Política

Noronha libera julgamento no STJ e recursos de Flávio contra caso das ‘rachadinhas’ serão avaliados no dia 9

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) pautou para a próxima terça, 9, o julgamento de três recursos do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) que podem travar o inquérito que apura peculato e lavagem de dinheiro em seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio, o caso das ‘rachadinhas’. O julgamento estava inicialmente marcado para novembro do ano passado, mas foi suspenso após o ministro João Otávio de Noronha pedir vista (mais tempo de análise).

Na ocasião, o adiamento suscitou troca de farpas do ministro com o relator dos recursos de Flávio no STJ, ministro Felix Fischer, que questionou Noronha sobre o pedido de vista. Fischer afirmou que sequer havia lido seu voto quando o colega solicitou a suspensão do julgamento. “É o caso da Alerj, não é isso? O indiciado é Bolsonaro, não é? Eu gostaria de ter a oportunidade de ler o meu voto”, questionou Fischer.

Noronha justificou que havia recebido um memorial da defesa de Flávio no dia anterior e queria ter tempo de analisá-lo. “É um caso complexo, de larga repercussão que me cabe examinar como juiz”, afirmou. Agora, o ministro liberou os recursos para julgamento.

Os pedidos de Flávio visam anular decisões judiciais proferidas pelo juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do Rio, que ficou responsável pela condução das investigações até o senador obter foro privilegiado. A defesa questiona a fundamentação usada pelo magistrado para autorizar a quebra de sigilo contra os investigados nas ‘rachadinhas’, o compartilhamento de dados entre o Ministério Público e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e a validação de provas do inquérito, uma vez que o caso está nas mãos do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio.

Um quarto recurso que também será discutido pelo STJ se trata da ordem de prisão preventiva decretada contra o ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz, que hoje cumpre a cautelar em casa por decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal.

Todos os pedidos já haviam sido negados pelo ministro Felix Fischer, considerado linha-dura na Quinta Turma do STJ. Em outubro, por exemplo, ele negou suspender o inquérito das ‘rachadinhas’ ao vislumbrar que não houve prejuízo à defesa do senador que justificaria a medida. A defesa de Flávio alega que, uma vez que teve o foro reconhecido no Órgão Especial do TJRJ, as decisões de primeira instância do caso deveriam ser todas anuladas e o inquérito reiniciado.

Flávio Bolsonaro foi denunciado pela Promotoria do Rio pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no esquema das ‘rachadinhas’, no qual assessores do gabinete do parlamentar na Assembleia Legislativa do Rio devolviam parte ou a quase totalidade dos salários ao ex-assessor Fabrício Queiroz, que então usava o dinheiro para quitar despesas do senador, como o pagamento da escola das filhas e o financiamento de imóveis no Rio.

O filho do presidente é apontado como o líder da organização criminosa. De acordo com o MP, o esquema teria desviado ao menos R$ 6,1 milhões dos cofres públicos da Assembleia fluminense e levaram a um ‘enriquecimento ilícito’ de Flávio ao longo dos anos.

A defesa de Flávio considera a denúncia do Ministério Público ‘insustentável’, com ‘vícios processuais e erros de narrativa e matemática’. “A tese acusatória forjada contra o senador se mostra inviável e não passa de uma crônica macabra e mal engendrada, influenciada por grupos que têm claros interesses políticos e que, agora, tentam voltar ao poder”, frisaram os advogados Rodrigo Roca, Luciana Pires e Juliana Biereenbach, que defendem Flávio, em novembro.

ESTADÃO

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MAIS UMA VEZ: Polícia Federal ameaça suspender emissão de passaportes por falta de verba

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A PF (Polícia Federal) ameaçou suspender novamente a emissão de passaportes por falta de recursos orçamentários a partir de novembro. A corporação enviou ofício ao MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública) e ao MPO (Ministério do Planejamento e Orçamento) alertando para o risco de paralisação do serviço.

Em nota, o MJSP informou que “atua de forma ativa e coordenada para assegurar a continuidade das emissões de passaportes pela Polícia Federal” e que mantém diálogo com a área econômica do governo para viabilizar os recursos necessários.

A pasta destacou ainda que o serviço é “essencial ao cidadão brasileiro” e que “todas as medidas estão sendo adotadas para evitar qualquer interrupção”.

Problema se repete

Em abril deste ano, a PF já havia sinalizado a possibilidade de suspensão das emissões após o Ministério do Planejamento anunciar um contingenciamento de verbas que bloqueou cerca de R$ 133 milhões do orçamento da corporação. Na ocasião, o impasse foi resolvido e o serviço manteve-se em funcionamento.

