Política

Projetos para bloquear telefones celulares em cadeias estão parados no Congresso Nacional há mais de dez anos

Foto: divulgação/DGAP

Ao menos três projetos de lei que propõem o uso de bloqueadores de sinal de celular em presídios estão parados no Congresso Nacional há mais de dez anos. O uso de telefones nas cadeias é um dos desafios do país na área de segurança pública.

Em 2021, só na Operação Modo Avião, realizada pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), foram apreendidos 5.974 aparelhos em 53 unidades prisionais — uma média de 15 celulares por dia. Esse dado não abrange todas as apreensões no país, porque o governo federal não tem uma estatística sobre os 1.381 presídios brasileiros.

O Depen é responsável direto apenas pelos cinco presídios de segurança máxima do Brasil, que ficam em Brasília (DF), Catanduvas (PR), Porto Velho (RO), Campo Grande (MS) e Mossoró (RN) — locais onde nunca houve registro da entrada de aparelhos.

As unidades federativas adotam medidas de acordo com a realidade de cada uma para prevenção de entrada de materiais ilícitos nas prisões, pois elas são as responsáveis pela administração direta das penitenciárias estaduais e distritais.

“O Depen, por outro lado, tem realizado o papel de apoiar as administrações penitenciárias como com a Operação Modo Avião e a doação de equipamentos que possam colaborar com  a segurança das unidades, como os de revista eletrônica, que podem inibir e evitar a entrada de materiais ilícitos dentro das unidades”, afirma Tânia Fogaça, diretora-geral do órgão.

Nesta sexta-feira (20), por exemplo, a Polícia Civil de Goiás prendeu 18 integrantes de uma quadrilha especializada no ingresso de celulares e drogas na Casa de Prisão Provisória, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. De acordo com o inquérito policial, em 2021 foram constatados 85 registros relativos à atividade de drones para entrega desses itens dentro do presídio goiano, contra apenas sete ocorrências no ano de 2020.

Celular custa até R$ 15 mil na cadeia

Um agente penitenciário de Goiás contou que um celular pode custar até R$ 15 mil dentro do presídio. “Fica entre R$ 6.000 e R$ 15 mil. Também tem muitos presos que tentam fazer uma barganha com os agentes, oferecem por exemplo R$ 10 mil para entrar com celular no presídio. Funciona mais ou menos assim”, comenta.

Os celulares também são escondidos dentro de alimentos e produtos de limpeza. “Alguns familiares tentam também fazer fundos falsos e vasilhas de materiais de higiene, então a gente confere tampas, sabonetes líquidos, detergentes, desinfetantes.”

Projetos de lei

O Brasil não tem uma legislação única que obrigue, por exemplo, à instalação de bloqueadores de celular em presídios. Há anos, projetos que tratam do tema não avançam no Congresso. O projeto de lei 5926/2016, de autoria do Cabo Sabino (PR-CE), propôs o aumento da pena para o crime de ingresso ou facilitação de entrada de aparelho eletrônico, rádio ou similar, em presídios. A proposta foi arquivada em 2017.

Outro projeto, o 3019/2015, determina que empresas de telefonia instalem bloqueadores de sinais nos presídios. O texto chegou a passar pela Câmara e, desde 2015, aguarda apreciação no Senado. Uma terceira proposta, o projeto de lei 7878/2010, chegou a ser colocado na pauta para tramitação em regime de urgência, mas nunca foi votado.

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara aprovou, em 2018, o projeto de lei complementar 470/2018, que fixa prazo de 180 dias para a instalação de bloqueadores de celular em presídios com o uso de 5% dos recursos do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel).

Alguns estados tentaram legislar sobre o assunto. No entanto, há quatro anos, o Supremo Tribunal Federal (STF) impediu que governos estaduais decidissem sobre o caso. As ações foram ajuizadas pela Associação Nacional das Operadoras Celulares (Acel) contra os estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, Bahia, Santa Catarina e Mato Grosso, que tentaram obrigar que operadoras bloqueassem sinal de celular nas proximidades de presídios.

Bloqueadores: burocracia e preço alto

Para o perito Eduardo Tagliaferro, especialista em computação forense, uma série de limitações técnicas, econômicas e jurídicas ajudam a explicar por que o bloqueio do sinal de celular nas penitenciárias brasileiras não avançou. Embora ele concorde que bloqueadores de celular possam ajudar a diminuir a comunicação de presos em presídios, ele alerta para outro risco: a velocidade das transformações tecnológicas pode tornar equipamentos obsoletos rapidamente.

