Clima

MUITA ÁGUA VINDO: Previsão de bom inverno para o semiárido potiguar

A previsão de permanência do Fenômeno La Niña no Oceano Pacífico pelo menos até meados de 2018, associado com a melhora nas condições da temperatura superficial das águas do Oceano Atlântico sul, indicam uma tendência de chuvas de normal a acima do normal para o período chuvoso no semiárido potiguar, que vai de fevereiro a abril de 2018, nesse período chove em média de 500mm a 600mm, principalmente nas regiões Oeste e Central.. Essa informação é de extrema importância não só para o seguimento agropecuário, mas também para toda economia do Rio Grande do Norte, já que 93% do território potiguar é semiárido e tem enfrentado nos últimos anos uma seca severa que resultou nos esvaziamento de reservatórios importantes para o abastecimento da população, solo inapropriado para a agricultura e perdas também na pecuária.

A conclusão foi durante a realização em Fortaleza/ CE do XX Workshop Internacional de Avaliação Climática para o Semiárido Nordestino, pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). Além de especialistas da Funceme, participaram do encontro que aconteceu na última semana, estudiosos do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/INPE), do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e meteorologistas dos Centros de Meteorologia da região Nordeste.

ANÁLISE DAS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS ATUAIS E PREVISÃO DE CHUVA PARA FEVEREIRO, MARÇO E ABRIL DE 2018 NO RIO GRANDE DO NORTE

O Mês de dezembro de 2017 apresentou uma característica pluviométrica inerente ao clima semiárido, que é alta variabilidade temporal e principalmente espacial na ocorrência das chuvas. Em algumas regiões ocorrendo chuvas e outras, sem chuvas. Esse comportamento resulta da atuação de sistemas meteorológicos transientes de difícil previsibilidade como é o caso dos Vórtices Ciclônicos de Ar Superior (VCANS) e Frentes Frias, comuns atuar sobre a região nesta época do ano. A atuação de um vórtice ciclônico de ar superior, presente sobre a região na segunda quinzena do mês, ocasionou chuvas no Litoral, mais concentradas na região da Grande Natal, algumas chuvas isoladas nas Regiões do Agreste, Central e Alto Oeste. As maiores chuvas mensais foram registradas nos municípios de Água Nova (45,5mm), José da Penha (42,0mm), Major Sales (38,9mm) localizadas no Alto Oeste. No Agreste, destaque para os municípios de João Câmara (28,0mm) e Bom Jesus (16,3mm) e no Litoral Leste para os municípios de Natal (46,9mm) e Ceará Mirim (26,00mm).

Análise do Parâmetros Climáticos – dezembro/17

O fato de maior destaque em relação aos parâmetros oceânicos/atmosféricos observados durante o mês de dezembro de 2017 foi a permanência do Fenômeno La Niña, ocorrendo com intensidade moderada em grande parte do Oceano Pacífico Equatorial. Por outro lado, observou-se que as águas superficiais do Oceano Atlântico Norte mantiveram um maior aquecimento em relação as águas superficiais do Oceano Atlântico Sul, mantendo uma incerteza na previsão climática para 2018.
Com a chegada de janeiro de 2018, foi observado uma melhora significativa nas águas superficiais do oceano Atlântico próximo da faixa equatorial e ao longo do litoral nordestino. Essa tendência de aquecimento das águas no Atlântico Sul possibilita uma melhora na ocorrência de chuvas sobre o Nordeste Brasileiro para o período de fevereiro a maio de 2018.

Meteorologia da EMPARN

 

Opinião dos leitores

  1. Se tinha alguma probabilidade…agora, depois dessa previsão, ACABOU DE VEZ!!! É SEMPRE AO CONTRÁRIO DO QUE FALAM OS "ESPECIALISTAS"!

  2. Agora me preocupei…
    Previsão da EMPARN é sempre ao contrário, parece até que usam os búzios e tarô para isso.
    Quem queria praia, pode se preparar.

