Diversos

O que mudou no financiamento de imóveis usados da Caixa

Foto: (Pillar Pedreira/Agência Senado)

A Caixa reduziu o teto para financiamento de imóveis usados de 70% para 50% em qualquer linha. A nova regra vale para novos pedidos de financiamentos feitos ao banco a partir de segunda-feira (25).

É a terceira vez no ano na qual o banco restringe a tomada de crédito para usados. A primeira havia sido em março, quando a Caixa diminuiu o teto para financiamento de usados de 90% para 80%. Depois, em agosto, novamente restringiu o limite de crédito de 80% para 70%. Agora, a restrição foi mais intensa.

O novo teto vale para financiamentos feitos pelo sistema SAC, o mais usado no banco e no qual as parcelas do financiamento são decrescentes ao longo do tempo. No sistema Price, o teto de financiamento caiu ainda mais: de 60% para 40%.

No caso de compra de imóveis novos, o banco não realizou mudanças. Em todas as linhas, o teto de 80% para financiamento de imóveis novos continua valendo, caso a opção seja pelo sistema SAC. Pela Tabela Price, o teto de 70% para financiamento de imóveis novos também foi mantido.

Segundo o banco, em nota, o financiamento de imóveis novos foi preservado com o objetivo de “manter aquecida à indústria da construção civil do país, responsável por gerar emprego e renda”.

Veja na tabela abaixo como ficam os tetos para financiamento após as novas mudanças anunciadas pela Caixa e quais os valores mínimos exigidos como entrada para três valores de imóveis:

São enquadrados no SFH financiamentos de imóveis de até 750 mil reais nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e no Distrito Federal, e de até 650 mil reais nos outros estados. Já o SFI engloba financiamentos de imóveis de mais de 750 mil reais nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e no Distrito Federal, e de mais de 650 mil reais nos outros estados.

Já a Pró-Cotista financia imóveis novos de até 1,5 milhão de reais em todo o país, imóveis usados de até 950 mil reais em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal, e imóveis usados de até 800 mil reais nos demais estados até o final do ano. Contudo, a linha está suspensa pela Caixa até o ano que vem.

O programa Minha Casa Minha Vida financia imóveis de até 240 mil reais em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal, para famílias com renda de até 6,5 mil reais.

Conforme as simulações feitas por Marcelo Prata, diretor do site Canal do Crédito, se o mutuário deseja comprar um imóvel de 500 mil reais podia financiar antes da mudança 350 mil reais pelo sistema SAC e, agora, esse valor caiu para 250 mil reais. Ou seja, a diferença do montante que terá de desembolsar como entrada para a compra do imóvel será de mais 100 mil reais.

Como o valor do financiamento diminui nestes casos, o tomador vai pagar menos no final do financiamento do que se financiasse um percentual maior, já que as taxas de juros cobradas em cada linha continuam as mesmas. Por outro lado, a barreira para quem não tem muito dinheiro para dar como entrada ficou bem maior.

Banco também complicou transações

Mutuários que desejam comprar imóveis usados que ainda tenham parte do valor destes imóveis financiado em outros bancos, fora da Caixa, também podem ter mais dor de cabeça para concluir a operação a partir de agora.

Isso porque a Caixa também deixou de atuar, por tempo indeterminado, como interveniente quitante em financiamentos de imóveis a partir desta segunda (25). Ou seja, o banco não quita mais dívidas contraídas pelo vendedor do imóvel com outros bancos para que o comprador possa financiar o imóvel pelo banco.

Nestes casos, ou o comprador ou o vendedor terão de quitar, com recursos próprios, a dívida com o outro banco. Somente desta forma a Caixa poderá conceder o financiamento ao comprador.

Mutuário pode reclamar

As mudanças só valem para novos pedidos de financiamento, mas mutuários que tiveram prejuízo com a nova mudança anunciada pelo banco podem reclamar das perdas na Justiça. Esse direito vale para quem já havia dado o valor da entrada como sinal para o vendedor do imóvel antes da mudança e não vai conseguir mais dinheiro para obter o restante do crédito no banco, segundo Prata. “Se conseguir comprovar que teve um prejuízo por conta da nova regra, o mutuário pode tentar reaver o valor”.