“No caso da tecnologia dos bloqueadores de celular, é importante dizer que isso requer um grande investimento público e privado. A telefonia muda a cada semana, já estamos perto do 5G no Brasil e a própria tecnologia do dispositivo avança e melhora a cada dia. No meu ponto de vista, por mais que o estado e as operadoras invistam em bloqueadores, nunca vai ser uma cobertura completa e eficiente por causa do avanço tecnológico”, comenta.

Outros pontos destacados pelo especialista são a pressão que operadoras de celulares fazem para que a matéria não avance e a dificuldade em instalar bloqueadores que não prejudiquem a segurança da população que vive nas proximidades de áreas de segurança. “Esse bloqueio tem que estar muito bem configurado para não prejudicar a segurança do cidadão e a segurança do presídio, porque quando a gente faz um bloqueio dentro de uma área, não bloqueia só o detento, mas tudo o que está ali dentro”, destaca.

Para ele, a solução estaria na engenharia da construção dos presídios. “Penso que, para o futuro, a solução seria a construção dos presídios como uma gaiola de Faraday, que é uma espécie de tela de metal que bloqueia sinais, e que poderia ser colocada dentro das paredes dos presídios, por exemplo, o que já criaria essa barreira de sinal”, completa.

R7

Opinião dos leitores

  1. Esses meliantes tem o apoio e proteção do ex presidiário Lula ladrão da Silva.
    Simples assim!
    Se é um deputado federal contra o sistema, fica preso, condenado, perde o mandato.
    À não ser que tenha um presidente macho, pra dar o indulto e corrigir a palhaçada incontitucional.
    Um ministro prende, multa, julga tudo sozinho.
    É delegado, juiz e promotor.
    Kkkkkkkkk
    Deu ruim!!!
    O rapaz vai ser senador.

  2. E ainda vai ter JUMENTO que vai colocar a culpa em Lula!!!
    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
    Esse gado imundo vai acima, vai abaixo mas sempre termina com Lula na boca!

  3. Eles não votam de ruins que são, não rende voto, esses nossos políticos (a maioria) não valem o que os gatos enterram.

    1. Vc agora falou de se expressou de forma inteligente e verdadeira, parabéns, sei que temos um presidente boquirroto, mais ele é infinitamente mais honesto e verdadeiro do que o apedeuta, quanto aos políticos de forma geral, temos que varrer a maioria da corja que está aí, passam a maioria do tempo mentindo, roubando e querendo levar vantagem em tudo

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Geral

Gkay, Jojo Todynho e mais: veja as celebridades que ainda devem ser ouvidas na CPI das Bets

Foto: Reprodução

Ao longo das próximas semanas, a CPI das Bets do Senado pode ouvir uma nova leva de celebridades.

A comissão de inquérito tem uma extensa lista de convocações e convites já aprovados e que aguardam apenas o agendamento dos depoimentos. Cabe ao presidente do colegiado, senador Hiran Gonçalves (PP-RR), definir a pauta.

Após os depoimentos de Virginia Fonseca e Rico Melquiades, a CPI tem 18 influenciadores digitais e famosos na lista de convocados e convidados.

A maior parte deles (nove) foi convocada a depor na condição de investigado, o que torna a presença facultativa.

Entre os nomes, estão dois dos cantores mais ouvidos do Brasil, Wesley Safadão e Gusttavo Lima, e as celebridades Gkay e Jojo Todynho, que juntas têm mais de 40 milhões de seguidores.

Sete influenciadores foram convocados na condição de testemunha — o que obriga o comparecimento. Estão nessa categoria nomes como os ex-BBBs Viih Tube, Rodrigo Mussi e Eliezer.

Outros dois famosos foram convidados a prestar depoimento — e podem escolher ir ou não à CPI. São eles: Felipe Neto e Mayk Santos.

A relatora, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), acredita que as oitivas vão ajudar a desenhar as estratégias de comunicação e atração de novos apostadores, além de discutir uma possível regulamentação da publicidade de apostas.

Há, ainda, uma frente de investigação sobre a existência de cláusulas contratuais que podem garantir aos influenciadores um bônus sobre as perdas de apostadores.

