Economia

Ofensiva do setor privado eleva pressão sobre Motta por anulação do aumento do IOF e amplia crise

Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

Confederações que representam o setor privado brasileiro, do comércio à indústria, divulgaram ontem um documento criticando a decisão do governo de elevar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O manifesto faz um apelo para que o Congresso “se debruce sobre o tema e avalie com responsabilidade a anulação do teor do decreto” do governo, apresentado na semana passada.

O texto afirma que “a decisão gera imprevisibilidade e aumenta os custos para produzir no país”, o que reforça a pressão de parlamentares da oposição sobre o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, para colocar em votação um decreto legislativo para anular a medida do Executivo. Tributaristas avaliam que alguns pontos da decisão do governo podem ser questionadas por empresas na Justiça.

As entidades empresariais signatárias do manifesto são a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF) e a Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca).

O manifesto foi publicado na noite de ontem, no fim de um dia de alta tensão na relação entre o Executivo e o Legislativo. Quatro dias depois de o governo anunciar um aumento no IOF, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), criticou ontem a medida ao dizer que o país “não precisa de mais imposto” e que vai discutir com líderes partidários, em reunião na próxima quinta-feira, pedidos da oposição para revogar o decreto do governo que prevê novas alíquotas de IOF.

Ele ainda rebateu declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, feitas em entrevista ao GLOBO publicada no domingo, na qual ele afirmou um ajuste das contas públicas “depende mais do Congresso” do que do Executivo.

Motta contra-atacou dizendo que “quem gasta mais do que arrecada não é vítima, é autor”, e acrescentou que o governo “não pode gastar sem freio e depois passar o volante para o Congresso segurar”.

Além da reação pública do presidente da Câmara, a oposição no Congresso apresentou ontem novos projetos de decreto legislativo (PDLs) para derrubar o aumento do IOF. Até agora, são sete propostas protocoladas por deputados de PL, Novo, União, MDB e Solidariedade, todos de oposição. Entre eles, Marcel Van Hattem (Novo-RS), Nikolas Ferreira (PL-MG) e André Fernandes (PL-CE).

Reação à entrevista de Haddad

As declarações de Motta foram publicadas em suas redes sociais, no dia seguinte à entrevista em que Haddad responsabiliza o novo arranjo institucional — que chamou de “quase parlamentarismo” — pelas dificuldades do governo em avançar com medidas de ajuste fiscal.

Na quinta-feira, Haddad, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, e outros integrantes da equipe econômica anunciaram um congelamento de gastos a ordem de R$ 31 bilhões e o aumento do IOF em algumas situações, como tomada de crédito para empresas, transações cambiais e gastos com cartões em compras internacionais.

Inicialmente, o governo previa arrecadar R$ 20 bilhões neste ano com as mudanças, que já estão em vigor. Mas, algumas horas depois do anúncio, no mesmo dia, o governo revogou o IOF que havia sido apresentado para aplicações em fundos nacionais fora do Brasil, para escapar da interpretação no mercado de que se tratava de uma tentativa de controle de saída de capital. Ou seja, retomou a alíquota zero para esse caso.

Nos outros, ficou mantido o IOF maior. Porém, o governo ainda não divulgou as estimativas de receita com as mudanças.

No manifesto publicado ontem, as entidades afirmam que o aumento do IOF vai elevar os custos das empresas e dos negócios com operações de crédito, câmbio e seguros em R$ 19,5 bilhões só este ano. Para 2026, elas preveem uma alta nos custos de R$ 39 bilhões.

O texto ressalta que “a medida encarece o crédito para as empresas, ao elevar a carga tributária do IOF sobre empréstimos em mais de 110% ao ano”. E prossegue nas críticas acrescentando que o aumento do IOF no câmbio, por exemplo, provocará impacto na importação de insumos e máquinas e equipamentos, tirando incentivos ao investimento privado e à “modernização do parque produtivo nacional”. O manifesto também critica a tributação sobre títulos de previdência privada VGBL.

No manifesto de ontem, as confederações afirmam que “iniciativas arrecadatórias, com aumento de impostos, impactam negativamente a construção de um ambiente econômico saudável. O IOF, aliás, é um imposto regulatório, e não arrecadatório. É preciso enfrentar os problemas crônicos do Orçamento para acabar com a contínua elevação de impostos. Construir um desenho institucional mais eficiente é a forma certa de garantir o equilíbrio fiscal, reduzir o enorme custo tributário que trava o crescimento do país e garantir previsibilidade para investidores.”

