Educação

Mesmo após 15 meses de suspensão, nem todas as escolas da rede estadual retomaram as aulas presenciais nesta segunda-feira (26)

Foto: Magnus Nascimento

Mesmo após 15 meses de suspensão das atividades presenciais por conta da pandemia da covid-19, nem todos os estudantes das escolas da rede pública estadual do Rio Grande do Norte puderam retornar às salas de aula nesta segunda-feira (26).

A Secretaria Estadual de Educação informou que cerca de 15 escolas estão ainda em reforma e que mais de 200 precisaram ser reformadas nesta pandemia e, por conta disso, não houve tempo para concluir até esta segunda-feira, segundo reportagem da Tribuna do Norte. A expectativa, de acordo com a secretaria, é que o problema se resolva ainda nesta semana.

As aulas da rede estadual haviam sido interrompidas no dia 18 de março de 2020. O primeiro dia de reabertura, segundo o protocolo estadual de retomada das aulas, previa aulas para turmas do 1º ao 5º ano do ensino fundamental e 3ª série do ensino médio.

Com informações da Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

  1. Isso chama-se incompetência administrativa com a educação, pois se apoiaram na muleta da Covid e esqueceram da educação. Fizeram o que com os recursos que o governo Bolsonaro enviou para a educação!! Ou seja, comeram pelo pé todo o recurso e agora as escolas estão caindo aos pedaços sem poder receber os alunos.

  2. NAO fizeram as reformas e os concertos em QUINZE MESES e agora querem resolver Tudo em uma SEMANA. É MUITA COMPETENCIA.

  3. Coitada da população que precisa utilizar a rede pública de ensino, diante de tamanha irresponsabilidade, incompetência, ingerência, hipocrisia e vagabundagem dos gestores e professores

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Geral

Correios estimam precisar de R$ 7 bi para fechar contas até o fim de 2026

Foto: Fernando Frazão/EBC/Agência Brasil

Em grave crise, os Correios estimam que será necessário um aporte do Tesouro Nacional de R$ 2 bilhões neste ano e R$ 5 bilhões em 2026 para sanear as contas e obter capacidade de pagamento de um empréstimo com o setor financeiro, em negociação com bancos.

As conversas sobre um plano de ação para reerguer a empresa ganharam fôlego com a escolha de Emmanoel Schmidt Rondon para a presidência da estatal. Rondon vai substituir Fabiano Silva dos Santos, que estava demissionário desde o início de julho. O nome do novo presidente foi aprovado pelo Conselho de Administração.

A nova direção dos Correios vai insistir com o Ministério da Fazenda sobre a necessidade de colocar dinheiro na empresa, de acordo com pessoas próximas à empresa. A expectativa é que a dança das cadeiras sensibilize a equipe econômica a adotar alguma medida de ajuda aos Correios.

Troca de gestão

Integrantes da Fazenda admitem a necessidade de aporte, mas são contrários, sobretudo, porque, caso se concretize, a estatal seria considerada dependente. Como consequência, todos os seus gastos, algo em torno de R$ 20 bilhões, teriam de ser considerados no apertado Orçamento da União, forçando o governo a abrir mão de outras políticas públicas.

Na avaliação de aliados do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a busca por uma solução sustentável para a estatal passa por definir se a empresa continuará com a obrigação de universalização do serviço postal, que por definição é deficitário e consome os resultados da estatal.

A Fazenda considera que, em um mundo digital, é possível pensar em um modelo em que se crie obrigações de universalização para outros atores do mercado, mantendo os Correios como mais um participante. O debate, feito junto à empresa e ao restante do governo, no entanto, não é considerado simples.

Antes dessa decisão, por sua vez, integrantes da pasta afirmam que é necessário trocar a gestão da empresa, já que a equipe atual não entregou os resultados esperados, além de adotar ações para reverter a situação negativa no curto prazo. O prejuízo dos Correios no primeiro semestre deste ano mais do que triplicou em relação ao mesmo período do ano passado, de R$ 1,35 bilhão para R$ 4,37 bilhões.