Em 2022, porém, a falta de recursos levou de fato à interrupção do serviço. Em novembro daquele ano, a PF suspendeu as emissões de passaporte por falta de verba destinada ao controle migratório e à confecção dos documentos de viagem.

CNN Brasil

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Fux defende que Judiciário ‘se aproxime do sentimento constitucional do povo’ e critica ‘fetiche’ por levar casos ao STF

Foto: Rosinei Coutinho/STF

O ministro do STF, Luiz Fux, afirmou nesta sexta-feira (24) que o Poder Judiciário precisa estar mais próximo da sociedade para fortalecer a legitimidade de suas decisões.

“O Judiciário também deve prestar contas à sociedade, e quanto mais ele se aproxima do sentimento constitucional do povo, mais uma decisão se torna democraticamente legítima e mais ela será respeitada”, disse Fux durante um seminário da Fenalaw, em São Paulo.

Ele destacou que não se trata de seguir pesquisas de opinião, mas de compreender o que chamou de “sentimento constitucional do povo”.

Fux relembrou sua gestão como presidente do STF (2020–2022), quando implantou sistemas de inteligência artificial na Corte. O evento ocorreu poucos dias após o ministro pedir transferência da Primeira para a Segunda Turma do Supremo — mudança aprovada pelo presidente da Corte, Edson Fachin.

Na Primeira Turma, Fux foi o único a votar pela absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. O ministro divergiu de suas decisões anteriores em casos semelhantes, quando votou pela condenação de outros envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.

Durante o evento, Fux também defendeu custos mais altos para o acesso à Justiça, como forma de reduzir o número de ações judiciais.

“Nos países onde as defesas judiciais são caras, as pessoas não se lançam em aventuras judiciais. As pessoas têm um fetiche sobre ‘quando a minha causa vai para o Supremo?’. Só não sabem quando volta. Somos 11 ministros fazendo o trabalho de 18 mil”, brincou.

A fala ocorre na mesma semana em que o Senado aprovou o remanejamento de orçamento do Judiciário para a criação de 200 novos cargos no STF, sendo 160 funções comissionadas (FC-6) destinadas aos gabinetes dos ministros.

Segundo o Supremo, as novas funções serão ocupadas por servidores concursados, responsáveis por lidar com temas de alta complexidade e responsabilidade, e devem ajudar a reduzir a sobrecarga de processos na Corte.

Com informações de R7

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Brasil registra 58 casos confirmados de intoxicação por metanol; mortes chegam a 15

Foto: Pablo Jacob/Governo de SP

O Brasil registra 58 casos confirmados e 15 mortes por intoxicação por metanol a partir do consumo de bebidas alcoólicas. Os dados são do balanço do Ministério da Saúde divulgado nesta sexta-feira, 24.

Os números apontam um salto no número de mortes em relação ao último boletim, divulgado na quarta-feira, 22, que registrava 10 óbitos – aumento de 50% em dois dias.

De acordo com a pasta, outras 50 ocorrências estão em investigação, enquanto 635 notificações suspeitas já foram descartadas.

São Paulo continua sendo o Estado com o maior número de casos: são 44 confirmações e 14 em investigação. Outros Estados com casos confirmados são Pernambuco (5 ocorrências), Paraná (6), Rio Grande do Sul (1), Mato Grosso (1) e Tocantins (1).

Em relação aos óbitos, São Paulo também lidera, com nove mortes. O Estado registrou dois óbitos nos últimos dias, assim como o Paraná. Pernambuco também teve mais uma vítima fatal da intoxicação.

Entre as mortes mais recentes está a do estudante Rafael dos Anjos Martins, que ficou internado por mais de 50 dias em coma no Hospital São Luiz, em Osasco, na região metropolitana de São Paulo. Ele não resistiu e morreu na quinta-feira, 23.

No Paraná, um homem e uma mulher que estavam internados em Curitiba também morreram na quarta-feira, 22 – os óbitos não entraram no balanço divulgado naquele dia.

Outros nove óbitos seguem em investigação: quatro em Pernambuco, dois no Paraná, um em Minas Gerais, um no Mato Grosso do Sul e um em São Paulo. Outras 32 notificações de mortes foram descartadas.

O metanol é uma substância tóxica que não pode ser identificada pelo cheiro ou pelo sabor e não provoca alterações visíveis nas bebidas. Mesmo em pequenas quantidades, pode levar uma pessoa à morte.