Neste caso, é indicado documentar por escrito todas as conversas com o gerente nas quais o prejuízo seja comprovado, aconselha.

Para quem já havia iniciado o pedido do crédito no banco, mas não chegou a desembolsar nenhum valor, não há muito o que fazer. “Neste caso, o banco pode dar um prazo para que o processo seja finalizado pela regra antiga. Mas vai depender da instituição financeira”, diz Prata.

Exame

 

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Cidades

Azul encerra operações em Mossoró e mais 13 cidades do país. Confira

Foto: Valter Campanato

A companhia aérea Azul informou nesta segunda-feira (11) o encerramento das operações em 14 cidades. Em nota, a companhia disse que está racionalizando, desde julho, rotas operadas atualmente.

“Os ajustes levam em consideração, ainda, uma série de fatores que vão desde o aumento nos custos operacionais da aviação, impactados pela crise global na cadeia de suprimentos e a alta do dólar, até questões de disponibilidade de frota, bem como o seu atual processo de reestruturação”.

As cidades que não terão mais voos da companhia são: Crateús, São Benedito, Sobral e Iguatú (CE); Campos (RJ); Correia Pinto e Jaguaruna (SC); Mossoró (RN); São Raimundo Nonato e Parnaíba (PI); Rio Verde (GO); Barreirinha (MA); Três Lagoas (MS); e Ponta Grossa (PR).

A empresa irá concentrar as operações nos aeroportos de Viracopos (Campinas), Confins (Belo Horizonte) e Recife, conhecidos como hubs, reduzindo as rotas com conexões.

Recuperação judicial
A Azul está em processo de recuperação judicial nos Estados Unidos desde 28 de maio deste ano.

A companhia firmou acordos de reorganização financeira com alguns parceiros considerados “chave” pela companhia aérea. A medida visa obter US$ 950 milhões em investimentos. A reestruturação da empresa, que inclui parceria com as companhias aéreas norte-americanas United e American Airlines, está estimada em cerca de US$ 1,6 bilhão.

Os acordos de reorganização incluem também credores, um arrendador de aeronaves, entre outros parceiros considerados estratégicos. A Azul informa que suas operações e vendas seguem normalmente, e que todos bilhetes, benefícios e pontos do Azul Fidelidade serão mantidos.

Novo Notícias

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Economia

IPCA: inflação oficial sobe 0,26% em julho, abaixo do esperado

Foto: Ilustrativa

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,26% em julho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (12). No acumulado de 2025, a inflação soma 3,26% e, em 12 meses, 5,23%.

Os números vieram abaixo das projeções do mercado. A mediana das estimativas de economistas consultados pela Reuters apontava taxa mensal de 0,37% em julho, e 5,33% para o acumulado de 12 meses.

A inflação, no entanto, permanece acima da meta do Banco Central que é de até 4,5% em 12 meses, já considerando a tolerância máxima.

A energia elétrica residencial voltou a ser o principal impacto individual no índice, com contribuição de 0,12 ponto percentual. No ano, o item acumula alta de 10,18%, maior variação para o período janeiro a julho desde 2018, segundo o IBGE. Em julho, o custo foi pressionado pela manutenção da bandeira tarifária vermelha patamar 1 e por reajustes em concessionárias de São Paulo (10,56%), Curitiba (2,47%) e Porto Alegre (1,48%). Sem a influência da energia, o IPCA teria ficado em 0,15%.

O grupo Habitação subiu 0,91% no mês, com impacto de 0,14 p.p., também refletindo reajustes na taxa de água e esgoto em Salvador, Brasília e Rio Branco.