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Marcella Freire representará o RN no Miss Brasil 2025

No último dia 19 em São Miguel do Gostoso, aconteceu o Miss RN 2025, sob o comando do jornalista Rannier Lira.

A eleita foi Marcella Freire, 25 anos, 1,75m de altura, representando a cidade de São José do Campestre.

Marcella será representante potiguar no Miss Brasil 2025, que acontecerá em outubro, no Rio de Janeiro.

Formada em Serviço Social pela UFRN, Marcella foi premiada em 2023 com a melhor monografia do Centro de Ciências Sociais Aplicadas, com o tema “As determinações sociais do adoecimento mental das mulheres”. Também possui diploma Latino-Americano em Alienação Parental e Trabalho Social pela Universidade Simón Bolívar e é pós-graduanda em Psicanálise e Análise do Contemporâneo pela PUC-RS.

Além de miss, Marcella é vegana e atua na defesa do veganismo ético, dos direitos dos animais e da sociedade. Aprovada em concurso público, é analista judiciária do TJ/RN e agora se prepara para levar o nome do Rio Grande do Norte ao cenário nacional da beleza.

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Inscrições para o VI Teste Seletivo de Residentes da DPERN seguem até sexta-feira (26)

Foto: Reprodução

A Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Norte (DPERN) lançou edital para mais uma seleção de residentes dentro do projeto “DPE Residência” destinado a estudantes de pós-graduação em Direito. As inscrições estão abertas e seguem até a próxima sexta-feira, 26/09, exclusivamente pelo site oficial da Defensoria Pública (www.defensoria.rn.def.br).

A taxa de inscrição é de R$60,00.

O processo seletivo destina-se à formação de cadastro de reserva para estagiários de pós-graduação do Curso de Direito interessados em atuar nos diversos núcleos de atendimento da Defensoria Pública do Rio Grande do Norte. Os candidatos poderão escolher o núcleo para o qual desejam concorrer e o local de aplicação da prova entre as cidades de Natal, Ceará Mirim, Parnamirim, Touros, Caicó, Currais Novos, Mossoró, Macau, Caraúbas, Santa Cruz, Nova Cruz e Pau dos Ferros.

As provas serão aplicadas no dia 26 de outubro de 2025.

Podem participar da seleção estudantes que ainda estejam cursando o Bacharelado em Direito, mas só poderão tomar posse os candidatos que comprovarem estar regularmente matriculados e cursando pós-graduação, em nível de especialização, mestrado ou doutorado, ou pós-doutorado, em instituição de ensino oficial ou reconhecida e conveniada com a Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Norte. A carga horária do estágio será de até 30 (trinta) horas semanais, distribuída em jornadas diárias de 06 (seis) horas. O residente terá direito a uma bolsa mensal de R$ 2.311,25 mais auxílio-transporte.

PROVAS

O teste seletivo contará com duas etapas: uma prova objetiva, composta por 40 questões de múltipla escolha abrangendo diversas áreas do Direito, e uma prova subjetiva com uma questão discursiva. Para avançar à segunda fase, o candidato deverá obter pelo menos 50% de acertos na prova objetiva. A pontuação final será a soma das duas etapas, totalizando 100 pontos.

odas as informações estão disponíveis no Edital nº 71/2025 – SDPGE/RN publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) desta quarta-feira, 10 de setembro de 2025.

Acesse o edital completo no site www.defensoria.rn.def.br

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PGR denuncia Eduardo Bolsonaro no inquérito sobre coação em processo judicial; Jair Bolsonaro não foi denunciado

Foto: Beto Barata/PL/FLICKR

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma denúncia contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por coação em processo judicial.

O caso é sobre a atuação de Eduardo para atrapalhar o processo sobre golpe de Estado, em que o pai dele, o ex-presidente Jair Bolsonaro, foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e 3 meses de prisão.

Para a PGR, Eduardo buscou junto ao governo Donald Trump, dos Estados Unidos, levantar sanções e tarifas ao Brasil e a autoridades do Judiciário como represália ao julgamento.

