Saúde

Paciente ostomizado recebe doações de bolsas de colostomia e denuncia situação crítica da saúde pública do RN

Foto cedida

Há quatro anos, Alexandre Cristian da Silva Beveluto, de 40 anos, desempregado, sente na pele as dificuldades de ser uma pessoa ostomizada no Brasil. O natalense, segundo dados do Ministério da Saúde, está entre as cerca de 400 mil pessoas que apresentam a mesma condição no país.

Contudo, há cerca de um mês, ele teve sua saúde agravada ao precisar improvisar bolsas de colostomia utilizando sacolas de supermercado. Após repercussão sobre a triste situação, Alexandre recebeu algumas doações, incluindo, uma caixa de bolsas de colostomia e uma cesta básica.

“Ainda existem pessoas de coração bom, se não, eu não sei o que seria de mim agora”, agradeceu.

Sem receber auxílio financeiro e desempregado desde 2019, quando passou a utilizar a bolsa, Alexandre confidencia não ter tido condições de ir buscar os materiais hospitalares disponibilizados pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), para o mês de outubro passado.

No Rio Grande do Norte, as bolsas são entregues mensalmente por meio do Centro Especializado em Reabilitação (CER III/RN). Vítima da vulnerabilidade social e sem recursos para se locomover ao CER, Alexandre precisou improvisar com as sacolas plásticas. Essa não foi a primeira vez que precisou enfrentar o problema. Isso porque, segundo ele, o número de bolsas entregues é insuficiente. “Quando a pele está muito agredida precisa de mais bolsas”, lastimou.

Durante os momentos mais críticos da pandemia da covid-19, eram entregues 20 bolsas para abastecer por 2 meses, a fim de evitar o deslocamento e, consequente, exposição do paciente ao vírus. Atualmente, o número retornou a entrega padrão de 10 bolsas mensais para cada pessoa assistida pelo CER. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Norte (SESAP/RN), nunca faltaram unidades do material para os pacientes ostomizados ou descontinuidades nas entregas.

Alexandre reforça, contudo, que já tentou solicitar mais bolsas de colostomia, dada as dificuldades que passa com a atual quantidade entregue. Segundo ele, a resposta é sempre a mesma: “Eu vou lá, pergunto se pode e eles dizem que só se alguém desistir de alguma bolsa, porque o número fixo para todo mundo são 10”.

Em resposta à  reportagem da TRIBUNA DO NORTE, a Sesap informou que para receber mais bolsas, o paciente passa por uma avaliação multidisciplinar.

O procedimento pode ser solicitado tanto durante o cadastro na  Unidade de Atendimento Interdisciplinar ao Estomizado do CER/RN, quanto após esse processo. Mas em nenhum momento, afirma Alexandre, lhe foram repassadas orientações sobre a possibilidade de realizar uma avaliação para receber um maior número de bolsas de colostomia. Com a falta do material, aliada a ausência de condições para buscar as unidades, os problemas aumentaram.

“A situação é muito crítica, você consegue dormir de banda. Só consigo dormir à noite”, disse.

Foi visualizando essas dificuldades que Jailson Cristiano dos Santos, amigo de Alexandre há quase nove anos, tomou a iniciativa de falar com uma emissora de TV sobre o caso.  Emocionado, ele não esconde a alegria ao contar sobre cada uma das atitudes solidárias que tem alcançado a vida do amigo, com quem também divide o mesmo teto. Ver a mobilização das pessoas diante do caso, conta, lhe transmite um misto de gratidão e felicidade.

Para Alexandre, a principal expectativa para o futuro é conseguir realizar a cirurgia para suspender o uso da bolsa de colostomia. Com o estado de saúde atual, afirma, não dá para trabalhar. Mas com veemência, afirma: “Emprego não falta pra mim. Sei ser Barman, cozinheiro, pintor”, pontuou.

Além disso, nesta quarta-feira (16), ele deve buscar as bolsas entregues pelo estado no CER. De acordo com a Sesap, o material fica disponível ao paciente mesmo após o dia oficial da entrega e pode ser solicitado por familiares, vizinhos ou quaisquer pessoas acionadas pelo paciente.

Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

  1. Enquanto isso Fátima Bezerra passeia no Egito. Lembrando que ela foi reeleita com 58% dos votos, sinal que o potiguar tá satisfeito com a saúde, segurança e educação. Não reclamem de nada!

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Geral

Novo ministro da Previdência participou de reunião em que Lupi foi informado sobre fraude do INSS

Foto: MPS/Divulgação

O novo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir a pasta, também participou da reunião, em 2023, em que Carlos Lupi foi alertado sobre um aumento de denúncias de descontos sem autorização em aposentadorias e pensões do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). A informação consta da ata da 296ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), ocorrida em 12 de junho de 2023.

Queiroz era o secretário-executivo de Lupi, que pediu demissão nesta sexta-feira, 2, após pressão devido aos desdobramentos da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU). As investigações confirmaram as desconfianças abordadas na reunião de 2023 sobre deduções indevidas em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS. Procurado, o novo ministro não atendeu às tentativas de contato.

De acordo com a ata de 2023, a representante do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), Tonia Galleti, relatou que havia solicitado a inclusão da discussão sobre os Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) das entidades que têm desconto de mensalidade junto ao INSS na reunião e que o pedido foi negado, pois a pauta já estava fechada.

De acordo com a ata, ela reforçou a sua solicitação, tendo em vista as inúmeras denúncias feitas e defendeu que fossem apresentadas a quantidade de entidades que tem acordos com o INSS, a curva de crescimento dos associados nos últimos 12 meses e uma proposta de regulamentação que trouxesse maior segurança aos trabalhadores, ao INSS e aos 17 órgãos de controle.

Segundo o documento, Lupi registrou que a solicitação era relevante, mas, como seria necessário fazer um levantamento dos dados, pediu que o tema fosse pautado para a próxima reunião. O ministro disse ainda que, para proteger o sistema, estava sendo iniciada a “utilização de token”.

Em seguida, Wolney Queiroz iniciou as discussões sobre a pauta predefinida. E o assunto foi esquecido já que na reunião seguinte − da qual Galleti não participou − o assunto não apareceu.

Apesar do alerta, ninguém tomou providências por 12 meses, de acordo com as atas das reuniões do Conselho Nacional de Previdência Social.

O tema só voltou às reuniões do conselho em 24 de abril de 2024. Na ocasião, porém, o ministro deixou a reunião no meio da discussão sobre o assunto. Antes de Lupi sair da reunião, o representante da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Hélio Queiroz, pediu ao ministro uma avaliação sobre a situação, dado que havia “um jornal” colocando o INSS em uma “situação desagradável diariamente”.

Queiroz sugeriu que um bloqueio valesse a partir de maio, ao que Lupi afirmou que isso precisava ser analisado com o departamento jurídico.

O então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, “destacou a importância das associações” e afirmou que muitas das acusações eram referentes aos anos de 2020 e 2021.

Galleti disse que uma auditoria feita nas fichas do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi) não havia encontrado indícios de fraude. Logo em seguida, Lupi afirmou que precisaria comparecer a uma reunião no Senado e deixou a reunião.

Na sequência, os participantes discutiram medidas como uma auditoria e formas mais rígidas de adesão às entidades que supostamente ofereciam benefícios aos aposentados.

Estadão

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Geral

Gleisi assume comando de operações política e de gestão para crise no INSS

Foto: Ricardo Stuckert/PR

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, teve papel fundamental nas decisões tomadas pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) diante da crise no INSS, após investigações revelarem fraudes bilionárias que prejudicaram milhões de aposentados e pensionistas.

Foi dela o comando das operações política e de gestão para a escolha do novo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, no lugar de Carlos Lupi, e do presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller Jr., em substituição a Alessandro Stefanutto.

Na operação política, área diretamente sob sua responsabilidade, Gleisi atuou com o PDT para manter a bancada do partido no Congresso na base de apoio a Lula. Em entrevista à CNN na terça-feira (29), o líder do partido na Câmara, Mario Heringer (MG), chegou a dizer que a demissão de Lupi significaria uma demissão do próprio PDT.