No governo de Jair Bolsonaro, a empresa estava sendo preparada para a privatização. Lula mudou o plano, mas a estatal apresenta seguidos e crescentes prejuízos, com atraso de pagamento a fornecedores, prestadores de serviços e até aportes no fundo de pensão. A folha de pagamentos só vem sendo paga em dia porque outras dívidas sofrem atraso, contou integrante da diretoria.

O Globo

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Geral

PAPO DE FOGÃO: Três receitas do ‘Feito Potiguar’ para o seu final de semana ser ainda melhor

É sabor nordestino que você quer? No próximo Papo de Fogão tem caju-ameixa da terrinha com Fernanda Câmara, stinco de cordeiro de dar água na boca com o chef Jonatã Canela e ricota doce arretada com Adriana Lucena.

Não perde, viu?
Conta aqui: qual receita você vai querer provar primeiro?

SÁBADO
BAND MARANHÃO e PIAUÍ – 8h

PARAÍBA
TV CORREIO/RECORD, 13h30

DOMINGO
RIO GRANDE DO NORTE – TV TROPICAL/RECORD, 10h

Ou no nosso canal do YouTube
http://youtube.com/c/PapodeFogao

Apresentação: @fernando_amaral
Exibição:@tvbandma @tvbandpiaui
@tvtropicalrn @correiotv
Apoio:
@saboresdavivenda @feitopotiguar
@sebraern @governodorn @jonatacanela
@senac_rn @hotelbarreiraroxa @restnavarro @_adrianalucena @blogdobg

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Política

Eduardo Bolsonaro critica relator da anistia e cita possíveis sanções

Foto: reprodução

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se manifestou nesta sexta-feira (19) sobre as declarações do também parlamentar Paulinho da Força (Solidariedade-SP), recém definido como relator do PL (Projeto de Lei) da Anistia na Câmara.

Nas redes sociais, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) escreveu que a anistia ampla, geral e irrestrita não está sob negociação, afirmando que o acordo que ele propõe é “acordo indecoroso e infame”, e pediu para que ele tenha cuidado para não acabar sendo visto como um “colaborador do regime de exceção” do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Moraes, que relata no Supremo o processo da trama golpista envolvendo o pai de Eduardo, ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi sancionado pelos Estados Unidos com base na Lei Magnitsky em julho deste ano.

“Deputado Paulinho da Força, vou retribuir o conselho que me deu, sobre colocar a mão na consciência. Entenda de uma vez por todas: eu não abri mão da minha vida no Brasil e arrisquei tudo para trazer justiça e liberdade para meu povo em troca de algum acordo indecoroso e infame como o que está propondo”, escreveu Eduardo.

Como mostrou a CNN, Paulinho, que irá relatar uma versão considerada mais “light” do projeto que visa perdoar os condenados pelos atos de 8 de janeiro, sinalizou que deve optar por um relatório que reduza penas em vez de conceder uma anistia ampla e irrestrita.

“Um conselho de amigo, muito cuidado para você não acabar sendo visto como um colaborador do regime de exceção. Alguém que foi posto pelo [Alexandre de] Moraes para enterrar a anistia ampla, geral e irrestrita. Pois, assim como está expresso na lei, TODO colaborador de um sancionado por violações de direitos humanos é passível das mesmas sanções”, complementou o parlamentar.

CNN

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RN

Parnamirim é referência nacional em limpeza urbana

Parnamirim agora é referência nacional em limpeza urbana. O município alcançou o 1º lugar nos rankings estadual, regional e nacional em cobertura da coleta de resíduos domésticos e destinação final do lixo. Os dados foram divulgados pelo Ranking de Competitividade dos Municípios 2025, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP).

O avanço é expressivo: em apenas um ano, entre os municípios com 200 a 300 mil habitantes, Parnamirim saltou da 25ª posição, em 2024, para o topo do ranking em 2025. O resultado evidencia o compromisso da atual gestão com a sustentabilidade, a saúde pública e o bem-estar da população.

