Foto: Magnus Nascimento
Em apenas 10 dias de funcionamento, os patinetes elétricos compartilhados da JET somaram 36 mil viagens e cadastraram 22,3 mil usuários em Natal. A iniciativa, lançada em 21 de setembro em referência à Semana Nacional do Trânsito, alcançou 118,3 mil quilômetros percorridos e, segundo a empresa, evitou a emissão de 23 toneladas de dióxido de carbono até a manhã desta quarta-feira (1º). Os números reforçam o entusiasmo inicial da população pelo novo modal, que seguirá em fase de testes por 120 dias.
A JET afirma que a receptividade superou as expectativas. “Houve uma grande aceitação da JET na cidade, muito mais do que esperávamos. De música a memes, vimos influenciadores e munícipes repercutindo a chegada do veículo, as boas práticas e alertando sobre os cuidados, refletindo o bom senso e o acolhimento que a cidade tem com o novo modal”, afirma Lincoln Silva, assessor da empresa. Ele acrescenta que as primeiras sessões da Escola de Direção Segura reuniram dezenas de participantes e devem ser ampliadas.
Entre os usuários, as impressões variam entre curiosidade e dificuldades de adaptação. Jean Maciel, 48, demorou a conseguir usar o patinete. “Muita gente ainda está quebrando a cabeça. O pessoal está explorando, aprendendo a usar. Acho que devia ter uma pessoa para dar instruções, ajudaria bastante. Eu mesmo baixei o aplicativo, mas ainda não entendi direito”, afirma. Depois de quase 10 minutos, ele conseguiu aproveitar a experiência do patinete.
Já Mauricélia Próspero, 48, encara a experiência com mais descontração. “É só dar impulso um pouquinho e acelerar. Cuidado, porque no começo é meio demorado. A gente vai segurando um pedaço na mão e, com o tempo, o medo vai embora”, conta animada, após se aventurar nos primeiros passeios no ponto localizado na Avenida Praia de Ponta Negra. Ela conta que pretende aproveitar mais vezes, em especial à noite.
O uso dos patinetes em Natal está sujeito a uma série de regras definidas pela empresa e pela Secretaria de Mobilidade Urbana. Entre as permissões estão o aluguel apenas para maiores de 18 anos, a condução individual e a utilização em ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas. Na ausência dessas estruturas, é permitido circular em ruas com limite de até 40 km/h. Por outro lado, existem restrições claras ao serviço. É proibido o uso por menores de idade, levar passageiros no mesmo patinete, conduzir sob efeito de álcool ou substâncias psicoativas e ultrapassar o limite de 120kg de peso.
O período inicial, no entanto, foi marcado por situações diversas em razão do uso desenfreado, inadequado e até com relatos de acidentes e “roubos” dos equipamentos, com natalenses levando os patinetes para casa e, por sinal, os colocando em redes sociais com o intuito de viralizar. A JET está investigando casos de vandalismo e mau uso. Em caso de desrespeito às regras de uso estabelecidas, o usuário pode sofrer sanções, incluindo o banimento da plataforma.
Na avaliação da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU), ainda é cedo para conclusões. O órgão informa que o serviço segue em fase experimental de 120 dias, período em que serão observados o comportamento dos usuários e a convivência dos patinetes com pedestres e demais veículos. Atualmente, há cerca de 113 km de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas em funcionamento, mas com descontinuidades.
Enquanto isso, a JET mantém a expectativa de expansão. “Vale ressaltar que estamos ainda no período inicial, mas sempre temos interesse de expandir nossa frota e bairros. Junto do bom diálogo que já temos com as autoridades locais, pretendemos seguir com essa possibilidade de integração e estímulo à micromobilidade urbana”, explica Lincoln Silva. A empresa avalia que a continuidade do serviço dependerá da demanda da população e da adaptação ao uso dos veículos elétricos.
Com 600 equipamentos disponíveis na cidade, o funcionamento exige cadastro no aplicativo, desbloqueio por QR Code e tarifa inicial de R$ 1,99 nos dias úteis e R$ 2,99 nos fins de semana. A cobrança por minuto varia de R$ 0,59 a R$ 0,89, com pacotes de maior duração oferecidos a usuários frequentes.
Precisa de muita, mas muita fiscalização… e não estou nem falando só da mundiça daqui não, o que tem de crianças andando nisso como se fosse brinquedo, ontem, ao lado do corpo de bombeiros, vi um moleque de uns 11 anos dividindo o lado direito da pista com um ÔNIBUS, ele estava fardado com uniforme do NSN, fora os que vejo perto das praças, os pais irresponsáveis habilitam os aparelhos e soltam as crianças apostando corrida. Natal não tem civilidade para esse serviço, os seres que aqui habitam são animalescos, em sua grande maioria!