Na quarta-feira, já começou a ser construído o pedido de demissão de Lupi – que entregou o cargo a Lula e defendeu, em carta pública, punição rigorosa aos responsáveis pela fraude investigada pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU).

A bancada entendeu que a situação política de Lupi era insustentável, mas fez questão de preservar o espaço do PDT na Esplanada com a indicação de Wolney, então número 2 da Previdência e ex-deputado com bom trânsito no partido e no Congresso — atributos que o governo avalia como importantes para contenção da crise política provocada pela fraude no INSS.

Antes, Gleisi também teve papel crucial na definição do novo presidente do INSS, incumbido pelo governo de atuar diretamente no ressarcimento dos aposentados e pensionistas lesados pelas fraudes.

Waller Jr. terá a missão não só de atuar, por meio de auditorias e processos internos, para chegar ao valor real do esquema — estimado pelas investigações em R$ 6,3 bilhões —, mas para construir em conjunto com a Advocacia-Geral da União (AGU) o mecanismo que levará ao ressarcimento dos beneficiários do INSS.

A crise do INSS coloca em xeque as ações do Palácio do Planalto, por meio da Secretaria de Comunicação Social (Secom) comandada por Sidônio Palmeira, de recuperação da aprovação do governo Lula, em queda desde a virada de 2024 para 2025.

A atuação de Gleisi nas duas operações — política e administrativa — revela o quanto a ministra, que chegou ao Planalto neste ano, é fundamental para os planos de Lula em pavimentar o caminho de uma candidatura à reeleição — que o presidente tem dito em reuniões com parlamentares de que é seu objetivo para 2026.

CNN

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Política

Lula frustra Centrão, e próximas mudanças em ministérios seguirão sem contemplar aliados

Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo

Com a 11ª mudança na equipe ministerial efetivada na sexta-feira com a saída de Carlos Lupi do Ministério da Previdência Social e a iminente troca da titular da pasta de Mulheres, Cida Gonçalves, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva consolida a continuidade de uma reforma “a conta-gotas”, com substituições entre nomes dos mesmos partidos e frustrando expectativas de legendas do Centrão, que esperavam ampliar espaço na segunda metade da gestão. Foi a quinta mexida na Esplanada desde janeiro, todas seguindo a mesma toada. Seja por escândalos ou ajustes, passaram por modificações Comunicação Social (Secom), Saúde, Relações Institucionais e Comunicações.

Na primeira metade, as principais mudanças foram para abrigar siglas do Centrão que passaram a integrar a base, casos de PP e Republicanos. As cinco trocas deste ano, no entanto, tiveram como motivação problemas específicos de cada ministro e não fizeram parte de um acordo para amarrar melhor o apoio dos partidos a Lula no Congresso ou com vistas à reeleição.

Foto: Editoria de Arte / O Globo

Troca nas mulheres

Após a queda de Lupi, a próxima mudança a ser efetivada deve ser na pasta de Mulheres. A atual ministra, Cida Gonçalves, tem enfrentado desgastes por conflitos entre ela e auxiliares da pasta e deve dar lugar a Márcia Lopes, também do PT. Havia expectativa de que a troca acontecesse antes do feriado do Dia do Trabalho, mas o presidente mais uma vez protelou o anúncio. A saída de Cida, filiada ao PT, já é dada como certa desde o começo do ano, apesar da proximidade da ministra com a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja.

Na sexta-feira, ela esteve em reunião com Lula, mas não houve anúncio.

A Comissão de Ética da Presidência já arquivou um processo que acusava Cida Gonçalves de negociar a demissão de uma ex-secretária propondo verba para apoiá-la em candidatura e também uma acusação de racismo.

Provável substituta, Márcia Lopes, também filiada ao PT, é irmã de Gilberto Carvalho, ex-chefe de gabinete de Lula. Formada em assistência social, foi secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Social no segundo mandato de Lula. Em 2010, comandou a pasta por nove meses. Dois anos depois, disputou a prefeitura de Londrina e ficou em terceiro.