As passagens aéreas tiveram alta de 19,92% e foram o segundo maior impacto individual do mês (0,10 p.p.), ajudando a elevar a inflação do grupo Transportes de 0,27% em junho para 0,35% em julho. O segmento também foi influenciado por mudanças tarifárias no transporte público de Brasília, Belém e Curitiba. Combustíveis caíram 0,64%, registrando recuos em etanol, óleo diesel, gasolina e gás veicular.

O grupo Despesas pessoais subiu 0,76%, impulsionado pela alta de 11,17% nos jogos de azar, terceiro maior impacto individual (0,05 p.p.) no índice geral.

Pelo lado das quedas, o grupo Alimentação e Bebidas recuou 0,27%, segunda queda seguida, puxada por itens como batata-inglesa (-20,27%), cebola (-13,26%) e arroz (-2,89%). Já a alimentação fora do domicílio acelerou de 0,46% para 0,87%, influenciada pelo período de férias. Vestuário também registrou queda (-0,54%), com recuos na roupa feminina e masculina.

No recorte regional, São Paulo apresentou a maior variação (0,46%) devido à energia elétrica e às passagens aéreas, enquanto Campo Grande teve deflação de 0,19%, influenciada por quedas na batata-inglesa e na energia elétrica.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) avançou 0,21% em julho, acumulando alta de 3,30% no ano e 5,13% em 12 meses.

InfoMoney

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Economia

EUA são melhor mercado para Brasil, diz presidente da Apex

Foto: Divulgação

O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Jorge Viana, afirmou na segunda-feira (11) que, embora a China seja o maior destino das exportações brasileiras, os Estados Unidos representam o “melhor mercado” para o país. A declaração foi feita durante a abertura do Congresso Brasileiro do Agronegócio, realizado em São Paulo e promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e pela B3, segundo informações do Valor Econômico.

Viana explicou que o diferencial norte-americano está na pauta de exportação mais diversificada, o que amplia as oportunidades para empresas brasileiras. “Nossa pauta é muito diversificada. Essa diversidade é grande e significa que a gente tem uma presença forte de empresas do nosso país que exportam para os Estados Unidos”, afirmou.

Questões econômicas e políticas no comércio com os EUA
O dirigente da Apex observou que, se as negociações sobre o tarifaço imposto pelos EUA às exportações brasileiras se limitassem à esfera econômica, o diálogo seria mais simples. “Mas as discussões carregam questões políticas difíceis de enfrentar”, disse, sem fazer referência direta ao contexto envolvendo o presidente norte-americano Donald Trump, que já citou a situação de Jair Bolsonaro (PL) como justificativa para sanções econômicas contra o Brasil.

Viana defendeu uma estratégia conjunta para proteger os produtos brasileiros e sugeriu que itens como alimentos — especialmente aqueles que os americanos não produzem, como o café — sejam excluídos das tarifas. Ele lembrou que o café brasileiro não foi contemplado nas exceções apresentadas pelo governo Trump. “Dá para ter aliados lá [nos EUA], dá para reunir setores empresariais lá, e, de acordo com o interesse deles, eles vão nos livrar de algumas dessas situações que afetam nosso comércio”, destacou.

Valor Econômico

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Judiciário

TCE apura irregularidades em contrato de R$ 31 milhões para fornecimento de refeições em presídios do RN

Foto: Sérgio Henrique

O Tribunal de Contas do Estado (TCE-RN) determinou a abertura de processos para apurar responsabilidades por irregularidades no contrato de fornecimento de refeições ao sistema prisional do Rio Grande do Norte.

O contrato em questão foi feito entre a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (SEAP) e a empresa Refine Refeições Industriais Especiais Ltda., no valor de R$ 31,9 milhões.

A decisão foi relatada pelo conselheiro George Montenegro Soares. Em nota, a Seap informou que a gestão não foi notificada da apuração e que aguarda acesso à peça do TCE para fazer os esclarecimentos.

A medida atende a representação do Ministério Público de Contas, que apontou falhas na execução contratual e possíveis danos ao patrimônio público decorrentes de atos criminosos registrados em março de 2023 (entenda mais abaixo).