As entidades ressaltam que o Brasil “ostenta uma das maiores cargas tributárias do mundo” e que é preciso assegurar que o aumento da arrecadação se dê graças ao crescimento da economia, não com mais impostos. O texto conclui afirmando que “é hora de respeitar o contribuinte”.

O Globo

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Política

Nilda presta contas de avanços em seu primeiro ano de gestão

Foto: Divulgação

A Prefeitura de Parnamirim conclui o primeiro ano da gestão da prefeita Nilda com um balanço marcado por reconstrução administrativa, responsabilidade fiscal e retomada de políticas públicas essenciais. Ao assumir o município, a gestão encontrou um cenário de graves dificuldades financeiras, obras paralisadas e serviços fragilizados. Em doze meses, o trabalho foi concentrado em reorganizar a máquina pública e devolver resultados concretos à população.

Mesmo diante dos desafios herdados, a administração avançou em áreas estratégicas como educação, saúde, infraestrutura, assistência social, segurança, cultura, esporte, limpeza urbana e valorização dos servidores, consolidando uma nova forma de governar baseada em planejamento, eficiência e cuidado com as pessoas.

Na educação, além das ações pedagógicas e de valorização profissional já implementadas, a gestão também avançou na reforma dos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e manutenção de várias unidades escolares garantindo ambientes mais seguros, adequados e acolhedores para crianças, profissionais e famílias.

Na saúde, os investimentos e reorganização da rede permitiram ampliar o acesso aos serviços, fortalecer a atenção básica e especializada e assegurar mais resolutividade no atendimento à população. Unidades foram reabastecidas com insumos e medicamentos, filas de exames e cirurgias eletivas zeradas e ampliação de serviços em todas as UBSs.

A infraestrutura urbana foi uma das prioridades do primeiro ano. A gestão executou tapa-buracos por toda a cidade, devolvendo trafegabilidade e segurança viária em diversos bairros. Vias importantes foram entregues totalmente pavimentadas em Cajupiranga promovendo mobilidade e valorização urbana. Houve ainda o destravamento das obras financiadas pelo FINISA, com a conclusão e entrega das praças de Cidade Verde e Pium, espaços de convivência que estavam paralisados há anos. Outro destaque é o avanço expressivo da RN-313, que está praticamente finalizada, consolidando uma obra estratégica para a mobilidade regional.

No campo do desenvolvimento urbano e ambiental, a Prefeitura implantou o programa “Alvará Tá na Mão”, que desburocratizou processos, agilizou a emissão de licenças e estimulou novos investimentos, fortalecendo o ambiente de negócios e o crescimento ordenado da cidade.

A Assistência Social ampliou o alcance das políticas públicas, aproximando os serviços das comunidades, fortalecendo a proteção social e garantindo mais dignidade às famílias em situação de vulnerabilidade, além de reformar várias unidades dia CRAS.

Na segurança pública, os investimentos em efetivo, estrutura, planejamento e integração com outras forças resultaram em um marco histórico: Parnamirim passou a ser reconhecida como a cidade mais segura do Rio Grande do Norte, reflexo direto das políticas preventivas e do fortalecimento da Guarda Municipal com a convocação dos 57 agentes aprovados no último concurso público.

Outra iniciativa importante, o projeto “Parnamirim Aeroporto Digital” também avançou. As tratativas para a implementação dessa iniciativa que promete mudar a realidade do município estão em andamento. Inclusive, a prefeita esteve em Recife para acompanhar o funcionamento do Recife Porto Digital e firmou uma parceria com os dirigentes locais, que se comprometeram a apadrinhar o projeto parnamirinense,

Os resultados também se refletiram na economia. Em 2025, Parnamirim se destacou como a segunda cidade que mais gerou empregos no ano, demonstrando a retomada da confiança, o aquecimento da economia local e a eficácia das ações voltadas ao desenvolvimento econômico.

A gestão também se destacou na limpeza urbana, com modernização dos serviços e reconhecimento em rankings estaduais e nacionais de coleta e destinação correta de resíduos sólidos.

Na cultura, esporte e turismo, eventos tradicionais foram retomados e novas iniciativas passaram a integrar o calendário oficial, movimentando a economia, promovendo lazer, inclusão social e valorização da identidade cultural do município.