Os Rankings de Competitividade dos Estados e Municípios são utilizados pelo CLP para medir a capacidade das administrações públicas em gerar qualidade de vida para a população. A avaliação é baseada em dados oficiais e considera pilares como educação, saúde, segurança, infraestrutura, inovação e sustentabilidade ambiental.

Essa conquista traz benefícios diretos à cidade, como a redução de impactos ambientais, a eliminação de riscos sanitários relacionados ao lixo e a consolidação de Parnamirim como modelo de sustentabilidade e referência na aplicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010). Mais do que números, o reconhecimento mostra que cada atitude voltada ao cuidado com a cidade influencia positivamente a vida de quem nela vive.

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Geral

Vereador de Macaíba/RN realiza audiência pública para dialogar e buscar soluções sobre obras na BR 304, mas o DNIT não comparece

No dia 19 de setembro, às 10 horas, a Câmara Municipal realizou uma audiência pública para tratar de questões importantes envolvendo principalmente as obras que estão sendo realizadas na BR 304/226 e as demais demandas da cidade.
Apesar da audiência ter sido remarcada após duas vezes a pedido do órgão competente, e por fim marcada para o dia 19/09/2025 o DNIT não compareceu ao encontro e tampouco enviou representantes.

Mesmo assim, a audiência foi conduzida pelo propositor Vereador Venicio Filho e contou com a presença dos demais vereadores, deputados estaduais e federais, secretários municipais e cidadãos, que apresentaram suas reivindicações e registraram a necessidade de soluções urgentes para os problemas discutidos.

De acordo com o vereador “a falta da presença do DNIT foi um ato de desrespeito com a Câmara Municipal e com todos os Macaibenses” e reafirma que está disponível para o diálogo.

A ausência do DNIT foi oficialmente registrada em ata, e os parlamentares reforçaram que continuarão cobrando o órgão para que participe ativamente do diálogo e atenda às necessidades da população.

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Política

Sabino confirma a Lula que sairá do governo na próxima semana

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

O ministro do Turismo, Celso Sabino, comunicou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta sexta-feira (19) que pretende permanecer no cargo nos próximos dias, apesar da pressão do União Brasil para que filiados deixem o governo federal.

Segundo apuração da CNN, Sabino afirmou que possui compromissos importantes e acertou com Lula que apresentará sua carta de demissão somente após o retorno do presidente de sua viagem a Nova York, quando participará da Assembleia Geral da ONU entre a segunda-feira (22) e a quarta-feira (24).

Como adiantou a âncora da CNN Tainá Falcão, Sabino já havia acertado sua demissão com Lula, mas tentava adiar o anúncio.

Na quinta-feira (18), a legenda estabeleceu um prazo de 24 horas para que seus filiados nomeados para cargos no governo deixassem os postos, “sob pena de prática de ato de infidelidade partidária”. A determinação foi dada em resolução assinada pelo presidente nacional do partido, Antonio Rueda.

Sabino é o único filiado ao União que permanecia no alto escalão da gestão petista.

O prazo foi anunciado à imprensa na mesma nota em que a direção do partido manifestou “irrestrita solidariedade” a Rueda, após o nome do dirigente passar a constar nas investigações da PF (Polícia Federal) que apuram uma infiltração da organização criminosa PCC (Primeiro Comando Capital) nos setores financeiros e de combustíveis no Brasil.

“Causa profunda estranheza que essas inverdades venham a público justamente poucos dias após a determinação oficial de afastamento de filiados do União Brasil de cargos ocupados no governo Lula — movimento legítimo, democrático e amplamente debatido nas instâncias superiores”, diz a nota do partido.

Em 2 de setembro, União Brasil e PP deram 30 dias para que ministros filiados às duas siglas deixassem o governo Lula, em medida que também afeta o ministro André Fufuca, que chefia a pasta do Esporte e é filiado ao Progressistas.

