Política

Pacheco e Lira esperam que Bolsonaro não vete projeto que facilita compra de vacinas

Os presidentes do Senado e da Câmara, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e Arthur Lira (PP-AL), respectivamente, fizeram uma ponderação ao presidente Jair Bolsonaro para evitar vetos às propostas em vias de votação que facilitam a aquisição de vacinas, como forma de agilizar os procedimentos.

Vacinação contra Covid-19 foi o tema central da reunião de Bolsonaro com Pacheco e Lira, com a participação dos ministros Paulo Guedes (Economia), Eduardo Pazuello (Saúde), Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Governo).

Proposta de iniciativa do próprio presidente do Senado altera a lei de maneira a proteger o gestor público que assine contrato com o laboratório Pfizer, por exemplo, que exige ser previamente isentado de responsabilidade no caso de eventuais efeitos colaterais de sua vacina.

A reunião também tratou da pauta de votações no Congresso, como o próprio presidente Bolsonaro divulgou em seu Twitter. Os presidentes do Senado e da Câmara manifestaram otimismo em relação à aprovação da PEC Emergencial.

O grupo também discutiu a aprovação do novo auxílio emergencial e de projetos envolvendo estímulo ao emprego.

DIÁRIO DO PODER

Opinião dos leitores

  1. Pacheco e Lira sabem que será vetado. Com isso o Presidente tira o dele da reta. Volta para o congresso, que em votacao secreta derruba o veto. Ninguem vai saber quem votou a favor ou contra. Tudo já devidamente combinado.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Dirceu critica PL da Dosimetria que prevê soltura de Bolsonaro em pouco mais de 2 anos

Foto: Breno Esaki/Metrópoles

Ex-ministro da Casa Civil no primeiro governo Lula e ex-presidente nacional do PT, José Dirceu criticou a aprovação do chamado PL da Dosimetria, que reduz as penas de Jair Bolsonaro, de ex-assessores, militares e apoiadores condenados por tentativa de golpe de Estado.

Para Dirceu, a medida adotada pela Câmara na terça-feira (9/11) “devolve a liberdade para que os que atentaram contra a democracia voltem a conspirar contra o Brasil”.

“Como é que os deputados e deputadas vão reduzir as penas, na verdade, dar impunidade àqueles que destruíram a casa do povo brasileiro, destruíram o Senado da República, destruíram o Supremo Tribunal Federal e invadiram e depredaram, destruíram o Palácio do Palácio, os três símbolos da República, da democracia”, criticou Dirceu.

De acordo com o deputado Paulinho da Força, relator do texto aprovado pela Câmara, Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado, poderá deixar a prisão em 2 anos e 4 meses.

José Dirceu criticou ainda o suposto aval do STF para aprovação do PL. “Ele [Paulinho da Força, relator da proposta] diz que não há oposição do Supremo. É muito grave isso. O Supremo está participando”, reclamou o petista.

Paulo Cappelli – Metrópoles

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Câmara de Natal debate LDO de 2026, aprecia mais de cem vetos e analisa projeto de crédito

A Câmara Municipal de Natal realizou, nesta terça-feira (9), sessão ordinária marcada pela apreciação de 138 vetos integrais e parciais, além da análise, em primeira discussão, de dois projetos enviados pelo Poder Executivo:  a alteração na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026 e o que trata de operações de crédito com recursos do FGTS.

Entre eles, o Projeto de Lei Complementar nº 20/2025, que autoriza o Município a contratar operações de crédito com recursos do FGTS, conforme a mensagem 195/2025. O projeto permite financiamentos nos programas Pró-Cidade, Pró-Moradia, Pró-Transporte e Saneamento para Todos, além de operações vinculadas ao Novo PAC, do Governo Federal.