Outro marco do primeiro ano foi a valorização histórica dos servidores públicos, com reajustes salariais, recomposição de perdas, retomada de progressões, pagamento de direitos represados e novas convocações, reafirmando o compromisso com quem faz o serviço público acontecer.

Para a prefeita Nilda, o momento é de consolidar conquistas e projetar novos avanços.
“Foi um ano de reconstrução. Arrumamos a casa, enfrentamos problemas financeiros sérios e já conseguimos imprimir nossa forma de trabalhar, com planejamento, diálogo e compromisso com as pessoas. Avançamos muito, mas ainda vem muito mais por aí para melhorar a vida da população de Parnamirim”, afirmou.

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Mundo

China vai impor tarifas de 55% sobre importações de carne bovina do Brasil

Foto: Reuters

A China vai impor tarifas adicionais de 55% sobre as importações de carne bovina de países como Brasil, Austrália e Estados Unidos, quando os embarques excederem determinadas cotas, em um momento em que a indústria nacional enfrenta um excesso de oferta.

O Ministério do Comércio da China informou na quarta-feira (31) que a cota total para 2026 é de 2,7 milhões de toneladas, com o Brasil recebendo a maior parcela, de 41,1%, seguido pela Argentina com 19,0% e o Uruguai com 12,1%.

O ministério alocou uma cota de 205 mil toneladas para a Austrália e 164 mil toneladas para os Estados Unidos.

Em 2024, a China importou 1,34 milhão de toneladas de carne bovina do Brasil, 594.567 toneladas da Argentina, 216.050 toneladas da Austrália, 243.662 toneladas do Uruguai, 150.514 toneladas da Nova Zelândia e 138.112 toneladas dos Estados Unidos.

As medidas da China entrarão em vigor em 1º de janeiro, com duração de três anos, e a cota total aumentará a cada ano, atingindo 2,8 milhões de toneladas métricas em 2028.

A China fez o anúncio na quarta-feira, após duas prorrogações da investigação sobre importação de carne bovina, iniciada em dezembro passado. Autoridades afirmam que a investigação não tem como alvo nenhum país específico.

Na semana passada, associações da indústria de carne bovina chinesa pressionaram o governo a impor medidas de salvaguarda imediatas até o final do ano para estabilizar as expectativas do mercado e o sustento dos criadores nacionais, informou o jornal estatal Global Times.

Desde 2023, o setor de criação de gado bovino da China vem sofrendo grandes prejuízos devido a diversos fatores, incluindo as importações, o que levou muitos criadores a abaterem animais reprodutores para reduzir custos, segundo um funcionário do setor citado pelo Global Times.

A China importou um recorde de 2,87 milhões de toneladas métricas de carne bovina no ano passado. As importações no período de janeiro a novembro caíram 0,3% em relação ao ano anterior, para 2,59 milhões de toneladas.

CNN

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Geral

Defesa de Bolsonaro estuda novo pedido de prisão domiciliar após uma semana de internação

Foto: Reuters/Mateus Bonomi

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) avalia apresentar um novo pedido de prisão domiciliar ao STF (Supremo Tribunal Federal). A iniciativa é estudada após Bolsonaro completar uma semana internado em um hospital de Brasília, nesta quarta-feira (31), enquanto seus advogados aguardam a divulgação de um novo relatório médico para embasar o requerimento ao ministro Alexandre de Moraes.

Segundo o cirurgião-geral Cláudio Birolini, em entrevista à CNN, a previsão de alta hospitalar segue mantida para quinta-feira (1º), mesmo após o procedimento realizado na terça-feira (30) para conter crises de soluço. De acordo com o boletim médico, Bolsonaro ainda deve passar por uma endoscopia digestiva alta, com o objetivo de avaliar um quadro de refluxo gastroesofágico.

Bolsonaro está preso desde novembro, na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, após ser condenado a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. Desde então, a defesa já apresentou dois pedidos de prisão domiciliar, ambos negados pelo STF.

No dia 19 de dezembro, Moraes rejeitou o pedido de domiciliar na mesma decisão em que autorizou Bolsonaro a realizar uma cirurgia para retirada de uma hérnia, procedimento feito em 25 de dezembro. Antes disso, em 22 de novembro, o ministro já havia negado a chamada prisão humanitária, alegando que o quadro de saúde não justificava a medida.

Agora, os advogados avaliam se os novos laudos médicos poderão sustentar um novo pedido, mesmo com a expectativa de alta hospitalar nos próximos dias.

