Vídeo: Reprodução/Metrópoles
O general da reserva Augusto Heleno, de 78 anos, chegou na noite desta segunda-feira (22) à residência onde cumprirá prisão domiciliar humanitária, localizada na Asa Norte, em Brasília. Condenado a 21 anos de prisão por participação em articulações antidemocráticas após as eleições de 2022, ele estava detido em regime fechado no Comando Militar do Planalto.
A conversão da pena foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, após pedido da defesa, que alegou grave comprometimento do estado de saúde do militar. Heleno desembarcou às 23h09 em um veículo escoltado, acessou a garagem do prédio pelo subsolo e foi protegido por agentes durante o trajeto até o elevador, sem contato com a imprensa.
A decisão ocorreu após a Polícia Federal enviar ao Supremo um laudo pericial detalhando o quadro clínico do general. O exame foi solicitado depois de Moraes apontar contradições sobre a data do diagnóstico de Alzheimer: inicialmente, a defesa afirmou que a doença teria surgido em 2018, quando Heleno ainda chefiava o GSI; posteriormente, sustentou que o diagnóstico ocorreu apenas no início de 2025.
Segundo a perícia da PF, Heleno apresenta demência de etiologia mista em estágio inicial, classificada como transtorno mental progressivo e irreversível. O laudo também aponta osteoartrose avançada da coluna, dor crônica, limitação severa de mobilidade, instabilidade na marcha e risco elevado de quedas, fatores que embasaram a concessão da prisão domiciliar, acompanhada de medidas cautelares.
Com informações do Metrópoles
Comente aqui