Segundo o Executivo, as operações fazem parte de um plano de investimentos voltado ao enfrentamento de problemas históricos da capital, como deficiências na mobilidade urbana, carências de drenagem, precariedade da infraestrutura nas zonas Norte e Oeste, necessidade de impulsionar o turismo e ampliação da capacidade habitacional e produtiva da cidade.

O vereador Kleber Fernandes (Republicanos) explicou que o parecer aprovado anteriormente na Comissão de Justiça tratou apenas da legalidade da matéria.

“Essa solicitação é de até R$ 600 milhões para apresentação de projetos, aproveitando o novo PAC, que inclui ações de infraestrutura, mobilidade urbana e saneamento. O financiamento tem cinco anos de carência e até 30 anos para pagamento, com juros reduzidos”, afirmou. Ele destacou que investimentos dessa natureza “atraem novos investidores e ampliam a receita municipal”.

O projeto recebeu voto contrário da vereadora Samanda Alves (PT), que criticou a falta de diálogo da gestão municipal com a Câmara.

“A gente reconhece a importância de o município acessar o PAC, mas não podemos dar um cheque em branco sem transparência. Já são mais de R$ 1 bilhão em autorizações de empréstimo em pouco mais de um mês sem um debate adequado com esta Casa”, disse.

Também em primeira discussão, os vereadores analisaram o Projeto de Lei nº 921/2025, que altera a LDO de 2026. Kleber Fernandes explicou que a lei estabelece os parâmetros para elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA).

“A LDO define limites, previsões de receita e formas de distribuição das despesas pelas secretarias. Ela subsidia a discussão da LOA, que será votada ainda este mês”, detalhou.

Sobre os vetos apreciados, Kleber informou que muitos já tinham ultrapassado o prazo de 30 dias e trancaram a pauta. Na sessão, 22 vetos foram derrubados e 55 foram mantidos. Outros 50 vetos ficaram para a próxima sessão.

“Está sendo feito um mutirão para que não haja entraves ao andamento legislativo. Até o dia 19 deveremos apreciar e aprovar a LOA de 2026”, afirmou.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Folha de pagamento do Estado deve crescer até 8% em 2026 e RN fecha 2025 com valores bilionários em déficit previdenciário e restos a pagar, diz Cadu Xavier

Foto: João Gilberto / ALRN

O secretário de Fazenda do Rio Grande do Norte, Cadu Xavier, afirmou que o Estado deve encerrar 2025 com cerca de R$ 1,5 bilhão em restos a pagar e outro R$ 1,5 bilhão de déficit previdenciário. Ele concedeu a declaração nesta quarta-feira (10), à Jovem Pan News Natal, ao comentar o novo orçamento enviado à Assembleia Legislativa.

O secretário destacou que o déficit fiscal permanece registrado no documento. “O déficit está lá, R$ 1,1 bilhão. Restos a pagar, acho que está em torno de um R$ 1,5 bilhão, de 2025 para 2026 a gente deve deixar isso. E o déficit está posto lá, por causa da Previdência, em torno de um R$ 1,5 bilhão também”.

Segundo o secretário, o déficit fiscal de R$ 1,1 bilhão permanece no documento, acompanhado dos restos a pagar estimados e do rombo previdenciário. Xavier também negou projeções de que a folha de pagamento subiria 40% em 2026. Ele diz que o aumento deve ficar entre 7% e 8%, impulsionado por reajustes obrigatórios, acordos salariais e pelo piso do magistério — que pode acrescentar 3% a 4,5% no próximo ano.

O titular da Fazenda voltou a apontar o piso nacional do magistério como uma das principais pressões sobre as contas estaduais. Ele lembrou que os reajustes foram de 33% em 2022 e 15% em 2023, atingindo cerca de 40 mil profissionais entre ativos e aposentados e gerando forte impacto na folha.

Xavier também destacou que o comprometimento da receita com pessoal já chegou a 58% após quedas no ICMS em 2022 e hoje está em 55%, ainda acima do limite prudencial. Mesmo assim, o secretário afirma que o governo mantém o controle das despesas e cumpre as obrigações legais.