Desde meados de agosto, União e PP formam uma federação partidária que, ao todo, tem 108 deputados federais e 14 senadores, o que faz do grupo a maior bancada da Câmara dos Deputados e a segunda maior do Senado Federal.

Quem é Celso Sabino

Natural de Belém, administrador e advogado de formação, Sabino se afastou de seu segundo mandato consecutivo como deputado federal para assumir o Ministério do Turismo.

Atualmente no União, ele tem passagens por outros quatro partidos. Antes de entrar para a vida pública, entre 2001 e 2009, foi filiado ao PP. Depois, chegou a integrar o PR — atual PL —, PSDB e PSL — que se fundiu ao Democratas, virando o atual União Brasil.

CNN

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Política

Senadores visitam Zambelli em prisão na Itália e alegam “perseguição”

Foto: Evaristo Sa/AFP

Nesta sexta-feira (19), uma comitiva de senadores brasileiros esteve na Itália para visitar a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP), presa no país desde de agosto deste ano no presídio feminino de Rebibbia.

O grupo, formado por Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Magno Malta (PL-ES), Eduardo Girão (Novo-CE) e Damares Alves (Republicanos-DF) passou cerca de duas horas em uma sala fechada com Zambelli, sem a presença de policiais, apenas monitorados por uma câmera de vigilância.

Na saída da penitenciária, em conversa com jornalistas, Flávio Bolsonaro disse que Zambelli é uma “perseguida política” e que “não sofreu processo justo no Brasil”.

“Nós aqui fazemos um pedido: deixe a Carla em prisão domiciliar aqui na Itália, porque no Brasil ela vai ser ainda mais perseguida e vai ter os seus direitos humanos ainda mais violentados por aquele que reconhecidamente é um violador de direitos humanos internacional, um sancionado pela Lei Magnitsky, que é o caso do Alexandre de Moraes”, afirmou.

Damares, por sua vez, disse temer pela vida de Zambelli, já que ela divide cela com outras três detentas.

O filho do ex-presidente Bolsonaro disse que pretende solicitar uma audiência com o ministro da Justiça na Itália, Carlo Nordio, para pedir que ele considere a possibilidade de Zambelli aguardar o julgamento sobre a extradição ao Brasil em prisão domiciliar, ou então em liberdade.

Além da visita, os senadores também devem participar, neste sábado (20), de um evento em Roma chamado “Brasil – Democracia ou Ditadura?”. Dentre os nomes anunciados, estão o advogado de Zambelli, Fabio Pagnozzi, e o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Condenação

Carla Zambelli foi condenada pela Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) por invasão dos sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e inserção de documentos falsos.

No mesmo julgamento, os ministros também condenaram o hacker Walter Delgatti a oito anos de prisão pelo mesmo motivo. Ambos respondem pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.

Em 3 de junho deste ano, Zambelli anunciou que tinha deixado o Brasil rumo à Itália, por ter cidadania italiana.

CNN

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Geral

Petistas também resistem à redução de penas ao 8 de Janeiro

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Não foram só os bolsonaristas que não gostaram da proposta do Centrão para reduzir as penas dos condenados pelo 8 de Janeiro. Caciques do PT de Lula também resistem à ideia.

Entre lideranças petistas da Câmara, a avaliação é de que não há como votar a favor de uma redução de pena que beneficie Jair Bolsonaro e os militares do “núcleo crucial” da trama golpista, já condenados pelo STF.

Mesmo após Lula afirmar ao PDT que não se opõe à redução de penas, inclusive para Bolsonaro, a avaliação de caciques do PT é de que não há como colocar o carimbo do partido na proposta.

A posição dos petistas pode ser um problema para o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), principal fiador da ideia de substituir uma anistia ampla por uma redução de penas.

Atualmente, a federação do PT-PCdoB-PV tem 80 deputados. Esse número se somaria aos 88 deputados do PL, que também são contra reduzir penas por defenderem uma anistia ampla.

