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Pesquisa inédita mostra difusão de metade das notícias falsas no WhatsApp em grupos de família

Você tem um tio que fica mandando notícias falsas no grupo de família? Você não está só. Metade dos boatos que circularam no WhatsApp sobre a vereadora carioca assassinada no mês passado, Marielle Franco (PSOL), foi em grupos de família.

O dado é resultado de uma pesquisa inédita feita pelo Monitor do Debate Político no Meio Digital, da USP (Universidade de São Paulo), com respostas de 2.520 pessoas a um questionário online elaborado pelo grupo.

Após limpar os dados e restringi-los aos boatos mais disseminados, segundo os resultados, os pesquisadores reuniram 1.145 respostas de pessoas que disseram ter recebido variações de textos dizendo que Marielle era ex-mulher do traficante Marcinho VP e que havia engravidado dele aos 16 anos, ou, em menor quantidade, uma foto que supostamente mostrava Marielle sentada no colo de Marcinho VP (não eram ela nem ele na imagem).

Os boatos sobre Marielle começaram a ser espalhados pelo WhatsApp na mesma noite em que ela foi assassinada. Nos dias seguintes, foram parar no Twitter e no Facebook.

O WhatsApp, aplicativo de mensagens por celular extremamente disseminado no Brasil, é visto como uma das redes mais propícias para a difusão de notícias falsas. Como é um aplicativo de mensagens privadas e não tem caráter público, é difícil rastrear as “fake news” espalhadas ali e avaliar seu alcance, o que preocupa pesquisadores, especialmente considerando como isso poderá ocorrer nas eleições brasileiras em 2018. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua de 2016, do IBGE, mostram que a atividade mais popular entre os brasileiros, ao usar a internet, é trocar mensagens por meio de aplicativos – 94,5% dos brasileiros responderam que usam a internet para fazer isso.

Segundo a pesquisa da USP, o boato dominante no caso de Marielle foram variações de um texto ligando a vereadora a Marcinho VP. Foi recebido por 916 pessoas que responderam ao questionário. Dessas pessoas, 51% responderam ter recebido o texto em grupos de família no WhatsApp; 32%, em grupos de amigos; 9% em grupos de colegas de trabalho e 9% em grupos ou mensagens diretas.

A imagem que mostraria Marielle no colo de Marcinho VP foi recebida por 229 pessoas que responderam ao questionário – 41% delas disseram ter recebido a foto em grupos de família.

Pablo Ortellado, professor do curso de Gestão de Políticas Públicas da Universidade de São Paulo (USP) e autor do estudo ao lado do pesquisador Márcio Ribeiro, ressalta que, apesar dos dados, não se sabe a distribuição dos tipos de grupos no WhatsApp pela população. “Pode ser apenas que existam mais grupos de família do que grupos de amigos ou de colegas de trabalho e os boatos tenham circulado igualmente em todos eles, mas, como há mais grupos de famílias, nosso estudo tenha apenas captado essa distribuição dos grupos”, explica.

“Agora, caso, de fato, os boatos tenham circulado mais nos grupos de família do que nos outros grupos, temos um dado interessante. Pode ser que grupos de família sejam ambientes mais ‘íntimos’ que permitam compartilhar seguramente conteúdos mais especulativos sem que quem compartilhe seja alvo de julgamento.”

Às 10h do dia seguinte ao assassinato de Marielle, a estudante Rayene Sampaio, de 22 anos, de Barra do Garças (MT), recebeu a notícia falsa, em texto, de um primo de 15 anos no grupo da família. Naquela noite, às 22:44, o estudante Gabriel dos Santos, de 20 anos, de Goiânia, recebia o boato de uma prima -“que deve ter uns 40 anos”- em um grupo de família que tem 17 pessoas.”Teve gente no grupo que acreditou”, diz ele.

A analista financeira Simone Oliveira, de 41 anos, define seu grupo de família como um que é “dividido ideologicamente”. Ela conta ter recebido a suposta foto de Marielle às 19:46 do dia 16 – um dia após o assassinato da vereadora. Quem enviou a notícia falsa, diz ela, foi seu sogro, que tem 65 anos e que depois foi “corrigido” por ela. Mas notícias falsas são comuns no grupo, diz.

A pesquisa online feita pela USP perguntava qual boato foi recebido, dia e horário exatos, onde o boato foi recebido e dados do usuário, como gênero, idade, cidade e nível de estudo. O formulário foi divulgada nas páginas de Marielle Franco no Facebook e na página Quebrando o Tabu – a página, uma das maiores brasileiras no Facebook, tem 8,6 milhões de curtidas e publicações mais alinhadas com a esquerda. Os dados demográficos da pesquisa, portanto, podem acabar refletindo os da página, explicam os pesquisadores. A maioria das respostas vieram de mulheres com pouco mais de 20 anos.