Com informações de Tribuna do Norte

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

“Inconstitucionalidade do PL da Dosimetria não é clara, mas pode ser debatida”, diz jurista

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O ativismo do Congresso ao aprovar leis que interferem em decisões judiciais representa excesso e fere a separação dos poderes, opina o jurista e doutor em direito da PUC Pedro Serrano, em entrevista ao UOL.

O debate sobre a dosimetria das penas tem o Legislativo tentando rever sentenças do Supremo Tribunal Federal. Serrano alerta para o risco de inconstitucionalidade e defende que o presidente Lula deve vetar a redução de penas, que favoreceria também o ex-presidente Jair Bolsonaro. O PL ainda passará pelo Senado.

“Evidentemente é um ato excessivo o ativismo do Legislativo. Se aprovassem a lei de anistia, ela teria uma inconstitucionalidade muito evidente, por várias razões, inclusive porque a anistia se destina ao passado e, em alguma medida, ainda há ação de uma organização golpista no Brasil. Então, seria muito claramente inconstitucional. Essa lei de dosimetria que foi aprovada, a inconstitucionalidade não é tão clara, mas pode sim ser debatida, tem precedentes nesse sentido“, afirma Pedro Serrano.

Segundo o constitucionalista, Lula tem obrigação moral e política de vetar projetos que ameaçam a democracia, cabendo ao STF decidir sobre a constitucionalidade caso o veto seja derrubado.

UOL

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

PF agenda perícia para avaliar possível Alzheimer do general Heleno

Foto: Ton Molina/STF

A Polícia Federal marcou para 12 de dezembro a perícia médica determinada pelo ministro Alexandre de Moraes para avaliar o estado de saúde do general Augusto Heleno — incluindo a suspeita de Alzheimer — e inspecionar as condições de sua prisão no Comando Militar do Planalto.

A medida atende ao pedido de Moraes para que a PF produzisse, em até 15 dias, um laudo sobre a saúde do general, condenado a 21 anos de prisão por participação na trama golpista.

Moraes afirmou que, diante de informações contraditórias, é necessário comprovar o diagnóstico de demência mista antes de analisar o pedido da defesa por prisão domiciliar. Os advogados alegam que Heleno tem Alzheimer, argumento apoiado pelo procurador-geral Paulo Gonet.

A contradição, segundo o ministro, está no fato de Heleno ter dito, ao ser preso, que recebeu o diagnóstico em 2018, enquanto a defesa afirma que ele só veio em janeiro deste ano.

Com informações de Metrópoles

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Em votação relâmpago, Comissão do Senado aprova fim da escala de trabalho 6×1

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

A CCJ do Senado aprovou nesta quarta-feira (10/12) a PEC 148/2025, que reduz a jornada semanal e põe fim à escala 6×1. O texto limita o trabalho a até oito horas por dia e 36 horas por semana, distribuídas em até cinco dias, sem corte de salário.

A proposta garante repouso semanal remunerado de, no mínimo, dois dias, preferencialmente aos sábados e domingos. Agora, segue para votação no plenário do Senado.

Apresentada por Paulo Paim (PT-RS) e relatada por Rogério Carvalho (PT-SE), a PEC tramita desde 2015 e foi incluída extrapauta na sessão desta quarta. O presidente da CCJ, Otto Alencar (PSD-BA), defendeu a votação afirmando que o tema já foi amplamente debatido em três audiências públicas.

A discussão sobre a redução da jornada também avança na Câmara, onde o tema vem sendo analisado pela Comissão de Trabalho.

Com informações de Metrópoles

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Ala do STF discorda do PL da Dosimetria, mas se vê de “mãos atadas”

Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF

Uma ala do STF se diz contrariada com a redução de penas para os envolvidos nos atos antidemocráticos — incluindo Jair Bolsonaro — mas admite estar de “mãos atadas”, já que, se o “PL da dosimetria” virar lei, caberá ao tribunal apenas aplicar a norma mais benéfica aos réus, como exige a Constituição. A informação é do blog da Luísa Martins, da CNN Brasil.