A PGR também denunciou o produtor de conteúdo Paulo Figueiredo, aliado da família Bolsonaro, que agiu nos EUA junto com Eduardo.

Jair Bolsonaro, que também era alvo do inquérito, não foi denunciado. Isso significa que a PGR não encontrou indícios de que ele também estava coagindo autoridades judiciais responsáveis pelo processo do golpe.

Agora, caberá ao STF decidir se aceita ou não a denúncia contra Eduardo e Paulo Figueiredo. Se for aceita, eles se tornarão réus em uma ação penal.

“Os denunciados divulgaram amplamente tragédias financeiras, decorrentes das sanções que se afirmavam e se mostraram aptos para consegui-las [as tragédias financeiras] nos Estados Unidos da América, se o Supremo Tribunal Federal não liberasse os acusados no processo penal contra Jair Bolsonaro e outros”, escreveu o procurador-geral da República, Paulo Gonet.

Segundo o procurador-geral, Eduardo e Paulo Figueiredo deixaram claro suas ações e intenções.

“A dupla de denunciados não hesitou em arrogar a si própria a inspiração determinante das sanções econômicas que vieram a ser, como é notório, afinal infligidas pelo governo norte-americano.”

Ameaças a ministros

Segundo a PGR, a estratégia dos denunciados consistiu em ameaçar os ministros do STF com a obtenção de sanções estrangeiras, tanto para os magistrados quanto para o próprio Brasil .

Para isso, eles se dedicaram a explorar suas conexões nos Estados Unidos, incluindo contatos com integrantes do alto escalão do governo norte-americano.

“A efetivação de sanções crescentes convenceu os denunciados de que as ameaças e os males já infligidos estavam produzindo resultados sobre a disposição dos Ministros julgadores. Com isso animavam-se ao recrudescimento das manifestações de coação. Buscavam deixar explícito, para o público e para os demais julgadores do STF, que a as medidas de que lançavam mão para intimidar os julgadores eram eficazes”, declarou Gonet.

Ações dos denunciados, segundo a PGR:

A denúncia detalha três principais eventos de sanções que teriam sido orquestrados pelos acusados:

A suspensão de vistos: Em 18 de julho de 2025, o governo dos EUA suspendeu os vistos de oito ministros do STF. Eduardo Bolsonaro publicou na rede social X (anteriormente Twitter) um agradecimento ao presidente dos EUA e ao Secretário de Estado, afirmando que “tem muito mais por vir”. Paulo Figueiredo também comentou o evento, chamando-o de “só o começo” e sugerindo que medidas piores poderiam ser aplicadas.

A imposição de tarifas econômicas: Em 9 de julho de 2025, o presidente dos EUA anunciou a imposição de tarifas de 50% sobre as exportações brasileiras, designando-as como punição pela “perseguição ilegítima” a Jair Bolsonaro e seus apoiadores. O documento do MPF afirma que essas sanções, que os denunciados apelidaram de “Tarifa-Moraes”, causaram perdas de receita, impacto negativo no PIB e desemprego setorial no Brasil.

A Lei Magnitsky: Em 30 de julho de 2025, o Ministro Alexandre de Moraes foi sancionado com a Lei Global Magnitsky de Responsabilidade pelos Direitos Humanos. Essa medida resulta no bloqueio de bens e na proibição de transações financeiras nos EUA. Os denunciados, após a sanção, continuaram a pressionar o STF, afirmando que a punição de Moraes seria um aviso para os outros ministros .

Mensagens de celular

A denúncia utiliza mensagens de WhatsApp apreendidas do celular de Jair Bolsonaro como evidência da trama. Em uma dessas mensagens, Jair Bolsonaro relata ao filho que “todos ou quase todos” os ministros do STF demonstram preocupação com as sanções. O documento também indica que Eduardo Bolsonaro atuou para garantir que apenas ele e Paulo Figueiredo tivessem acesso a autoridades dos EUA. A denúncia conclui que as ações tinham o objetivo de “sobrepor os interesses da família Bolsonaro às normas do devido processo legal e do bom ordenamento da Justiça”.