Boato mais disseminado em texto

Outros boatos disseminados, mas que não chegaram a ter representatividade como os citados acima, foram um vídeo que mostrava supostos assaltantes de bermuda e chinelo, ligando-os ao tráfico, e uma sequência de arquivos de áudio relatando que o crime havia sido obra do Comando Vermelho.

Essa foi outra descoberta do estudo: a forma mais disseminada dos boatos foi também a mais simples, ou seja, em texto, e não vídeo, fotos ou áudios. “Embora as formas que traziam supostas evidências, como vídeos ou fotos, pudessem parecer mais ‘persuasivas’, foi a forma menos amparada em evidências a que teve maior alcance”, diz Ortellado. “Isso está de acordo com os estudos sobre viés de confirmação, isto é, nossa pouca capacidade de receber criticamente informações que referendam ou confirmam nossas crenças. Menos importante do que dar evidências que amparam o boato é fazer com que ele esteja de acordo com as nossas crenças: no caso, o preconceito de que pessoas da favela tem vínculos com o tráfico.”

As respostas da pesquisa mostram que os boatos tiveram início no dia 15, de forma mais tímida, e explodiram no dia 18, crescendo em quantidade até o dia 25. Entre os dias 15 e 17, o crescimento foi pequeno. “A difusão dos boatos no WhatsApp parece um tanto mais lento do que nas mídias sociais, já que ele precisa passar por grupos de tamanho muito limitado”, sugere Ortellado. “Foram necessários três ou quatro dias para o boato estar amplamente difundido e, no primeiro dia, o alcance foi bem pequeno. É bem diferente da dinâmica que vemos no Facebook onde a difusão se dá por uma espécie de explosão inicial e está plenamente difundido em pouco mais de 48 horas.”

O primeiro registro de notícia falsa distribuído no WhatsApp a que a BBC Brasil teve acesso foi em um grupo de colegas a que pertence o funcionário público Bruno Perez, que mora no Rio. Ele recebeu um boato às 23h27 da noite do assassinato de Marielle Franco. Ela foi assassinada por volta das 21h30 e as primeiras notícias sobre sua morte começaram a ser publicadas por volta das 22h10.

Perez recebeu o vídeo que mostrava supostos assaltantes de bermuda e chinelo, que depois circulou associando os rapazes que apareciam ali como ligados ao Comando Vermelho. O boato que recebeu foi apenas o vídeo, sem texto, e quem enviou disse que aquele seria o momento “do roubo”.

Uma mulher que não quis ser identificada na reportagem conta como recebeu o boato pela primeira vez às 9h09 do dia seguinte ao assassinato. A notícia falsa foi divulgada em um grupo de informações das cidades de Niterói, São Gonçalo, Maricá e Rio chamado “Niteroi-SG-Maricá-RJ News”, onde há 38 participantes. A BBC Brasil tentou contato com algumas das pessoas no grupo que reproduziram os boatos, mas os integrantes do grupo não quiseram dar entrevista.

Boatos sobre sequestro no WhatsApp em tempo real

Para pesquisar as características da difusão de boatos sobre a Marielle no WhatsApp, os pesquisadores brasileiros da USP se inspiraram em um estudo de um pesquisador israelense.

Em 2014, três adolescentes foram sequestrados perto de um assentamento israelense na Cisjordânia. Para não atrapalhar as investigações, o assunto não foi abordado por nenhum veículo da imprensa. Rumores, então, começaram a circular no WhatsApp.

No momento em que os rumores começaram a circular, o pesquisador Tomer Simon, especialista em comunicação em situações de crise do Departamento de Gestão de Desastres e Prevenção de Danos da Universidade de Tel Aviv, publicou em suas redes: “Quem recebeu boatos por WhatsApp?”

A partir daí, ele iniciou uma caça aos boatos, estudando sua propagação em tempo real. Para cada pessoa que havia recebido uma corrente, perguntava de quem havia recebido a mensagem antes, com o objetivo de chegar à origem e verificar se o texto foi encaminhado a outras pessoas.

Em seu experimento, no contexto de total silêncio da imprensa no país, Simon identificou 13 diferentes notícias ou rumores circulando pelo WhatsApp, dos quais 9 eram verdadeiros, ou seja, cumpriram o papel de informar durante aquele vácuo de informação. As outras quatro que não eram verdadeiras, diz ele, tinham 70% de “conteúdos verdadeiros”.

“Isso é algo que se deve levar em conta: as notícias falsas se aproveitam de elementos verdadeiros para enganar as pessoas. Se um elemento é verdadeiro, ele pode validar o resto, conectando com as crenças e valores de quem lê a notícia. O elemento falso preenche um buraco, costurado a informações verdadeiras.”