Inspeções realizadas pelo Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, em novembro de 2022, identificaram alimentos impróprios para consumo, valor nutricional insuficiente, armazenamento inadequado e descumprimento das especificações contratuais.

Segundo o TCE, também foi constatada a inclusão, via aditivo, de itens não previstos originalmente, como frutas, sobremesas e ceia extra, o que é considerado uma prática incompatível com a legislação de licitações.

Na decisão, o TCE apontou que a Seap justificou o aditivo contratual “alegando a necessidade de suprir deficiências nutricionais da população carcerária e evitar tensões no ambiente prisional”.

O contrato inicial foi assinado em agosto de 2021 com prazo de 12 meses, tendo sido prorrogado por 2 vezes, segundo o TCE.

Ataques de março de 2023
Segundo as investigações, há indícios de que a insatisfação dentro das unidades prisionais – alimentada pelas más condições das refeições – pode ter contribuído para a eclosão dos atos de violência.

Em março de 2023, o Rio Grande do Norte sofreu com uma onda de ataques a ônibus, prédios públicos, veículos e residências, que, segundo as autoridades locais, havia sido ordenada e realizada por uma facção que atua dentro dos presídios do estado.

“A medida apresentada se justifica diante dos atos criminosos de depredação de bens públicos, ocorridos em março de 2023, motivados possivelmente pela situação precária do sistema prisional do Estado do Rio Grande do Norte, havendo, inclusive, provável correlação dos ilícitos com o tema das contratações públicas, diante de indícios de que os alimentos destinados aos apenados são entregues em condições impróprias para o consumo”, citou a decisão.
Neste ano, o Ministério Público do Rio Grande do Norte pediu o afastamento do secretário Helton Edi Xavier das funções na Seap pelas condições de higiene, de alimentação e sanitárias nos presídios do estado.

Apuração
O TCE explicou que serão apurados os atos de três fiscais do contrato, do então secretário da Seap, Pedro Florêncio Filho, e de oito prefeitos que não responderam às diligências do Tribunal. O processo será encaminhado ao Ministério Público Estadual para as providências cabíveis.

Durante o levantamento, o TCE notificou diversos municípios para informar prejuízos e medidas adotadas. Os que não responderam foram: São Miguel do Gostoso, Boa Saúde, Campo Redondo, Lajes Pintadas, Macau, Montanhas, Macaíba e Nísia Floresta.

G1RN

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Jornalismo

DESABAFO: Mãe de Juliana fala sobre agressão brutal que chocou o país. “Eu nunca gostei dele”

Foto: Reprodução

A mãe de Juliana Soares, a jovem de 35 anos que foi brutalmente espancada pelo ex-namorado Igor Cabral dentro de um elevador em Natal, quebrou o silêncio e revelou que nunca teve uma boa impressão do acusado. E pela primeira vez, Débora Garcia concedeu entrevista.

Com exclusividade para a jornalista Anna Ruth Dantas, da Band RN, Débora, a mãe de Juliana, contou que só encontrou o agressor uma única vez, em 2024, e que, mesmo nesse breve contato, algo a incomodou profundamente.

“Eu vi ele uma vez, ano passado, nas férias. Eu vi uma vez só. Ela me apresentou, eu falei ‘oi, tudo bem?’. Foi a única palavra que eu falei com ele. Eu não tinha convivência nenhuma com ele. Eu nunca gostei dele, nem por foto, nem nesse ‘oi, tudo bem’. Mas era uma coisa minha, não sei se intuição de mãe”, relatou.

O crime ocorreu no dia 26 de julho e foi registrado pelas câmeras de segurança do prédio onde Juliana mora. As imagens mostram Igor Cabral desferindo 61 socos na vítima em apenas 38 segundos, dentro do elevador. O ataque, que paralisou o país pelo grau de violência, teve uma repercussão imediata nas redes sociais e na imprensa nacional.

O acusado está preso preventivamente e já responde como réu na Justiça. Para Débora, a filha sempre evitou compartilhar problemas para poupá-la: “Ela me poupa o máximo que pode. Eu não sabia”, desabafou.