Por fim, o Ministério Público Federal pede a condenação de Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo pelo crime de coação no curso do processo, em forma continuada, e a reparação dos danos causados . A denúncia destaca que o crime foi formalizado com as ameaças, independentemente de os ministros terem cedido à pressão, visto que a simples prática da ameaça já configura o delito .

 g1

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Quem são os brasileiros que tiveram seus vistos cancelados pelo governo Trump até agora; veja lista

Foto: Nelson Jr./STF

Nesta segunda-feira (22), os Estados Unidos cancelaram novos vistos de brasileiros ligados ao governo e ao Judiciário. A medida faz parte de uma nova rodada de sanções do governo de Donald Trump, aplicadas como retaliação ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e a decisões do STF.

Além de autoridades, familiares também foram afetados.

Ministros do STF e parentes

Em julho, Marco Rubio, secretário de Estado do governo Trump, anunciou a revogação dos vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão ocorreu no mesmo dia em que Alexandre de Moraes determinou o uso de tornozeleira eletrônica pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), aliado de Trump. Foram impactados pela medida os ministros:

  • Alexandre de Moraes,
  • Luis Roberto Barroso, o presidente da Corte;
  • Edson Fachin, vice-presidente;
  • Dias Toffoli;
  • Cristiano Zanin;
  • Flavio Dino;
  • Cármen Lúcia; e
  • Gilmar Mendes.

A ordem se estende aos “familiares dos ministros”, sem detalhar quem especificamente. Os ministros André Mendonça, Nunes Marques e Luiz Fux ficaram de fora da lista.

Em julho, o governo Trump também sancionou Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky, que permite punir estrangeiros. Além de ter o visto cancelado, seus bens nos EUA foram bloqueados, assim como qualquer empresa ligada a ele. Moraes também fica proibido de realizar transações com cidadãos e empresas americanas, incluindo o uso de cartões de crédito emitidos nos EUA.

Nesta segunda-feira (22), a mesma sanção foi aplicada à esposa do ministro, Viviane Barci de Moraes. Com isso, ela também é impedida a ter visto americano.

Em agosto, o governo dos EUA já havia revogado o visto americano de Paulo Gonet, procurador-geral da República. Além disso, os EUA cancelam vistos de funcionários do governo brasileiro que trabalharam no Programa ‘Mais Médicos.

São eles:

  • Mozart Júlio Tabosa Sales – secretário do Ministério da Saúde do Brasil
  • Alberto Kleiman – ex-funcionário do governo brasileiro

Também foram cancelados os vistos da esposa e da filha de 10 anos do ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Na nova rodada desta segunda (22), os EUA revogaram o visto do advogado-geral da União, Jorge Messias e de outras cinco autoridades brasileiras:

  • José Levi, ex-AGU e ex-secretário-geral de Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE);
  • Benedito Gonçalves, ex-ministro do TSE;
  • Airton Vieira, juiz auxiliar de Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF)
  • Marco Antonio Martin Vargas, ex-assessor eleitoral; e
  • Rafael Henrique Janela Tamai Rocha, juiz auxiliar de Moraes.

Imagem: reprodução

Além das sanções políticas, o governo de Donald Trump iniciou uma série de retaliações a críticos do ativista conservador Charlie Kirk, assassinado no dia 10 de setembro.

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Governo Trump também sanciona empresa dona de imóveis da família de Alexandre de Moraes

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Além de incluir Viviane Barci de Moraes, mulher do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, na lista de sancionados da Lei Magnitsky, o governo Donald Trump estendeu as retaliações à condenação de Jair Bolsonaro pela Corte ao Lex Institutos de Estudos Jurídicos, empresa de Viviane dos filhos do casal que é dona de mais de dez imóveis ligados à família cujos valores declarados somam mais de R$ 20 milhões.

