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A psicóloga comportamental Francesca Gino, professora da Harvard Business School e referência global em pesquisas sobre honestidade, foi demitida e perdeu a cátedra após uma investigação interna concluir que ela manipulou dados em quatro estudos científicos.
A decisão foi tomada pela Harvard Corporation, instância máxima de governança da universidade, e é a primeira cassação de cátedra registrada na instituição desde os anos 1940.
A ironia do caso — uma pesquisadora que dedicou a carreira a entender a desonestidade sendo afastada por fraude acadêmica — atraiu atenção internacional.
Francesca Gino era uma das acadêmicas mais prestigiadas da área, com mais de 140 artigos publicados e presença frequente na mídia e em fóruns corporativos.
As suspeitas surgiram em 2021, quando os autores do blog Data Colada, mantido por cientistas comportamentais, apontaram indícios de manipulação de dados em artigos assinados por ela entre 2012 e 2020.
Um dos estudos mais citados defendia que pedir a alguém para assinar uma declaração de honestidade no início de um formulário — e não ao final — aumentaria a veracidade das respostas. O artigo foi formalmente retraído naquele mesmo ano.
Harvard abriu uma apuração oficial em outubro de 2021. A investigação incluiu revisão de dados, e-mails e manuscritos, entrevistas com colaboradores e uma auditoria conduzida por uma consultoria forense externa.
O relatório final, entregue em março de 2023, concluiu que a professora cometeu má conduta científica de forma intencional, consciente ou, no mínimo, imprudente. A hipótese apresentada por ela — de erro cometido por assistentes ou sabotagem — foi rejeitada.
Francesca Gino foi afastada sem salário em junho de 2023, perdeu o direito de acessar o campus e ficou impedida de publicar nos canais da Harvard Business School.
A universidade recomendou a revisão completa de sua produção científica.
A professora nega todas as acusações.
“Não cometi fraude acadêmica. Não manipulei dados para produzir resultados específicos”, escreveu em seu site.
Em 2024, entrou com uma ação de US$ 25 milhões contra Harvard, o reitor da escola e os autores do blog, alegando difamação, discriminação de gênero e invasão de privacidade.
Um juiz federal rejeitou as acusações de difamação em setembro do mesmo ano, reconhecendo que, como figura pública, o trabalho da professora está sujeito a críticas protegidas pela Constituição americana.
O Antagonista
Não precisava ter manipulado nada.
Esse estudo era pra ter acontecido em Brasília na praça dos três poderes, maior local de pessoas desonestas do mundo.
Aqui tá o laboratório.
hehehehe
O sujo falando do mal lavado, esquerdopata detectado.
Teu ídolo foi julgado , condenado em três instâncias e preso! O resto são narrativas !
Canhota com certeza !
Certeza academicamente comprovada! Até nos EUA tem esse tipo de praga.