Débora estava em Curitiba (PR) quando recebeu a ligação que mudaria sua vida. Segundo ela, a informação chegou por meio de uma amiga, madrinha de Juliana, que foi avisada pela síndica do prédio.

“Ela me disse que não tinha uma notícia boa para me dar. Eu não lembro exatamente as palavras porque entrei em pânico. Entreguei o celular para o meu marido, que conduziu a ligação”, contou. Mesmo em meio ao terror, Juliana tentou proteger a mãe: “No meio de todo esse terror, ela ainda quis me proteger. Falou que só ia me contar quando tivesse melhor”, disse.

Sem condições financeiras para viajar imediatamente, Débora contou com a ajuda de uma amiga para conseguir ir a Natal. Quando chegou, já havia assistido ao vídeo da agressão. “Ver aquilo ali foi o pior pesadelo que uma pessoa pode ter na vida”, relatou.

Juliana passou por uma cirurgia complexa devido à gravidade das fraturas. Agora, segue em recuperação, já em dieta pastosa, recebendo fisioterapia e outros tratamentos complementares. Ao lado da mãe e cercada por uma rede de apoio de amigas, encontra forças para seguir.

Débora faz questão de reconhecer o papel fundamental das amigas da filha no processo de recuperação: “As meninas cercam ela de carinho, até de brincadeiras, para ela rir. Eu sou muito agradecida a essas meninas”, disse.

Dormindo ao lado de Juliana, a mãe confessa que ainda revive a cena do vídeo, mas se apega à gratidão por tê-la viva: “Eu fico olhando para ela e pensando lá naquela imagem, naqueles vídeos, e agradecendo porque Deus salvou ela”.

Uma das maiores preocupações de Juliana é que o crime não caia no esquecimento. “Ela fala sobre o não deixar apagar. Porque uma tragédia acontece direto e daqui a pouco some. O que ela quer lutar no momento é que isso não suma. Ela quer dar voz para outras mulheres, para que não passem por isso”, contou a mãe.

Débora acredita que as imagens do elevador foram decisivas para a repercussão: “Se não fosse a câmera, seria mais um caso. Tomou a proporção graças à inteligência dela no momento de ficar dentro do elevador. Você imagina se ela tivesse ido para dentro do apartamento?”.

O exemplo de Juliana já começa a impactar outras vítimas de violência doméstica. “Essa semana teve uma mulher que sofria violência há 15 anos. Depois do caso de Juliana, ela finalmente denunciou e ele foi preso. A gente quer lutar por isso”, disse Débora. O apelo para que a Justiça seja rigorosa é enfático: “Eu imploro que a justiça seja feita. Nem minha filha, nem nenhuma mulher, nenhum ser humano merece passar por isso. A condenação seja feita de acordo com o que a lei manda”.

BnewsNatal

 

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Brasil

Para 75% dos brasileiros, Trump aplica tarifaço por política, diz pesquisa

Foto: Reprodução

Pesquisa Ipsos-Ipec divulgada nesta terça-feira (12) mostra que três em cada quatro brasileiros consideram o tarifaço do presidente norte-americano Donald Trump às exportações do Brasil uma questão política, ante 12% que veem motivação comercial e 5% que apontam os dois fatores.

De acordo com o levantamento – realizado entre os dias 1º e 5 de agosto, ou seja, após a confirmação de sobretaxa de 50% de produtos como café e carne, mas exceções como o suco de laranja –, a percepção de que Trump age por motivação estritamente política supera os 70% em praticamente todos os segmentos sociais.

Mesmo em grupos ideológicos distintos prevalece essa imagem, ainda que seja mais acentuada entre eleitores de Lula (PT), com 79%, do que entre os que votaram em Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno de 2022, com 73%.

A pesquisa Ipsos-Ipec também aferiu maior percepção positiva da imagem dos EUA antes da imposição das tarifas, com 48% de resposta ótima/boa, ante 28% regular e 15%, ruim/péssima.