Ainda há possibilidade de Lula mudar a Secretaria-Geral da Presidência, que hoje tem Márcio Macêdo como ministro. Os principais nomes cotados são de partidos da esquerda, como do próprio PT e do PSOL.

Em janeiro, houve uma mexida em uma área de influência do PT. O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) deu lugar ao marqueteiro Sidônio Palmeira, que é próximo da legenda e trabalhou na campanha de Lula em 2022. Em março, o petista Alexandre Padilha saiu da pasta de Relações Institucionais e deu lugar a Gleisi Hoffmann, ex-presidente do PT. Por sua vez, Padilha foi nomeado na Saúde no lugar de Nísia Trindade.

Padilha sofreu desgastes no Congresso por não atender as demandas por cargos e emendas parlamentares. Líderes dizem que Gleisi, por sua vez, tem uma postura mais direta. Na ocasião, parlamentares do Centrão chegaram a defender a nomeação de um nome que não fosse do PT, para ampliar o diálogo, e ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), surgiu como um dos cotados.

Já para a Saúde foi considerado que Padilha tem um perfil mais político do que Nísia, o que o Planalto entendeu como necessário para dar mais amplitude às ações da pasta. O posto, no entanto, era visto com bons olhos pelo Centrão, pela possibilidade de atuação direta em bases eleitorais e direcionamento de recursos. Lula, no entanto, optou por manter o cargo com um nome mais próximo a ele.

No início de abril, a troca foi nas Comunicações, com a saída de Juscelino Filho (União-MA) e a entrada de Frederico Vasconcelos, indicado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Juscelino teve que sair do governo após a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciá-lo por suspeitas de desvios em emendas no período anterior em que ele exerceu o mandato de deputado, o que o ex-ministro nega.

Desejo de aliados

Partidos do Centrão que já estão presentes no governo desejavam fazer mais trocas. Presidentes de partidos, contudo, ainda não foram chamados por Lula para conversar sobre os espaços que têm no governo. Legendas como PSD, PP, MDB, Republicanos e até União e PDT, que protagonizaram trocas neste ano, já sinalizaram que desejariam ter mais espaço nas Esplanada dos Ministérios. Auxiliares de Lula dizem que ele dá poucos sinais internamente sobre alterações que pretende fazer.

“Mudar ou não mudar o governo é uma coisa que pertence muito intimamente ao presidente da República”, afirmou Lula em fevereiro.

O PSD, por exemplo, tem uma demanda antiga para indicar o Ministério do Turismo. A bancada da sigla na Câmara indicou o comando da Pesca, pasta de menor expressão, e tem reclamado disso. No entanto, a mudança desagrada ao União, que tem Celso Sabino na pasta de Turismo. O União Brasil aprovou, esta semana, a federação com o PP, que comanda um ministério. O bloco terá 109 deputados e 14 senadores. Ao GLOBO, na sexta-feira, Sabino falou sobre espaço:

“Dentro de um presidencialismo de coalizão, em que há um amplo espectro político integrando o governo, aqueles que têm mais a oferecer, têm mais a receber também”, afirmou.

Um dos mais influentes dentro do União-PP, Davi Alcolumbre já fez chegar ao governo que deseja que Alexandre Silveira, ex-senador pelo PSD, saia do Ministério de Minas e Energia. Silveira tem protagonizado queda de braço com o presidente do Senado por indicações em agências reguladoras.

Líderes dizem que estão descrentes com uma reforma ministerial para atender às legendas. Eles argumentam que o tempo é curto, pois quem quiser ser candidato em 2026 precisará sair do ministério em abril do ano que vem, daqui a um ano.

O Globo

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Geral

Quem é Wolney Queiroz, novo ministro da Previdência de Lula

Foto: Reprodução/Instagram

O novo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz Maciel, 52 anos, foi empossado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta 6ª feira (2.mai.2025). Filiado ao PDT (Partido Democrático Trabalhista), o ex-deputado federal assume o ministério depois do pedido de demissão de Carlos Lupi.

Secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, Wolney Queiroz é da base aliada ao governo. Está filiado ao PDT desde 1992 e é o atual presidente estadual do partido em Pernambuco. Iniciou sua carreira política como vereador em Caruaru (PE), no ano seguinte.