Com informações da CNN

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Geral

Violência no Brasil supera país em guerra civil e coloca o país entre os mais perigosos do mundo

Foto: Giles Clarke/Avaaz via Getty Images

Mesmo sem estar oficialmente em guerra, o Brasil apresenta níveis de violência superiores aos de países mergulhados em conflitos armados prolongados, como o Sudão. Localizado no norte da África, o país vive desde 2023 uma guerra civil que já provocou uma das maiores crises humanitárias recentes, com mais de 12 milhões de deslocados e cerca de 150 mil mortos, segundo estimativas da ONU.

Ainda assim, os indicadores de violência colocam o Brasil em situação mais grave. Em 2024, o país registrou 35.365 homicídios dolosos, uma média de 97 assassinatos por dia, de acordo com o Mapa da Segurança Pública, do Ministério da Justiça. No mesmo período, houve 40.874 tentativas de homicídio — alta de 7,47% em relação a 2023 — além de 729 casos de lesão corporal seguida de morte.

Levantamento do projeto ACLED (Localização de Conflitos Armados e Dados de Eventos) reforça esse cenário ao apontar o Brasil como o sétimo país mais violento do mundo, considerando critérios como letalidade, alcance geográfico da violência, risco para civis e atuação de grupos armados. Entre janeiro e novembro, foram registrados 9.305 episódios violentos no país, sendo 4.449 contra civis. No Sudão, no mesmo período, foram 3.650 ocorrências, com 1.530 ataques à população civil.

O ranking do ACLED é liderado por territórios que enfrentam guerras abertas, como Palestina, Mianmar e Síria, mas também inclui países marcados pela forte atuação do crime organizado. Dados recentes indicam que até nações em guerra, como Ucrânia e Rússia, apresentaram níveis de violência inferiores aos registrados no Brasil.

Apesar da gravidade, o Brasil caiu uma posição no ranking global após ser ultrapassado pelo Equador, que enfrenta uma escalada de violência ligada a facções criminosas. A crise equatoriana chegou ao ponto de levar o presidente Daniel Noboa a buscar apoio externo, inclusive de empresas privadas de segurança, em uma tentativa de conter o avanço da criminalidade.

Com informações do Metrópoles

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Economia

Correios recebem R$ 10 bilhões em empréstimos com aval da União para evitar colapso financeiro

Foto: Jornal Nacional/ Reprodução

Os Correios receberam nesta terça-feira (30) um repasse de R$ 10 bilhões em empréstimos após a publicação do contrato de garantia entre a União e um consórcio de bancos, firmado para socorrer a situação financeira da estatal. O acordo total prevê R$ 12 bilhões, sendo que os R$ 2 bilhões restantes devem ser liberados em janeiro.

A confirmação foi obtida com exclusividade pelo g1.

O contrato, publicado no Diário Oficial da União, envolve Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, com validade até 2040 e garantia do governo federal. Na prática, o Tesouro Nacional atua como avalista da operação, assumindo o risco caso a empresa não consiga honrar os pagamentos, o que reduz a exposição dos bancos.

Com a liberação do crédito, os Correios conseguiram pagar os salários de dezembro, estimados em R$ 300 milhões. Segundo o presidente da estatal, Emmanoel Rondon, Banco do Brasil, Caixa e Bradesco aportarão R$ 3 bilhões cada, enquanto Itaú e Santander contribuirão com R$ 1,5 bilhão cada. A taxa de juros foi fixada em 115% do CDI, com carência de três anos e início dos pagamentos em 2029.

Apesar do alívio momentâneo, a situação financeira da empresa segue crítica. O plano de reestruturação prevê corte de R$ 2 bilhões em gastos com pessoal, venda de imóveis, fechamento de mil agências e um programa de demissão voluntária que pode reduzir em até 15 mil o quadro de funcionários. A estatal acumula 12 trimestres consecutivos de prejuízo.

No primeiro semestre de 2025, os Correios registraram prejuízo de R$ 4,3 bilhões, mais que o triplo do resultado negativo do mesmo período de 2024. A direção admite que o modelo econômico da empresa deixou de ser viável e alerta que, sem ajustes rápidos, o rombo pode chegar a R$ 23 bilhões em 2026, mesmo com novos empréstimos e aportes em análise.