O projeto, relatado por Paulinho da Força (Solidariedade-SP), foi aprovado na Câmara por 291 a 148 votos e segue agora para o Senado.

Nos bastidores, ministros manifestam decepção: avaliam que as penas mais duras funcionavam como “vacina” para evitar novos ataques à democracia. Reforçam, porém, que a dosimetria aplicada pelo STF seguiu exatamente a legislação aprovada pelo próprio Congresso no passado.

Mesmo os críticos reconhecem que definir penas é atribuição do Legislativo, o que afasta discussão sobre inconstitucionalidade. Já uma anistia total seria outra história: nesse caso, dizem, o STF provavelmente barraria a medida por violar o Estado Democrático de Direito.

Com informações de Luísa Martins – CNN Brasil

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

“É uma possibilidade”, diz Cadu Xavier sobre Fátima Bezerra permanecer no governo e não concorrer ao Senado

Foto: Carlos Costa

O secretário estadual da Fazenda, Carlos Eduardo Xavier, afirmou que há possibilidade de a governadora Fátima Bezerra permanecer no cargo e não disputar o Senado em 2026. Pré-candidato ao governo, Cadu Xavier declarou que “é uma possibilidade” e que “pode acontecer vários fatores, inclusive ela [Fátima] continuar [no governo]”.

A declaração foi dada ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News Natal, ao comentar o cenário da sucessão estadual. As falas indicam possíveis mudanças nos planos da governadora, que hoje é cotada para concorrer ao Senado. Cadu ressaltou que o quadro político pode mudar até 2026 e que a permanência de Fátima é uma das alternativas em discussão.

Segundo o secretário, Fátima tem dito que sua pré-candidatura ao Senado “não é um projeto pessoal. é missão dada pelo presidente Lula”, dentro de uma estratégia para “aumentar a presença das forças progressistas no Senado para manutenção da democracia”.

Com informações de Tribuna do Norte

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

A UFRN e a Faculdade de Direito de Natal — memória e aspiração

Recriar a faculdade reafirmaria a vocação da UFRN e do Estado para a excelência no ensino jurídico, consolidando um projeto educativo em consonância com a tradição histórica. | Foto: Divulgação/STJ

A Faculdade de Direito de Natal foi criada oficialmente pela Lei Estadual 149/1949, de 15 de agosto de 1949, marcando o início do ensino jurídico no Rio Grande do Norte. Sua instalação prática, porém, só se concretizou com o Decreto Federal 36.387/1954, de 25 de outubro, dando início às turmas a partir de 1956.

Com a criação da UFRN, em 1958, a Faculdade passou a integrar o novo corpo universitário como um de seus pilares fundadores, junto com outras faculdades (Farmácia, Odontologia, Medicina etc.).  No entanto, com a reforma universitária de 1974, promovida durante o regime militar, a antiga Faculdade  perdeu sua autonomia institucional: a escola de Direito deixou de existir como “faculdade” e foi incorporada como “curso” dentro do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) da UFRN.

Nisso, as coisas, no Rio Grande do Norte, seguiram caminhos diferentes — infelizmente, para pior — do que aconteceu em Estados vizinhos, como a Paraíba e Pernambuco, que preservaram suas faculdades de Direito.

É essa perda de autonomia — administrativa, simbólica e institucional — que hoje se busca reparar com o projeto de recriação da Faculdade de Direito de Natal como unidade acadêmica especializada e autônoma.

A recriação recupera não apenas uma estrutura institucional, mas também a memória da tradição jurídica potiguar — suas histórias, lutas, conquistas, e o espírito formador de gerações. Como bem apontam artigos recentes, o retorno à condição de Faculdade é “medida de afirmação institucional” e de “reparação histórica”.