As celebridades investigadas

  • Gusttavo Lima
  • Wesley Safadão
  • Jojo Todynho
  • Gkay
  • Tirulipa
  • Jon Vlogs
  • Kaká Diniz
  • Pâmela Drudi
  • Adélia Soares

Os influenciadores que são testemunhas

  • Deolane Bezerra e sua mãe, Solange Bezerra
  • Viih Tube
  • Eliezer
  • Rodrigo Mussi
  • Felipe Prior
  • Chefinho

G1

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Geral

Governo Lula promove apagão de dados

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O Ministério da Gestão e Inovação (MGI) promoveu um apagão de dados públicos ao decidir esconder os documentos que detalham convênios com Estados, prefeituras e organizações não governamentais. A medida atinge também os repasses feitos por meio de emendas parlamentares. O valor total envolvido chega a R$ 600 bilhões.

A pasta alega que seguiu um parecer da Advocacia-Geral da União (AGU), que trata da proteção de dados pessoais. Mas a própria AGU diz que o texto não justifica a retirada dos documentos da plataforma TransfereGov. Segundo o órgão jurídico, não há impedimento para que essas informações permaneçam públicas.

Na prática, o apagão de dados fez sumirem do sistema prestações de contas, notas fiscais, planos de trabalho e relatórios de execução. Ou seja, já não se sabe quem recebeu, quem executou e quem foi contratado com dinheiro federal.

A mudança atinge até os convênios ligados ao chamado “orçamento secreto”, que o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou inconstitucional em 2022 por falta de transparência. Também foram bloqueados os repasses para ONGs financiadas por emendas parlamentares.

Sigilo do bem

A nova política do MGI contraria o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante a campanha, ele prometeu abrir os dados do governo e criticou o sigilo imposto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

O TransfereGov, que substituiu a antiga Plataforma+Brasil, foi criado para facilitar o acesso às informações sobre os repasses da União. Segundo o governo, o sistema está sendo adaptado para ocultar dados pessoais. Até lá, os anexos ficam fora do ar.

A AGU, por sua vez, nega qualquer orientação nesse sentido. Em nota, afirmou: “O parecer mencionado em nada impede que os documentos continuem plenamente acessíveis, auditáveis e publicamente disponíveis”.

Revista Oeste

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Economia

Haddad tenta evitar que novos benefícios sociais aumentem os gastos públicos, mas mercado desconfia

Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

Mesmo com a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em baixa, a equipe liderada por Fernando Haddad armou uma defesa para tentar segurar medidas populistas com impacto fiscal. Para recuperar terreno, o governo tem preferido até agora lançar iniciativas para expandir o acesso ao crédito, que, embora não prejudiquem o cumprimento da meta de resultado das contas federais, impulsionam a economia e podem bater na dívida pública.

Ontem, informações que circularam no mercado sobre uma possível alta de gastos públicos fizeram o dólar subir. A moeda fechou com forte alta de 0,83%, a R$ 5,679 — na máxima do dia, bateu R$ 5,697. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou que o Bolsa Família fosse passar de R$ 600 para R$ 700, mas não acalmou os ânimos dos investidores.

Ele ainda negou que esteja em discussão qualquer pacote de medidas com impacto fiscal para reverter o baque na popularidade de Lula.

“Não há da parte do Ministério do Desenvolvimento Social pressão para nenhum iniciativa nova, isso vale para os outros ministérios também. Não tem estudo, não tem demanda, não tem pedido, não tem nada”, disse Haddad a jornalistas na entrada do Ministério da Fazenda.

Ano eleitoral preocupa

Segundo Fabrizio Velloni, economista-chefe da Frente Corretora, o possível anúncio de medidas de estímulo às vésperas de ano eleitoral devolveu o fiscal à pauta do câmbio, que vinha refletindo o cenário externo:

— Fica claro que o governo não vai ter capacidade de trabalhar o fiscal diante da aproximação das eleições. Com a popularidade em baixa, é efetiva a aceleração de gastos.

Um gestor de câmbio, que preferiu não ser identificado, afirmou ao GLOBO que as medidas seriam uma “mentira que faz sentido”, por isso o dólar se manteve em alta mesmo após Haddad se pronunciar.