O Lex havia entrado na mira dos Estados Unidos após um mapeamento do patrimônio de Moraes pela gestão Trump. A ampliação das sanções era reivindicada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que vive em um autoexílio nos EUA, e pelo ex-apresentador da Jovem Pan Paulo Figueiredo. A dupla manteve diversas reuniões com secretários e diplomatas do governo americano na Casa Branca e no Departamento de Estado, e argumentava que as sanções já aplicadas contra Moraes não teriam efeito caso não incluíssem os familiares e o Lex.
Até o ano passado, o instituto também era dono de um apartamento de 387 m² em um condomínio de alto padrão no Guarujá (SP), o Tortugas, com vaga para barcos, mas o imóvel foi vendido por R$ 1,26 milhão segundo o registro do cartório e a vaga, por R$ 140 mil.

Os americanos também tentam levantar possíveis propriedades em nome do ministro, da mulher, dos filhos e do instituto Lex em outros estados do Brasil.

O blog da jornalista Malu Gaspar, do Globo conferiu as certidões dos imóveis e constatou que 11 deles foram transferidos para o Lex ao longo de 2014. Outros dois foram adquiridos pelo próprio instituto no mesmo ano e em 2025 diretamente de uma construtora. São apartamentos de cobertura contíguos em um condomínio de um bairro nobre de Campos do Jordão, que segundo o registro oficial foram comprados por R$ 4 milhões cada um.

O Lex não tem registro público do exercício de cursos ou outras atividades jurídicas. Já a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) do instituto é de “treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial”.

Há apenas uma página do Lex no Instagram. Criada em setembro de 2017, quando Moraes já estava no Supremo, ela não é atualizada desde dezembro do mesmo ano. No curto período de atividade, foram publicados apenas memes e um único conteúdo relacionado à doutrina do Direito.

“Advogado especialista em Direito Processual Civil pelo IPD [sic], vem falando sobre a dinamização do Ônus da prova!!! É excelência Jurídica! É Instituto Lex!!!”, diz a legenda do vídeo que vem a ser o último post feito pelo perfil.

A descrição do Lex no Instagram destaca como objetivos o preparatório para concursos públicos e para o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) através de aulas presenciais e remotas.

O instituto foi fundado em 2000 pelo próprio ministro, mas desde 2013 pertence apenas a Viviane e aos filhos Alexandre, Giuliana e Gabriela. A sede do Lex fica no mesmo endereço do escritório Barci de Moraes, controlado por Viviane. Lá também funcionou o escritório de Moraes, que deixou a advocacia privada após ser nomeado secretário de Segurança Pública de São Paulo em 2015. Fotos disponíveis na internet demonstram que nem o visual da sala comercial foi alterado.

Há ainda várias outras residências e lotes no estado de São Paulo transferidas do casal Moraes para o instituto em questão desde 2014, além de carros registrados no CNPJ do Lex. Entre as propriedades estão quatro terrenos em São Roque (SP) comprados por Moraes nos anos 2000 que entraram no regime de comunhão parcial de bens do casal e acabaram no nome do Lex.

As transferências de patrimônio para o instituto se concentraram em 2014 – quando Moraes, que se filiaria ao PSDB no ano seguinte, cogitava disputar um cargo eletivo em São Paulo.

Ele já tinha então sido secretário de Justiça do então governador Geraldo Alckmin – cargo que ocupou de 2002 a 2005, quando assumiu um mandato de dois anos no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Em 2007, tornou-se uma espécie de supersecretário de Transportes do então prefeito Gilberto Kassab (DEM). Deixou o cargo em 2010 e se dedicou à advocacia privada até 2015, quando foi novamente chamado para ser secretário de Alckmin, eleito novamente governador. Passou a chefiar a Segurança Pública de São Paulo.

Foi neste período que sua mulher, Viviane, assumiu o CNPJ do escritório do marido e o rebatizou de “Barci de Moraes” no mesmo imóvel controlado pelo Lex.

Pouco mais de um ano depois, durante o impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT), Moraes foi convidado por Michel Temer (MDB) para assumir o Ministério da Justiça de seu governo. A nomeação para o Supremo viria menos de 12 meses depois, por indicação de Temer, após a morte do ministro do STF Teori Zavascki em um acidente aéreo.