Com seu experimento, Simon conseguiu encontrar três fontes diferentes dos boatos que circularam na rede: duas das fontes eram jornalistas e um era amigo da família de um dos garotos sequestrados. Nem todos os boatos eram falsos.

Mas o WhatsApp, diz ele, é a rede “perfeita” para começar a disseminação de notícias falsas porque é considerado muito mais confiável. “Você recebe informações no WhatsApp de pessoas em que costuma confiar mais”, afirma.

Ele também cita a chamada “Basking in reflected glory” (algo como regojizar por meio da glória alheia), um conceito da psicologia social segundo o qual as pessoas tendem a se associar com pessoas bem-sucedidas para se sentirem bem-sucedidas também. Assim, ao transmitir uma mensagem com informações exclusivas, o transmissor se sentiria vitorioso e bem-conectado, sugere Simon.

Para solucionar o problema da boataria desenfreada, o pesquisador israelense sugere campanhas para que o público leia as informações de forma crítica. Além disso, sugere que instituições de credibilidade criem grupos no WhatsApp para disseminar notícias verdadeiras. Ou então que as instituições se coloquem como referência no aplicativo para que usuários mandem notícias para elas e, assim, elas verifiquem as informações enviadas – algo como um bunker de notícias falsas, só que ao contrário.

A circulação de boatos no WhatsApp e no Facebook, no Brasil, já foi estudada pelo jornalista Marcelo Garcia, que trabalha na Fiocruz. Em seu mestrado, pesquisou sobre a circulação de notícias falsas relacionadas à epidemia de zika em 2015 e 2016.

As duas situações – notícias sobre zika e sobre Marielle – foram muito distintas, ele ressalta. Os boatos sobre zika se proliferaram em um contexto em que era tudo muito novo: ninguém tinha informações concretas sobre a ligação entre zika e microcefalia, nem pesquisadores nem imprensa. Era difícil checar informações ou publicar respostas a dúvidas porque, muitas vezes, a resposta era “não sabemos”.

Mas ele traça paralelos entre as duas situações, como a da tendência que ele observou de usuários que compartilham notícias com as quais já concordam ou que corroboram suas crenças. “Colocamos as crenças antes dos fatos. É algo que pode acontecer nas eleições”, observa.

Garcia também acha que o WhatsApp é uma mídia mais fácil para compartilhar boatos. “Na questão da Marielle, também teve isso, ainda mais em um contexto polarizado”, diz. “Você acaba repassando aquilo para reforçar determinado ponto de visto em um grupo do qual participa.”

Para ele, outra característica importante do boato é que não tem autor ou fonte. “A legitimidade vem da fonte que enviou a notícia”, afirma – e, normalmente, quem envia mensagens no WhatsApp são pessoas conhecidas, de confiança.

Ele analisou quatro boatos sobre zika que circulavam no WhatsApp e analisou comentários da página da Fiocruz, da Folha de S.Paulo e do Diário de Pernambuco. Chegou à conclusão que os boatos tinham três “grandes critérios”: 1) o desconhecimento em torno da própria doença; 2) a desconfiança em relação às autoridades políticas e a falta de confiança no sistema de saúde no Brasil, de que o sistema daria conta da epidemia; 3) a desconfiança em relação à ciência em geral.

“O que a gente estudou parece mostrar que precisamos estar mais atentos não só aos boatos que estão circulando, mas também às questões e dúvidas da população”, diz ele. “É uma lição que tem que ficar. É preciso repensar a forma como se comunica com a população”, afirma.

R7, com BBB Brasil

 

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Tarifaço pode gerar prejuízo de R$175 bilhões no PIB do Brasil, diz estudo

Foto: Reprodução/Agência GOV

As tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros, demandadas pelo presidente americano Donald Trump que deve entrar em vigor no próximo dia 1º de agosto, pode gerar prejuízos sobre a economia nacional, segundo a Gerência de Economia e Finanças Empresariais da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG).

O órgão realizou um estudo que resultou em um prejuízo de R$ 175 bilhões no longo prazo, com retração de 1,49% no PIB (Produto Interno Bruto), gerando um impacto negativo de 1,3 milhão de postos de trabalho.

Em outro cenário hipotético, em caso de o Brasil retaliar as prerrogativas tarifárias americanas, também em 50%, a queda do PIB brasileiro pode chegar a R$ 259 bilhões (2,21%), afetando fortemente o número de empregos (-1.934.124), massa salarial (-R$36,18 bilhões) e a redução da arrecadação de impostos (-R$ 7,21 bilhões).

Atualmente, os EUA são o segundo maior destino das exportações brasileiras, atrás apenas da China. Em 2024, o Brasil exportou cerca de US$ 40,4 bilhões aos Estados Unidos, representando 1,8% do PIB nacional. Entre os produtos mais enviados estão combustíveis minerais, ferro e aço, máquinas e equipamentos mecânicos, aeronaves e café.