Por outro lado, o governo tem usado programas de crédito para tentar reverter o baque na popularidade. Além do novo modelo de consignado para trabalhadores com carteira assinada, houve a expansão do público-alvo do Minha Casa, Minha Vida, e estão no forno linhas para facilitar a compra de motocicletas por entregadores de aplicativo e para baratear o crédito para microempreendedores com a garantia do Pix.

Também está em discussão no governo uma linha para financiar a reforma em moradias de pessoas de baixa renda, o que seria feito exclusivamente pela Caixa Econômica Federal, sem aporte de recursos do Orçamento. Essas medidas de crédito não têm impacto direto nas contas federais.

O Globo

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Geral

Lula volta ao Brasil com missão de estancar crise provocada pela fraude no INSS

Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retorna ao Brasil com o desafio de estancar a crise aberta pela fraude em aposentadorias e pensões do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Fora do país desde a terça-feira (6) da semana passada, o petista chegou a Brasília na noite dessa quinta-feira (15), com a missão de alinhar as frentes de atuação do governo. Embora concordem em atribuir a farra à gestão de Jair Bolsonaro (PL), aliados de Lula divergem quanto à participação do governo nas investigações do Legislativo.

A ordem de Lula aos ministros e autoridades envolvidas na resolução da crise é priorizar o reembolso das vítimas dos desvios. Na última quarta (14), o sistema do INSS foi aberto para aposentados e pensionistas informarem se os descontos nos benefícios foram autorizados. Não há prazo para as vítimas acionarem o órgão, postura que reforça que “ninguém ficará para trás”, como declarou o presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior.

Ainda não há data para devolver os valores — que podem chegar a R$ 6,3 bilhões, segundo investigação da Polícia Federal e da CGU (Controladoria-Geral da União). Logo após a operação ser deflagrada, o governo bloqueou todos os descontos em folha do INSS, como mensalidades de associações e sindicatos. Como já tinham sido abatidos antes da suspensão, os valores de abril serão devolvidos automaticamente em maio. São cerca de R$ 292,7 milhões.

Outra linha para tentar desassociar a gestão de Lula da fraude é a participação na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que pode ser aberta no Congresso Nacional para investigar o caso. Internamente, porém, não há consenso sobre a presença do governo no colegiado.

A princípio, a base de Lula não endossou a criação da CPMI, mas parte do Executivo considera importante apoiar a abertura da apuração no Legislativo. O principal argumento é trabalhar para “jogar a culpa” no governo de Bolsonaro — as fraudes teriam começado em 2019, segundo a PF.

A tese foi motivo de disputa nessa quinta entre o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, e o senador Sergio Moro (União-PR), que foi ministro da Justiça de Bolsonaro. O bate-boca ocorreu em uma comissão do Senado, da qual Queiroz participou para esclarecer as ações do governo frente à fraude.

Uma das narrativas é apostar na máxima de que os desvios, iniciados na gestão anterior, foram interrompidos no governo de Lula — como diversos ministros do petista têm repetido publicamente nos últimos dias.

Um dos temores do Executivo é a possibilidade da CPMI do INSS “desviar-se do foco” e tornar-se palco de disputa política. A mudança de rumo, na análise do governo, pode atrapalhar a investigação da Polícia Federal e da CGU e, consequentemente, atrasar a devolução do dinheiro das vítimas.

R7

Opinião dos leitores

  1. Se Lula realmente estancar o escândalo no roubo dos velhinhos, é só recomendar a prisão do irmão Frei Chico que tá envolvido até a o pescoço.

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Esporte

Federações querem nova eleição para presidência da CBF após queda de Ednaldo

Foto: Rafael Ribeiro/CBF

O futebol brasileiro vive um momento de turbulência institucional com o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

A decisão foi tomada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que nomeou Fernando Sarney como interventor da entidade.

Este cenário gerou uma reação significativa entre as federações estaduais, com 19 das 27 manifestando-se a favor de uma renovação na gestão do futebol nacional.

O manifesto assinado por essas federações destaca a necessidade de mudanças estruturais e a convocação de novas eleições para a presidência da CBF.

O documento, intitulado “Manifesto pela Estabilidade, Renovação e Descentralização do Futebol Brasileiro”, defende a formação de uma candidatura única que promova a estabilidade institucional e a modernização da gestão do futebol no país.

Quais são os desafios enfrentados pelo futebol brasileiro?

O manifesto das federações estaduais aponta para desafios estruturais que há anos limitam o potencial do futebol brasileiro.