A antiga sede — no bairro da Ribeira — representava um chão de resistência, identidade e pertencimento para alunos e professores; seu desaparecimento implicou também perda de referência simbólica.

Com status de faculdade, o curso de Direito teria maior autonomia administrativa e acadêmica, o que facilitaria a formulação de políticas próprias de ensino, pesquisa e extensão, sem estar subordinado a uma estrutura genérica de CCSA. Magistrados, advogados e outros profissionais do Direito — a maioria formados pela UFRN —, além de instituições como os Tribunais de Justiça, do Trabalho e Eleitoral potiguares, a seccional local da Ordem dos Advogados, entre outras, subscreveram cartas de apoio a esse movimento, afirmam precisamente este ponto: a mudança permitirá maior autonomia administrativa e acadêmica, criando condições institucionais mais adequadas.

A autonomia promoveria agilidade e eficiência na gestão, mais atenção às particularidades do ensino jurídico, valorização dos docentes, e incentivo à produção científica, extensão e programas próprios — fortalecendo o curso.

A Faculdade de Direito de Natal formou — e ainda forma — magistrados, advogados, promotores, procuradores, defensores, juristas e lideranças políticas e sociais que marcaram (e marcam) a história do RN e do Brasil.

Foi a faculdade de Antônio Soares, de Paulo Viveiros e Otto de Brito Guera; de Câmara Cascudo e Américo de Oliveira Costa; de Raimundo Nonato e José Ildefonso Emerenciano; de Milton e Múcio Ribeiro Dantas e mais tantos nomes que povoaram uma era de ouro tão bem retratada no livro de Gileno Guanabara Faculdade de Direito de Natal – lutas e tradições (1949-1973).

Recriar a faculdade reafirmaria a vocação da UFRN e do Estado para a excelência no ensino jurídico, consolidando um projeto educativo em consonância com a tradição histórica, mas com estrutura moderna e adequada aos desafios atuais.

Em setembro de 2025, um grupo de 41 magistrados federais — juízes, desembargadores e ministros — divulgou uma carta pública manifestando apoio integral à recriação da Faculdade de Direito da UFRN, argumentando que a mudança é necessária para restaurar a configuração institucional existente antes de 1973.

O documento afirma que a recriação representa “compromisso com a democracia constitucional”, um resgate da história, da casa tradicional da Ribeira, seus professores e alunos, e a reafirmação da autonomia e da excelência do ensino jurídico potiguar.

Há também um plano técnico apresentado à comunidade acadêmica: a proposta segue as normas do regimento da UFRN, prevê a estrutura física, humana e pedagógica necessária, e demonstra que — do ponto de vista administrativo — a recriação é absolutamente viável.

Ademais, o apoio transcende o meio acadêmico: juízes, membros do Ministério Público, defensores, advogados, professores, estudantes e demais forças vivas do estado têm se manifestado favoráveis. A voz da sociedade potiguar, segundo as manifestações públicas, é praticamente uníssona.

Em um contexto de transformações sociais, políticas e jurídicas — dentro e fora do Brasil — a importância de uma instituição autônoma, com tradição e capacidade de renovação, é ainda maior.

A recriação da Faculdade de Direito de Natal simboliza respeito à história e à memória de uma escola que formou gerações; defesa da autonomia universitária como pilar da liberdade acadêmica e institucional; fortalecimento da educação jurídica pública e de qualidade no RN; criação de estrutura própria para pesquisa, extensão, debates e práticas jurídicas — com mais agilidade e foco; enfim, uma aposta no futuro: na formação de novos juristas comprometidos com a democracia, os direitos fundamentais e a cidadania.

Bloquear ou adiar esse projeto hoje não se justifica por razões técnicas — pois os requisitos estão mais do que cumpridos — mas apenas por resistência burocrática ou falta de vontade política. E isso, convenhamos, seria uma negligência com o passado, o presente e o futuro do Direito potiguar.