Com informações do G1

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Geral

Seca se agrava no RN e atinge pior nível desde 2018, aponta Agência Nacional de Águas

Foto: Junior Santos_Arquivo TN

O Rio Grande do Norte enfrenta o cenário mais grave de seca extrema desde 2018, segundo dados do Monitor de Secas divulgados pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Entre outubro e novembro, a área atingida pela estiagem avançou de 91% para 94% do território estadual, reforçando a persistência e o agravamento do fenômeno no estado.

Além da expansão territorial, houve piora significativa na intensidade da seca. Em novembro, a condição de seca extrema passou a atingir 19% do RN, o maior percentual desde março de 2018, quando 38% do território potiguar estava nessa classificação. O estado está entre os dez que registraram aumento da área afetada no período analisado.

No cenário nacional, o Monitor de Secas aponta que o fenômeno se intensificou em 19 unidades da Federação, incluindo o Rio Grande do Norte. Em oito estados, a seca já atinge 100% do território, enquanto nos demais a área afetada varia entre 27% e 94%, evidenciando um quadro de estiagem generalizada no país.

O agravamento da seca tem reflexo direto nos reservatórios. Dados divulgados pelo Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn) mostram que os 69 mananciais monitorados acumulam atualmente 2,01 bilhões de metros cúbicos, o equivalente a apenas 38,08% da capacidade total do estado. A barragem Umari, por exemplo, caiu de 78% para pouco mais de 53% em um ano.

A situação é ainda mais crítica no Seridó, região com o menor volume proporcional de reservas hídricas do RN, com apenas 14% da capacidade total. O Igarn aponta que 18 reservatórios estão abaixo de 10% do volume, incluindo açudes praticamente secos, como Itans, Passagem das Traíras e Lulu Pinto, acendendo um alerta para o abastecimento e a segurança hídrica nos próximos meses.

Com informações da Tribuna do Norte

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Política

Internado, Bolsonaro deve passar por novo procedimento médico na véspera do Ano-Novo

Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve ser submetido a mais um procedimento médico nesta quarta-feira (31), véspera de Ano-Novo. De acordo com boletim divulgado por sua equipe médica na terça-feira (30), está prevista a realização de uma endoscopia para avaliar um quadro de refluxo gastroesofágico, após novas intervenções para controlar crises persistentes de soluço.

Caso o exame seja realizado, esta será a quinta intervenção médica desde a internação de Bolsonaro no hospital DF Star, em Brasília, na véspera de Natal. Na segunda-feira (29), ele passou por um reforço no bloqueio do nervo frênico, procedimento de radiointervenção com anestesia utilizado para interromper temporariamente a função do diafragma e conter os soluços.

Segundo os médicos, o efeito do anestésico aplicado dura entre 12 e 18 horas, período em que o ex-presidente permanece internado para observação. Após a intervenção mais recente, Bolsonaro apresentou uma crise de hipertensão, mas o quadro foi considerado estável pela equipe médica.

Os profissionais de saúde informaram ainda que, antes do novo procedimento, Bolsonaro chegou a registrar cerca de 50 episódios de apneia do sono por hora, fator que contribuiu para a indicação da endoscopia. A previsão é de que ele passe o Réveillon hospitalizado, com possível alta em 1º de janeiro, caso não haja intercorrências.

Apesar do boletim médico, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro informou nas redes sociais que o ex-presidente foi submetido a um novo reforço no bloqueio do nervo frênico na terça-feira, reforçando que o tratamento segue em andamento para controle do quadro clínico.

Com informações do Metrópoles

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Economia

RN arrecada R$ 28,5 bilhões em impostos em 2025, aponta Impostômetro

Foto: Alex Régis

O Rio Grande do Norte arrecadou aproximadamente R$ 28,5 bilhões em impostos entre 1º de janeiro e a tarde desta terça-feira (30), de acordo com dados do Impostômetro. O montante representa cerca de 0,64% de toda a arrecadação nacional no período, que somou R$ 3,97 trilhões. Apenas Natal concentrou cerca de R$ 1,12 bilhão desse total, considerando tributos federais, estaduais e municipais.

A informação é da Tribuna do Norte. Segundo o economista Thales Penha, o ICMS é o principal motor da arrecadação potiguar, respondendo por cerca de 90% dos tributos recolhidos no estado. O imposto incide especialmente sobre setores como energia elétrica, combustíveis e consumo em geral. Para ele, apesar do valor elevado, a carga tributária brasileira está próxima da média de países em desenvolvimento quando comparada ao Produto Interno Bruto (PIB).

