita Federal.

Se um produto já entra de forma recorrente no país, enviado por um mesmo fabricante, que já segue as regras tributárias e sanitárias do Brasil, por exemplo, não é necessário que toda remessa passe pelas avaliações de autoridades brasileiras. Os produtos passam a entrar de forma “automática”.

O fim desse procedimento poderia atrasar a entrada de produtos americanos no país, sem que haja um aumento de taxa sobre eles. A saída é considerada uma resposta menos agressiva aos americanos, ao mesmo tempo em que mostra o incômodo brasileiro com o tarifaço.

A resposta externa seria uma das duas frentes do plano brasileiro de reação a Donald Trump. O fim do licenciamento automático seria avaliado no médio prazo e com cautela, de acordo com integrantes da equipe econômica que trabalham diretamente na elaboração das respostas aos americanos.

No curto prazo, seria aplicado o plano de socorro aos exportadores brasileiros, como já mencionado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento e Comércio, Geraldo Alckmin. A ajuda aos empresários do país deve ser a reação mais imediata do governo brasileiro.

Para a ajuda aos produtores nacionais, o governo estuda linhas de financiamento com baixo impacto fiscal. Ou seja, sem precisar de recursos do Tesouro. A ideia seria trabalhar, por exemplo, com fundos já disponíveis para empréstimo no BNDES, Caixa e Banco do Brasil. O auxílio também não deve ocorrer de forma geral e linear, para todos todos os exportadores, mas sim para os empresários que estejam na lista dos mais prejudicados, que dependem quase que exclusivamente das exportações aos EUA.

Mesmo que os produtores de café sejam impactados, por exemplo, a avaliação do governo é de que eles poderiam reposicionar facilmente as vendas do produto para outros países. Assim como a Petrobras, que conseguiria direcionar a venda de petróleo de forma rápida para outras nações. Esse redirecionamento de produção não ocorreria da mesma forma com produtos como os pescados ou derivados de madeira que seguem regras sanitárias específicas dos EUA.

Jovem Pan

Opinião dos leitores

  1. Pronto! Agora nenhum petista vai comer Mc Donald’s
    Burguer King, KFC… Não devem usar IPhone, Lacoste, Chevrolet, Ford, Jeep… cartões Visa e Master… kkkk

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Brasil

Criação de empregos com carteira assinada cai 19,2% no mês de junho em comparação ao mesmo período em 2024

Foto: Marcello Casal Jr/ABr

O Brasil criou 166,6 mil empregos com carteira assinada em junho de 2025. Trata-se de um recuo de 19,2% ante o mesmo período em 2024, quando houve saldo positivo de 206,3 mil postos de trabalho.

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (4) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O resultado veio abaixo das expectativas do mercado.

Atualmente, o Brasil tem 48,4 milhões de pessoas trabalhando formalmente nos setores público e privado –variação positiva de 3,4% em relação ao estoque de junho de 2024.

SALÁRIO MÉDIO

O salário médio de admissão foi de R$ 2.278,37 em junho. O resultado representou um aumento de R$ 24,48 (ou alta de 1,09%) em relação a maio (R$ 2.253,89), considerando o valor corrigido pela inflação.

Na comparação com junho de 2024, houve uma alta real de R$ 28,76 (ou crescimento real de 1,28%).

1º SEMESTRE

O saldo de empregos com carteira assinada de janeiro a junho foi de 1,22 milhão de vagas. É uma baixa de 6,8% em relação aos 1,31 milhão de empregos criados no 1º semestre de 2024.

Poder 360

Opinião dos leitores

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Geral

Michelle Bolsonaro nega interesse em disputar Presidência em 2026

Foto: Zack Stencil / PL

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro disse nesta 2ª feira (4.ago.2025) que não pretende disputar a Presidência da República nas eleições de 2026.

A declaração foi feita nos stories do perfil da ex-primeira-dama no Instagram, em resposta a uma reportagem que associava a transferência de seu domicílio eleitoral para Brasília e as suas viagens pelo país ao suposto interesse em concorrer ao Palácio do Planalto.

Michelle afirmou que os deslocamentos fazem parte do compromisso assumido com o PL Mulher, ala feminina do partido. “Estamos focados em visitar os municípios estratégicos de cada Estado, capacitando nossas mandatárias e lideranças regionais”, declarou.

Michelle disse ainda que não há “bastidores obscuros” nas suas recentes movimentações, como sugerido na reportagem. “Há trabalho. Seriedade. Transparência. Essa interpretação distorcida partiu, única e exclusivamente, da senhora e de suas fontes furadas”.

INTERESSE NO SENADO

Em entrevista a jornalistas, em 17 de julho, o ex-presidente confirmou que sua mulher irá concorrer ao Senado pelo DF nas eleições de 2026. O nome dela chegou a ser cogitado como alternativa do PL à Presidência da República, caso Bolsonaro não consiga reverter sua inelegibilidade.