Aos 21 anos, foi eleito deputado federal por Pernambuco. Pouco depois, foi escolhido vice-líder do partido na Câmara dos Deputados. Atuou na Casa Baixa por 6 mandatos consecutivos, a partir de 1995. Tentou a reeleição em 2022, mas não obteve votos suficientes para um novo mandato.

Queiroz foi líder da Oposição ao governo de Jair Bolsonaro (PL) na Câmara em seu último ano de mandato. Em 2022, apoiou uma greve dos funcionários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) por meio de suas redes sociais. Acusou o governo Bolsonaro de deixar serviços essenciais sem recursos.

“Bolsonaro detonou os cofres públicos para comprar a reeleição, foi derrotado, e agora a máquina pública está em colapso. Nesta 4ª feira [7.dez.2022], o INSS afirmou que vai paralisar suas atividades por falta de recursos. A pergunta que fica é: Onde está o dinheiro do instituto, Bolsonaro?”,escreveu o então deputado em seu perfil no X.

Durante sua passagem pela Câmara, Queiroz presidiu as comissões de Educação e Cultura, Trabalho e Administração e Serviço Público. Segundo sua biografia no site do Ministério da Previdência, o novo ministro atuou em defesa dos direitos do consumidor, contra o trabalho escravo e contra a retirada de direitos. Também representou o Brasil em conferências internacionais da OIT (Organização Internacional do Trabalho).

Queiroz tem trajetória política ligada a Carlos Lupi, presidente nacional do PDT e seu antecessor no comando do Ministério da Previdência Social. Ambos participaram juntos de diversos eventos –um dos mais recentes foi no Recife (PE), em fevereiro, em um ato promovido pela governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD). Em 2022, Queiroz também integrou a equipe de transição entre os governos de Bolsonaro e Lula, depois de indicação de Lupi.

OPERAÇÃO SEM DESCONTO

A PF deflagrou em 23 de abril a operação Sem Desconto para investigar um esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS. A ação cumpriu 211 mandados judiciais de busca e apreensão e 6 mandados de prisão temporária no Distrito Federal e em 13 Estados.

De acordo com a PF, a investigação identificou irregularidades nos descontos de mensalidades associativas aplicados sobre os benefícios previdenciários, principalmente aposentadorias e pensões, concedidos pelo INSS.

O governo informou que, em 2023, a CGU (Controladoria Geral da União) iniciou uma série de apurações sobre o aumento no número de entidades e nos valores descontados dos aposentados. A partir desse processo, foram feitas auditorias em 29 entidades que tinham ACTs (Acordos de Cooperação Técnica) com o INSS. Também foram realizadas entrevistas com 1.300 aposentados que apresentavam descontos na folha de pagamento.

Segundo o governo, a CGU identificou que as entidades não tinham estrutura operacional para prestar os serviços oferecidos aos beneficiários. Dos entrevistados, a maioria afirmou não ter autorizado os descontos. A controladoria também constatou que 70% das 29 entidades analisadas não haviam entregue a documentação completa ao INSS.

Na operação, 6 pessoas foram afastadas de suas funções, entre elas o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.

Poder 360

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Brasil

Millena Brandão, atriz mirim do SBT morre aos 11 anos

Foto: Reprodução

Faleceu nesta sexta-feira (2) a atriz mirim Millena Brandão, de 11 anos. A jovem estava internada em estado gravíssimo em um hospital de São Paulo, após apresentar fortes dores de cabeça que levaram à descoberta de um tumor.

Segundo relato da mãe, Thais Brandão, Milena sofreu 12 paradas cardiorrespiratórias e precisou ser submetida a diversas manobras de reanimação ao longo da internação. Apesar dos esforços da equipe médica, a atriz não resistiu.

