Política

Lira diz que reforma administrativa precisa ser aprovada ainda em agosto na Câmara

Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), disse nesta terça-feira, 3, que a reforma administrativa, que prevê uma reestruturação do RH do Estado, pode ser votada pelos deputados ainda neste mês.

“Com a habilidade necessária e com a articulação necessária na comissão, esperamos, em relação à reforma administrativa, ter a votação ao fim de agosto porque temos que remetê-la ao Senado Federal. Infelizmente, com a polarização existente hoje no Brasil, temos a obrigação de entregar matérias estruturantes até novembro”, afirmou Lira durante fórum Estadão Think, realizado pelo Estadão com patrocínio da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Lira avaliou que ficará mais difícil avançar com reformas no ano que vem, quando os interesses políticos vão se sobrepor à agenda econômica.

“Se avançar na Câmara, fica mais fácil aprovar no Senado no ano que vem. O importante é avançar agora. Podemos avançar neste ano e continuar no ano que vem mesmo sabendo das dificuldades de um ano eleitoral”, afirmou o presidente da CNI, Robson Andrade.

A reforma administrativa foi enviada pelo governo ao Congresso em setembro de 2020. A proposta tem como objetivo alterar as regras para os futuros servidores dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União, Estados e municípios. Ou seja, as mudanças propostas pelo governo não atingem os atuais servidores e mesmo aqueles que entrarem no serviço público antes da aprovação da reforma. Também não altera a estabilidade nem os vencimentos desses servidores.

Lira enfatizou que os direitos adquiridos de servidores não serão eliminados pela reforma. “Não vamos atacar direito adquirido”, afirmou o presidente da Câmara. “Não somos inconsequentes, sabemos dos nossos limites constitucionais”, acrescentou. Ele reconheceu que categorias de funcionários públicos têm o maior lobby no Congresso, mas considerou que tais interesses “não serão maiores do que os fatos”.

A proposta prevê que a reforma não vai atingir parlamentares, magistrados (juízes, desembargadores, ministros dos tribunais superiores), promotores, procuradores e militares. De acordo com o governo, esses são membros de poderes e têm regras diferentes dos servidores comuns. Segundo Lira, todos os poderes entrariam na reforma administrativa se fosse possível, porém, caso não envie proposta de mudança em suas categorias, a inclusão do Judiciário poderia significar que o Congresso estaria extrapolando limites constitucionais.

Já o relator da comissão especial que aprecia a proposta, o deputado Arthur Maia (DEM-BA), discordou de Lira. “Hoje, na minha lógica, se o parecer fosse apresentado hoje, o Judiciário estaria incluído na reforma administrativa”, disse no mesmo evento. “Se depender de mim, todo mundo vai entrar na reforma. Não estou aqui para proteger ‘A’ nem perseguir ‘B’”.

Maia informou que terá condições de apresentar o seu relatório sete dias após a última audiência da comissão. Referindo-se à divergência com Lira em relação à inclusão do Judiciário, ele comentou que, da mesma forma como pode ser convencido do contrário, pode convencer o presidente da Câmara a mudar de ideia.

Ao tratar da estabilidade dos cargos, Maia assegurou que o servidor que alcançou tal direito será preservado, mas isto não impede que ele seja submetido à avaliação de desempenho. “Uma coisa é direito adquirido, outra é avaliação de desempenho”

Na reforma administrativa, esse é um dos poucos pontos em que as mudanças também afetam os servidores da ativa. Ao entregar a proposta, o Ministério da Economia informou que o projeto de lei complementar que regulamenta a possibilidade de desligamento de servidor público por “baixo desempenho” estava em fase de elaboração e que logo seria enviado ao Congresso – ainda não foi.

Atualmente, essa possibilidade de exoneração por mau desempenho não existe. Uma emenda à Constituição aprovada em 1998 prevê o desligamento, mas a regulamentação do tema, que depende de uma lei complementar, nunca foi concluída. Na proposta de reforma enviada ontem ao Congresso, o governo propõe que o tema seja regulamentado por lei ordinária, que tem votação mais simples.