Segundo ex-mandatário, o objetivo é ampliar a bancada no ano que vem para “equilibrar os Poderes”. Em entrevista ao Poder360 em 15 de julho, ele disse que o PL deve eleger cerca de 120 deputados federais e ao menos 20 senadores em 2026.

Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Dona Michelle Bolsonaro sim, é uma mulher de valor, digna, honrada, fiel, de respeito, exemplo para a moral e os bons costumes. uma verdadeira Deusa

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Salatiel mobiliza o PL de Parnamirim para receber a Oficina do Rota 22

O Partido Liberal (PL) de Parnamirim, presidido por Salatiel de Souza, vai sediar nesta quarta-feira (06) a Oficina do Rota 22, com foco na construção de políticas públicas municipais. O evento acontece às 14h, na Câmara Municipal de Parnamirim, com realização da Consultoria Sagres.

Com o tema “Desafios e Potencialidades Municipais”, a oficina tem como objetivo reunir gestores, lideranças e cidadãos para debater soluções inovadoras para os desafios enfrentados pelas cidades brasileiras.

Salatiel, que foi candidato a prefeito de Parnamirim em 2024, reforça a importância da escuta ativa e do planejamento estratégico para o desenvolvimento da cidade:

“Este é um momento de diálogo sério. Precisamos pensar políticas públicas a partir da realidade do povo, com planejamento, técnica e visão de futuro.”

O evento é gratuito e aberto ao público.

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Planos de saúde voltam a ser convocados pela CEI da Câmara de Natal e devem prestar contas sobre negativas a crianças com TEA

A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que apura a atuação dos planos de saúde em Natal marcou para esta quarta-feira (6), às 14h30, uma nova reunião no plenário da Câmara Municipal. Foram novamente convocadas as operadoras Unimed, Hapvida e Humanas, para que prestem esclarecimentos sobre denúncias de negativas de atendimento e cobertura a crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

A primeira convocação, realizada no final do semestre passado, não foi atendida pelas operadoras, gerando forte repercussão entre os parlamentares, entidades e famílias afetadas. A ausência foi considerada desrespeitosa com a Comissão e, principalmente, com as famílias que enfrentam dificuldades para garantir o tratamento de seus filhos.

O vereador Kleber Fernandes (Republicanos), presidente da CEI e também da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara, reforça a importância da presença dos planos de saúde nesta nova rodada de trabalhos.

“Este é um momento de transparência. Os planos de saúde precisam se posicionar diante de denúncias graves, que envolvem não apenas a negativa de terapias essenciais, mas também o descredenciamento de clínicas e a demora nas autorizações. A Câmara está do lado das famílias e vai até o fim nessa apuração”, afirmou o parlamentar.

Além das negativas de cobertura, a CEI investiga também atrasos na liberação de terapias multidisciplinares, descredenciamentos de clínicas especializadas e falta de clareza nos contratos e reajustes. A Comissão já recebeu dezenas de denúncias de pais e responsáveis, que estão sendo analisadas e incluídas no relatório final. O documento poderá recomendar medidas administrativas e judiciais contra operadoras que adotem práticas abusivas e violem os direitos dos consumidores.

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Abin testa ‘WhatsApp estatal’ para comunicação interna do governo

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

A Abin (Agência Brasileira de Inteligência) informou ao Congresso Nacional que abriu a fase de testes de um novo aplicativo de mensagens instantâneas para uso interno do governo federal, em substituição a plataformas como o WhatsApp e o Telegram.

Durante o governo Bolsonaro, a Abin suspendeu o uso de um aplicativo de mensagens próprio (batizado de Athena) e escanteou o sistema oficial para distribuição de alertas e relatórios de inteligência, sob justificativa de agilizar a comunicação dentro do governo.

O uso do WhatsApp, no entanto, provocou um curto-circuito em 8 de janeiro de 2023, quando informes de inteligência que apontavam o risco de ataque às sedes dos três Poderes foram enviados em grupos de mensagens ou diretamente a autoridades por meio do aplicativo.

Na ocasião, o Ministério da Justiça, então sob o comando do hoje ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino, negou ter recebido qualquer alerta da Abin. O ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) Gonçalves Dias disse que só soube dos informes posteriormente.

A informação sobre o novo aplicativo foi dada pelo diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa, à Comissão de Controle de Atividade de Inteligência do Congresso Nacional no começo de julho. A reunião foi secreta, mas a apresentação de Corrêa foi tornada pública pela comissão.

Autoridades a par do desenvolvimento afirmam que inicialmente o aplicativo seria usado apenas pelos integrantes do Sisbin (Sistema Brasileiro de Inteligência), rede que reúne diferentes órgãos públicos para troca de informações de inteligência. Hoje, porém, a ideia é fornecer o app para toda a administração pública federal.