O falecimento de Millena Brandão foi confirmado na tarde de hoje. A família ainda não divulgou informações sobre o velório e o sepultamento

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Geral

Duas receitas que vão encher sua boca d’água no Papo de Fogão deste final de semana

Duas receitas que vão encher sua boca d’água no Papo de Fogão deste final de semana. O Chef Cumpade João, da Casa de Cumpade, de Galante/PB, vai preparar um Bode torrado com leite de coco – Palmas para o Bode que simplesmente derrete na boca e tem um sabor sem igual. E, na Dica Rápida, o Chef e Professor Élcio Nagano, de Fortaleza, vai fazer um delicioso camarão empanado no coco e farinha panko. Muita crocância e sabor em uma entrada deliciosa.
Confira os horários e dias do Papo para não perder.

SÁBADO
BAND
MARANHÃO, 8h
CEARÁ, 8h
PIAUÍ, 8h
PARAÍBA
TV CORREIO/RECORD, 13h30

DOMINGO
RIO GRANDE DO NORTE – TV TROPICAL/RECORD, 10h

Ou no nosso canal do YouTube
http://youtube.com/c/PapodeFogao

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Brasil

INSS estima 4,1 milhões de possíveis vítimas de descontos irregulares

Foto:Reprodução

Dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) mostram que 4,1 milhões de beneficiários podem ter sido prejudicados por descontos não autorizados em aposentadorias e pensões.

O número corresponde aos usuários que possuem contratos associativos ativos com as onze entidades investigadas por fraudes. O total exato de atingidos só será conhecido ao final das investigações.

Um levantamento da Controladoria-Geral da União (CGU) aponta que 97,6% dos beneficiários ouvidos não autorizaram os descontos mensais que foram aplicados diretamente no contracheque.

 

Reunião para traçar plano de ressarcimento

 

O novo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, participa nesta sexta-feira (2) de uma reunião com o Advogado-Geral da União, Jorge Messias, para começar a definir como será feito o ressarcimento às vítimas do esquema.

O encontro está previsto para a tarde, na sede da Advocacia-Geral da União (AGU), em Brasília.

Além de representantes da AGU e do INSS, servidores da Dataprev, empresa pública responsável por dados da Previdência, também devem participar da reunião.

Segundo a publicação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu carta branca para que o novo presidente do INSS reestruture o órgão e tome as medidas necessárias após o escândalo.

 

Lula prometeu ressarcimento

 

A reunião ocorre dois dias após Lula anunciar, em pronunciamento em rede nacional, que o governo garantirá o ressarcimento às pessoas prejudicadas pelas cobranças indevidas.

“Determinei à Advocacia-Geral da União que as associações que praticaram cobranças ilegais sejam processadas e obrigadas a ressarcir as pessoas que foram lesadas”, afirmou o presidente na ocasião.

 

Esquema bilionário

 

Uma investigação da Polícia Federal revelou, na semana passada, um esquema de fraudes e desvio de dinheiro envolvendo aposentadorias e pensões do INSS. Associações ligadas a aposentados cadastravam beneficiários sem consentimento, muitas vezes com uso de assinaturas falsas, e passavam a descontar mensalidades diretamente da folha de pagamento.

O prejuízo estimado chega a R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Ao todo, o INSS mantinha acordos de cooperação técnica com 39 entidades, que associaram cerca de 6,6 milhões de beneficiários. As irregularidades, até o momento, foram identificadas em 11 delas.

 

Demissões e prisões

 

Após o avanço das investigações, o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi exonerado do cargo. A operação policial levou ainda ao afastamento de servidores e à prisão de seis pessoas ligadas às entidades sob suspeita.

Entre os alvos está Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, apontado como lobista do esquema. Segundo as investigações, ele articulava repasses e lavava dinheiro por meio de empresas ligadas ao grupo.

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Geral

Prefeito de Assú deixa UTI, vai para apartamento e segue em recuperação

Foto: reprodução

O prefeito de Assú, Lula Soares, recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nesta sexta-feira, 2° de maio, após cinco dias internado. Ele agora se encontra em um quarto no Hospital da Unimed, em Natal, onde segue em recuperação sob acompanhamento médico.

“Embora esteja em recuperação no apartamento, por orientação médica, as visitas ainda permanecem restritas”, informou a Prefeitura do Assú.