Opinião dos leitores

  1. E a reforma política …??? Tem que ter uma reforma de VERGONHA, mas eles não fazem, pois, não querem perder os privilégios. Bandidos…

  2. Esse deputado tá muito mal informado mesmo. Avaliação de desempenho existe e é feita anualmente.

  3. O preço disso e dos pedidos de impeachment não avaliados: bilhões de reais nas mãos de Lira. Não é meia dúzia de chifrociatas mas bilhões de reais que fazem o Lira sentar em cima dos pedidos de impeachment.

  4. Ta é apressado… E os cento e tantos pedidos de impeachment de Bolsonaro que estão na frente ?

    1. Você é doido ou burro? Deve ser burro. Até porque esquerdistas só existem dois tipos. O burro e o ladrão. Você deve ser o burro. Não viu a av. Paulista domingo? Como vai se pautar o impeachment de um presidente que consegue levar milhões pra rua, seu jumento?

    2. Pelo que estamos vendo, parece que esses milhões foram parar no bolso. HAHAHAAH Bolsonaristas só defendem corruptos, pode notar.

    3. Chiquim, milhoes onde? Aqueles gatos pingados? Kkkk É uma anta mesmo…

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Geral

Fila do Bolsa Família cresce pelo quinto mês e atinge maior nível do governo Lula

Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

A fila de famílias habilitadas para ingressar no Bolsa Família voltou a subir em novembro e chegou a 987,6 mil, o maior número desde julho de 2022 e um recorde da atual gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). É o quinto mês consecutivo de alta — um movimento causado não por piora econômica, mas por represamento nas concessões do benefício.

O programa atende atualmente 18,7 milhões de famílias, o menor patamar desde meados de 2022. Desde o início do governo Lula, cerca de 2,9 milhões deixaram o Bolsa Família. Embora parte tenha saído por aumento de renda, o volume inclui beneficiários excluídos por suspeita de fraude e também famílias que entregaram toda a documentação, mas seguem impedidas de receber o auxílio.

O avanço da fila ocorre em meio ao aperto orçamentário. Entre janeiro e novembro, o Bolsa Família consumiu R$ 146,5 bilhões. Com orçamento anual de R$ 158,6 bilhões, restam apenas R$ 12,1 bilhões para fechar dezembro — mês cuja folha de pagamento costuma superar esse valor. Para equilibrar as contas, o governo vem reduzindo o número de beneficiários desde o segundo semestre, e a tendência é que novos cadastros sejam liberados apenas em 2026.

Com quase 1 milhão de famílias pré-habilitadas e renda máxima de R$ 218 por pessoa, o represamento deve gerar desgaste político para o Planalto em ano pré-eleitoral, atingindo diretamente a faixa da população que historicamente compõe a base mais fiel do presidente.

Com informações do Poder 360

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Geral

VÍDEO: Motorista por aplicativo é baleado após corrida terminar em comunidade de Felipe Camarão

 

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Vídeo: Via Certa Natal

Um motorista por aplicativo de 54 anos foi baleado na madrugada desta quinta-feira (20) ao entrar na comunidade do Fio, em Felipe Camarão, zona Oeste de Natal. De acordo com familiares, o caso teve início após a saída de uma festa na Arena das Dunas, quando ele pegou duas passageiras com destino ao local onde ocorreu o ataque. Ao chegar à comunidade, o condutor foi surpreendido por vários disparos — um deles atingiu sua perna.

Com quase três anos de experiência na plataforma, ele seguia as recomendações de segurança: vidros baixos e identificação visível de Uber. Mesmo assim, não conseguiu entender o motivo para os tiros nem identificar quem atirou. As passageiras abandonaram o veículo, e o motorista conseguiu dirigir até a UPA da Cidade da Esperança. De lá, foi transferido para o Hospital Walfredo Gurgel, onde passou por cirurgia.

O Via Certa Natal ouviu o filho da vítima, que relatou a insegurança enfrentada diariamente pela categoria. “Faz uns 15 dias que ele passou por uma ocorrência em Mãe Luiza. Tenho certeza que não é só com meu pai — muitos motoristas convivem com situações parecidas no dia a dia”, afirmou.