Veja aqui o estudo completo sobre os impactos no Brasil.

Diplomacia é a chave para um acordo

A FIEMG considera que o aumento das tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos pode comprometer seriamente a estabilidade econômica e o progresso da indústria nacional. A entidade sugere que o governo brasileiro adote uma postura firme, porém diplomática, na tentativa de alcançar um entendimento que impeça a aplicação das tarifas, resguarde os postos de trabalho e mantenha a competitividade das empresas do país.

Com informações de Diário do Poder

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TCU investiga governo Lula por renovar contratos com empresa proibida de ser contratada

Foto: Reprodução/ Google Street View

O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu um processo para “apurar possíveis irregularidades no atraso” do Ministério da Educação (MEC) em registrar punição a uma empresa de vigilância nos cadastros oficiais do governo federal. Conforme revelou a coluna, essa omissão, de mais de três meses, permitiu que outros quatro ministérios renovassem contratos – no valor total de R$ 14,8 milhões – com a AC Segurança, que estava impedida de licitar e de ser contratada por um ano.

O processo foi aberto a pedido do subprocurador-geral Lucas Furtado, representante do Ministério Público junto ao TCU. Na representação, ele afirma que “a renovação de contratos com empresas inabilitadas pode ser considerada irregular e contrária aos princípios da administração pública”.

Lucas Furtado afirma que existem “fortes indícios de irregularidade nas renovações de contrato” e, por isso, o tema deve ser apurado pelo tribunal de contas porque “há risco de lesão aos cofres públicos”.

“A renovação de contratos com a administração pública, assim como qualquer outro ato administrativo, deve observar os princípios da legalidade, moralidade, eficiência e economicidade. Qualquer decisão que contrarie esses princípios deve ser questionada e pode resultar em sanções para os gestores responsáveis”, escreveu.

O que o MEC deixou de fazer para motivar uma representação do MP

A sanção foi aplicada pelo MEC e publicada no Diário Oficial da União (DOU) no dia 26 de março deste ano. O comunicado já anunciava que a AC Segurança ficava impedida de licitar e ser contratada pela administração pública e autarquias pelo prazo de 12 meses.

O Ministério da Educação, no entanto, deixou de registrar o impedimento nos cadastros oficiais do governo, descumprindo o prazo legal de 15 dias, e outros ministérios renovaram contratos com a empresa.

Diante dessa informação, Lucas Furtado pediu ainda que o TCU investigue também a legalidade das renovações de contrato com a AC Segurança, ocorridas após a publicação da sanção no DOU.

“Importa destacar que empresas contratadas pela administração não possuem direito subjetivo à prorrogação de contratos, mas apenas uma expectativa de direito. Isso significa que a administração pública não está obrigada a renovar contratos, especialmente se houver irregularidades ou se a empresa não atender aos requisitos legais, como é o caso das renovações de contratos em tela”, assinalou o subprocurador-geral no ofício encaminhado ao TCU.MEC publica punição a empresa de AC Segurança LTDA no Diário Oficial da União

Os pedidos do MP ao TCU sobre o caso do MEC e da AC Segurança

  1. Apurar possíveis irregularidades nas renovações contratuais de ministérios com a empresa AC Segurança LTDA. ocorridas após a publicação no DOU de 26/3/2025 de penalidade que tornou a empresa impedida de contratar com a administração pública por 12 meses.
  2. Apurar possíveis irregularidades no atraso, por parte do MEC, em cadastrar a empresa AC Segurança LTDA. no Sistema de Cadastro de Fornecedores (Sicaf) e no Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (Ceis), após aplicação de penalidade de licitar ou contratar com a administração pública, fato que levou outros órgãos públicos a renovarem contratos com a empresa.

MEC atualiza cadastro de punições após alerta da reportagem

A punição do MEC só foi informada ao Sistema de Cadastro de Fornecedores (Sicaf) e ao Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS) no último dia 8, depois que a coluna questionou a pasta sobre as sanções aplicadas à empresa. Ou seja, foram necessários mais de três meses para o ministério atualizar o cadastro.

Nesse meio tempo – entre a punição aplicada pelo MEC no DOU e o registro nos cadastros do governo –, quatro ministérios prorrogaram contratos com a AC Segurança por meio de termos aditivos ou de apostilamento. São eles, os ministérios da Agricultura e Pecuária (Mapa), da Pesca e Aquicultura (MPA), da Ciência e Tecnologia (MCTI) e do Desenvolvimento Social (MDS). A Controladoria-Geral da União (CGU) também firmou termo de apostilamento com a empresa repassando direitos e responsabilidades do contrato para o MPA, apesar do impedimento.