Malu Gaspar – O Globo

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Moraes determina apresentação de relatório detalhado de vistorias em carros que estiveram em casa de Bolsonaro um dia após condenação

Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal apresente, em 24h, “informações detalhadas” sobre as vistorias realizadas em carros que estiveram na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no dia 12 de setembro, um dia após ele ser condenado pelo STF.

Bolsonaro está em prisão domiciliar desde o inicio de agosto. Por determinação de Moraes, todos os veículos que chegam e saem da casa precisam ser vistoriados. A Seape enviou ao STF relatórios das vistorias.

Agora, Moraes determinou que a secretaria apresente um relatório sobre as visitas realizadas no dia 12 de setembro, com “informações detalhadas dos veículos, motoristas e passageiros”.

No dia anterior, a Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão, por uma tentativa de golpe de Estado. Sete aliados do ex-presidente também foram condenados.

O Globo

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Governo Trump revoga visto do advogado-geral da União, Jorge Messias

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governo dos Estados Unidos revogou nesta segunda-feira (22) o visto de entrada nos EUA do advogado-geral da União, Jorge Messias.

Segundo a agência de notícias Reuters, com base em fontes de Washington, o governo de Donald Trump também revogou o visto de outras cinco autoridades brasileiras, em uma nova investida de retaliações contra membros do governo e do Judiciário brasileiros. São elas:

  • O ex-procurador-geral da República e ex-secretário-geral de Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Levi;
  • O ex-juiz eleitoral Benedito Gonçalves;
  • O juiz auxiliar de Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF) Airton Vieira
  • O ex-assessor eleitoral Marco Antonio Martin Vargas e
  • Rafael Henrique Janela Tamai Rocha, assessor judicial que também foi auxiliar de Moraes.

 

Jorge Messias confirmou a retirada do visto e chamou as recentes medidas retaliatórias dos EUA ao Brasil de “conjunto de ações unilaterais, totalmente incompatíveis com a pacífica e harmoniosa condução de relações diplomáticas e econômicas edificadas ao longo de 200 anos entre os dois países”.

“Diante desta agressão injusta, reafirmo meu integral compromisso com a independência constitucional do nosso Sistema de Justiça e recebo sem receios a medida especificamente contra mim dirigida. Continuarei a desempenhar com vigor e consciência as minhas funções em nome e em favor do povo brasileiro”, disse o advogado-geral da União.

As revogações ocorrem no mesmo dia em que o governo norte-americano também anunciou sanções contra a esposa do ministro do STF Alexandre de Moraes, Viviane Barci de Moraes, com a Lei Magnitsky, legislação dos EUA usada para punir estrangeiros.

A Advocacia-Geral da União e o governo dos EUA ainda não haviam confirmado as sanções até a última atualização desta reportagem. Em junho, a AGU determinou que seu escritório nos EUA apurasse informações sobre uma ação judicial que o Trump Media, grupo de mídia de Donald Trump, e a rede social Rumble abriram contra Alexandre de Moraes no início do ano.

g1

Opinião dos leitores

  1. Esse messias é aquele que fez a nomeação de lulla para não ser preso no governo dilma, e o bené missão dada é missão cumprida. Tomeeeee

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Geral

STF tem maioria para só a Corte autorizar buscas no Congresso e em apartamentos funcionais ocupados por parlamentares

Foto: Ton Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Os ministros começaram a julgar na sexta-feira (19) uma ação da Mesa Diretora do Senado que busca restringir decisões judiciais nas dependências do Congresso.

Com o entendimento do STF, fica estabelecido que juízes de outras instâncias não têm competência para determinar medidas de investigação nas instalações do Legislativo, como já aconteceu anteriormente.

No mesmo julgamento, os ministros rejeitaram a necessidade de autorização do presidente da Câmara dos Deputados ou do Senado para o cumprimento de mandados dentro das Casas.