CNN

Opinião dos leitores

  1. Política? Quero ver quando for concluído o processo de socialização (comunismo) do Brasil, qual desculpa irão inventar.

  2. Presidente da República é um cargo político é normal eles agirem politicamente, o daqui quando fala suas sandices também está agindo politicamente

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Mundo

Recurso pede que Suprema Corte anule união do mesmo sexo nos EUA

Foto: REUTERS/Kevin Mohatt

A Suprema Corte dos Estados Unidos deve avaliar se aceita ou não analisar um caso que pede para que o tribunal anule uma decisão que estendeu o direito do casamento para casais do mesmo sexo, segundo a ABC News e a Newsweek.

O recurso é de Kim Davis, ex-escrivã do condado de Kentucky que foi presa por seis dias em 2015 após se recusar a emitir licenças de casamento para um casal gay por motivos religiosos.

Ela recorre de um veredicto de US$ 100 mil (equivalente a R$ 544 mil) por danos morais, além de US$ 260 mil (equivalente a R$ 1,4 milhão) em honorários advocatícios.

Em uma petição apresentada no mês passado, Davis argumenta que a Primeira Emenda da Constituição dos EUA, que protege o livre exercício da religião, a isenta de responsabilidade pessoal por negar licenças de casamento, de acordo com a ABC.

O jornal ressalta que, mais fundamentalmente, ela alega que a decisão da Suprema Corte no caso Obergefell v. Hodges — que estendeu os direitos de casamento para casais do mesmo sexo — foi “extremamente equivocada”.

Ainda assim, Daniel Urman, professor de Direito na Northeastern University, disse à Newsweek que é improvável que a Suprema Corte concorde em anular o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Além disso, a ABC relatou que tribunais inferiores rejeitaram as alegações de Davis e que especialistas jurídicos consideram a anulação improvável.

CNN

Opinião dos leitores

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Geral

“Estava pronto para morrer”, diz israelense após cativeiro em Gaza

Foto: Joelto Mata/Metrópoles

Durante os 505 dias em que ficou como refém do Hamas na Faixa de Gaza, no Oriente Médio, o jovem israelense Omer Shemtov, de 22 anos, enfrentou condições severas, como fome e tortura psicológica, que o fizeram lidar com a proximidade da morte.

“Eu sempre acreditava que eu deveria voltar para casa, não pensava que eu ia morrer, mas estava pronto para morrer”, afirma. “Então, eu aceitei a morte”, completa Omer, em entrevista exclusiva ao Metrópoles, durante visita a São Paulo, na semana passada.

Sequestro na rave

Omer tinha apenas 20 anos ao ser sequestrado, em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas invadiu uma rave em área rural na fronteira do estado. “Estava com meus amigos, como qualquer outra pessoa no mundo, só para me divertir e dançar”, relembra.

Havia mais de 4 mil pessoas na festa de música eletrônica. De acordo com autoridades de Israel, cerca de 1,2 mil foram mortas. Ele foi libertado apenas em fevereiro deste ano.

Do festival, aproximadamente 250 frequentadores foram levados como reféns para Gaza, a cinco quilômetros de distância. “Ouvimos tiros de todos os lugares, nós gritávamos muito. Eu me lembro de ver as pessoas caindo no chão e os corpos delas”, recorda Omer.

O cativeiro e a fé

Quando perceberam o ataque no festival de música, Omer e os amigos tentaram fugir de carro, mas foram cercados. Em meio ao som de disparos, ele também ouviu uma amiga ligar para um familiar. “Disse: ‘pai, eu levei um tiro. Eu te amo. Vou morrer’”, recorda.

Durante os 505 dias em que ficou no cativeiro, Omer enfrentou condições severas. “Eu estava em uma pequena jaula. Não conseguia me levantar, não conseguia esticar meus braços. Na maioria do tempo, estava completamente escuro. Houve momentos em que eu pensei que estava cego.”