Em nota, todos os órgãos explicaram que a punição aplicada pelo Ministério da Educação não estava nos cadastros oficiais do governo quando renovaram o contrato. Bastava uma pesquisa no DOU, no entanto, para encontrar a sanção.

Questionado pela reportagem à época, o MEC, por sua vez, limitou-se a dizer que o impedimento foi publicizado no Diário Oficial da União e teve efeitos imediatos a partir da publicação. A pasta não se manifestou sobre a omissão em incluir a punição nos cadastros oficiais do governo após mais de três meses de atraso.

Se a punição do MEC constasse nas bases de dados oficiais, ministérios e autarquias, por lei, jamais poderiam prorrogar contrato, aprovar apostilamentos e aditivos com empresa terceirizada.

O mesmo também se aplica a uma licitação em andamento. A sanção seria suficiente para inabilitar a AC Segurança em um certame. Foi o que aconteceu, por exemplo, com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

A autarquia declarou a AC Segurança como vencedora em licitação de R$ 7,2 milhões que foi aberta para, justamente, substituir a empresa de vigilância. O contrato, no entanto, ainda não foi assinado.

A reportagem obteve nota técnica do Inep que trata da necessidade da nova licitação. No documento, o órgão mostra preocupação com o fato de a AC Segurança ser alvo de investigação.

“Considerando as notícias veiculadas por diversas mídias sobre investigações de supostas fraudes em processos licitatórios envolvendo a atual contratada, urge a preocupação de possíveis impactos jurídicos, administrativos e operacionais na continuidade da prestação desses serviços no âmbito do Instituto”, relata o estudo técnico preliminar.

Operação Dissímulo

A AC Segurança é suspeita de integrar grupo de empresas do setor que simulavam concorrência e fraudavam licitações para obter contratos com o poder público que, juntos, alcançam cifras bilionárias.

Os investigados, segundo a Polícia Federal, teriam usado falsa declaração de dados perante a administração pública para obter benefícios fiscais e faziam uso de laranjas para esconder os verdadeiros donos das companhias.

A organização criminosa foi alvo da Operação Dissímulo, da PF, em fevereiro deste ano. A investigação conta com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Receita Federal.

Histórico de atrasos

A empresa de vigilância têm longo histórico de descumprir cláusulas contratuais pelos locais que presta serviço. Pela prática de atrasar salário e não efetuar pagamentos aos funcionários, a AC Segurança já recebeu multa, advertência e, em alguns casos, ficou impedida de licitar com algum órgão público específico.

No entanto, a punição que a firma de vigilância recebeu do MEC em março é mais dura que as outras oito sanções atualmente vigentes contra ela, porque não se estende apenas ao Ministério da Educação, mas sim a todos os órgãos públicos.AC Segurança é punida pelo Inep

Inep multa a AC Segurança em R$ 60 mil por descumprir cláusulas contratuais

Tácio Lorran – Metrópoles

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Geral

INSS silencia sobre poupar sindicato de irmão de Lula de ação judicial

Foto: Ricardo Stuckert

O governo Lula deixou de fora das ações judiciais contra sindicatos envolvidos na Farra do INSS duas entidades ligadas à esquerda: a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi).

Respondendo a um pedido de Lei de Acesso à Informação (LAI) formulado pela Liderança da Minoria na Câmara, o INSS se recusou a informar por que não incluiu as duas nas ações movidas. Atualmente, a liderança da minoria é exercida pela deputada Caroline de Toni (PL-SC).

Além da Contag e do Sindnapi, o instituto também optou por não acionar outras duas organizações: a Conafer (Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais) e a ABCB (Associação Brasileira de Consumidores e Beneficiários).

O Sindnapi tem como vice-presidente o sindicalista José Ferreira da Silva, o Frei Chico. Ele é irmão mais velho do presidente Lula (PT).

As quatro entidades poupadas das ações estão citadas diversas vezes no relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre o tema. Aparecem também nas investigações da Polícia Federal (PF), que resultaram na operação Sem Desconto, deflagrada em abril deste ano.

Na resposta ao pedido da oposição via LAI, o INSS também negou acesso ao processo administrativo que embasou a decisão de excluí-las das medidas judiciais.

As ações foram apresentadas pela Advocacia-Geral da União (AGU), mas a escolha de quem seria processado coube ao INSS. No mês passado, a Justiça determinou o bloqueio de bens de alguns dos investigados, totalizando R$ 2,8 bilhões.

Procurado, o INSS afirmou, em nota, que “as investigações (contra entidades e pessoas envolvidas) continuam” e que “não há impedimento para que novos processos de responsabilização sejam instaurados para outras entidades”, desde que “surjam elementos que justifiquem tal apuração”.