Até esta segunda-feira (22), seis ministros haviam votado nesse sentido. O voto do relator, ministro Cristiano Zanin, foi seguido por Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Flávio Dino, Dias Toffoli e Cármen Lúcia.

A ação está em julgamento no plenário virtual do Supremo. Os votos podem ser inseridos no sistema eletrônico até sexta-feira (26).

g1

Opinião dos leitores

  1. Legal, graças a Deus será usado de forma imparcial contra qualquer faixa
    do espectro político. Não tem pq ter blindagem.

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Geral

‘É momento de tirar da frente todas essas pautas tóxicas’, diz Motta um dia após atos contra anistia e PEC da Blindagem

Foto: reprodução

Um dia após os protestos pelo país contra a anistia e a PEC da Blindagem, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse nesta segunda-feira (22) que “é o momento de tirar da frente todas essas pautas tóxicas”.

As manifestações, que aconteceram em todas as capitais, foram uma resposta à aprovação na Câmara da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que blinda parlamentares de processos e da urgência do projeto de lei da anistia.

“É chegado o momento de tirarmos da frente todas essas pautas tóxicas. Talvez a Câmara dos Deputados tenha tido, na semana passada, a semana mais difícil e mais desafiadora. Mas este presidente que vos fala.. nós decidimos que vamos tirar essas pautas tóxicas porque ninguém aguenta mais essa discussão”, disse Motta.

Segundo ele, “o Brasil tem que olhar pra frente, tem que discutir aquilo que realmente importa, que é uma reforma administrativa, questão do imposto de renda, da segurança pública”.

Motta deu a declaração em um evento voltado ao mercado financeiro em São Paulo. Ao ser questionado sobre as manifestações de domingo, ele disse que os atos contra a anistia e os que aconteceram semanas atrás a favor da anistia “demonstram que a nossa democracia segue mais viva do que nunca”.

“Isso demonstra que a nossa população está nas ruas defendendo aquilo que acredita, e eu tenho um respeito muito grande pelas manifestações populares”, afirmou.

Ele ponderou ainda que, como presidente da Câmara, precisa agir com “cautela”, mas que apesar de o país viver um “momento desafiador”, o Parlamento tem conseguido aprovar matérias importantes que, segundo ele, não ganham espaço na imprensa por priorizar a “pauta do conflito”.

O presidente da Câmara defendeu que é preciso “olhar pra frente nessa nova perspectiva de inaugurar uma agenda que saia dessa dicotomia que nada serve ao país”.

g1

Opinião dos leitores

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Jornalismo

OPINIÃO: Petista protestando contra blindagem de corrupto é ópera do malandro

Foto: Reprodução

Por Mario Sabino

Sobre as manifestações de ontem, só tenho a dizer que petista protestando contra a PEC da blindagem de corrupto é como bêbado se manifestando a favor da Lei Seca. É cena de ópera do malandro.

Onde estava essa gente quando o mensalão, as pedaladas fraudulentas de Dilma Rousseff e o petrolão estouraram?

Resposta: curtindo uma fossa, reclamando de perseguição política e escutando Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil — que, ontem, em Copacabana, estavam, alegria, alegria, afastando o cálice deles próprios, não dos seus adversários, que têm mais é de calar a boca.

Sejamos justos, porém: a maioria dos recém-convertidos à ética não compareceu às manifestações por causa da PEC da blindagem (cara de paisagem para os doze deputados petistas que votaram a favor) e sim para protestar contra o PL da anistia, que nem mais da anistia é, virou da dosimetria, depois que os mortos-vivos da pacificação entraram em cena.

Os manifestantes, muito festejados pela imprensa cada vez mais imparcial, dizem que saíram às ruas para defender a democracia. Com o perdão do meu francês, uma ova. Seria bom se fosse verdade ampla, geral e irrestrita, não apenas da minoria de inocentes úteis que compareceu ao rendez-vous. A maioria estava ali para protestar contra a possibilidade de os seus inimigos bolsonaristas serem soltos ou terem as penas reduzidas. A direita não pode ter isonomia, onde é que estamos?