A retomada de um aplicativo exclusivo também ganhou corpo diante da preocupação do governo com soberania digital, uma vez que o sistema deve usar criptografia própria. O modelo anterior, Athena, também permitia, por exemplo, a destruição do banco de dados de forma remota, caso o celular fosse perdido ou roubado.

“A Abin vem desenvolvendo o Programa de Transformação Digital (PDX), que busca modernizar a comunicação segura disponibilizada ao Sisbin por meio de aplicativo inovador, ágil e integrado à estratégia do governo digital. A ferramenta já possui versão inicial e está em fase de testes”, informou a agência no documento apresentado aos parlamentares.

Além do novo aplicativo, a Abin disse estar desenvolvendo uma plataforma para “catalogação, estruturação e compartilhamento de dados e de documentos de inteligência” entre os membros do Sisbin, “seguindo as diretrizes de compartimentação previstas em legislação”.

O WhatsApp pertence à big tech americana Meta, dona do Facebook e do Instagram. Já o Telegram é controlado pelo russo Pavel Durov.

Assim como o extinto Athena e outros aplicativos comerciais, o app estatal deve possibilitar o envio de textos, áudios, fotos e vídeos, além da criação de grupos e a realização de chamadas. O sistema está sendo desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Ceará e o Serpro, empresa de tecnologia do governo federal.

Procurada pela reportagem, a Abin afirmou que o aplicativo está em fase de validação pelo Ministério da Gestão e que não poderia fornecer detalhes no momento.

Em entrevista à Agência Brasil em dezembro do ano passado, Corrêa afirmou que “uma das falhas de comunicação” em 8 de janeiro de 2023 foi “no serviço de mensageria”.

O uso do WhatsApp para a troca de informações sensíveis foi duramente criticado por Ricardo Capelli, escalado pelo presidente Lula (PT) como interventor na segurança pública do Distrito Federal e ministro interino do GSI após os ataques golpistas.

“Não é adequado que informes de inteligência confidenciais de um país sejam repassados através de um aplicativo de mensagem de uma empresa privada de uma nação estrangeira. Não se trata de xenofobismo nem conspiracionismo. Estamos tratando de soberania nacional”, disse Capelli, hoje presidente da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial).

Folhapress

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Geral

Maioria dos lares brasileiros é chefiada por mulheres, revela pesquisa da FGV

Imagem: reprodução/Globo

Nos últimos anos, o Brasil tem tido mais mulheres do que homens como chefes de família, uma virada social e econômica que se consolida após anos de transformação. Uma pesquisa inédita, encomendada pelo Fantástico à Fundação Getúlio Vargas (FGV) com base em dados do IBGE, revela que hoje são mais de 41 milhões de domicílios que têm mulheres como principais provedoras.

A análise da FGV, conduzida por Janaína Feijó, mostra o retrato atual dessa mulher. De cada cem lares brasileiros, 52 são chefiados por mulheres.

A pesquisa aponta que essas mulheres são, em sua maioria, autodeclaradas pretas ou pardas, com ensino médio ou superior incompleto, e a maioria reside nas grandes metrópoles do Sudeste. Muitas já acessaram a universidade, embora nem sempre tenham concluído.

A pesquisa também destaca outros fatores para o crescimento do número de mulheres chefes de família: a educação feminina, que aumentou o poder de barganha das mulheres, mudanças econômicas e programas sociais que as colocam como ponto focal.

A queda da taxa de fecundidade também contribui, permitindo que as mulheres dediquem mais tempo ao trabalho e, consequentemente, aumentem sua renda. Um perfil crescente é o de mulheres casadas e sem filhos, cujo número saltou de quase 2 milhões para mais de 6 milhões em 12 anos.

Apesar dos avanços e do espaço conquistado, a realidade para as mulheres chefes de família ainda vem com “muitas responsabilidades” e “muita sobrecarga”. Elas enfrentam maiores taxas de desemprego, ganham menos mesmo na mesma função e estão mais na informalidade do que os homens.

g1

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Polícia Civil conclui inquérito e indicia por tentativa de feminicídio homem que deu 61 socos em namorada

A Polícia Civil concluiu o inquérito e indiciou Igor Cabral por tentativa de feminicídio. Ele agrediu brutalmente sua então namorada, Juliana Garcia com 61 socos em um elevador em Natal.

O inquérito foi remetido ao Ministério Público e ao Poder Judiciário.

No relatório final, a Polícia Civil reforçou a necessidade de manutenção da prisão preventiva, já decretada, diante da gravidade dos fatos, da periculosidade do indiciado e da necessidade de proteção à integridade física e psicológica da vítima.

Opinião dos leitores

  1. Prisão pérpetua para este bandido. Antes, coloca ele juntos aos demais presos, para fazerem um serviço nele.

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