Andreza Matais – Metrópoles

Opinião dos leitores

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Geral

Governo Lula não corta gastos e usa receitas extraordinárias para cumprir metas fiscais pelo segundo ano consecutivo

Foto: Diogo Zacarias/MF

O governo federal repete neste ano a estratégia de buscar receitas extraordinárias para tentar atingir as metas fiscais e, com isso, conseguir liberar recursos para o funcionamento da máquina pública.

Receitas extraordinárias são recursos que não fazem parte da arrecadação regular e prevista pelo governo, mas que entram nos cofres públicos de forma esporádica durante o ano. Exemplos deste tipo de receitas são os leilões de ativo como concessões de rodovias, aeroportos, petróleo, ou a venda de ativos, como imóveis.

Nesta semana, os Ministérios da Fazenda e do Planejamento liberaram R$ 20,6 bilhões no orçamento de 2025 para gastos livres dos Ministérios com base, principalmente, no aumento de receitas não recorrentes do petróleo.

Ao mesmo tempo, a agenda de reforma de gastos estruturais, necessária para manter de pé o arcabouço fiscal, caminha a passos lentos.

O governo diz que enfrenta dificuldades para cortar gastos devido a fatores legais e políticos. A maior parte do orçamento da União é composta por despesas obrigatórias – aposentadorias, salários, benefícios sociais e transferências para estados e municípios.

Essas despesas são determinadas por leis e pela Constituição Federal, o que significa que o governo não pode simplesmente reduzi-las sem aprovação do Congresso Nacional.

Além disso, há forte resistência de grupos do governo a cortes, especialmente em áreas como saúde, educação e programas sociais. Muitos destes gastos estão vinculados a pisos constitucionais.

Outro obstáculo é o tamanho das despesas discricionárias, que o governo pode ajustar, como investimentos em infraestrutura e ciência. Essa parcela do orçamento é pequena e mesmo cortes significativos têm impacto limitado sobre o total dos gastos.

Arcabouço fiscal

O arcabouço fiscal é o conjunto de regras proposto e aprovado em 2023 para orientar os gastos públicos. Ele inclui uma sistema de metas e gatilhos para controlar o crescimento das despesas e, em tese, levar os cofres federais para um patamar sustentável de gastos.

O objetivo é conter um crescimento maior da dívida pública brasileira, que já é considerada elevada para o padrão de países emergentes, evitando, assim, um aumento maior da inflação e dos juros básicos, fixados pelo Banco Central, que servem de referência para as taxas cobradas do setor produtivo.

Sem cortes de gastos obrigatórios, a atual regra para as contas públicas terá de ser revista nos próximos anos mesmo com a mudança nos precatórios feita pelo Congresso Nacional, que retira estes pagamentos das despesas primárias em 2026 e acrescenta, a cada ano, a partir de 2027, 10% do estoque de precatórios dentro das metas fiscais. Despesas primárias são os gastos do governo antes do pagamento de juros da dívida pública.
g1

Opinião dos leitores

  1. Que hecatombe! Vou fazer o L em 26….muahahahaha!!! Quero que o mar pegue fogo , para almoçar peixe frito.

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Economia

Empresas brasileiras recorrem a férias coletivas e paralisações temporárias para minimizar impactos de tarifaço de Trump

Foto: Reprodução/TV Globo

Empresas brasileiras de diferentes setores que exportam para os Estados Unidos tiveram impactos nas atividades. Férias coletivas e paralisações temporárias têm sido as soluções encontradas pelos empresários brasileiros para enfrentar o “tarifaço de Trump”. Uma maneira de se organizar para tentar evitar mais prejuízos.

O ferro gusa está entre os produtos mais exportados pelo Brasil para os Estados Unidos. Em 2025, até junho, foram mais de US$ 600 milhões. O serviço de manutenção da fundição vai até domingo (27), quando o forno será paralisado.

O operador de sistemas de abastecimento, Carlos Alberto Souza também vai sair de férias, mas não acha que vai conseguir relaxar. “Quando é uma férias programadas você administra as coisas: posso viajar, posso pescar, posso passear com esposa, com filhos, mas uma férias assim, a gente tem que ficar em casa mesmo aguardando”.

Essa é só uma das siderúrgicas de Minas Gerais que estão paralisando a produção de ferro gusa – usado como matéria prima na produção de aço e ferro fundido para a indústria e a construção civil. O motivo é a mudança tarifária anunciada por Donald Trump, que entra em vigor em 1° agosto.

Em Mato Grosso do Sul, a carne que iria para os Estados Unidos, está sendo direcionada pra outros mercados. Como: China, Sudeste Asiático e Oriente Médio O sindicato que representa os produtores de carne, no estado, informou que a tarifa de 50% do governo americano torna inviável a continuidade das exportações.