Os sinais de intoxicação costumam aparecer entre seis e 72 horas após a ingestão e podem ser confundidos com os de uma ressaca. Os sintomas iniciais incluem dor de cabeça, náuseas, vômitos, sonolência, falta de coordenação, tontura e confusão mental.

Entre as consequências mais graves estão dor abdominal intensa, alterações visuais (como visão embaçada, pontos escuros, sensibilidade à luz ou cegueira súbita), dificuldade para respirar, convulsões e coma.

Estadão Conteúdo

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Prefeito Jaime Calado entrega pavimentação e nova iluminação em LED da Rua São José – Pajuçara

O clima de alegria tomou conta da comunidade de Pajuçara, em São Gonçalo do Amarante, nesta sexta-feira (24). O prefeito Jaime Calado, ao lado da primeira-dama e senadora Zenaide Maia, inaugurou a pavimentação da Rua São José, que recebeu 3.700 m² de paralelepípedo. A obra foi executada pela Prefeitura de São Gonçalo do Amarante, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura, com recursos de emenda parlamentar do deputado federal Benes Leocádio. O requerimento é de autoria do vereador Raimundo Mendes.

A cerimônia aconteceu na própria rua pavimentada e reuniu a deputada estadual Terezinha Maia, vereadores, secretários municipais, moradores e servidores. Além da pavimentação, também foi entregue a nova iluminação totalmente em LED, com a instalação de 21 luminárias, que proporcionam mais segurança e conforto à população.

Durante o discurso, o prefeito Jaime Calado relembrou ações históricas realizadas na comunidade. “Meu amor por Pajuçara é antigo. Em 1995, quando passamos pela Funasa, trouxemos água para a região. E quando assumimos a prefeitura em 2009, melhoramos o abastecimento de água com uma adutora. Quem está aqui é porque ama o povo de verdade. Só podemos agradecer a Deus e ao nosso povo pela oportunidade de voltar a trabalhar por São Gonçalo”, declarou.

Moradora de Pajuçara há 29 anos, Micarla Mota comemorou a melhoria. “Pra gente foi uma bênção. Graças a Deus chegou esse benefício. No tempo de chuva, sofríamos muito. Agora é só alegria”, afirmou.

A senadora Zenaide Maia destacou o empenho do prefeito em recuperar o município. “Essa ação nasce da coragem de Jaime em sempre buscar o melhor para o nosso povo”, disse.

O trabalhador autônomo Joseias Bezerra, que acompanhou a cerimônia, ressaltou o impacto da nova iluminação. “Com essa iluminação nova, a gente se sente mais seguro para sair na rua. Aqui estava com a iluminação totalmente precária, mas agora tudo mudou”, contou.

A pavimentação é uma das obras executadas no município com recursos federais encaminhados pelo deputado Benes Leocádio, ainda na gestão do saudoso prefeito Paulo Emídio.
“Jaime precisava voltar à Prefeitura de São Gonçalo para executar essas obras. Como disse minha amiga e vereadora Delma, só podemos agradecer primeiramente a Deus por essa grande oportunidade. E, no que estiver ao meu alcance, Jaime, pode contar comigo”, declarou.

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PEC da reforma administrativa é protocolada na Câmara dos Deputados com foco em modernização e corte de privilégios

Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil

A PEC 38/2025, que trata da reforma administrativa, foi oficialmente protocolada nesta sexta-feira (24) na Câmara dos Deputados. O texto recebeu apoio de 171 parlamentares, número mínimo para iniciar a tramitação, e tem como relator o deputado Pedro Paulo (PSD-RJ).

A proposta tem como objetivo modernizar a gestão pública, com foco na digitalização de serviços, melhoria da governança e redução de privilégios salariais.

Principais pontos da PEC

  • Digitalização do serviço público: a inclusão digital passa a ser direito social e princípio constitucional.

  • Concursos e cargos: regras mais rígidas para ingresso, promoção e ocupação de cargos em comissão.

  • Fim de benefícios automáticos: como licenças-prêmio, progressões por tempo de serviço e adicionais temporais.

  • Férias limitadas a 30 dias, exceto para carreiras específicas como professores e profissionais de saúde em risco.

  • Controle de supersalários: restrição de verbas indenizatórias e transparência total nas remunerações do setor público.

  • Sistema de Justiça: a aposentadoria compulsória deixa de ser punição, e honorários de sucumbência passam a ser receitas públicas.

Estágio probatório mais rigoroso

O servidor aprovado em concurso será avaliado continuamente, com critérios objetivos e metas. O resultado determinará se haverá confirmação da estabilidade ou exoneração por inaptidão.
Também se torna obrigatória a capacitação com bom desempenho, e a estabilidade será mantida apenas com prova de desempenho adequado.