Lula Soares foi internado no domingo (27), no Hospital Wilson Rosado, em Mossoró, após ser diagnosticado com dengue. Na segunda-feira (28), foi transferido para Natal, onde permaneceu na UTI durante a semana, recebendo todos os cuidados necessários.

O caso foi classificado como dengue grave, termo utilizado atualmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para quadros com complicações. Embora o termo “dengue hemorrágica” ainda seja usado popularmente, a nomenclatura foi substituída em 2009. Durante toda a internação, o prefeito respondeu positivamente ao tratamento.

A Prefeitura de Assú tranquiliza a população e reforça que o município não enfrenta aumento de casos de dengue. O cenário está sob controle, com equipes de saúde atuando de forma preventiva, realizando monitoramentos, visitas domiciliares e orientações à comunidade.

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Geral

Após demissão, Lupi cobra punição “com rigor” por fraudes no INSS

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Após pedir demissão do Ministério da Previdência Social, Carlos Lupi defendeu nesta sexta-feira (2) uma punição rigorosa das pessoas envolvidas nos descontos indevidos em pensões e aposentadorias no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Em nota publicada nas redes sociais, Lupi ainda afirmou que tem “certeza” que não foi citado “em nenhum momento” nas apurações.

“Espero que as investigações sigam seu curso natural, identifiquem os responsáveis e punam, com rigor, aqueles que usaram suas funções para prejudicar o povo trabalhador”, declarou o agora ex-ministro.

Lupi pediu demissão em meio à pressão pelas fraudes no INSS, após a Polícia Federal (PF) deflagrar uma operação na semana passada para apurar o caso.

Sobre as investigações, Lupi afirmou que sempre colaborou com as apurações.

“Faço questão de destacar que todas as apurações foram apoiadas, desde o início, por todas as áreas da Previdência, por mim e pelos órgãos de controle do governo Lula”, disse.

 

Por fim, Lupi agradeceu sua equipe do ministério.

“Deixo meu agradecimento aos mais de 20 mil servidores do INSS e do Ministério da Previdência Social, profissionais que aprendi a admirar ainda mais nestes pouco mais de dois anos à frente da pasta”.

Ele estava no governo de Lula 3 desde o início (2023). Aliado do PT, Lupi também integrou o governo de Dilma Rousseff. Como agora, o político pediu demissão de ministério em 2011, em meio a denúncias de corrupção. Na época, chefiava o Ministério do Trabalho.

CNN

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Geral

Companhias aéreas cancelam voo sem avisar e são condenadas a indenizar passageiro no RN

Foto: Sandro Menezes/Assecom RN

Duas companhias aéreas foram condenadas a indenizar um passageiro do Rio Grande do Norte que teve um voo de Fortaleza (CE) para Mossoró (RN) cancelado sem nenhum aviso prévio. Os nomes das empresas não foram divulgadas.

As condenações foram por danos morais, de R$ 5 mil, e materiais, de R$ 117,34. A decisão foi do Juizado Especial Cível e Criminal da Comarca de Areia Branca(RN).

Na ação judicial, o passageiro relatou que comprou uma passagem aérea para retornar de uma viagem a trabalho, mas foi surpreendido no aeroporto com o cancelamento do voo.

Segundo o passageiro, não houve qualquer comunicação prévia ou alternativa oferecida pelas companhias para a situação.

O passageiro, então, alegou que foi forçado, diante do cancelamento do voo, a arcar com despesas extras, como alimentação, por exemplo, sem que a empresa fornecesse um voucher que havia sido prometido para isso.

Falha na prestação de serviço

Ao analisar o caso, a juíza Andressa Luara Holanda Rosado Fernandes enfatizou que as empresas não comprovaram que o cancelamento foi causado por razões externas ou por problemas operacionais, como haviam argumentado no processo.

A magistrada, portanto, entendeu que houve falha na prestação de serviço e destacou a responsabilidade das companhias aéreas independentemente da comprovação de culpa, como previsto no Código de Defesa do Consumidor (CDC).

Além do dano material, citou a juíza, que foi comprovado pelas despesas com alimentação, o passageiro sofreu danos morais devido ao transtorno, angústia e frustração causados pela falta de informação e apoio das empresas.

G1

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