Uma empresa, em Santa Catarina, exporta produtos feitos de madeira. São 65 contêineres sendo enviados todos os meses para os Estados Unidos. E pela primeira vez, em 60 anos, decidiu conceder férias coletivas para os colaboradores por tempo indeterminado por falta de comprador.

g1

Opinião dos leitores

  1. Vão lá, patriots, peçam tarifas, supliquem por sanções ao seu proprio pais. Bando de alienados.

  2. Mato Grosso e Santa Catarina: dois estados bolsonaristas que vão perder milhares de empregos…🤣🤣🤣
    Bota pra lascar, laranjão
    🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣

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Geral

VÍDEO: Moraes determina retirada de acampamento na frente do STF e proíbe acampar na Praça dos Três Poderes e em frente a quartéis das Forças Armadas

Um protesto com acampamento na Praça dos Três Poderes foi desmanchado após determinação do ministro do STF Alexandre De Moraes na madrugada de sexta (25) para sábado (26).

Moraes intimou o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), que notificou pessoalmente os manifestantes bolsonaristas. Entre eles, estavam deputados aliados de Bolsonaro, como Hélio Lopes (PL), que levou uma barraca para acampar na frente do STF como protesto contra medidas da Suprema Corte. Com um pedaço de fita colado à boca, o parlamentar afirmou nas redes que faz um ‘jejum de silêncio’. Em carta aberta divulgada em seu perfil no Instagram, o parlamentar afirmou que o Brasil “não é mais uma democracia” e que a manifestação é um ato individual de indignação.

Atendendo pedido da Procuradoria Geral da República, Moraes autorizou a prisão dos parlamentares, caso não aceitassem deixar o local.

Após a ordem, o ministro do STF assinou um complemento da decisão proibindo a instalação de novos acampamentos num raio de 1 quilômetro da Praça dos Três Poderes, da Esplanada dos Ministérios e até mesmo de quartéis das Forças Armadas. Moraes justificou que adotava a medida para evitar um novo 8 de Janeiro.

“Para garantir a segurança pública e evitar novos eventos criminosos semelhantes aos atos golpistas ocorridos em 8/1/2023, determinou a proibição de qualquer acampamento em um ario de 1KM da Praça dos Três Poderes, Esplanada dos Ministérios e, obviamente, em frente aos quartéis das Forças Armadas”, determinou Moraes.

Com informações de InfoMoney e Estadão

Opinião dos leitores

  1. Que sujeira está nosso país , agora os sem terra pode acampar onde quiser , usar a governadoria como varal de roupa e até banheiro para fazer necessidades , interditar Br enfim ninguém manda nem sair quando mais prender , que lixo que vcs “ inteligentes “ transformaram o Brasil . Para vcs quando pior melhor e sempre tem dois pesos e duas medidas .

  2. Alôôôôôôô boiada burra!
    A frente do 16RI tá disponível pra vcs acamparem…tá bem limpinha e pintada.

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Geral

Corpo de adolescente 16 anos que desapareceu em São Gonçalo é encontrado pela polícia em Pitangui

Foto: Cedida

O corpo do jovem Ricadison Wiliam Faria, de 16 anos, foi localizado pela polícia na manhã deste sábado (26), em Pitangui. O adolescente tinha sido visto pela última vez no dia 15 de julho quando combinou com a namorada de encontrá-la na casa dela. Por volta das 22h40 do mesmo dia, a mãe tentou contato com o filho, mas sem sucesso. Desde então, o jovem não foi mais visto e não fez nenhum tipo de contato.

Nesta sexta-feira (25) o sogro do adolescente foi preso. O tio da menina também foi detido suspeito de participação no desaparecimento do adolescente. A motivação do crime seria a desaprovação do relacionamento dos dois adolescentes, segundo a polícia. 

As investigações da Polícia Civil apontaram que Ricadison foi atraído até o local onde os investigados residem, após receber mensagens enviadas por meio do perfil da adolescente com quem namorava.

Segundo a polícia, ele foi até a casa dela – onde também moram o pai e o tio – em uma corrida por aplicativo solicitada por um dos suspeitos.

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Geral

São João do Povo 2025 tem aprovação de 93,1% dos macaibenses, aponta instituto AgoraSei

Foto: Tom Alcântara Foto: Edeilson Morais

O São João do Povo 2025 foi aprovado por 93,1% dos macaibenses. O dado foi apurado pelo instituto AgoraSei , que entrevistou 1 mil pessoas, no período de 15 a 18 de julho, nos mais diversos bairros e comunidades, das zonas urbana e rural de Macaíba.

A questão respondida pelos macaibenses foi: “Você aprovou e desaprovou o São João deste ano organizado pela Prefeitura de Macaíba?”. A aprovação do São João do Povo foi de 89,9% no gênero masculino e 96,4% feminino; e por faixa etária a aprovação foi de 98,2% no público com idade de 16 a 24 anos, 93,8% com idade de 25 a 34 anos, 90,3% de 35 a 44 anos, 88,9% de 45 a 59 anos e 100% para o público acima de 60 anos.