O advogado tributarista Igor Medeiros avalia que o peso da arrecadação no RN está diretamente ligado ao comprometimento do orçamento com o funcionalismo público, o que reduz a capacidade de investimento em obras estruturantes. Ele também aponta que a informalidade e a sonegação acabam pressionando ainda mais quem atua no setor formal, gerando desequilíbrios no sistema tributário.

Já Penha destaca que a informalidade e as políticas de isenção fiscal impactam a arrecadação e provocam distorções. Segundo ele, renúncias concedidas a empresas dentro de programas de incentivo industrial reduzem a base arrecadatória e acabam exigindo aumento de alíquotas para compensação da perda de receita.

Para representantes do setor produtivo, como a Fecomércio-RN, a carga tributária elevada continua sendo um entrave ao crescimento econômico. O presidente da entidade, Marcelo Queiroz, lembra que cerca de um terço da riqueza produzida no Brasil é absorvida por impostos, o que limita investimentos, geração de empregos e competitividade.

Com informações da Tribuna do Norte

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Geral

Depoimentos expõem contradições, complicam banqueiros e blindam Banco Central no caso Master

Foto: Divulgação

Os depoimentos colhidos nesta terça-feira (30) no Supremo Tribunal Federal (STF) no caso do Banco Master agravaram a situação do dono da instituição, Daniel Vorcaro, e do ex-presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, ao mesmo tempo em que reforçaram a posição do Banco Central (BC). As oitivas foram conduzidas pela Polícia Federal e culminaram na confirmação de uma acareação entre os banqueiros.

Vorcaro foi o primeiro a depor, permanecendo por cerca de duas horas e meia diante da delegada Janaína Palazzo. Em seguida, foi ouvido Paulo Henrique Costa. Por último, prestou esclarecimentos o diretor de Fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino. Segundo apuração da CNN Brasil, o ambiente foi marcado por tensão e discussões iniciais sobre o rito do procedimento e a possibilidade da acareação, determinada pelo ministro Dias Toffoli.

As versões apresentadas por Vorcaro e pelo ex-presidente do BRB apresentaram divergências relevantes, especialmente sobre a atuação do Banco Central no processo de fiscalização e o intervalo entre os primeiros indícios de irregularidades e a decretação da liquidação do Master. Diante das contradições, a Polícia Federal decidiu colocar os dois frente a frente em uma acareação.

O diretor do Banco Central, no entanto, foi dispensado desse procedimento. Interlocutores do gabinete de Toffoli avaliaram que o depoimento de Ailton de Aquino foi consistente e esclarecedor, fortalecendo a posição da autoridade monetária no caso. A acareação entre os banqueiros durou pouco mais de 30 minutos e foi encerrada no início da noite.

Vorcaro e Paulo Henrique Costa são investigados por supostas fraudes bilionárias envolvendo a criação de uma carteira de crédito fictícia utilizada na tentativa de venda do Banco Master ao BRB. O esquema levou à deflagração de uma operação da Polícia Federal e culminou, em novembro, na liquidação extrajudicial do banco pelo Banco Central.

Com informações da CNN

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Geral

Lula passa Réveillon no Rio, se hospeda em base da Marinha e assiste aos fogos em área reservada

Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passará o Réveillon de 2025 para 2026 no litoral do Rio de Janeiro, acompanhado da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, e de familiares. O petista chegou ao estado no início da semana e segue em período de descanso.

A informação é do colunista Igor Gadelha, do Metrópoles.  Lula está hospedado na base naval da Marinha, na Restinga da Marambaia, área de acesso restrito utilizada tradicionalmente por autoridades. O presidente deve jantar no local antes de seguir para acompanhar a queima de fogos na orla carioca.

A expectativa é que Lula assista ao espetáculo de Réveillon em Copacabana a partir de um espaço reservado, com a possibilidade de permanência no Forte de Copacabana, longe do público que lota a praia durante a virada do ano.

Além da primeira-dama, também estão com o presidente uma das netas de Janja, o marido dela e a filha do casal, bisneta de Lula. Segundo auxiliares do Planalto, o presidente tem aproveitado o período para descansar, mas segue tratando de assuntos do governo por telefone em alguns momentos do dia.

Mesmo em recesso informal, a presença de Lula no Rio ocorre em meio a um ano politicamente sensível, marcado por articulações para 2026, o que mantém o presidente conectado às decisões do Palácio do Planalto mesmo durante o descanso.

Com informações do Metrópoles

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