Entre as questões destacadas estão a necessidade de um calendário equilibrado, a profissionalização da arbitragem, a melhoria dos gramados, a segurança nos estádios e o fortalecimento das competições. Esses aspectos são considerados fundamentais para o avanço do futebol no Brasil.

Além disso, o documento ressalta a importância de resgatar a autonomia interna da CBF, que estaria atualmente sufocada por uma estrutura centralizada e desconectada das instâncias que compõem o ecossistema do futebol nacional.

A busca por uma gestão mais descentralizada e participativa é vista como essencial para a melhoria do esporte.

Como as federações estaduais estão se posicionando?

As 19 federações que assinaram o manifesto estão comprometidas com a construção de uma candidatura à presidência e vice-presidências da CBF que seja democrática, integrada e aberta à participação de todos.

O objetivo é tornar a CBF uma entidade forte, admirada e que represente verdadeiramente os interesses do futebol brasileiro.

No entanto, nem todas as federações estaduais aderiram ao manifesto. As federações do Amapá, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Pernambuco, São Paulo e Tocantins não assinaram o documento, o que indica divergências internas sobre o caminho a ser seguido pela CBF.

Qual é o futuro da CBF e do futebol brasileiro?

O futuro da CBF e do futebol brasileiro depende de como a crise atual será resolvida. A estabilidade institucional é vista como um pré-requisito para enfrentar os desafios estruturais e promover a renovação necessária na gestão do futebol.

A expectativa é que, com uma nova liderança, a CBF possa se tornar um exemplo de governança, eficiência e transparência.

As federações estaduais que apoiam a renovação esperam que a CBF volte a ser um ambiente saudável e inspirador, onde todos possam contribuir ativamente para a melhoria do esporte.

A construção de uma entidade mais democrática e participativa é vista como essencial para que o futebol brasileiro continue a ser um patrimônio nacional e uma paixão para milhões de torcedores.

O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. 🎵🎶🎵🎶Se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão, se gritar pega ladrão… 🎵🎶🎵🎶🎵🎶

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Geral

INSS: sindicato do irmão de Lula filiou aposentados em agência do BMG

Foto: Reprodução

Em meio a denúncias de fraudes envolvendo empréstimos consignados no país, aposentados dizem ter sido filiados, sem seu conhecimento, ao Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi) em agências de correspondentes do banco BMG na hora de contratarem o crédito com desconto na folha de pagamento do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O sindicato tem como vice-presidente Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e é uma das entidades investigadas pela Polícia Federal (PF) na farra dos descontos indevidos de mensalidade associativa sobre aposentadorias do INSS, revelada pelo Metrópoles em uma série de reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023.

O BMG, conhecido por ter sido um dos bancos envolvidos no escândalo do Mensalão durante o primeiro governo Lula (2003-2006), é uma das instituições financeiras autorizadas pelo INSS a vender crédito consignado a aposentados e tem sofrido condenações na Justiça por fraudes nessas contratações.

O expediente é o mesmo utilizado pelas entidades envolvidas no esquema bilionário de descontos indevidos que foi alvo da Operação Sem Desconto, deflagrada em abril pela PF em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU).

Sindicato do irmão de Lula

  • Dirigido por Frei Chico, o Sindnapi foi a terceira entidade que mais arrecadou com descontos, entre 2019 e 2024, e teve salto de faturamento de R$ 100 milhões em três anos, segundo auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU). A entidade contesta esta cifra. Em apenas três anos, o número de aposentados filiados a ela cresceu de 170 mil para 420 mil.
  • O sindicato é citado na operação da PF, mas não foi alvo de buscas e apreensões. Em uma auditoria da CGU, 20 de 26 aposentados filiados ao Sindnapi entrevistados pelo órgão disseram não reconhecer seus vínculos com a entidade do irmão de Lula.
  • O Sindnapi enfrenta queixas no Judiciário de aposentados que se filiaram a ele em agências do BMG. Em boa parte dos casos analisados pela reportagem, venceu os processos porque apresenta áudios e até vídeos dos aposentados se filiando à entidade e autorizando os descontos.
  • A entidade tem uma cooperativa de crédito consignado ligada ao Sicoob, mas também manteve parceria com o BMG para atrair filiados.