PL da Dosimetria

O acordo para votar o agora chamado “PL da Dosimetria” foi costurado pelo relator, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), em reunião com o ex-presidente Michel Temer e o deputado Aécio Neves (PSDB-MG).

A conversa aconteceu na noite da quinta-feira (18/9) e teve a participação remota de Hugo Motta. No encontro, ministros do STF como Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes foram consultados por telefone.

Metrópoles 

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Geral

‘As condições são inaceitáveis’, diz Padilha ao desistir de viagem a Nova York após restrições de Trump

Foto: Pedro Kirolos

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, desistiu de ir a Nova York devido às restrições impostas pelo governo americano para ele possa circular pelos Estados Unidos. Ainda que a Casa Branca tenha dado aval para que Padilha esteja em Nova York para a Assembleia-Geral da ONU, o ministro ficou impedido de se deslocar até em Washington onde foi convidado para participar da conferência internacional da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

— É inaceitável as condições. Sou ministro da Saúde do Brasil, com plena possibilidade de participar das atividades — disse Padilha em entrevista a Globo News — As restrições inviabilizam a presença do ministro da saúde para as atividades que ele precisa fazer parte.

Apesar de ter recebido nesta quinta-feira o visto para entrar nos Estados Unidos, o ministro da Saúde teria sua circulação na cidade de Nova York limitada, caso fosse acompanhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Assembleia Geral da ONU na próxima semana. As restrições são mais severas das que costumam ser impostas a representantes de países como Síria, Rússia e Cuba.

As limitações impostas pelo governo dos EUA determinaram que Padilha poderia transitar em uma área equivalente a até cinco quarteirões de onde estiver hospedado e deverá seguir os trajetos entre o hotel, a sede da ONU e representações do Brasil ligadas ao organismo.

Na prática, porém, Padilha tinha pouca margem de manobra para reverter a decisão da Casa Branca. Um recurso ou protesto à ONU pela concessão do visto com restrições de mobilidade teria pouco efeito prático, principalmente porque, embora a praxe seja a de conceder vistos sem restrições a diplomatas e membros de governo para a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas, a ONU não tem poder de polícia e não pode interferir na decisão soberana de um país conceder ou não vistos. A concessão da permissão de entrada e saída de um país não é um direito, e sim decisão discricionária das autoridades do país que recebe o pedido.

Ainda assim, a decisão dos EUA é controversa, já que a sede da ONU, a rigor, embora esteja em Nova York, não é considerada, em termos jurídicos, território dos Estados Unidos. Um tratado de 1947 que disciplina as obrigações dos Estados Unidos como país sede das Nações Unidas veda que se impeça o ingresso das delegações dos países. A Palestina, que teve vistos negados pelos EUA a 80 funcionários da Autoridade Nacional Palestina, é considerada observadora da ONU, e não membro pleno.

Padilha foi o último da comitiva a receber visto para entrar nos EUA, relataram interlocutores do governo ao GLOBO. No mês passado, o governo americano cancelou os vistos de entrada nos EUA da mulher e da filha de Padilha. Servidores que tinham participado do programa Mais Médicos, criado em 2013, na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff, também foram atingidos pela medida. Segundo a Casa Branca, médicos cubanos que trabalhavam no Brasil pelo programa eram alvos de exploração de mão de obra escrava.

O ministro da Saúde estava com o visto vencido desde 2024. No último dia 18 de agosto ele pediu a renovação do documento. Questionado por jornalistas sobre o motivo da demora para as autoridades americanas renovarem o documento, Padilha respondeu que estava “nem aí”.

— Esse negócio do visto é igual àquela música, ‘tô nem aí’. Vocês estão mais preocupados com o visto do que eu. Eu não tô nem aí. Acho que só fica preocupado com o visto quem quer ir para os Estados Unidos. Eu não quero ir para os Estados Unidos. Só fica preocupado com o visto quem quer sair do Brasil, ou quem quer ir para lá fazer lobby de traição da pátria, como alguns estão fazendo. Não é meu interesse, está certo? — disse, referindo-se ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O Globo

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