
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou na reunião de líderes desta quinta-feira (29/5) que pretende analisar os requerimentos de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) após a Casa superar a crise do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Atualmente, existem 14 pedidos protocolados na Casa, já com o número mínimo de assinaturas, aguardando sua deliberação.
De acordo com Motta, é preciso analisar cada pedido para saber se os objetos de investigação não se tornaram obsoletos. Neste momento, a oposição pressiona o presidente da Câmara para instaurar uma CPI sobre as fraudes bilionárias Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O presidente da Casa tem demonstrado reticência, uma vez que a proposta é rejeitada pela base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e tem potencial para dividir a Câmara.
Como Motta afirmou que só começaria a analisar os pedidos após a resolução da crise do IOF, qualquer anúncio sobre CPIs pode demorar. O Congresso e a Presidência estão num cabo de guerra sobre o aumento do IOF. A medida pegou parlamentares de surpresa, que se articulam para derrubá-la.
A reação encontrou um freio, porém, quando o governo afirmou que não há dinheiro e que pode contingenciar até emendas para fechar as contas públicas.
Como não topou abrir a CPI do INSS e também não deu um retorno efetivo para encaminhar o projeto de anistia aos envolvidos do 8 de Janeiro, líderes entenderam que a sinalização de Motta sobre abertura de outros colegiados como um aceno à oposição.
Metrópoles
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