Metrópoles

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Geral

Senador do PT assina pedido para criar CPI do INSS

Foto: Roque de Sá/Agência Senado

O senador Fabiano Contarato (PT-ES) anunciou nesta 5ª feira (15.mai.2025) que assinou o pedido de criação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) com senadores e deputados para investigar as fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

A decisão vai na contramão da posição dos governistas, que tentam barrar o avanço do colegiado. Contarato foi o único congressista do PT que endossou o pedido.

Em postagem no X (antigo Twitter), o capixaba disse ser “necessário chegar às entranhas do esquema que houve durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)”.

Fabiano Contarato declarou que o caso foi “desarticulado graças à atuação” do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Foto: Reprodução/X

DERROTA IMINENTE

O Poder360 apurou que os deputados da base de apoio de Lula encaram como uma derrota iminente a tentativa de barrar a instalação da CPI mista.

O pedido foi protocolado na 2ª feira (12.mai) com o apoio de 39 senadores e 230 deputados, número superior ao mínimo exigido para a abertura da comissão, que é de 27 senadores e 171 deputados.

Os governistas, então, resolveram mudar a estratégia: querem articular para emplacar aliados na comissão e indicar a deputada Tabata Amaral (PSB-SP) como relatora, segundo apurou o Poder360.

Ela é filiada ao mesmo partido do vice-presidente Geraldo Alckmin. Foi uma das signatárias do requerimento de criação da CPI.

Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Frei Chico é irmão de Lula ou de Bolsonaro?
    E se um dos filhos de Bolsonaro tivesse envolvido nesse esquema de roubos dos velhinhos?

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Geral

Meta e TikTok atendem AGU e removem posts sobre Lula e Janja na Rússia

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Junto ao Tiktok, a Meta, empresa dona das redes Instagram, WhatsApp e Threads, apagou as publicações que envolviam notícias falsas sobre a primeira-dama, Rosângela da Silva, durante viagem à Rússia.

A ação acontece após a Advocacia-Geral da União (AGU) notificar as companhias e pedir a retirada do conteúdo em até 24 horas.

Conforme adiantado pela CNN na terça-feira (15), as notificações extrajudiciais atendem a um pedido da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República.

Nos últimos dias passaram a circular nas plataformas uma mensagem em que a primeira-dama Janja da Silva aparece ao lado de uma pilha de malas, que, segundo a publicação, estavam cheias de dinheiro supostamente desviado da fraude do INSS.

De acordo com a postagem, a foto foi feita na chegada da primeira-dama à Rússia, onde ela teria sido barrada após um agente ter aberto uma das bagagens descritas na notícia falsa.

Segundo a AGU, as publicações foram veiculadas para atingir a legitimidade da própria missão diplomática do Estado brasileiro, sendo “conteúdo desinformativo com potencial de vulnerar a estabilidade institucional e de comprometer a integridade das políticas públicas tuteladas pela União”.

Se não removerem os conteúdos desinformativos listados nas notificações extrajudiciais, as plataformas poderiam incorrer em omissão culposa, ensejando sua responsabilização, adianta a AGU, pois “as mensagens têm o condão de confundir o público interno sobre tema relevante (relações diplomáticas) e sensível (missão oficial do Estado brasileiro)”.

Viagem

A primeira-dama foi à Rússia a convite do governo russo. Ela cumpriu agendas entre os dias 3 e 7 de maio, antes da chegada do presidente Lula.

Janja participou de encontros com alunos e professores de língua portuguesa em universidades, visitou o Kremlin, o Teatro Bolshoi, o Museu Hermitage e assistiu o balé Lago dos Cisnes.

Ela também se reuniu com reitores de universidades, esteve com a vice-governadora de São Petersburgo, Irina Potekhina, e com o governador, Alexander Beglov.

CNN

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Geral

Ciguatera: Secretaria de Saúde de Natal recomenda evitar consumo de peixes ‘sob suspeita’

Foto: reprodução

A Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS) emitiu nesta quinta-feira (15) uma nota técnica com orientações sobre o consumo de pescados após surtos de intoxicação alimentar com suspeita de ciguatera na capital potiguar.

Entre as recomendações ao público, a pasta informou que é importante solicitar aos fornecedores quais pescados estão sendo ofertados e, “atendendo ao princípio da precaução, evitar consumo dos pescados sob suspeita”. Apesar disso, reforçou que não há motivos para pânicos e nem para parar de consumir pescados – dando preferência aos de água profunda.