Esse já é o segundo caso em que um motorista é baleado durante uma corrida de aplicativo. No domingo (16), um outro condutor foi atingido após entrar, por engano, em uma rua considerada de risco na Vila de Ponta Negra, na zona Sul de Natal. Ele transportava um casal de turistas de Currais Novos quando o GPS indicou a rota, levando o veículo para uma área dominada por criminosos.

Assim que entrou na rua, o carro foi alvo de disparos. O motorista foi atingido e recebeu atendimento do Samu, sendo encaminhado para uma unidade de saúde.

Com informações do Via Certa Natal

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Geral

Fila do INSS bate recorde e se aproxima de 3 milhões de processos parados

Foto: Agência Brasil

A fila do INSS chegou ao maior volume já registrado: 2,862 milhões de pedidos aguardam análise, entre aposentadorias, pensões e benefícios por incapacidade. O acúmulo, embora virtual, representa um gargalo histórico que afeta cidadãos como Danice Matheus de Oliveira, que espera há cinco anos por uma aposentadoria por invalidez. O processo demorou tanto que ela já reúne tempo suficiente para se aposentar por serviço.

De janeiro a novembro, o número de novos requerimentos cresceu 23%, com média mensal de 1,3 milhão. Metade dos pedidos é de benefícios por incapacidade temporária. Já a fila do BPC supera 897 mil processos, com tempo médio de espera de 193 dias — represados desde junho, após decisão judicial que impôs novas regras para o cálculo da renda familiar.

O INSS admite o colapso, mas atribui dois terços do problema a fatores externos, como a perícia médica federal e a adaptação do sistema às novas exigências, incluindo biometria e mudanças nos cálculos. O Nordeste concentra a maior retenção, e servidores de outras regiões devem reforçar a análise dos processos. Para o presidente do órgão, Gilberto Waller Júnior, a chegada de 500 novos médicos deve aliviar parte da fila.

A partir desta sexta-feira (21), a biometria passa a ser obrigatória para solicitações de aposentadoria. Para outros benefícios — como seguro-desemprego, pensão por morte, Bolsa Família e salário-maternidade — a exigência foi adiada para maio de 2026.

Com informações do G1

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Política

Após derrota no PL Antifacção, base de Lula admite ruptura com Hugo Motta

Foto: Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados

A vitória expressiva do PL Antifacção na Câmara — aprovado por 370 votos a 110 — aprofundou a crise entre o governo Lula e o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB). O episódio consolidou não apenas a derrota do Planalto, mas também a percepção de desconfiança sobre a condução política do deputado paraibano.

Logo após a votação, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), admitiu publicamente que se instalou uma “crise de confiança” entre o Executivo e o comando da Câmara. Governistas afirmam que a escolha de Guilherme Derrite (PP-SP), secretário de Segurança de Tarcísio de Freitas, para relatar o projeto, foi interpretada como gesto hostil — classificado por aliados como “provocação” e até “traição”.

Em reação às críticas, Hugo Motta acusou o governo de ter adotado uma estratégia equivocada durante a tramitação. Nas redes sociais, afirmou que o Planalto “optou pelo caminho errado ao não compor essa corrente de união para combater a criminalidade”.

Apesar de estar há poucos meses no comando da Câmara, Hugo acumula atritos com o governo em outros episódios recentes. Um deles ocorreu em julho, quando colocou em votação, em plenário esvaziado, o projeto que derrubou o decreto de aumento do IOF. A posterior recusa em garantir apoio às medidas fiscais alternativas enviadas pelo governo irritou a equipe econômica e resultou na caducidade da MP.

Somam-se a isso movimentos que elevaram ainda mais o desgaste, como a tentativa de acelerar a anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro e o avanço da cassação da deputada Carla Zambelli (PL-SP). Para governistas, o conjunto desses episódios reforça a percepção de que o presidente da Câmara atua de forma imprevisível e, em momentos-chave, desalinhada com o Planalto.