A PEC ainda prevê regras para extinção de cargos estáveis, permitindo realocação ou indenização ao servidor, desde que o processo tenha estudo técnico e justificativa administrativa.

O que diz o relator

Pedro Paulo afirmou que o texto foi construído após ampla consulta a sociedade civil, servidores e gestores.
Segundo ele, a proposta não retira direitos adquiridos nem afeta a estabilidade, mas busca uma administração pública mais ágil, eficiente e transparente.

O deputado disse ainda que o debate seguirá aberto e que o texto pode receber ajustes durante a tramitação.

Com informações de R7

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Geral

Trump fala em reduzir tarifaço ao Brasil “sob as circunstâncias certas”

Foto: Evelyn Hockstein/Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicano), afirmou neste sábado (25) que deve se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Kuala Lumpur (Malásia), durante a 47ª Cúpula da Asean, que ocorre de 26 a 28 de outubro.

Questionado por jornalistas a bordo do Air Force One, Trump disse: “Acredito que vamos encontrá-lo, sim. Nos conhecemos brevemente na ONU, pouco antes do meu discurso.”

O republicano também sinalizou estar aberto a reduzir tarifas sobre produtos brasileiros, “sob as circunstâncias certas”, mas sem citar quais condições seriam estas.

O encontro vem sendo articulado desde setembro, quando Lula e Trump se cumprimentaram rapidamente nos bastidores da Assembleia Geral da ONU, em Nova York. As equipes diplomáticas dos dois países trabalham desde então para viabilizar uma reunião mais longa.

Com informações de Poder 360

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Geral

Lula diz que colocará “os problemas na mesa” em encontro com Trump

Foto: Américo Martins

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (24) que pretende discutir abertamente o tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros durante a reunião que terá com o presidente americano, Donald Trump. “Eu espero que role o encontro. Vim com a disposição de que a gente possa encontrar uma solução”, declarou Lula a jornalistas na Malásia, onde recebeu o título de doutor honoris causa pela Universidade Nacional.

Lula negou que Trump tenha feito exigências prévias para o encontro e disse que o diálogo será direto: “Não tem exigência dele e não tem exigência minha ainda. Vamos colocar tudo na mesa e buscar uma solução.” A reunião deve ocorrer no domingo (26), segundo o Itamaraty.

O governo americano anunciou em julho tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, alegando práticas comerciais injustas e citando supostos ataques à liberdade de expressão no país. O comunicado da Casa Branca mencionou nominalmente o processo judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado no inquérito do “Plano de Golpe”.

Apesar do tom duro, os EUA divulgaram uma lista de exceções que inclui centenas de produtos — entre eles suco de laranja e aviões da Embraer. A expectativa de Brasília é ampliar esse grupo ou conseguir uma suspensão temporária das tarifas enquanto durarem as negociações.

De acordo com fontes do governo ouvidas pela CNN Brasil, a diplomacia brasileira ainda não recebeu sinalizações da Casa Branca sobre novas condições para a reunião, mas o Planalto acredita que o diálogo direto entre Lula e Trump poderá abrir espaço para um acordo comercial mais equilibrado entre os dois países.

Com informações da CNN

Opinião dos leitores

  1. Estou com um palpite de que a mundiça da extrema esquerda terá uma grande decepção depois desse encontro.

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Economia

Excesso de gastos fora da meta fiscal preocupa economistas e põe em xeque credibilidade do governo

Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Economistas têm alertado para o aumento dos gastos públicos que ficam fora da meta fiscal, o que, segundo eles, compromete a credibilidade das contas públicas e passa ao mercado a impressão de que o governo não está totalmente comprometido com o equilíbrio fiscal.

De acordo com a Instituição Fiscal Independente (IFI), do Senado, quase R$ 158 bilhões em despesas devem ficar fora das metas oficiais em três anos — valor suficiente para bancar um ano inteiro do Bolsa Família. Só em 2024, o governo gastou R$ 43 bilhões a mais do que arrecadou, mas registrou oficialmente um rombo de apenas R$ 11 bilhões, já que retirou da conta gastos com a reconstrução do Rio Grande do Sul e outras despesas emergenciais.

Para 2025, a IFI calcula R$ 47 bilhões fora da meta, incluindo o pagamento de precatórios e o ressarcimento a aposentados do INSS vítimas de descontos ilegais. Em 2026, esse número pode chegar a R$ 58 bilhões, com recursos para empresas afetadas por medidas comerciais dos EUA e gastos extras com as Forças Armadas.