 O caso mais conhecido suspeito de intoxicação por ciguatera em Natal aconteceu nos dias 5 e 6 de maio, quando 13 pessoas tiveram sintomas sugestivos após consumo de peixe em um restaurante em Natal – três delas precisaram de hospitalização, mas estavam bem. Sobre esse caso, a equipe de vigilância informou que fiscalizou toda a cadeia produtiva, desde o local onde foi preparado o pescado até onde ele foi comprado.

Segundo a SMS, a ciguatera é uma intoxicação alimentar causada pela ingestão de peixes contaminados com toxinas produzidas por microalgas que se proliferam em recifes de corais tropicais e subtropicais

Os pescados associados à ciguatera são garoupas, barracudas, moreias e badejos. No entanto, segundo a nota, na literatura a contaminação por ciguatera já foi relatada em mais de 400 espécies de peixes.

Três surtos em Natal

Na nota divulgada nesta quinta, a secretaria informou que esse caso ocorrido em 5 e 6 de maio foi o terceiro surto com intoxicação por pescados registrado em Natal neste ano. Nos outros dois, os pacientes tiveram sintomas leves, segundo a SMS.

Nos dois primeiros surtos, os peixes consumidos, segundo a SMS, foram do tipo bicuda e arabaiana. No terceiro surto, o cosumo em comum entre os que apresentaram sintomas foi dos pescados do tipo arabaiana e dourado.

Em anos anteriores, peixes do tipo guarajuba e barracuda também apresentaram a toxina em casos suspeitos na capital potiguar.

De acordo com José Antônio de Moura, diretor do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) de Natal, o consumo de peixes na capital permanece seguro.

G1

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Política

STF forma maioria contra ação do PT sobre prestação de contas eleitorais

Foto: Rosinei Coutinho/STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta quinta-feira (15) para rejeitar uma ação apresentada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) contra resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que trata da punição para candidatos que não apresentam prestação de contas.

De acordo com a resolução, aqueles que não apresentam a prestação de contas até o prazo estipulado pelo TSE ficam de obter a certidão de quitação eleitoral até o fim da legislatura, resultando em perda de diferentes direitos políticos.

O documento de quitação é necessário para registrar a candidatura e, sem ele, o candidato não pode receber votos.

Na ação, o PT afirma não questionar a importância da prestação de contas, mas o fato de que a punição dura toda a legislatura, mesmo que o candidato regularize sua situação nesse período.

Em voto, o ministro relator Alexandre de Moraes afirmou que a medida abre brechas para que candidatos desrespeitem prazos do tribunal Superior Eleitoral, prejudiquem a transparência pública e não sejam punidos por isso.

Para ele, políticos que desrespeitam as regras eleitorais não podem ter o mesmo tratamento que aqueles que respeitam.

“O que se pretende é que o candidato inepto, o candidato desleixado, o candidato que desrespeitou a Justiça Eleitoral possa, a qualquer momento, prestar as contas eleitorais. Ou seja, eu não vou prestar contas no momento determinado pelo Tribunal Superior Eleitoral, vou prestar quando eu bem quiser. Não existe no direito a possibilidade de a pessoa escolher o momento de cumprir uma obrigação e poder não ser sancionado por isso”, argumentou Moraes.

Os ministros Flávio Dino, Luís Roberto Barroso, Cristiano Zanin, André Mendonça, Kássio Nunes Marques, Luiz Fux, Dias Toffoli e Edson Fachin acompanharam Moraes sem ressalvas.

Em voto, o ministro André Mendonça afirmou que a medida pedida pelo PT inviabilizaria a transparência e responsabilização de candidatos por omissão e ressaltou os efeitos disso para as cotas eleitorais.

“Se aceitássemos essa pretensão, nós inviabilizaríamos a transparência, não teríamos a devida prestação de contas e não teríamos uma responsabilidade por essa omissão. Lembrando por último que a prestação de contas é essencial para a verificação do respeito a legitima participação das mulheres nos pleitos eleitorais”, disse

Gilmar Mendes e Cármen Lúcia não estavam presentes na sessão e, portanto, ainda não votaram. Por isso, o julgamento foi suspenso e será retomado para conclusão em outra sessão. A maioria, porém, já está formada para a rejeição do pedido do PT.

CNN

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