Com informações da CNN

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Política

Lula sonha em convencer Trump sobre gravidade da crise climática e salvar o planeta

Foto: Divulgação/Gov.br

Durante a COP30 em Belém (PA), o presidente Lula disse que pretende convencer o presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a gravidade da crise climática durante a COP30, em Belém. Em tom otimista, Lula afirmou que sonha em resolver a guerra na Ucrânia e alcançar o “melhor resultado que uma COP já pôde oferecer ao planeta Terra”.

No discurso, o petista exaltou a importância do chamado “desenvolvimento verde” e insistiu que cuidar do clima é cuidar da própria existência da humanidade. Ele destacou que, em negociações como a COP, não se pode impor regras, apenas buscar consenso entre os países participantes.

Apesar da fala confiante de Lula, Trump não participou do evento nem enviou representantes oficiais, após ter retirado os EUA do Acordo de Paris no início do ano. Entidades americanas e governos subnacionais, como o governador da Califórnia, Gavin Newsom, marcaram presença na conferência.

A COP30 ainda enfrenta impasses sobre financiamento climático, lacunas nas metas e relatórios de transparência, enquanto Lula tenta acelerar negociações para fechar a conferência até sexta-feira (21). O otimismo do presidente brasileiro contrasta com a ausência de Trump, deixando dúvidas sobre a efetividade dos acordos.

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Política

Lula confirma favorito e prepara Messias para vaga no STF

Foto: Agência Brasil

O presidente Lula deve oficializar nesta quinta-feira (20) a indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para a vaga de Luís Roberto Barroso no STF. O encontro acontece no Palácio da Alvorada antes de Messias embarcar para compromissos em São Paulo e África do Sul.

A vaga está aberta desde 18 de outubro, quando Barroso se aposentou antecipadamente. Messias é dado como certo para a cadeira por ser considerado leal e de confiança do petista, superando outros nomes cotados, como o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. A preferência de Lula foi confirmada mesmo após reunião com Pacheco no último dia 17.

Se confirmado, Messias passará por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e, depois, no plenário. Com 45 anos, ele poderá permanecer na Corte até 2055, caso aprovado. Com esta escolha, Lula acumula 11 indicações ao STF, sendo três apenas no terceiro mandato.

A indicação de Messias é mais rápida do que em nomeações anteriores de Lula: ele levou 33 dias para oficializar a escolha, enquanto Cristiano Zanin e Flávio Dino demoraram 51 e 58 dias, respectivamente. O cenário reforça a estratégia do petista de manter aliados fiéis no comando da Suprema Corte.

 

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Mundo

Colômbia propõe saída “bonitinha” para Maduro e tenta segurar EUA

Foto: Bloomberg

A Colômbia defende que Nicolás Maduro entregue o poder a um governo de transição que organize novas eleições, em vez de enfrentar uma intervenção direta dos EUA. A ideia é evitar prisão do ditador venezuelano e impedir uma crise humanitária enquanto Donald Trump acumula navios de guerra no Caribe.

Segundo a ministra das Relações Exteriores da Colômbia, Rosa Villavicencio, Maduro poderia aceitar o plano se tivesse garantias de imunidade. “Ele poderia sair sem necessariamente acabar na prisão”, disse, sugerindo um acerto diplomático que blindaria o presidente venezuelano da Justiça.

A proposta circula nos bastidores de Washington e Caracas, mas enfrenta ceticismo: Maduro não se manifestou e não há sinais de que os EUA estejam dispostos a negociar. O plano ainda depende de apoio da oposição venezuelana, apontou Villavicencio, e de que Brasília e Bogotá consigam convencer a região de que “eleições legítimas” são possíveis depois de um pleito fraudulento em 2024.

Enquanto isso, o mercado reage: os títulos da Venezuela e da estatal petrolífera subiram, com algumas notas atingindo o maior valor em seis anos. Na prática, a proposta tenta criar uma saída “segura” para Maduro, mas esbarra na política, na diplomacia e na desconfiança regional.

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Judiciário

PGR barra redução de pena de ex-ajudante de Bolsonaro e deixa Cid na mira de Moraes

Foto: Reprodução

O Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, disse não à redução da pena de 2 anos em regime aberto do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. A decisão foi encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, e reforça que medidas cautelares não contam como cumprimento antecipado da pena.