Além da escuridão total, que durou quase dois meses, a fome era constante. Omer recebia apenas pão, fracionado para dias, e água salgada. “Eu não tomei banho por 90 dias direto. Estava imundo, e eu podia sentir a sujeira na minha pele”, conta.

Uma das partes mais difíceis, segundo o israelense, era a frequente tortura psicológica à qual era submetido. “Os terroristas dizem que todo mundo se esqueceu de você (…) sua família, que não se importam com você. Então, é algo que é muito difícil de acreditar, mas, ao mesmo tempo, isso te afeta de qualquer jeito”, lamenta.

Apesar de não ser religioso antes do sequestro, o jovem encontrou amparo espiritual ao ser privado de liberdade. No cárcere, ele desenvolveu o hábito de orar. “Mesmo na época dos 50 dias, quando eu estava completamente no escuro, eu conseguia ver a luz. Conseguia ouvir as orações. Acredito que as orações, a energia que me enviaram, eu recebi. E isso me ajudou”, diz Omer. “Comecei a conversar com Deus.”

Brasil: “a camisa da sorte”

No momento em que foi capturado pelo Hamas, na rave, Omer usava uma camisa da Seleção Brasileira, em homenagem ao ex-jogador Ronaldo Fenômeno. “Costumava vestir essa camiseta para as festas. É a minha camiseta da sorte”, revela.

Mesmo depois do trauma, o significado da camisa permanece. “Eu adoro as cores, adoro a vibe, adoro a energia, tudo.”

O amor pelo Brasil também continua. “Adoro as pessoas. É caloroso, feliz e é sobre família”, celebra. “As pessoas são maravilhosas, e o ambiente é incrível. Só estive em São Paulo, mas estou animado para voltar, para os lugares onde tem a praia, o mar, e o futebol também”, completa.

Metrópoles

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Educação

Um quinto dos jovens que não trabalham nem estudam é analfabeto funcional

Foto: Rubens Cavallari/Folhapress

Quase um quinto dos jovens brasileiros com idades de 15 a 29 anos que não trabalham nem estudam está em situação de analfabetismo funcional e, por isso, tem possibilidades limitadas de melhora futura na qualidade de vida.

Os dados inéditos sobre a relação da alfabetização e a inserção no mercado de trabalho são do Inaf (Indicador de Analfabetismo Funcional) de 2024, estudo que é coordenado pela ONG Ação Educativa desde 2001.

O indicador considera dois níveis de analfabetismo funcional: absoluto, que inclui aqueles que não conseguem ler palavras ou um número de telefone; e rudimentar, que abarca quem sabe ler e escrever, mas tem dificuldade para entender o que lê ou de fazer contas de adição e subtração.

O levantamento mostra que, depois de avançar na redução do analfabetismo funcional, o Brasil estagnou e tem 29% da população de 15 a 64 anos nessa condição —patamar semelhante ao que o país tinha em 2018 e ainda uma piora em relação a 2009, quando alcançava 27% dos brasileiros.

Ainda que a maioria dos analfabetos funcionais seja de pessoas mais velhas, o estudo aponta uma proporção significativa de jovens nessa situação —atingindo 17% daqueles que têm entre 15 e 29 anos.

Ana Lúcia Lima, coordenadora do indicador, destaca com preocupação a proporção de jovens que se encontram nessa categoria e ainda estão excluídos dos dois mundos em que poderiam desenvolver essas habilidades: a educação e o trabalho.

Segundo os dados, enquanto 45% dos jovens com alfabetismo considerado consolidado estão empregados, mas entre os que estão na condição de analfabetismo funcional essa proporção é de apenas 17%. Nesse segundo grupo, 18% estão ainda em situação ainda mais grave já que não trabalham nem estudam.

“Esses dados mostram um grupo que, já no início da vida adulta, não encontrou e tem pouca perspectiva de encontrar oportunidades de se desenvolver. São jovens que não tiveram garantido o direito de serem plenamente alfabetizados, já saíram da escola e agora estão excluídos do mundo do trabalho”, diz Lima.