O Ministério da Fazenda argumenta que a maior parte desses valores cobre dívidas herdadas de gestões anteriores, e que o governo Lula deve encerrar o mandato com indicadores fiscais melhores do que os dos últimos governos.

Mesmo assim, especialistas afirmam que o uso recorrente de exceções fragiliza a regra do arcabouço fiscal, criada em 2023. Para o diretor da IFI, Alexandre Andrade, a prática “pode refletir falta de compromisso com a sustentabilidade das contas públicas e ferir a credibilidade da política fiscal”.

Com informações do G1

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Política

Dirigente do PT critica Gleisi Hoffmann e acusa ministra de usar governo para “política particular”

Foto: José Cruz/Agência Brasil

A crise interna no PT ganhou um novo capítulo nesta quinta-feira (24). O presidente do partido no Rio de Janeiro, Washington Quaquá, acusou a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, de utilizar a estrutura do governo federal para favorecer aliados e fazer “política particular”. A crítica foi feita em uma mensagem enviada a um grupo de contatos e obtida por jornalistas. A informação é da coluna do Paulo Cappelli, do Metrópoles.

“Ministra Gleisi, pare de usar a máquina do governo federal para fazer política particular! Não vamos tolerar isso!”, afirmou Quaquá, em tom de desabafo. Ele também direcionou críticas ao deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) — namorado de Gleisi — e ao secretário especial de Assuntos Parlamentares, André Ceciliano (PT). Segundo o dirigente, ambos estariam usando cargos e influência política para fortalecer seus próprios projetos no estado.

“Aqui no Rio, o uso da máquina federal por Lindbergh e Ceciliano serve só a eles! Não falam sequer do Lula! Não organizam nada para fazer campanha para o presidente Lula e Eduardo Paes!”, escreveu Quaquá. O petista cobra mais articulação em torno do presidente e do prefeito carioca, que deve disputar o governo do estado em 2026.

As declarações de Quaquá escancaram o clima de tensão dentro do PT fluminense, que há meses enfrenta divergências sobre alianças e estratégias para as próximas eleições. Enquanto Gleisi e seu grupo defendem uma linha mais centralizada de atuação política, lideranças locais, como Quaquá, pedem maior autonomia e criticam o que chamam de “personalização do poder” dentro da sigla.

Com informações do Metrópoles

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Saúde

Mais de 170 mil brasileiros dependem de diálise por doença renal crônica

Foto: Robina Weermeijer/Unsplash

A doença renal crônica (DRC) segue crescendo de forma alarmante no Brasil e no mundo. Caracterizada pela perda lenta e progressiva da função dos rins, a condição costuma evoluir de forma silenciosa, dificultando o diagnóstico precoce e o início do tratamento adequado. Estima-se que mais de 10% da população global tenha algum grau de DRC — o que representa cerca de 850 milhões de pessoas —, e no Brasil o problema já atinge mais de 170 mil pacientes em diálise, segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN).

Os principais fatores que explicam esse avanço são o aumento dos casos de diabetes, hipertensão arterial e obesidade, somados a hábitos de vida pouco saudáveis, como má alimentação e sedentarismo. Muitos pacientes só descobrem a doença em fases avançadas, quando já surgem sintomas como inchaço, cansaço extremo e alterações urinárias. Nesse estágio, o tratamento se torna mais complexo e caro, exigindo sessões regulares de hemodiálise, diálise peritoneal ou até transplante. O impacto financeiro também é expressivo: o tratamento de pacientes renais consome bilhões de reais por ano do sistema público de saúde.

Apesar da gravidade, a DRC pode ser detectada e controlada precocemente com exames simples de sangue e urina, que medem a função renal e a presença de proteínas. Campanhas de rastreamento entre diabéticos e hipertensos têm se mostrado eficazes para identificar a doença antes que ela atinja estágios irreversíveis. Novos medicamentos, como os inibidores de SGLT2, inicialmente usados no tratamento do diabetes, também vêm mostrando resultados positivos na preservação da função renal e na redução de riscos cardiovasculares.

A prevenção, no entanto, continua sendo a principal ferramenta de combate. Evitar automedicação, reduzir o consumo de sal e ultraprocessados e adotar um estilo de vida ativo são atitudes que ajudam a proteger os rins. Com o número de pacientes em diálise crescendo ano após ano, especialistas alertam: se nada for feito, a doença renal crônica pode se tornar uma das cinco principais causas de morte no mundo nas próximas décadas.

Com informações da CNN

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