A defesa de Cid alegava que o militar já havia cumprido mais de 2 anos sob tornozeleira eletrônica, afastamento das funções e recolhimento domiciliar, conforme informações do Poder 360. Mesmo assim, Gonet destacou que “não se verifica hipótese de extinção da punibilidade do réu”, citando o entendimento do STF de que o artigo 42 do Código Penal não permite abater períodos de medidas cautelares do tempo da pena.

Cid já foi condenado pela 1ª Turma do STF, em setembro, pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa e outros, com validade de sua delação premiada reconhecida. Apesar de os ministros terem fixado a pena mínima, a Justiça mantém o militar sob restrições rigorosas, incluindo monitoramento eletrônico e recolhimento noturno, feriados e finais de semana.

Além disso, a PGR intimou a defesa sobre o pedido da Polícia Federal de incluir Cid e seus familiares no programa de proteção a testemunhas, devido às delações contra Bolsonaro e outros réus do chamado plano de ruptura institucional de 2022. A decisão final sobre essa proteção cabe ao ministro Moraes, mantendo o ex-ajudante de ordens na mira do STF.

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Política

PF mira ex-sócio do Master e expõe elo antigo e lucrativo com o PT da Bahia

Foto: Reprodução

O empresário Augusto Ferreira Lima, preso pela Polícia Federal na operação Compliance Zero, caiu direto no centro de um velho enredo baiano: suas ligações com o PT de Rui Costa, hoje ministro do presidente Lula. Lima entrou no mundo dos grandes negócios em 2018, quando comprou da gestão petista a Ebal — a estatal que controlava a rede Cesta do Povo e o cartão Credicesta. Levou tudo por R$ 15 milhões e ainda assumiu a dívida deixada para trás.

A partir daí, seu caminho se entrelaçou com figuras do PT baiano, como Rui Costa e o senador Jaques Wagner. Em 2019, já com Rui no comando do Estado, servidores públicos passaram a receber automaticamente o cartão Credcesta — sem nem pedir. Bastava “ativar”. O benefício? Expansão acelerada do negócio de Lima, que passou a lucrar oferecendo empréstimo consignado para funcionários do governo, segundo informações do Poder 360.

Apesar da proximidade com petistas históricos, Lima também circulava bem na oposição baiana, incluindo ACM Neto. E sua vida política ganhou outro capítulo quando se casou, em 2024, com Flávia Arruda — ex-deputada do DF, ex-ministra de Bolsonaro e nome forte do PL. Um pé lá, outro cá. Brasília conhece esse tipo de equilíbrio.

A PF agora tenta entender como o ex-sócio do Master se beneficiou dessas relações políticas enquanto expandia seus negócios. Rui Costa, Wagner e ACM Neto foram procurados, mas ninguém quis comentar. O silêncio, como sempre, fala mais alto.

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Política

PT tenta dar palanque a Bolsonaro na CPMI do INSS e virar contra ele esquema de corrupção

Foto: Reprodução

Silenciado há mais de cem dias por ordem judicial do STF, Jair Bolsonaro pode ganhar um microfone aberto na CPMI do INSS — graças ao próprio PT. A estratégia dos petistas é convocar o ex-presidente para tentar vinculá-lo a medidas que permitiram a criação de entidades fantasmas, usadas para desviar dinheiro de aposentados e pensionistas, segundo informações do Metrópoles.

A ideia partiu do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que também quer chamar o ex-ministro da Fazenda Paulo Guedes. Oficialmente, a convocação é para ouvir sobre o INSS, mas nos bastidores o microfone da CPMI estará livre para Bolsonaro mandar recados ao eleitorado e falar sobre qualquer assunto.

Mesmo proibido por Moraes de se manifestar publicamente nas redes sociais, Bolsonaro poderá se posicionar diante das câmeras, transformando a convocação em palanque político. O episódio reforça a tensão entre petistas e bolsonaristas: cada lado acusa o outro de ser responsável pelo esquema de desvio que já levou à prisão a cúpula do INSS e ex-dirigentes indicados pelo governo Bolsonaro.

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