Pesquisadores responsáveis pelo estudo já haviam indicado que a estagnação do indicador nos últimos anos reflete a baixa qualidade da educação brasileira, uma vez que os dados mostram uma proporção grande de pessoas que passaram pela escola e, mesmo assim, não foram alfabetizadas.

Para Lima, os resultados indicam a necessidade do fortalecimento de duas estratégias para esse grupo de jovens em situação de analfabetismo funcional: a ampliação da oferta de EJA (Educação de Jovens e Adultos), modalidade destinada para quem não concluiu a escolarização na idade adequada, e iniciativas de capacitação pelos empregadores.

Conforme mostrou a Folha, apesar da estagnação no combate ao analfabetismo e de ter quase metade da população adulta sem concluir o ensino médio, o país atingiu no ano passado o menor patamar de matrículas de EJA desde o início da série histórica, em 1996.

“Precisamos melhorar a oferta de EJA no país, que sofreu um processo de desmonte nos últimos anos. Mas só ela não resolve o problema. A boa notícia é que o trabalho também pode ser alfabetizante, na medida em que vão avançando na vida profissional e pessoal, esses jovens também avançam no seu letramento.”

Ela destaca que é também interesse do mercado ter disponível uma mão de obra mais qualificada, especialmente pelo aumento da exigência em todas as funções por conta da digitalização dos serviços e processos.

Os dados indicam que 7% dos jovens considerados analfabetos funcionais estudam e trabalham, 17% apenas trabalham e 14% apenas estudam.

O estudo indica ainda uma nítida desigualdade de gênero e raça. Entre as mulheres jovens com analfabetismo funcional, 42% não estudam nem trabalham, índice muito superior ao dos homens na mesma condição, que é de 17%.

Entre eles, 56% estão inseridos exclusivamente no mercado de trabalho, enquanto para as mulheres a responsabilidade com o cuidado de filhos e familiares segue sendo uma barreira significativa à chamada inclusão produtiva. O estudo indica que 22% daqueles que se dizem responsáveis pelo lar (os donos de casa) são analfabetos funcionais —essa é a ocupação com o maior percentual de pessoas.

“A ocupação com o maior índice de analfabetismo funcional é a que temos mais mulheres. Nos últimos anos, elas têm conseguido mais oportunidades de estudar, elas se destacam positivamente nos anos iniciais da trajetória escolar e até no acesso ao ensino superior. Mas nos grupos mais vulneráveis, essas vantagens somem, porque elas são tolhidas por seu papel social de cuidados com a casa e a família.”

Além disso, os jovens negros apresentam maior incidência de analfabetismo funcional (17%) e menor presença no grupo com alfabetismo consolidado (40%), em comparação com os jovens brancos (13% e 53%, respectivamente).

Folha de S.Paulo

Opinião dos leitores

  1. Fica na internet o dia inteiro ou pegando dinheiro emprestado e do bolsa família e jogando no tigrinho ou fazendo vídeozinhos idi#tas tentando ficar famosos . Triste fim da juventude

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Geral

Em 2º cenário, Rogério tem quase 30% de vantagem sobre Allyson em São Paulo do Potengi

Foto: Consult

No segundo cenário da pesquisa Consult para o Governo do Estado em São Paulo do Potengi, com a disputa restrita a três possíveis candidatos, o senador Rogério Marinho chega aos 42,5%, enquanto Allyson soma 12,95%. São quase 30 pontos de distância. Cadu Xavier seria o terceiro com 7,05%. Nenhum teve 14,55% das citações e 22,95% não soube dizer.

Já no cenário sem o senador Rogério Marinho, a liderança ficaria com Álvaro Dias, com 28,41%. O segundo é novamente Allyson Bezerra com 17,73%, e o terceiro seria Cadu, com 7,95%. Outros 16,36% optaram por nenhum e 29,55% não soube dizer.

Foto: Consult

A pesquisa realizada em São Paulo do Potengi ouviu 440 pessoas em 18 bairros da cidade, no último dia 8 de agosto. A margem de erro é de 4,6% e a confiabilidade de 95%.

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