Quanto à ocupação dos entrevistados, dentre os funcionários privados presentes no evento a aprovação foi 96,2%, dentre os funcionários públicos a aprovação foi de 96,2%; dentre os autônomos foi 85,8% de aprovação, e de 71,4% dos que são donos do próprio negócios aprovaram o São João do Povo.

Já entre os macaibenses moradores da zona urbana a aprovação foi de 90,7%, e de 97,9% dos moradores da zona rural. Um destaque para o Centro, onde 100% das pessoas ouvidas pelo instituto AgoraSei disseram aprovar o evento.

O São João do Povo 2025 percorreu durante o mês de junho 10 comunidades rurais e, no Centro, teve o Festival de Quadrilhas de Macaíba, o Arraiá Quatrocentão e shows na Avenida Mônica Dantas, com destaque, mais uma vez, para a valorização dos artistas da terra e shows, dentre os quais, Grafith, Cavaleiros do Forró, Batista Lima e Cláudio Ney e Juliana.

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Geral

Presidente do PT cita “3ª guerra mundial” ao falar sobre tarifas

Foto: GABRIEL SILVA/E.FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO

O presidente eleito do PT (Partido dos Trabalhadores), Edinho Silva, criticou a política tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conforme chega ao fim o prazo estabelecido pelo republicano para negociações com os americanos.

Edinho disse que “uma 3ª Guerra Mundial pode não ser bélica, mas econômica, e pode ser tão devastadora quanto a guerra bélica”. A fala foi deita durante o evento Expert XP, em São Paulo.

A partir do dia 1º de agosto, entra em vigor a tarifa de 50% contra os produtos do Brasil exportados para os Estados Unidos. A taxa deve prejudicar principalmente segmentos do agronegócio, o setor de mineração, de madeira e produção de aeronaves.

O ex-prefeito de Araraquara (SP) reforçou que os EUA possuem um superávit na balança comercial em comparação com o Brasil. Edinho questionou ainda o que chamou de “reação autoritária” contra países emergentes que dialogam entre si.

“É o direito dos países dialogaram para construir relações comerciais. Isso não pode ser um problema para o mundo. O mundo democrático não pode reagir quando um país tenta construir relações comerciais. […] Por que um país não pode dialogar com outro se tem moedas emergentes? Temos de estranhar a reação autoritária”, afirmou.

O dirigente do PT também comentou sobre o tema das terras raras, que passou a ser citado pelos EUA para uma eventual negociação com o Brasil. O país possui a segunda maior reserva do mundo, atrás apenas da China. Em sua avaliação, o Brasil pode negociar os minerais, “mas como nação soberana”.

Edinho também elogiou o trabalho do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) no processo de negociação com os americanos.

CNN

Opinião dos leitores

  1. A Venezuela tá exigindo do Brasil uma taxa de 77%, será que é sobre essa tarifa que ele tá falando?

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Mundo

Ônibus cai de 50 metros em ravina e deixa ao menos 18 mortos no Peru

Foto: Rádio Sudamericana Tarma/El Cazador y Selva Progresa

Pelo menos 18 pessoas morreram e outras 48 ficaram feridas após um ônibus de dois andares despencar em uma ravina de cerca de 50 metros de altura no Peru. O acidente ocorreu nesta sexta-feira, em uma estrada na região montanhosa de Junín, próxima aos Andes, enquanto o veículo realizava o trajeto entre Lima e a região amazônica do país.

Segundo as autoridades locais, o motorista teria perdido o controle em um trecho sinuoso da rodovia antes de o ônibus sair da pista e despencar no desfiladeiro. De acordo com o jornal inglês The Sub, o impacto foi tão violento que a estrutura do ônibus se partiu ao meio.

“Quinze das vítimas morreram ainda no local. Outras três não resistiram aos ferimentos e faleceram após serem levadas ao hospital”, informou um porta-voz do serviço de saúde da cidade de Tarma, responsável por coordenar o socorro às vítimas.

Entre os mortos estão duas crianças. As autoridades ainda investigam as causas do acidente.

O veículo pertencia à empresa Expreso Molina Líder Internacional e transportava cerca de 60 passageiros no momento da tragédia. Imagens divulgadas pelas equipes de resgate mostram destroços espalhados pela encosta, com janelas estilhaçadas, estruturas metálicas retorcidas e partes da carroceria completamente destruídas.

Equipes de emergência foram mobilizadas para o resgate em uma operação de difícil acesso por conta do terreno acidentado da região. O estado de saúde dos feridos ainda não foi totalmente divulgado.

O Globo

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