Isso tem nome: vingança, revanche, porque o chefão Lula e os seus asseclas foram presos pela Lava Jato, aquela conspiração da direita golpista, de acordo com o enredo da ópera do malandro petista.

A ópera do malandro é bufa, e o companheiro Zé Dirceu lá estava dando o ar da sua graça na versão brasiliense do espetáculo, de um lirismo funcionário público, que também é sempre divertido.

Figura reta e vertical, como não canso (só um pouco) de repetir, o companheiro Zé Dirceu aproveitou o momento cívico para fazer campanha pela reeleição do companheiro Lula e para dizer que “para mudar este país, temos que mudar esse Congresso”.

Dá para entender a insatisfação do guerreiro do povo brasileiro: agora que o Congresso tem a sua própria bufunfa, a das emendas bilionárias, ele se tornou menos comprável pela egrégia Presidência da República. Assim não dá.

Aliás, já que estou no assunto, mas não por muito tempo, alguém aí viu algum manifestante de ontem protestando contra a roubalheira dos aposentados e pensionistas do INSS? Desculpe qualquer coisa, não era a minha intenção azedar a festa da democracia, mais uma.

Metrópoles

 

Opinião dos leitores

  1. Esses sujeitos vivem mamando na Nação Brasileira com as aposentadorias do regime militar onde foram anistiados e a Lei Rouanet. Uma vergonha e a maioria da população subjugada sem direito a nada. Nem o minimo para sobrevivencia.

  2. Petista é como o escorpião do conto “A rã e o escorpião”. Nos anos 70 foram todos esses anistiados, agora, mamando milhões e vivendo como reis, são contra anistia, é como disse o escorpião: “essa é minha natureza, errado está você por confiar em mim”

  3. O nobre colunista ao perguntar se alguém viu protestos ontem contra a roubalheira dos aposentados e pensionistas do INSS deveria saber que os bolsonaristas também não protestam contra especialmente depois que ministros do governo Bolsonaro com Gueres e Moro foram avisados em 2019 desses desvios e nada fizeram! Vamos ver o que virá da CPI do INSS para ver quem de fato escondeu o roubo e quem deixou finalmente investigar!

  4. O discurso da gadolândia é o mesmo? Idiotas úteis (como diria Olavo) ou malucos (como diria o condenado golpista): a anistia do regime militar veio para possibilitar uma transição de uma ditadura para a democracia e perdoar e impedir os crimes dos milicos na ditadura não os que cantavam contra o regime! Agora a anistia vem para perdoar BANDIDOS golpistas que queriam acabar com a democracia para implantar uma ditadura! Entendem a diferença ou tem que desenhar?

  5. Anistiados em mobilização contra Aniston? Vai aparecer algum idiota dizendo que eles não cometeram crimes na década de 60 e 70, cara pálida, a extrema esquerda que foi anistiada em 1979, assaltou, matou, sequestrou e roubo e cometeram diversos atentados terroristas.

  6. Os anistiados agora contra a anistia.
    Kkkkk.
    Farinha pouca meu pirão primeiro.
    Essas caras não terem vergonha e viverem as custas do dinheiro público.
    Todos a serviços do PT e Ruanet.
    Esses caras são uma vergonha.
    Cara de pau, dissimulados.

  7. O cara mandou um “E o PT?” Direita gosta mesmo é de defender ladrao. São 80 deitado investigados por desvio nas emendas secretas. A direita quer esconder isso por isso luta pela PEC da blindagem. Direita sendo direita.

    1. Aí gosta de conversar merda kkkkkkkk, tudo isso pelo fato de ter um pai afinador do alheio e que outrora foi pego com a mão na botija em várias ocasiões, deixou de ser retirante da seca, viajou em pau de arara, confessou mal feitos, foi X9 dos companheiros a Romeu Tuma, é um analfabeto, e se comporta como piolho, ou seja, só anda pela cabeça dos outros, além de sujo e cachaceiro e chegado num relógio de luxo e sapato caro, convenhamos, coisa de Maracatu.

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