Tanto isso é verdade, que quem é contra não se manifesta. Sabe que está na contramão da história — e vai ser atropelado por ela! — e não tem o que argumentar. Fica adiando, vergonhosamente…

Porém, a recriação da Faculdade de Direito de Natal não é um capricho nostálgico. É um ato de justiça institucional, de reparação histórica e de fortalecimento do ensino jurídico no RN.

Trata-se de resgatar uma “Casa de Saber” — berço de juristas, pensadores e defensores da cidadania — devolvendo-lhe dignidade e autonomia. Mais do que isso: é reafirmar o compromisso com a educação pública, com o Estado de Direito e com a formação de profissionais que levem, adiante, a tradição de coragem, independência e consciência social.

Se a sociedade potiguar, seus juristas, magistrados, acadêmicos e instituições apontam unanimemente para esse caminho — então só resta à administração da UFRN ouvir, responder e agir. Que o passo decisivo seja dado. E que a Faculdade de Direito de Natal volte, uma vez mais, como símbolo vivo de história, resistência e futuro.

É hora de bradar de novo o lema imortal do Centro Acadêmico Amaro Cavalcanti, nosso patrono: até que tudo cesse, nós não cessaremos!

Marcelo Navarro Ribeiro Dantas
Bacharel em Direito pela UFRN
Professor de Direito na UFRN por mais de 25 anos
Professor Titular da Faculdade de Direito da UnB
Ministro do STJ

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

VÍDEO: Norte-americano é preso após espancar namorada em elevador no RJ; mulher levou mais de 20 pontos na cabeça

Imagens de uma câmera de segurança do elevador de um prédio em Botafogo, na Zona Sul do Rio, registraram um turista americano agredindo a namorada, também dos Estados Unidos, no dia 26 de outubro. Os moradores chamaram a polícia e socorreram a mulher.

As imagens, que integram o inquérito policial, mostram o estrangeiro, identificado pela polícia como Eric Christian Diaz, desferindo uma série de socos na mulher dentro do elevador.

O casal estava hospedado no edifício por meio de uma plataforma de aluguel por temporada, e as agressões começaram logo no primeiro dia de estadia.

Ainda de acordo com as investigações, após o episódio no elevador, a mulher teria sido agredida por pelo menos 3 vezes em um intervalo de 24 horas. Em uma delas, a mulher chegou a levar 26 pontos na cabeça.

Os moradores acionaram a polícia e, segundo a síndica do prédio, Amanda Di Massi, Etir ainda tentou se livrar de provas.

“A cena que vimos foram horrorosas. Eu escutei os barulhos à noite, corri até a porta, ouvi os gritos e escutei um barulho de cabeça batendo na parede. Olhei pela janela e vi que ele jogava roupas pela janela, toalhas molhadas e roupas ensanguentadas. Foi aí que a polícia chegou e eu mostrei o vídeo da primeira agressão no elevador. Então, ele foi preso em flagrante”, disse a síndica.

A comunicação com o casal foi feita com a ajuda de um vizinho que é fluente em inglês.

“No primeiro momento, ela alegou que tinha sido agredida do lado de fora. Só que vimos nas câmeras que ela não tinha sido agredida do lado de fora. Estava muito agitada e com o rosto totalmente desfigurado”, disse Pablo, que mora no imóvel ao lado.

O americano foi preso no dia das agressões, mas recebeu liberdade provisória 15 dias depois. Desde então, permanece no Rio de Janeiro acompanhando o processo.

A defesa de Eric informou que, por se tratar de um processo que corre em segredo de Justiça, não irá comentar o caso, mas destacou que o turista está colaborando com as investigações.

A Polícia Civil afirmou que o homem foi preso em flagrante e foi autuado na Lei Maria da Penha.

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) afirma que o caso corre em segredo de justiça e não há acesso público às informações.

g1

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *